“Não se pode atacar sem esperar represálias” – Autor de ataque em Paris diz em vídeo

Autor de ataque em Paris jura lealdade ao “Estado Islâmico” em vídeo

Amedy Coulibaly afirma que atentados a estabelecimento judaico e ao jornal “Charlie Hebdo” foram motivados por intervenções militares da França no exterior. “Não se pode atacar sem esperar represálias”, diz.

Num vídeo divulgado na internet neste domingo (11/01), Amedy Coulibaly, autor do ataque a um mercado de produtos kosher em Paris na última sexta-feira, aparece jurando lealdade ao grupo radical “Estado Islâmico” (EI) e convocando os muçulmanos da França a seguir seu exemplo.

Segundo uma fonte antiterrorismo da França e grupo de inteligência SITE, baseado nos EUA, não há dúvida de que o homem que aparece na gravação em francês é Coulibaly.

O vídeo, com sete minutos de duração, aparenta ter sido feito para ser exibido após os ataques desta semana. O terrorista afirma que seu ataque ao mercado judaico e o atentado ao jornal satírico Charlie Hebdo, realizado pelos irmãos Said e Cherif Kouachi, seriam justificados por intervenções militares francesas no exterior.

“Não se pode atacar sem esperar represálias. Vocês estão se fazendo de vítimas, como se não entendessem o que está acontecendo”, diz no vídeo.

No vídeo, aparentemente filmado durante vários dias, Coulibaly aparece vestindo roupas diferentes, ao lado de armas, praticando exercícios físicos e discursando em frente a um emblema do EI.

“Jurei lealdade ao Califado logo que ele foi proclamado”, afirmou, fazendo referência a Abu Bakr Al-Baghdadi, líder do EI. O grupo radical atrai um número cada vez maior de militantes ao Iraque e à Síria.

Coulibaly foi morto pela polícia, após ter assassinado quatro pessoas durante o sequestro no mercado kosher, no mesmo dia em que os irmãos Kouachi também morreram numa operação policial ao norte de Paris. Ele também matou a tiros uma policial nos subúrbios da capital francesa no dia seguinte ao ataque ao jornal satírico Charlie Hebdo.

Durante o sequestro no mercado judaico, Coulibaly teria falado ao telefone com uma rede de televisão francesa e jurado lealdade ao EI. Ele também teria dito que planejou os ataques junto com os irmãos Kouachi. Mais tarde, a polícia francesa confirmou que os três faziam parte de uma mesma célula islamista no norte de Paris.

A companheira e possível cúmplice de Coulibaly, Hayat Boumeddiene, ainda é procurada pela polícia. Há relatos de que ela teria viajado para a Turquia e cruzado a fronteira para a Síria dias antes dos ataques.

RC/rtr/ap

Fonte: DW.DE

9 Comentários

  1. KD O VIDEO
    NA FOTO PLANTARAM O EMBLEMA DO EI E SE SABE QIE OS CARAS SÃO DO BRAÇO DA AL QAEDA DO IEMEN.
    NÃO SABEM NEM MESMO PLATAREM AS COISAS COMO SÃO TOSCOS ESSES INTOLERANTES XENOFOBICOS.
    MERECEM [É MESMO AÇO QUENTE POR DENTRO DA CARA.

  2. ,..são uns idiotas, ao matarem os autores das ideias q tanto eles combatiam..se combate ideia c uma melhor, c argumentos, c contra pontos convincentes é ñ assassinando pessoas . O Pior está p ocorrer daqui pra frente contra essa minoria islamita e pacifica, vide à Alemenha..pura xenofobia..Quem viver verá. Sds. 🙁

  3. “Não se pode atacar sem esperar represálias.. Vocês estão se fazendo de vítimas, como se não entendessem o que está acontecendo”

    A suposta do extremista Amedy Coulibaly ,traz em si uma grande verdade,as potências se sentem vítimas,quando se vem atacadas em seu próprio território,mas a
    grande verdade é que inocentes morrem de ambos os lados !

  4. a frança comprou da China 500,000 facões de dois fios e entregou aos Hutus… em só 2 semanas mais de 800.000 morreram…

  5. Infelizmente é a realidade. Existe uma brutal diferença entre botar a mão na água e a mão no fogo, é exatamente assim quando um jornal leviano como este jornal francês que apregoava sua pseudo liberdade na destruição dos valores religiosos, e pagou caro, pois parte do islã põe a cabeça na guilhotina por Maomé se for necessário, e nesse caso foram capazes de matar. Ações geram reações e causas geram consequências, enquanto não aprendermos que a coexistência reside no amor fraterno, coisas como estas acontecerão.

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