14 Comentários

    • _RR_, o que vc acha sobre a nossa artilharia de campanha (doutrina e equipamentos)?

      Você acha que o conceito de canhões pesados fixados em um ponto e operados por um grupo maior de soldados está em processo de desuso ou fadado ao obsoletismo?

      • Canhões fixados em algum lugar é? Está falando do Forte de Copacabana é Gênio da Raça? O EB usa obuseiros rebocados e autopropulsados. Ocorre que os modelos rebocados, notoriamente o M-114 de 155 mm e o M-101 de 105 mm já estão completamente obsoletos.Para o M-101 já existe substituto na forma do Light Gun, basta comprar mais exemplares. Para o M-114, tem o M-777 também da BAe Systems

      • Não Da_LuinhaLess, eu me referia justamente ao canhão M-114 que vc citou que em um cenário de guerra, estaria num ponto pré estabelecido sem possuir a vantagem da mobilidade apresentada pelo sistema Atmos.

      • Não adianta tergiversar e nem tentar se justificar agora groupie! O que você disse foi muito claro! Falou em canhões fixos ou seja, aqueles que existem como monumento lá no Forte de Copacabana.

      • Warpath,

        Acredito que o amigo esteja falando de sistemas rebocados, como o M-777, que são fixos quando operados.

        Eu não diria que estão ultrapassados. Ocorre que seu uso é distinto em diversos parâmetros. Um sistema rebocado normalmente é mais leve ( e mais barato… ) e permite seu transporte por plataformas distintas, o que pode incluir helicópteros e aeronaves de transporte.

        Se estivermos falando de apoio a operações em terreno com acesso difícil, como a floresta amazônica, onde o alto propulsado pode não chegar, então algo como o M-777 ( transportados por helicópteros ) é a resposta.

        Enfim, entendo que ambos os conceitos tem uso, e devem fazer parte do EB.

      • Sim _RR_. A palavra é ‘sistema rebocado’.

        Também imagino que para o cenário de selva (áreas de difícil acesso), o sistema rebocado seja a melhor opção.

        Porém, vc não acha que tais sistemas de artilharia (ou o conceito) teriam uso limitado num cenário de guerra moderna? Se a missão é bombardear uma instalação ou acampamento, uma aviação de combate não seria a opção mais efetiva?

      • Olá, amigo Tireless.

        Isso seria interessante. Mas acredito que demandaria modificações que poderiam virtualmente transforma-lo em outro veículo, se estivermos falando de uma peça de 155mm. Fico também imaginando o preço dessa modificação e o custo final do sistema.

        Penso que adaptar um obseiro em um chassi de um VBTP possa ter suas vantagens, mas esbarra no quesito custo/benefício. De fato, entendo que um sistema como o ATMOS poderia ser dotado de alguma proteção balística extra, muito similar a de um VBTP. E o caminhão oferece uma mobilidade algo maior em estradas, além de custos mais acessíveis como um todo. O único quesito no qual acredito que o 8X8 ganha é em estabilidade, o que pode ser mais recomendável, dependendo do que se pretenda instalar…

        Em terrenos mais díficeis, onde seja comum trechos esburacados e lamacentos, seria realmente mais recomendável algo sobre lagartas ao invés do 8X8, haja visto o peso do sistema em si, que poderia tornar inviável a utilização de qualquer tipo sobre rodas.

  1. Se encaixaria bem para atuar com nossas unidades de cavalaria mecanizadas e as novas unidades de infantaria mecanizadas.Grande mobilidade.

  2. Warpath ( 26 de dezembro de 2014 at 20:58 ),

    Depende.

    A artilharia normalmente acompanha forças em deslocamento pelo espaço de batalha, podendo “varrer” o terreno imediatamente a frente de uma ofensiva.

    Não raro, depara-se com situações nas quais não ha tempo hábil para chamar apoio de aeronaves, ou que impeçam a atuação dos aviões ( alguma condição atmosférica adversa, por exemplo ). Nesses casos, a artilharia acaba tendo que assumir a situação…

    Há também situações nas quais há alvos que realmente não exigem a mobilização de forças do ar, como uma casamata ou uma posição fortificada qualquer ( alvos de baixo valor ). Isso quando não se depara com uma fortificação bem posicionada, que não poderia ser previamente identificada do ar e termina tendo de ser engajada rapidamente ( de modo que não se pode esperar pelos aviões ).

    A aviação normalmente se encarrega de alvos estratégicos ou táticos de alto valor, e somente é engajada no espaço de batalha quando realmente há uma necessidade maior.

    Pelos dias de hoje, com o perigo de MANPADS e outros armamentos de elevada letalidade que cobrem o nível inferior do espaço aéreo, os ataques aéreos tendem a ser feitos a média altura, a distância, e por armamento guiado; algo que normalmente exige, na esfera tática, alguém fornecendo coordenadas e/ou iluminando o alvo. Esse é um procedimento que exige forças especializadas e sai caro. Daí que a artilharia, com as munições de precisão hoje presentes ( ex.: Excalibur ), pode fazer o mesmo serviço em muitas situações, e a um custo inferior.

    Se houver alguma coisa mais “parruda”, também pode se engajar helicópteros de ataque, que normalmente também acompanham as tropas em deslocamento.

    Enfim, vai depender muito do que se encontrar pelo caminho, com a decisão sobre qual meio utilizar buscanco a máxima eficiência com o melhor custo/benefício… Mas definitivamente, existem situações nas quais a artilharia é a mais indicada.

    Outra utilização da artilharia é defendendo posições fixas. Em cenários assimétricos, que envolvam ocupação de território hostil, a artilharia pode ser posicionada de modo a constituir um circulo defensivo ao redor das instalações amigas, fornecendo um “escudo” com suas bocas de fogo. A utilização de munição inteligente torna essa tarefa passível de ser realizada dentro de um raio considerável, e com riscos muito menores de danos colaterais…

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