Eles estão de volta: Voos de patrulha dos bombardeiros russos

Anúncio do ministro russo da Defesa, Sergei Shoigu, ocorreu poucos dias depois de a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) ter identificado algumas incursões russas no espaço aéreo europeu.

A Rússia declarou nesta quarta-feira que planeja enviar bombardeiros de longo alcance em voos de patrulha sobre águas norte-americanas, inclusive sobre o Golfo do México, mas o Pentágono minimizou a missão de Moscou dizendo se tratar de treinamento de rotina em espaço aéreo internacional.

O anúncio do ministro russo da Defesa, Sergei Shoigu, ocorreu poucos dias depois de a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) ter identificado algumas incursões russas no espaço aéreo europeu, incluindo formações mais complexas de aeronaves voando em rotas mais “provocadoras”.

Shoigu disse que os voos ao longo da fronteira da Federação Russa e sobre o Oceano Ártico estão previstos como parte de um treinamento para operações de longo alcance, de acordo com a agência de notícias estatal Itar Tass.

“Na situação atual, precisamos garantir nossa presença militar na parte oeste do (Oceano) Atlântico, na parte leste do Pacífico e nas águas do Caribe e do Golfo do México”, acrescentou.

No Pentágono, o coronel e porta-voz Steve Warren afirmou que toda nação tem direito de operar em águas internacionais e no espaço aéreo internacional.

“Os russos já patrulharam o Golfo (do México) antes, e vimos a Marinha russa operar no Golfo do México. São águas internacionais”, disse Warren.

“É importante que os russos conduzam suas operações em segurança e de acordo com os padrões internacionais.”

As relações entre Moscou e o Ocidente azedaram por conta da crise na Ucrânia, na qual Kiev enfrenta uma rebelião de separatistas pró-Rússia no leste do país.

Os voos de patrulha com bombardeiros, uma prática dos tempos da Guerra Fria, foram encerrados depois da dissolução da União Soviética, mas o presidente russo, Vladimir Putin, ressuscitou a prática em 2007.

REUTERS

Fonte: Terra

Rússia envia navios para Austrália e reforça presença militar no mundo

Torpedeiro russo antisubmarino Marechal Shaposhnikov

Pouco antes da cúpula do G20, navios russos partem em direção à costa australiana. Ministro da Defesa também anuncia que Moscou enviará bombardeiros estratégicos em patrulhas aéreas regulares por todo o planeta.

De acordo com o Exército da Austrália, pouco antes do início da cúpula do G20 em Brisbane, quatro navios da Marinha russa partiram em direção ao país, cruzando águas internacionais nesta quinta-feira (13/11).

Enquanto especialistas advertem contra “demonstração de poder” do presidente russo, Vladimir Putin, o primeiro-ministro australiano, Tony Abbott, apontou que Moscou costuma posicionar navios da Marinha nas proximidades de encontros de cúpula.

O Ministério da Defesa em Camberra ressaltou que “o deslocamento desses navios está absolutamente em conformidade com as diretrizes das leis internacionais, segundo as quais navios de guerra podem circular livremente em águas internacionais”.

Controvérsia sobre voo MH17

Os navios partiram já em outubro de Vladivostok, no extremo norte da Rússia. Entre eles, estão o cruzador lança-mísseis Varyag e o torpedeiro antissubmarino Marechal Shaposhnikov. De acordo com a mídia russa, a tarefa da Marinha seria “mostrar bandeira”.

O aparecimento dos navios ocorre pouco antes da chegada de Putin a Brisbane para a cúpula do grupo das 20 maiores economias industrializadas e emergentes, a se realizar neste fim de semana. A participação do presidente russo foi colocada em questão pela anfitriã Austrália, mas acabou sendo sancionada pelo grupo por unanimidade.

O motivo da resistência australiana é a queda do avião de passageiros da Malaysia Airlines no leste da Ucrânia, em 17 de julho, entre cujas 298 vítimas encontravam-se 38 australianos. Tanto países ocidentais como o governo em Kiev responsabilizam os rebeldes separatistas apoiados por Moscou pelo acidente do voo MH17. O premiê Abbott anunciou a intenção de “confrontar” Putin sobre o assunto em Brisbane.

Patrulhas do Ártico ao Golfo do México

Além dos navios enviados para a costa australiana, a Rússia também mobilizará aviões bombardeiros de longo alcance para patrulhas regulares sobre o planeta, do Oceano Ártico ao Golfo do México. “Na situação atual, temos que manter presença militar no oeste do Atlântico e no leste do Pacífico, como também no Caribe e no Golfo do México”, justificou o ministro russo da Defesa, Serguei Shoigu, nesta quarta-feira.

O chefe de pasta não especificou a frequência das patrulhas aéreas, mas acrescentou que os aviões de longo alcance também vão conduzir “missões de reconhecimento para monitorar atividades militares de potências estrangeiras e comunicações marítimas”.

O anúncio de Shoigu coincidiu com as acusações do secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, de que a Rússia estaria enviando mais soldados e tanques de combate para o leste ucraniano, classificando a situação como “séria ameaça ao cessar-fogo”. O Kremlin refutou as acusações como infundadas.

Por outro lado, o ministro russo da Defesa declarou que as tensões com o Ocidente em torno da Ucrânia levarão a um reforço do contingente russo na península da Crimeia, anexada por Moscou em março deste ano. Sob pedido de anonimato, um alto oficial militar americano observou que nem mesmo na Guerra Fria os russos enviaram bombardeiros em patrulha aérea sobre o Golfo do México.

O porta-voz do Pentágono, coronel Steve Warren, recusou-se a classificar o fato como uma provocação. Segundo ele, como qualquer outra nação, a Rússia tem o direito de operar no espaço aéreo e nas águas internacionais. O importante é que tais exercícios se realizem em segurança e de acordo com padrões internacionais, sublinhou.

CA/afp/dpa/ap

Fonte: DW.DE

 

8 Comentários

  1. O Tu-95 bear e o bad boy da Rússia apesar de voar desde os anos 50 ele tem exelentes características tais como:
    Velocidade: 920 km/h
    Alcance: 15000 km
    Armamentos: 15,000 kg , incluindo os mísseis Raduga Kh-20, Kh-22, and Kh-55/101/102
    O análogo dos EUA é o também velhinho B-52 ambos ainda tem alguma relevância hoje, principalmente o Tu-95 bear que pode realizar missões antinavio, ar terra e até ataque nuclear.
    Ultimamente vários aviões russos estão sendo intercptados nas fronteiras da OTAN praticamente dia sim dia não até F-16 portugueses andaram interceptando aeronaves russas.

  2. Curiosidade off-topic,

    olhando o mapa do Brasil pelo Google, notei uma linha pontilhada na fronteira do Brasil com o Uruguai, próximo de Rivera (Uruguai) e Santana do Livramento (Brasil).

    Pesquisando sobre o assunto. descobri que é uma área de uns 220 km² contestada pelo Uruguai…

    Seguem dois links para quem tiver interesse, uma reportagem do jornal gaúcho Zero Hora e um artigo mais bem embasado sobre o tema:

    http://zh.clicrbs.com.br/rs/noticias/noticia/2012/10/gauchos-habitam-territorio-de-disputa-entre-brasil-e-uruguai-3907850.html

    http://www.info.lncc.br/masoller.html

  3. Os Russos cansaram de recuar, sentiram que no passo que iam logo logo estariam perdendo a Russia para o “ocidente”.

  4. Manobras, incursões e treinamentos perfeitamente naturais que visam além do adestramento das tripulações, projetar a força de dissuasão do país em áreas de interesse militar e economico… tais manobras se tornarão cada vez mais constantes com a entrada em serviço dos novos submarinos, destroyers e bombardeiros.

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