Vladimir Putin em Ancara Turquia, com Recep Tayyip Erdogan
O professor de Direito Internacional da Academia da Força Aérea e da Universidade de Istambul, Mesut Hakkı Casın, comentou a visita de Vladimir Putin a Ancara, o acordo russo-turco sobre o projeto de construção de uma usina de energia nuclear, e também compartilhou seus pensamentos sobre a situação na Turquia e na Rússia no contexto geopolítico de hoje.
“É importante que os nossos líderes (Putin e Erdogan) estejam determinados a continuar e expandir a cooperação bilateral em vários domínios. Nossos aliados ocidentais, por exemplo, não confiam em nós na esfera nuclear. Acreditam que nós estamos criando uma arma nuclear. E a Rússia fez investimentos de grande escala neste domínio e está pronta para começar a construção da segunda usina nuclear turca.
A estreita cooperação estabelecida entre os líderes dos nossos países tem contribuído para o fato de que, atualmente, a cooperação russo-turca, que está se movendo rapidamente para os novos marcos históricos, ganhou o caráter sem precedentes.
O Ocidente pensa que nos isolar. De fato, o próprio Ocidente está agora em isolamento. Recentemente, recebemos Joe Biden, o Papa Francisco, ontem nos visitou Vladimir Putin e, em breve, chegará David Cameron.
A cúpula do G20 mostrou ao mundo quem é quem. Todos os meios de comunicação do mundo se concentraram em Putin. A cooperação russo-chinesa está ganhando impulso.
E quem está em isolamento? Qualquer um, mas certamente não a Turquia e a Rússia. E, no futuro, a cooperação russo-turca irá crescer. E as sanções do Ocidente não é um obstáculo.
Percebemos muito bem a Rússia, compreendemos a sua posição na crise ucraniana e síria. Sua política externa é extremamente clara e transparente. Moscou, por sua vez, nos compreende e pretende aumentar as entregas de gás natural, reduzindo os seus preços em até 6%, o que é uma quantidade enorme para o nosso orçamento.
Portanto, na nossa opinião, é seguinte: desenvolver a cooperação com um país como a Rússia é um bem!”
“E a Rússia fez investimentos de grande escala neste domínio e está pronta para começar a construção da segunda usina nuclear turca.”
“Moscou, por sua vez, nos compreende e pretende aumentar as entregas de gás natural, reduzindo os seus preços em até 6%, o que é uma quantidade enorme para o nosso orçamento.”
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Não gosto de Erdogan e seus “sonhos neo otomanos”, más reconheço que os turcos são orgulhosos, com uma cultura e senso de identidade próprios bastante fortes, sua elite não é composta de capachos puerís deslumbrados com o “EUA/ocidente”, são pragmáticos e fazem negócios com todos: Europa, Rússia,EUA, China,etc…Sempre que servir bem aos seus interesses.
Agora concordo com você. Não gosto de Erdogan também. E também penso que ele sonha reviver o império otomano
A Turquia tem um histórico de grandes contribuições para com à humanidade sendo há mesma o berço da filosofia, atribuída aos Gregos copistas e sincretistas os quais assimilaram o culto Sumério Egípcio. Quanto aos primeiros desejam o status de império renovado.
Apesar dessa frase pricipal ter sido proferida pelo Russo, bem poderia ter sido proferida pelo Turco, afinal o “ocidente” sempre teve preconceitos contra o turcos e seu país. Mantendo-os em eterna quarentena, e deixando-os em espera ad eternum em suas pretensões de aceitação menbro europeu. Acho que cansaram e perceberam que não valia assi tanto a pena a possibilidade de serem aceitos nessa Europa decadente e aonda serem recebidos por outros membros com dedos no nariz.
Tudo se trata dos EUA tentar bloquear qualquer avanço na integração Rússia-Europa, para levar a quebra da economia russa e por o “grande capital” no controle da distribuição de energia. É disso que trata esse tal de “pivô” para a Asia.
Por esses motivos as guerras da Ucrânia e Síria, não sâo conflitos separados.São parte da mesma que os EUA criaram na última década. O plano é substituir o gás russo pelo gás do Qatar, que passaria pela Síria depois que Assad fosse derrubado.
Quando anunciou que passaria a integrar o “gasoduto islâmico” que traria gás natural do campo de Pars Sul no Irã, pelo Iraque e Síria, podendo conectar a Grécia e o lucrativo mercado europeu. Foi aí, que os problemas começaram, dois meses depois de assinado o acordo com Iraque e Irã, eclodiu o movimento “democratico”.
Engraçado é a altíssima frequência com que ocorrem essas coisas quando governos eleitos pelo mundo não seguem a política de Washington.