Moeda europeia cai a pior nível em quatro anos

Em entrevista a jornal alemão, Mario Draghi diz que compra de títulos de governo faz parte do arsenal de ferramentas do banco para combater a baixa inflação. Em reação, moeda europeia cai a pior nível em quatro anos.

O euro atingiu seu valor mais baixo frente ao dólar em mais de quatro anos nesta sexta-feira (02/01), depois que o novo presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, indicou que o banco poderia comprar títulos de governos em breve para combater a baixa inflação.

Na esteira de comentários de Draghi, o euro chegou a 1,2007 dólar na abertura dos mercados, a cotação mais baixa desde junho de 2010. Depois, se recuperou um pouco e fechou o pregão a 1,2027, valor que não atingia há quatro anos.

Numa entrevista publicada na edição desta sexta-feira do jornal financeiro alemão Handelsblatt, Draghi disse que preparativos para “eventuais medidas adicionais necessárias” estão em curso, e que a compra de títulos de governo faz parte do arsenal de ferramentas do BCE.

Draghi disse ainda que o risco de que o banco não cumpra sua meta de inflação é maior do que era há seis meses. Para os mercados, as palavras de Draghi foram um sinal de que o BCE não vais mais aceitar a baixa inflação.

A inflação na zona euro está agora em 0,3%, nível bem abaixo da meta do BCE, de pouco abaixo de 2%. A autoridade monetária europeia advertiu para a possibilidade de a inflação vir a cair ainda mais neste ano devido à queda do preço do petróleo.

O risco de uma deflação não está descartado completamente, de acordo com Draghi. “Se a inflação permanecer baixa demais por muito tempo, pode ser que as pessoas apostem em preços ainda mais baixos e posterguem seus gastos”, disse ao Handelsblatt.

Draghi defendeu a política monetária expansiva do BCE e se disse contra possíveis aumentos da taxa básica de juros. “A estabilidade seria abalada, e isso prejudicaria ainda mais investidores e detentores de poupança. Mantemos os juros baixos para estimular a economia e alcançar uma estabilidade dos preços.”

LPF/dpa/rtr/ap

Fonte: DW.DE

Zona do Euro e a luta para alimentar o crescimento e evitar a deflação

O setor industrial da zona do euro encerrou 2014 com fraqueza já que a produção, novas encomendas e emprego registraram crescimento lento, mostrou nesta sexta-feira a pesquisa Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês), ampliando a pressão sobre o Banco Central Europeu (BCE) para impulsionar a economia.

Também indicando preocupação para as autoridades, que lutam para alimentar o crescimento e evitar a deflação, a pesquisa mostrou que as empresas cortaram os preços pelo quarto mês seguido e a atividade foi fraca na Alemanha, maior economia da Europa.

“A atividade industrial da zona do euro mais ou menos estagnou de novo em dezembro, encerrando um ano que viu uma melhora inicial e promissora desaparecer e paralisar no segundo semestre do ano”, disse Chris Williamson, economista-chefe do Markit, que compila a pesquisa.

O PMI final de dezembro para a indústria da zona do euro atingiu 50,6, ante preliminar de 50,8 e mínima de 17 meses em novembro de 50,1.

O resultado fica acima da marca de 50 que separa crescimento de contração, mas há pouco sinal de qualquer melhora neste mês, com o subíndice de novas encomendas em apenas 50,2.

O índice de produção caiu a 50,9 ante preliminar de 51,2, que igualou a leitura final de novembro. O dado final de dezembro foi o mais baixo desde junho de 2013.

Williamson disse que a fraqueza, aliada com o crescimento fraco do setor de serviços sinalizado pelo PMI preliminar de dezembro, indica crescimento econômico no quarto trimestre de apenas 0,1 por cento.

 Fonte: REUTERS

 

9 Comentários

  1. O que eu dizia a anos atraz !
    Gastaram e consumiram mais do que deviam e ainda absorveram membros de culturas e realidades diferentes.
    Eu canso de dizer isto e serve como exemplo para nós que vivemos achando que enriquecendo,desinvolvendo e patrocinando ratazanas latrinas consolidaremos um cinturão inexpugnavel e um mercado competitivo forte.
    Quem se associa com que não tem nada a contribuir e somente vira usufruir é absorver para si proprio as dividas alheias.
    Quando o armazem quebra o mais ferrado é o dono do armazem que investe e paga todas as contas enquanto o empregado persevera e vai guardando tudo o que pode acostumado com vacas magras.
    Ainda durante a euforia do Euro eu dizia que a CE quebraria,que haveriam crescentes disturbios populares e que a Europa se fragmentaria.
    Quando não encontram saida sempre retornam ao Estado feudal se fracionando.

    • Paises da America Latina cresceu mais que o Brasil, obrigado,
      E tem outra coisa que eu falo sempre, a America do Sul é uma ilha, o Brasil toma maior parte dela mas esta cercada…é um enormme erro geopolítico ignorar isso e tentar caminhar sozinho.
      Quanto a “republicas boivarianaas” é uma consequência de um século nteiroo de escracho por parte dos Yankes. Sei que guardar rancor não faz bem a coração, mas esse “anti-imperialismo” tem uma razão de existir

      • Araujo te entendpo mas não é porque não aceitamos mais sermos serviçais relevante de Yankees que temos que nios transformarmos em ratazanas Albanizadas e pior ainda,banca-las todas as custas do contribuinte Brasileiro.
        Sair de uma situação e entrar em uma outra onerosa e sem ganho geopolitico e diplomatico nenhum.
        Existe uma terceira via meu caro.O Brasil precisa unica e exclusivamente dele mesmo.Ou seja interagir com nossos interesses sem nos atrelarmos a nada.
        O Brasil é estrategico a todos em multiplos sentidos e sabermos jogar com isso adequadamente a nosso favor é o que fara a diferença.
        Não curto Yankees mas tambem não quero meu pais com mentalidade medievalizada e fechado so para confrades.

      • Concordo contigo, meu caro Araujo. No Brasil tem muita gente que gosta de censurar os efeitos sem mergulhar nas causas. São as marionetes, que eu chamo analistas de superfície.

  2. Saiu no noticiario alguma semana atraz, que as verdadeira razoes pela qual Alemanha exigiu que os EUA os retornassem o ouro alemao depositado em Nova York, foi uma decisao tomada pelo governo alemao em 2012, para se preparar para uma eventual rfetirada da Alemanha da Uniao Europeia e o relancamento do Deutch Mark como moeda oficial da Alemanha, que teria lastro em ouro. E que Holanda e Austria estariam junto nesse plano. Como a situacao economica-financeira dos paises denominados PIIGS, Portugal, Italia. Irlanda, Grecia e Espanha, tende a piorar e nao melhorar, eu creio que ainda e cedo para desacartar a possibilidade do Euro desaparecer juntamente com a implosao da Uniao Europeia.

    • A França ja tomou uma beiça,a Alemanha e outros paises vão tomarem uma beiça tambem.
      Otarios foram aqueles que guardaram suas reservas la.

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