Voa protótipo do helicóptero Mil Mi-171A2

A Russian Helicopters realizou com sucesso o voo inaugural do primeiro protótipo do helicóptero de transporte utilitário médio Mil Mi-171A2.
O voo foi conduzido pelo piloto de ensaios Salivat Sadriev.

A variante de nova geração do consagrado Mi-8/-17 visa dar continuidade na operação que há quase 50 anos é um verdadeiro sucesso, principalmente em ambientes inóspitos, quente e seco.

O rotor principal foi redesenhado com metade dos pontos de lubrificação das versões anteriores, reduzindo o tempo e os custos de manutenção. Graças ao uso de novos materiais, o peso final passou para 56kg, enquanto as pás, com novo formato e fabricadas em material composto, proporcionaram num ganho de 13% na velocidade de cruzeiro e uma melhoria na sustentação. As transmissões foram reforçadas e o rotor de cauda, antes tripá, passou para a configuração quadripá em formato X, melhorando o controle direcional e reduzindo a emissão de ruído em 10%.

As novas turbinas VK-2500PS-3, de 2.700hp de potência cada e equipadas com Full Authority Digital Engine Control Software (FADEC, controle digital dos motores), apresentam melhor rendimento, enquanto os novos filtros de areia melhoram o desempenho do helicóptero em ambientes com clima hostil. Três corta cabos foram instalados na seção frontal da fuselagem e o novo guincho lateral pode suportar cargas de até 300kg.

Internamente, o Mi-171A2 vai dispor de um novo assoalho, capaz de permitir a configuração para transporte de passageiros, carga ou misto (passageiro e carga) em poucos minutos. Novos revestimentos melhoraram o isolamento acústico e térmico da aeronave, que também pode ser equipada com assentos com sistema de absorção de impactos em caso de acidentes, tanto para os passageiros quanto para os tripulantes.

Internamente até 4.000kg de carga pode ser transportada, enquanto no gancho externo a capacidade foi ampliada para até 5.000kg.

 

https://www.youtube.com/watch?v=_8QqDUnUUBc&list=UUSpDtVXvIjL0uvcbNUHlliw

 

Ao contrário das variantes anteriores, a nova versão pode ser tripulada por um ou dois pilotos. No cockpit, várias mudanças foram implementadas como a substituição dos instrumentos analógicos por cinco telas multifuncionais coloridas de cristal líquido (LCD); instalação de um novo piloto automático digital; modernos sistemas de navegação compatível com GPS e Glonass; sistema HLR (Helicopter Laser Radar), que avisa a tripulação sobre a aproximação de possíveis obstáculos como árvores e cabos de alta tensão; sistema de captação de imagens termais (IR); farol de busca; TCAS (Traffic Collision Avoidance System, sistema de alerta de tráfego e anticolisões aéreas); TAWS (Terrain Awareness and Warning System, sistema de alerta anticolisão com o terreno), e outros.

Comparando com o próprio Mi-171A1, a vida útil da célula do A2 foi estendida de 7 mil horas (ou 25 anos) para 18 mil horas, sem limite tempo no sistema ?on-condition?, em que os componentes passam por inspeções e testes periódicos e somente são substituídos se apresentarem problemas. A vida útil dos sistemas de transmissão, pás do rotor principal e de cauda passaram, respectivamente de 3.000, 2.000 e 1.000 horas para 12 mil, 9 mil (ou 20 anos) e 3 mil horas (ou 12 anos), enquanto os motores passaram de 4.500 para 9 mil horas.

Fonte: C&R

2 Comentários

  1. “Comparando com o próprio Mi-171A1, a vida útil da célula do A2 foi estendida de 7 mil horas (ou 25 anos) para 18 mil horas” – percebe-se que houve mesmo uma atualização funcional e não apenas estética, como a gente costuma ver por aí!

    Parabéns aos “homens do gelo”!

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