The Guardian: 2015 será um ponto de virada para a economia mundial

Foto: RIA Novosti/Vladimir Astapkovich

No próximo ano, os fatores mais importantes para o desenvolvimento da economia mundial serão o preço do petróleo e a situação financeira e econômica na Rússia, na China, nos EUA e na União Europeia, escreve o jornal britânico The Guardian.

A publicação aponta para vários fatores de risco – o preço do petróleo, os problemas econômicos da Rússia e da Ucrânia, o estado de saúde das economias chinesa e norte-americana, e a luta com a crise na zona do euro.

Quanto ao petróleo, por um lado, a queda dos preços do ouro negro terá um impacto positivo sobre a demanda dos consumidores e reduzirá os custos para as empresas. Por outro lado, analistas advertem que o colapso dos preços poderia criar um “estresse de crédito” que afetará as economias da Venezuela e do Irã, bem como tocará a indústria de energia nos EUA, diz o artigo.

Do preço do petróleo depende também o bem-estar econômico da Rússia. Se a Rússia não conseguirá superar as dificuldades econômicas no ano que vem, elas causarão um “efeito dominó” em países vizinhos tanto com a Rússia como com a União Europeia, diz The Guardian.

Além disso, em 2015, irão atrair muita atenção as duas maiores economias do mundo – a da China e a dos Estados Unidos. O ano de 2014 foi bastante difícil para Pequim, ele tentou lidar com um enorme volume de crédito em incumprimento relacionado à estratégia de “crescimento a qualquer custo”, mesmo em 2008.

Agora é óbvio que o crescimento da economia chinesa em 2015 vai ser muito mais lento do que antes. Seja qual for este abrandamento, há que esperar que o volume de exportações para a China de outros países em 2015 irá diminuir, e, além disso, produtos extremamente baratos da China podem provocar deflação, particularmente na zona do euro, escreve o jornal.

Uma das principais dificuldades para os EUA no ano que vem vai ser uma possível decisão do Sistema de Reserva Federal de aumentar a taxa básica de juros. Atualmente, a taxa é mantida no mais baixo nível recorde de 0,25% por ano, mas é evidente que a melhoria relativa na economia mundial nos últimos anos, mais cedo ou mais tarde, vai causar um aumento da taxa. Enquanto não for claro que impacto terá o aumento da taxa sobre a situação econômica, os investidores vão tomar uma atitude de espera, e os mercados mundiais irão flutuar, acredita The Guardian.

Já no início de 2015 a economia mundial se verá numa encruzilhada. Um dos caminhos irá trazê-la a uma recuperação vibrante, que as autoridades de muitos países têm esperado desde o final de 2007, graças à queda do preço do petróleo, o que é bom para os consumidores, bem como ao crescimento econômico dos EUA. Outro caminho irá levar a economia global a mais uma recessão, porque a solução de problemas graves que surgiram ainda em 2008-2009 não pode ser adiada mais, resume The Guardian.

Fonte: Voz da Rússia

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