Aleksandr Korolkov
No final de julho, quando a União Europeia introduziu o embargo à importação e exportação para a Rússia de armas, artigos de dupla utilização e tecnologia de uso militar, a Gazeta Russa analisou todos os setores e projetos que poderiam ser afetados pela decisão. Entretanto, ao embargo de julho já se acrescentaram a proibição de financiamento da dívida aos três maiores consórcios russos de defesa –o Uralvagonzavod, o Oboronprom e a United Aircraft Corporation –, sanções contra nove empresas-chaves de defesa da Rússia e o cancelamento do contrato de fornecimento da empresa Mistral, que não foi abrangida por nenhuma sanção.
Mas quanto as sanções ocidentais custaram e custarão à indústria de defesa da Rússia?
Contratos
Em setembro, o Ministério da Defesa russo disse “não estar preocupado em relação às sanções”, fazendo notar que com isso poderiam sofrer países terceiros que compram técnica russa com acessórios estrangeiros. Por outro lado, o presidente Vladímir Pútin disse que “a indústria deve estar preparada para ela mesma produzir equipamento, componentes e materiais vitais, possuir potências fabris à altura, assim como tecnologia, projetos e reservas técnicas”.
De acordo com dados da Rossoboronexport, privar-se da aquisição de armamento já pronto do Ocidente não vai provocar nenhum dano colateral na capacidade defensiva da Rússia.
As sanções, como qualquer lei, não podem ser aplicadas retroativamente e se estender a acordos já celebrados. Mas com a Mistral aconteceu precisamente isso. Será de esperar a mesma atitude em relação a contratos com países terceiros?
No que diz respeito a turbinas a gás para fragatas, corvetas e outros navios de guerra, a Rússia depende 100% das importações. Também podem surgir problemas com a eletrônica, cuja produção na Rússia está apenas começando a ganhar força, mas onde é possível trocar de fornecedores, especialmente porque os parceiros ocidentais nunca forneceram à Rússia eletrônica da classe Military e Space.
Substituição das importações
O vice-ministro da Indústria e Comércio, Serguêi Tsib, apresentou dados da avaliação dos setores mais promissores em termos de substituição das importações. A cota das importações de máquinas-ferramentas é superior a 90%, na engenharia pesada está entre 60% e 80% e na indústria eletrônica, entre 80% e 90%.
A diminuição da cooperação militar com o Ocidente começou ainda antes do conflito na Ucrânia. Desde 2012 que o departamento militar não celebrava novos contratos para fornecimento de volumes substanciais de produção europeia pronta para fins militares.
O programa de substituição das importações apresentado pelo Ministério da Indústria em 25 de julho de 2014 pressupõe a substituição de artigos importados –primeiro ucranianos e depois de fornecedores dos países que aderiram às sanções contra a Rússia– por produção nacional. Está se planejando o alargamento da cooperação com os países da União Aduaneira, isto é a Bielorrússia e o Cazaquistão.
O ministro da Indústria e Comércio, Denis Manturov, acredita que o programa de substituição das importações permitirá às empresas russas gerar um volume anual complementar de produção na ordem de mais de 30 bilhões de rublos já a partir de 2015 (cerca de US$ 550 milhões).
De um lado a Rússia tem os EUA, ampliando sua área de influência e criando conflitos para sua indústria de armas, do outro ela tem a China, com seu desenvolvimento tardio devido ao retrocesso da era de Mao, que quer avançar sobre todos os recursos e mercados da Terra devorando como gafanhotos. Ou a Rússia definha ou ela começa a avançar sobre os rivais. A Europa envelhecida cede espaço, não quer reproduzir nem para repor o contingente, cultua o politicamente correto diminuindo seus exércitos, nada contra a maré. A América do Sul entra no joguinho das superpotências do ocidente e da Ásia, conflitos internos em nome de ideologias artificiais implantadas para dividir e enfraquecer, o bolivarianismo, servindo de presa fácil para obtenção de matérias-primas, mercados e conflitos artificiais para indústria de armas. O BRASIL está acuado também, más faz o contrário, cede espaço para os conquistadores. As viseiras do brasileiro são a causa da falta de união, independência externa e de ambição.
Meu caro, sua leitura é perfeita. Mas realmente é dificil para um país que cresceu sob estigmas e cultura de colonizados. Somos engolidos pela nefasta obra cultural que vem sendo a nós legada por muitos de nossos ancestrais, admiradores do sistema de diferenças, que colocam a noção de igualdade de oportunidades e nivelamento humano num cantinho obscuro das personalidades e que repercutem no conjunto para incutir um sentimento civico nacional.
Acertata: ” para incutir um fragil sentimento civico nacional”
Bom, o ser humano é regido pelas leis da natureza como qualquer animal. Utopias políticas nivelantes são artificiais e não valem na realidade. O homem quer dominar seu grupo e territórios com recursos, energia. Por isso existe pessoas liderando e outras obedecendo. Os países são a mesma coisa em grande escala. Nesse contexto, sem estratégia, um grande país pode ser dominado por pequenos ou grandes predadores. E devido a rivalidade dos grupos a humanidade provavelmente vai entrar numa grande encrenca nuclear antes de se unir para conquistar as estrelas. Se sobrar algo pra evoluir…
Por pouco tempo , a russia serah substituida pela china , terao que se contentar com a venda de hidrocarbonetos e file de salmoes !