Brasil: Jaques Wagner destaca importância do Ministério da Defesa

Novo Ministro da Defesa do Brasil  Jaques Wagner

Biaggio Talento

O governador Jaques Wagner confirmou, em entrevista exclusiva ao jornal A TARDE nessa terça, 23, sua escolha pela presidente Dilma Rousseff para o Ministério da Defesa, área que cuida de projetos tecnológicos importantes para o País, como a construção do submarino nuclear pela França em parceria com o Brasil, os aviões caças suecos,a Base da Marinha na Antártica, bem como o desenvolvimento de satélites. Conforme Wagner, foi ele próprio que sugeriu a Dilma sua ida para a pasta da Defesa.

Além disso, ele vai participar da coordenação política do Palácio do Planalto que reúne os ministros mais próximos da presidente. “Creio que as pessoas desconhecem a dimensão que tem hoje o Exército, a Marinha e a Aeronáutica do ponto de vista de tecnologia, da diminuição de vulnerabilidade de segmentos socias”, disse o governador, explicando que, como vai participar do conselho de ministros mais próximos de Dilma, terá facilidade de encaminhar as demandas da Bahia ao Governo Federal. Leia a entrevista completa na edição dessa quarta do jornal A TARDE.

Fonte: A Tarde

“Estarei próximo da presidente Dilma” – Jaques Wagner

Biaggio Talento

Após longo período de espera, a presidente Dilma Rousseff anunciou, ontem, que o Ministério da Defesa será a pasta do governador Jaques Wagner no seu segundo mandato, que começa em janeiro de 2015. Em entrevista exclusiva ao A TARDE, Wagner falou qual será seu papel no governo.

Acabou a novela do ministério, governador?

Terminou. Na verdade, o primeiro a sugerir (o Ministério da Defesa) para ela (presidente Dilma Rousseff) fui eu. Primeiro tenho uma relação boa com eles (militares). Estudei no Colégio Militar do Rio de Janeiro e até iria seguir carreira, mas depois daqueles episódios todos de 1968, acabei não indo. Acho que os militares são extremamente importantes. Na carreira de Estado, as mais perenes  são eles e o Itamaraty (diplomatas).

O senhor acha que ainda existe um pouco de medo em relação aos militares?

Algumas pessoas têm uma visão equivocada (dos militares). Olham para a Defesa ou ainda com trauma de 64 ou com uma lógica de Guerra do Paraguai, que é como se fosse necessário ter tropas para brigar e invadir. Creio que as pessoas desconhecem a dimensão que têm hoje o Exército, a Marinha e a Aeronáutica do ponto de vista tecnológico, campanhas de diminuição de vulnerabilidade. As pessoas não têm ideia dos investimentos da área. Por exemplo, o submarino nuclear. É tecnologia pura que será transferida da França para cá. Satélites. Estamos prestes a lançar um satélite brasileiro estacionário com muita tecnologia, muito mais que banda larga (internet). Também os caças (que o governo comprou) da Suécia. Então, tem um grande volume de investimentos. É bom lembrar ainda o comando da vigilância da Amazônia, que é um patrimônio nosso. A base da Antártida. Enfim, há uma capilaridade incrível, pois eles estão em todos os cantos. Na própria Base Aérea de Salvador, os caças que patrulham a nossa costa. Só para se ter uma dimensão do cargo: já foram ministros da Defesa o ex-governador Waldir Pires, o vice-presidente da república, o ex-presidente do STF Nelson Jobim, o Celso Amorim, que foi durante oito anos ministro das Relações Exteriores, que teve reconhecido seu trabalho fantástico.
Além disso, o senhor também vai participar do núcleo de governança do governo Dilma?
Prefiro chamar de coordenação de governo, que é aquela primeira linha, o “núcleo duro”, não gosto muito desse nome. É o grupo de ministros que ela convoca para ficar diretamente em volta. Na conversa com a presidente, ficou acertado que vou para a Defesa e sou parte da coordenação política ou de governo.

Mas com a função de participar de negociações com o Congresso, com as lideranças políticas?

Não. A coordenação estuda projetos estratégicos. Agora ninguém impede de negociar. O Jobim, por exemplo, era ministro da Defesa, e até pela origem dele, que foi além de integrante do STF, ministro da Justiça, poderia receber uma missão. É o meu caso também, ela pode me encomendar algo nessa linha, não tem nada que me impeça. Não estou na frente da batalha política. O articulador político pelo que estou percebendo é o deputado Pepe Vargas do Rio Grande do Sul. Mas todo ministro é político. Pela minha relação posso conversar com vários segmentos, mas não é minha função primeira.

Já discutiu com a presidente a estratégia nesse início de governo ante esse bombardeio todo pelo caso da Petrobras?

Ainda não puxou essa reunião. Quando puxar, vou estar. É que ela está nesse momento querendo fechar o ministério para anunciar.

Como o senhor responde a essas provocações da oposição de que a Defesa não é um dos ministérios fortes?

Há uma espécie de senso comum, que é muito pobre, segundo o qual pelo meu poder político deveria ir para Comunicações. Isso é uma babaquice. Para quem diz isso eu respondo: amigo, a última vez que fui para um cargo dito de segunda, foi para o Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, saindo para ser governador. É uma pasta da maior relevância. Cibernética, Amazônia, satélite, submarino nuclear, os caças, a Embraer, a Base da Antártica, ou seja, é muito dinheiro investido. Meu sentimento é que estou absolutamente satisfeito. Aí ficam me perguntando: o que o senhor vai fazer pela Bahia na Defesa? É outra bobagem, gente. O que eu vou fazer pela Bahia depende de estar na coordenação de governo e ter o peso de, quando Rui (Costa, governador eleito) precisar de alguma coisa, eu ligar para um ministro amigo meu e dizer o que o Estado quer. E com toda força política nossa. Se por acaso eu fosse para o Ministério dos Transportes, resolveria os problemas das estradas da Bahia. E o resto? Tem Cidades, Integração Nacional, Saúde. Os tempos estão mudando. Não adianta o cara achar que eu no Ministério das Comunicações iria fechar rádio de inimigo e dar rádio a amigo. Isso não existe mais.

O senhor está esperando um orçamento apertado para 2015 em função da crise econômica?

Lógico que todo mundo sabe que terá orçamento apertado, mas óbvio que eu tenho garantias para os projetos prioritários que  citei. Todos terão continuidade, mas tudo aponta para um ano de orçamento apertado.

E o sentimento de começar esse nosso governo?

É um sentimento bom. A presidente conseguiu fazer a equação política. Praticamente todos os partidos parceiros estarão bem representados (no ministério). Claro que todo parceiro quer ampliar a participação, mas  ela venceu etapa importante. (Veja matéria na página B2)

Incomoda o senhor integrar um ministério que tem pessoas ditas conservadoras, como a ministra da Agricultura Kátia Abreu?

Não. Você sabe como eu fiz na Bahia. E alguns diziam que tinha mais carlistas na minha chapa que na do adversário. As pessoas também têm o direito de mudar, caramba. As pessoas podem ter uma  história assim e depois conviver com outro projeto político. A presidente tem o comando. O ministro não vai fazer o que quer no ministério. Se fizer uma aberração contra aquilo que é o conceito da presidente da república, ela vai dizer, não é por aí. Você pode dizer, olha ela trouxe uma pessoa conservadora. Eu posso ver por outro ângulo: a pessoa conservadora aceitou vir para o ministério de alguém do PT e tem a característica que tem. É um processo de ajuste de todo mundo.  Um deputado tem um grau de liberdade muito maior de quem está num ministério. Não acho que isso é problema, esse é um governo de coalizão, não ganhamos só com o PT, com as forças chamadas de esquerda, ganhamos também com as forças de centro.

Já deu para puxar alguma coisa para a gestão de Rui Costa?

Agora não é o momento de discutir isso, porque a cabeça de todo mundo está focada em fechar o ano e fazer a transição. Isso é para 15 de janeiro. Todo mundo que chega vai arrumar a casa ainda.

O senhor estará em Brasília quando a presidente Dilma chegar à Bahia para descansar, na quinta?

Ela já fez o dela. Eu tenho que fazer o meu agora. É como quando o governador nomeia o secretário. Transfere para ele o problema. Ela já transferiu, cada ministro tem que montar (a equipe).  Eu volto a Salvador e retorno na quinta-feira para Brasília para estudar a estrutura do Ministério  da Fazenda, enfim tem todo um trabalho a ser feito.

Fonte: A Tarde

10 Comentários

  1. “Wagner, que é carioca, estudou por sete anos no Colégio Militar do Rio, na Tijuca, e chegou a pensar em seguir a carreira militar.

    Poucos amigos sabiam, mas ele sempre teve um desejo oculto de ocupar a pasta, vontade essa que acabou externando para Dilma. A presidente concluiu, então, que era importante ter um líder político com visão estratégica na Defesa.”
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    Da parte técnica/militar, organizacional e funcional das forças armadas, o quadro de militares dentro do ministério da defesa e especialmente dentro das forças armadas, atua e dirige.

    Já um ministro da defesa, além da autoridade hierárquica/republicana do posto, exerce também um papel de coordenador e ponte entre as esferas civís e militares…

    Wagner por ser um nome influente dentro dos quadros do governo, prestigia a pasta Defesa. E isto é importante, porque um ministro com bom transito dentro do governo e do congresso facilita obtenção das verbas necessárias ao bom funcionamento, reequipamento e projetos estratégicos das forças armadas.

  2. O “PT” não tem nenhum Eneas para o ministério de Defesa, então, é esperar para ver. Como dizem que Santo de Casa não faz milagre, muito provável que quando faltar pirão ($$) para repartir, o Ministério de Defesa é o que mais vai sofrer cortes. Vamos ver as cenas dos próximos capítulos… Não coloco muita fé, porém tomara que eu esteja errado.

  3. Mas um bocaroto trabalhista , agora eh torcer para que ele faça uma visita ao CIGS e que por descuido um daqueles cabos deixem um jaguar morder sua nuca ,separando a segunda vertebra !

  4. Vixe, vai ter nego aqui parindo os ovos quando souber que o Jaques Wagner é judeu.
    Cara, esses caras do PT são uns iluminados mesmo. Outro dia um mané que era ministro dos esportes mudou para o de Ciência e Tecnologia (se não me engano), é como um engenheiro largar a empresa para trabalhar como cirurgião em um hospital. Só um iluminado para ter esse poder.
    Esse Jaques Wagner era para ser ministro da justiça, mas ele recusou. Foi para a Defesa, tudo a ver. Bem coerente para o partidão, todo mundo é gênio, por isso os comunistas sempre foram bem melhores.
    Olha, não sei quem é o figura e não me interessa também. O que sei dele é que durante seu governo a saúde da Bahia ficou equiparada à da Somália, houve greves dos funcionários da educação (uma delas durou 150 dias, 5 meses, brother!!!) e que ele tratou muito mal a segurança pública. Os assassinatos estão em nível catastróficos e a polícia fez pelo menos duas greves por melhores condições de trabalho.
    Se essa figura tratar a defesa como tratou a segurança, os professores e a saúde da Bahia…
    Mais xiszinho na minha lista.

    • o governador do rio grande do sul também é decendente de judeu e cancelou um contrato logo com uma empresa de israel ,
      outra coisa se ele fosse ruim para bahia não se regeria no primeiro turno e não colocaria o seu candidato elegendo ele no primeiro turno também

      e não vejo mal uma pessoa ter vários tipos de profissão como citou que ele era engenheiro e foi cirurgião

      ele pediu o ministério da defesa pois estudou em colégio militar e quase seguiu carreira

      agora concordo em uma coisa esse ministro da justiça um tal de ze Cardozo a esse é muito fraco esta na hora de alguém com o pulso mais firme !!!

    • O jeito pt de ser,kkkkkkkk, muita propaganda ,alguns zumbis pagos para trollar na net e bingo ,kkkkkkkkk,uma orda de acefalos e pesde cao seguindo a trilha,kkkkkkk , jaja uma nova venefavela !!!!

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