Putin aprova doutrina que aponta EUA e Otan como ameaças

Mikhail Klimentyev/AFP

O presidente russo, Vladimir Putin

O presidente russo, Vladimir Putin: nova doutrina mostrou que a Rússia adotará medidas para resistir às tentativas de certas potências de conseguir “superioridade militar”

Da EFE

Moscou – O presidente da Rússia, Vladimir Putin, aprovou nesta sexta-feira uma nova doutrina militar, que leva em conta as mudanças geopolíticas e de segurança que aconteceram este ano com a crise na Ucrânia e que aponta os Estados Unidos e a Otan como maiores ameaças.

Entre as principais ameaças exteriores para a Rússia, o documento destacou o aumento do potencial militar da Aliança Atlântica, sua aproximação das fronteiras russas e ter assumido funções globais, que para a Rússia violam o direito internacional.

Além disso, fez referência à teoria de “ataque global” embaralhada pelos Estados Unidos, que contempla um ataque estratégico, mas sem o uso de armas nucleares; em vez de armamento de alta precisão o início de uma corrida armamentista no cosmos.

A nova doutrina mostrou que a Rússia adotará medidas para resistir às tentativas de certas potências de conseguir “superioridade militar” por meio do desdobramento de elementos estratégicos de defesa antimísseis, em clara alusão à presença do escudo americano na Europa.

Outras ameaças externas listadas são as pretensões sobre o território da Rússia e de seus aliados, a ingerência em assuntos internos e a explosão de conflitos em territórios limítrofes com a Rússia ou de seus aliados.

O documento publicado no site do Kremlin introduziu o conceito de “contenção não nuclear”, que consiste em manter as Forças Armadas da Rússia em estado de alerta máximo como manobra dissuasória para prevenir possíveis conflitos.

Como instrumento de prevenção de conflitos destacou a cooperação com os países que integram o grupo dos Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), da Organização de Cooperação de Xangai, que inclui Rússia e China, e da Organização de Segurança e Cooperação na Europa (OSCE).

Outros perigos para a segurança da Federação Russa são a escalada do terrorismo e do extremismo internacional, e “a ameaça real da comissão de atos terroristas com o uso de substâncias radioativas e químicas”.

Pela primeira vez a doutrina militar russa fez referência à defesa dos interesses nacionais no Ártico, região que possui recursos naturais e onde a Rússia se propõe instalar várias bases militares, em particular no arquipélago de Nova Zembla.

Também destacou que a prioridade da cooperação político-militar com as regiões separatistas georgianas da Abkhazia e Ossétia do Sul, cuja independência foi reconhecida por Moscou em 2008, é garantir sua defesa e segurança de maneira conjunta.

Quanto às ameaças internas, advertiu contra as tentativas de desestabilizar a situação política e social e de reverter a ordem constitucional; a ameaça terrorista e as campanhas que pretendem incutir na população questionamentos sobre as tradições históricas e espirituais do país.

A nova doutrina optou por não modificar o artigo 22 e introduzir o direito a um ataque nuclear preventivo, como especularam alguns meios de comunicação, e estabeleceu que o país só recorrerá ao seu arsenal atômico em caso de agressão.

“A Federação Russa se reserva ao direito a usar armas nucleares em resposta ao emprego contra si e (ou) contra seus aliados de diferentes tipos de armas nucleares ou de destruição em massa, e também no caso de uma agressão contra a Rússia com armamento convencional, quando sob ameaça esteja a própria subsistência do Estado”, diz o texto.

Semana passada, ao discutir o documento com altos cargos da Defesa e do Exército, Putin afirmou que a nova doutrina, que substituirá a vigente desde 2010, continuaria sendo estritamente defensiva.

Mas ele não hesitou em qualificar de “impressionantes” os planos de rearmamento do exército russo, que receberá em 2015 mais de 50 novos mísseis intercontinentais capazes de superar o escudo americano.

Fonte: Exame

14 Comentários

  1. Acho que ele foi longe demais. E tbm Putin sentiu que perdeu o controle da Ucrania. No fim os fascistas serviram de testa de ferro para tomada do poder na ucrania. pobre povo ucranino, q viu seu país ao meu por uma crise geopolítica. e obama… na boa? nem sei oq dizer.

  2. Uma doutrina que simplesmente reconhece a realidade confirmada pelos fatos, a sua volta, sem ilusões…E mais importante, levando à ações práticas e preventivas que visam a dissuasão e resposta contra possíveis agressões.

    Claro que a guerra do EUA é multi-espectro e muito frequentemente utiliza métodos que não envolvem agressão física direta, ou se utiliza de “próxies” para tanto…
    ————

    “Na luta das principais potências mundiais por seus interesses, tornaram-se típicas as ‘ações indiretas’, a utilização do potencial de protestos populares, organizações radicais e extremistas e empresas militares privadas; a Otan aumenta sua capacidade ofensiva em imediações das fronteiras da Rússia; estão sendo tomadas medidas ativas para implantar o sistema de defesa antimísseis global”, destaca, em particular, o comunicado do Conselho de Segurança russo.”

    (Voz da Rússia)

  3. No fim o Putim atende a necessidade do ocidente por uma nova corrida armamentista e guerra fria. Manter as industrias da guerra sempre foi mais interessante e lucratica que manter industrias da Paz, tem dupla finalidade ajuda a economia e coloca os ratos humanos sujeitos ao controle demografico dos senhores das armas.

  4. Infelizmente ele fez um movimento errado ao anexar a crimeia a Russia , isso deu coragem as outras regioes de maioria russa a fazer o mesmo , entao mo scou agradou-se do intento e apoiou os movimentos , a russia apostou no recuo do ocidente , apostou no medo dos ucranianos , mas isso revelou ser equivocado , vieram as sançoes leves ,ele eos baba ovos tiraram sarro delas , veio as sançoes medias e a china apareceu como salvadora da patria , mas a china nao pode e nao quer perder o mercado euroamericano , mas seu apoio manteve a dignidade russa , entao veio as sançoes pesadas , extensivo aos produtos sensiveis militares , pronto ,agora so resta se agarrar a dignidade e apelar para as conspiraçoes teoricas !

    • A anexaçao deixou as exrepublicas mais desconfiadas ,ai pensaram naquele ditado : AGINDO A RUSSIA ,QUEM PODE IMPEDIR $ Diante desta conclusao a Polonia gritou USA,USA,USA,
      ,USA , sem disparar um tiro , deixou o orgulhoso urso atordoado e sufocando !

      • O único que tá chupando aqui é vc sr da boca suja, pois desde o começo do ano o ocidente tá capengando com a situação na Ucrânia sem no entanto, apresentar um resultado efetivo.

        E olha que nem adiantou derrubarem um avião civil pra culpar os Russos, hem!

        À OTANzinha só lhe resta contar com a torcida das Americetes dos blogs da net. Nada mais.

  5. Mas outra demonstracao que a oligarquia mafyosa que controla Russia e que retira rublos do pais para comprar imoveis, cassinos, hoteis e esbanjar dinheiro em restaurantes, bares, clubes carissimos no Ocidente (falo com conhecimento de causa, ninguem me contou isso nao, eu as presenciei muitas vezes) nao e capaz de defender os interesses da Russia contra as forcas do imperiamo ianque. Do ponto de vista de defender os interesses russos sao piores que os estalinistas dos tempos de Brejenev. Nos tempos da URSS de Khruchev e Brejenev. fazia parte da doutrina militar sovietica, que eles poderiam em certa circumstancias iniciar o ataque nuclear. Agora os mafyosos dizem que so utilizariam armas nucleares como reacao a um ataque nuclear por parte dos EUA/OTAN. Por outro lado desde a presidencia de Clinton, o governo norte americano vem dizendo que eles podem tomar a iniciativa em usar armas nucleares contra um inimigo. E o Pentagono acredita que os EUA estao em condicoes de vencer uma guerra nuclear contra Russia e China, se eles, os EUA tomarem a iniciativa. Talvez esta seja a razao da timidez, vacilacao, demonstrada por Putin. Talves Putin acredita que realmente os EUA sao muito mais poderosos militarmente que a Russia e China combinadas. Dao sua conversa parfa boi dormir.

  6. A probabilidade de uma guerra nuclear será tão maior quanto for o aumento da confiança dos EUA em seu suposto escudo anti-mísseis.

  7. Os EUA e OTAN na realidade acham que vão comprar briga em separado (primeiro Rússia, depois China). Vão precisar da ajuda dos “céus”, e me parece que os céus já tem lado. Porque Rússia-China já se uniram em parceria sem precedentes no planeta.

    Só restando aos norte-americanos, os militares, pois sua verdadeira arma que escraviza, humilha e mudam regimes, já estão perdendo: as armas econômicas.

  8. Novamente repito aos anti-russos, e peço desculpa por fugir do tema, mas deixem esse discurso de que a Russia esta a caminho do fim, pois não se trata de capacidades militares pra garantir o futuroque me apego ( que sobejam por lá) mas sim na multiplicidade economica russa, na qual muitos países são credores fiéis, entre eles India, China, Argelia, Alemanha,etc. Analisando os elementos da balança comercial russa, veremos que certas commodities são a maioria do PIB russo, mas isso devido a facilidade de extraí-las ( ou produzi-las) mas não devido a Russia ser limitada a isso. A Russia desponta como um dos países de alto grau recnologico, domínio irrestrito aeroespacial , controle avançado de polímeros e compositos que amanhã serão o futuro da base industrial mundial ( como ja ocorrem em armamentos, carros, etc) , alta conhecimento de eletronica avançada, domínio da nanotecnologia, etc, etc, etc, ou seja, repartir a multiforme economia dando mais importancia a outros setores é apenas questão de tempo, e isso se demonstrará terrivel para os concorrentes, que terão seu mercado repartido com um concorrente voraz e capaz.

  9. esta correto os russos !
    depois dos estados unidos fazerem a mesma coisa os russos se precaveram do mesmo jeito
    ai vem o Obama trocar prisioneiros com cuba e achar que já esta bem na foto

    para os estados unidos não perderam o dólar como moeda de troca esta peitando o mais forte dos brics

    mas em contra partida não é apenas a russia que quer negociar de moeda com moeda e tirar o dólar entrujao do meio do caminho

    o dólar é um entrujao que so faz inflacionar o valor do mundo e de sua sobrevivência
    cada um anda com suas pernas mas os estados unidos querem que você ande com as deles
    entrujao so isso que o dólar é

  10. Estamos a beira de uma Terceira Guerra Mundial?

    Recentemente o Papa Francisco declarou que já vivemos a terceira guerra mundial, tendo em vista o grande número de conflitos que estão ocorrendo simultaneamente ao redor do globo terrestre. A teoria do papa é um tanto interessante, porém sempre que pensamos em guerra mundial nos vem a mente um conflito onde algumas das superpotências militares se confrontariam, tal como aconteceu durante a primeira e segunda guerra mundial. Partindo dessa perspectiva, nos últimos tempos a China passou a integrar várias teorias da conspiração relacionadas com esse assunto, graças ao grande crescimento econômico e tecnológico do gigante asiático. Outro fator interessante para essas teorias é a aproximação dos chineses com os russos. Abaixo poderemos conferir um texto que fala justamente dessa aproximação, e de uma suposta reação dos EUA a tal fato.

    Rússia e China cada vez mais próximos
    A Rússia e China pretendem rever a ordem mundial, formada nos últimos 70 anos, declarou o vice-ministro da Defesa dos EUA, Robert O´Work, ao intervir no Conselho Americano para Relações Internacionais.

    Nas suas palavras, a tarefa de Washington consiste em convencer-se de que Pequim e Moscou não irão usar a força para garantir os seus interesses.

    O vice-ministro da Defesa dos EUA está preocupado com o fato de os dois países reforçarem suas posições ao lado de suas fronteiras – a Rússia no oeste e a China – em mares adjacentes. “Devemos dispensar atenção especial a essa circunstância. Temos de determinar ao nível estratégico como iremos trabalhar agora com duas potências regionais muito fortes”, assinalou O´Work.

    “A Rússia e China gostariam de alterar alguns aspetos da ordem mundial, formada após a guerra. Mas esses países devem conhecer que os EUA podem responder com métodos militares à ameaça a seus aliados”, apontou o vice-ministro.

    O que subentendia o funcionário americano referindo-se à alteração da ordem mundial? A América havia utilizado seu domínio econômico após a Segunda Guerra Mundial para reforçar sua influência no mundo. Ao mesmo tempo, até os finais dos anos 80, a situação no mundo esteve em equilíbrio graças a um outro sistema sociopolítico, a União Soviética, que se encontrava em estado de guerra fria com os Estados Unidos. Mas, em resultado da desintegração da URSS, a América livrou-se de seu único rival.

    Sob a cobertura da garantia da segurança coletiva e da contraposição com métodos da força ao terrorismo, os EUA começaram a entrar em territórios de outros países, instaurando lá regimes pró-americanos. Tais métodos, contudo, não sempre levaram aos fins marcados. Isso, em parte, explica a preocupação dos Estados Unidos, considera o vice-diretor do Instituto dos EUA e do Canadá, Pavel Zolotarev:

    “Ainda em 2008, o então presidente da Ucrânia, Viktor Yuschenko, pretendia concretizar o programa da entrada do país na OTAN. Os Estados Unidos tentavam também arrastar a Geórgia para a aliança militar com a ajuda de Mikheil Saakashvili. Destaque-se que os líderes ucranianos e georgianos coordenavam entre si esses esforços. Assim, grupos militares e meios de defesa antiaérea ucranianas foram instalados no território da Geórgia. Esta foi a primeira tentativa de alterar radicalmente a situação na região”.

    A segunda tentativa havia sido preparada durante muitos anos, aponta o vice-diretor do Instituto dos EUA e do Canadá. Forças pró-americanas chegaram ao poder na Ucrânia através de um golpe de Estado. Previa-se que a Rússia teria o acesso limitado ao mar Negro e, afinal das contas, perderia a base naval na Crimeia.

    Esta operação também fracassou. Em resultado de um referendo, a Crimeia anunciou a independência e posteriormente aderiu à Rússia. O malogro do cenário de afastamento da Rússia da Crimeia provocou uma onda de descontentamento no Ocidente. Pelo visto, é nisso que se encerra a ameaça que a Rússia representa para os aliados dos EUA, da qual falou o vice-ministro da Defesa americano, Robert O´Work.

    Mas qual é a culpa da China? Com o crescimento de sua potência econômica, a China não quer mais ficar na sombra no palco de política externa. O país tenta alargar sua influência na Ásia. Em parte, essa postura manifesta-se no fato de a China ter começado a declarar mais rigidamente seus interesses em disputas territoriais, o que irrita muito os Estados Unidos, diz o dirigente do Centro de Segurança Internacional, Alexei Arbatov:

    “A China, por exemplo, reclama direitos à ilha de Spratly, pretendendo monopolizar nesse território a extração de hidrocarbonetos. Esse fato preocupa muito Vietnã, tal como Indonésia, Tailândia e Malásia. Os receios daqueles países não são vãos. Obama tentará conseguir que a China não crie ameaças para os aliados americanos mais próximos, como o Japão, Coreia do Sul, países do Sudeste Asiático”.

    Na realidade, os EUA não querem simplesmente perder suas esferas de influência, nas quais assenta a nova ordem mundial. Por isso, o crescimento da influência da China se classifica como ameaça a aliados e a integração voluntária da Crimeia na Federação da Rússia se considera como anexão.

    O problema não consiste em que outros países alteram artificialmente a distribuição das forças que se formou há 70 anos. O mundo não é imóvel, aparecem novas potências capazes de competir econômica e geopoliticamente com o antigo líder. Ao mesmo tempo, a possível aproximação de concorrentes é o aspeto mais desagradável para os Estados Unidos.

    Assim, por exemplo, a mídia americana havia declarado repetidas vezes que a aproximação de Moscou e Pequim é pior que uma guerra fria para Washington. Conjugando seus esforços, os dois países podem ultrapassar militarmente os EUA, não deixando para a América um lugar na Ásia.

    EUA e Japão começam a rever sua cooperação militar

    O Japão e os EUA manterão em Tóquio, no dia 8 de outubro, consultas visando o reforço da cooperação militar. Espera-se que até ao fim do ano corrente, as forças de defesa nipônicas obtenham um direito de apoiar ações das tropas norte-americanas em qualquer lugar do mundo, podendo tal auxílio vir a ser prestado em casos de “ameaça direta à segurança do Japão”.

    Como se sabe, as forças de autodefesa do Japão receberam o direito de proceder a ações coletivas em caso de agressão militar. Agora esse direito poderá ser alargado. Para o efeito, será necessário levantar os obstáculos para o emprego de contingentes militares nipônicos no estrangeiro que façam parte das unidades dos EUA. Isto põe em causa os resultados da Segunda Guerra Mundial, já que, ao antigo agressor derrotado está rigorosamente proibido usar seus soldados fora do país.

    Esta norma está igualmente consignada na Constituição, podendo vir a ser revista, sustenta o perito do Instituto de Oriente Médio, Viktor Pavlyatenko:

    “Tóquio está tentando fazer uma interpretação da Lei Fundamental que parece ser uma renúncia aos resultados da Segunda Guerra Mundial. Tal negação não tem sido feita de forma patente ou formal, mas, indirectamente, leva à revisão ou tem-na pressuposto”.

    As negociações serão conduzidas pelo secretário de Estado adjunto para os assuntos da Ásia Oriental e a região do Oceano Pacífico, Daniel Russell e o assessor do Ministro da Defesa para as questões de segurança, David Shear. Na segunda e na terça-feira eles se deslocarão a Seul para consultas sobre essa temática. Ao mesmo tempo, se pode dizer que Washington põe seu aliado asiático numa situação dúbia.

    Na Coreia do Sul vai crescendo uma vaga de descontentamento e protestos contra as tendências militaristas no rumo político de Tóquio, incluindo as tentativas no sentido de se distanciar dos compromissos atribuídos ao regime militarista por países vencedores da Segunda Guerra.

    O levantamento das restrições, outrora impostas às forças de defesa nipônicas, poderá provocar uma nova espiral da tensão nas suas relações com a China, considera o perito russo, Viktor Pavlyatenko a adianta:

    “A reação da China será, com certeza, negativa. No entender das autoridades chinesas, a nova interpretação da Constituição do Japão constitui uma tentativa de se distanciar e de rever os resultados da Segunda Guerra Mundial, uma espécie de fortalecimento da vertente militarista na política externa nipônica.

    Entretanto, as medidas tomadas pela China a fim de reforçar seu potencial militar constituem uma resposta às ações do Japão empreendidas nesse sentido. Não se trata de uma reposta direta, mas, se calhar, indireta para deixar claro que, em algumas ocasiões, a China sabe e terá de reagir a ações provocatórias do Japão”.

    As provocações do gênero advêm ainda dos EUA. Washington conhece bem a reação negativa de Pequim a tudo que se relacione ao ressurgimento do militarismo japonês. No entanto, as provocações não cessam, impelindo o Japão para uma política revisionista no período pós-guerra.

    Claro que, na realidade, os EUA não necessitam tanto de um apoio nipônico na esfera militar em uma ou noutra parte do mundo. Mas muito mais necessitam de consolidar a sua presença militar na região asiática, inclusive nas ilhas nipônicas. Dai a tática de provocar cisões e conflitos entre a China e o Japão.

    Antigas rivalidades parecem estar de volta

    O texto acima é composto de duas notícias distintas publicadas recentemente no site Voz da Rússia. Porém eu acredito que ambas as noticias se complementam por isso decidi incluir ambas na mesma postagem.

    Parece um tanto óbvio que as movimentações e articulações chinesas-russas e japonesas-estadunidenses, indicam que algo está acontecendo nos bastidores. As revisões do tratado pós segunda guerra mundial, que daria liberdade militar aos japoneses pode indicar que o governo dos EUA esteja interessado em colocar o Japão (que possui uma ferrenha, e histórica, rivalidade militar com a China) na roda. O Japão seria um importante peso nessa balança.

    Já as articulações entre chineses e russos deixa bem claro o descontentamento de ambas as nações com a forma que os EUA vem exercendo sua influência em diferentes nações. Para a Rússia as ações dos EUA na Ucrânia e Geórgia, significaram que os norte americanos estão interessados em enfraquecer a Rússia, começando pelos antigos aliados.

    Então amigos e amigas, seriam essas apenas articulações político-militares sem nenhuma intenção? Ou podemos notar uma certa rivalidade começando a tomar forma novamente? Seriam essas mais algumas provas de que estamos a beira de um conflito militar de escala mundial?

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