Análise: Comandantes terão dificuldade para manter programas

orçamento 2015Os comandantes militares terão pouco tempo para comemorar a chegada ao topo da carreira: à espera dos generais há R$ 124 bilhões em expectativas, envolvendo os planos e os programas de reequipamento, modernização e qualificação das Forças Armadas. O problema está na dura batalha para obter do governo o provimento financeiro, superar contingenciamentos e fazer a gestão do caixa depois de sucessivos cortes – e vem mais um por aí. A maior parte do pacote é tópico da pauta de longo prazo, abrange datas projetadas além de 2030 – a renovação da frota de submarinos, seis deles movidos a energia nuclear, bate no remoto ano de 2047, segundo o plano da Marinha.

A primeira fase está em plena execução em Itaguaí, litoral sul do Rio – sai por 6,7 bilhões (R$ 21 bilhões). As entregas começam em 2017. Entretanto, há outras demandas imediatas. Será necessário manter o fluxo de recursos nos próximos quatro anos para a compra dos novos caças Gripen; do cargueiro misto de avião tanque da Embraer, o KC-390; dos blindados Guarani; do sistema Astros 2020, com seu míssil de alcance na faixa de 300 km; e da rede Sisfron, blindagem de 17 mil km de fronteira cujo primeiro módulo – 680 km, de olho nos limites com o Paraguai e a Bolívia – já está em teste.

Há mais: o SisGAAZ, sistema de gerenciamento marítimo de 4,5 milhões de km², deve ter as propostas das empresas entregues até o fim do mês.

Em ano de pouco dinheiro, a manutenção de todas as prioridades será difícil. Alguns programas não podem ser interrompidos, sob pena do custo crescente estourar o orçamento. Também precisam ser mantidas as operações de grande envergadura nos extremos do território nacional. A chefia das três Forças singulares dá brilho às quatro estrelas dos comandantes. O problema será arranjar tempo para dar polimento a elas.

Fonte: Estadão

4 Comentários

  1. Fica dificil dizer se haverá problemas ou não, este ano a presidente nem sequer considerou mexer na pasta da defesa, o que muitos no alegra, e ainda estão ocorrendo novas aquisições repartidas com a iniciativa privada, o que diminui os custos para o estado, se continuar assim acredito que não haverão grandes preocupações paras as forças, exceto para a MB que tem alvos bem complicados como a restauração do pinico São paulo, ProSub e alguns avionicos, mas tirando isso, tanto FAB quanto EB estão confortáveis.

  2. Ate agora o governo não disse que havera contigenciamento nos programas de defesa e segurança então arregassem as gandolas e caiam dentro.

  3. o estadão , faz parte do brasil colônia yanke ,so sabe urubuzar o pais
    começa a enxergar a defesa como algo a ser combatido primeiro atacaram quem constrói depois irão atacar quem defende
    e por ai vai
    agenda de um jornal atrelado a interesses estrangeiros dos anglosionistas

1 Trackback / Pingback

  1. Arábia Saudita coloca à venda 79 caças F-5E/F Tiger II

Comentários não permitidos.