Pentágono negocia redução de preço para F-35

 

F 35

Estados Unidos

 

Ivan Plavetz, Tecnologia & Defesa (T&D), 29/10/2014

Segundo fontes do governo de Washington, o Pentágono fechou acordo com a Lockheed Martin para redução do preço unitário sem motor dos aviões de combate stealth de 5ª geração F-35 Lightning II, correspondentes ao oitavo lote inicial de baixa cadencia de produção (LRIP 8).

O valor total do contrato correspondente às 43 unidades do LRIP 8 é de US$ 4 bilhões, sendo que o preço unitário de cada um dos três modelos do F-35 fica reduzido em relação ao LRIP 7. O preço do F-35A CTOL (Conventional Take-Off and Landing) sem motor foi reduzido para US$ 95,7 milhões (3,6%), ao mesmo tempo que o valor dos F-35B STOVL (Short Take-Off and Vertical Landing) e da variante naval F-35C CV (CATOBAR-Catapult Assisted Take-Off But Arrested Recovery) foram baixados para US$ 101,8 milhões (1,7%) e US$ 115,6 milhões (0,1%), respectivamente. De acordo com fontes locais, gestões para reduções de preços dos motores devem seguir índices similares .

Um comunicado do Pentágono emitido no dia 22 de outubro alegava que as duas partes contribuíram harmonicamente para o acordo, trabalhando com reavaliações financeiras com vistas aos parceiros do projeto revisarem detalhes antes da assinatura para mais 43 exemplares do F-35.

Os contratos referentes aos LRIP 6 e 7 foram finalizados em setembro de 2013. O LRIP 6 está avaliado em US$ 4,4 bilhões e corresponde a 36 F-35 sem motor. O LRIP 7 resultará na produção de 35 aviões e custará US$ 3,4 bilhões.

O preço unitário dos F-35 foi substancialmente reduzido nos últimos quatro anos. As variantes A, B e C sem motor pertencentes ao LRIP 5 estavam avaliadas, em 2011, por volta de US$ 106 milhões, US$ 113 milhões e US$ 126 milhões, respectivamente. A expectativa era de que negociações do contrato envolvendo o LRIP 8 terminassem em maio, mas o acidente ocorrido no dia 23 de junho na Base Aérea de Eglin, no estado da Flórida, postergou a finalização.

Foto: O preço unitário do F-35 foi substancialmente reduzido nos últimos quatro anos. Redução de valor unitário do F-35 passa pela revisão crítica do programa de produção. (Imagem: Lockheed Martin)

Fonte:Tecnologia & Defesa (T&D)  

7 Comentários

  1. Com as ingerencias do ParTido no f2 e somado aos delirios ideologicos dos vizinhos , o GRIPEN BR ira acabar custando mais(unidade ) doque o F35 , o f35 eh caro por causa da tecnologia pioneira , o GRIPEN serah por causa dos propinodutos bolivarianos e vai ficar somente nas 36 unidades , sendo que 15 kits LEGO vao ser montados na banania !

  2. Coisa problemática que empaca na prateleira é normal o comerciante baixar o preço e fazer promoção para ver se tira pelo menos o que pagou de volta… Engraçado como o F-22 que se provou rapidamente e não teve tanta polemica em torno de seu projeto, provou ser um caça excepcional e que cumpria todo o prometido não foi possível renegociar preço, que chegou aos proibitivos 400 milhões de dólares a unidade, contribuindo para sua descontinuação…

  3. Li uma entrevista de um graduados oficial da USAF dizendo que o F-35 não é um caça de superioridade aérea e que os F-22 precisam de um modernização urgente. Agora fica a pergunta se isso é verdade ou estaria ele querendo mais recursos para sua pasta ou na pior das hipóteses estaria ele fazendo um lobby velado para o complexo industrial militar???

  4. Acho errado esta história de se comparar custos de caças de formas diversas, como por exemplo comparar o custo de um Gripen adquirido mediante um extenso pacote de armas, TOT e suporte logístico com o preço teórico de F-35.

    Segundo dados do Departamento de Defesa dos EUA o custo flyaway dos F-35A é de 174 milhões de dólares, podendo chegar a 148 milhões em 2015, o F-35B custa hoje 232 milhões de dólares, podendo chegar a 251 milhões em 2015, o F-35C custa hoje 273 milhões de dólares, podendo chegar a incríveis 337 milhões em 2015 (http://www.pogo.org/our-work/straus-military-reform-project/weapons/2014/how-much-does-an-f-35-cost.html)

    Desta forma se analisarmos que os contratos de venda de caças geralmente incluem inúmeras outras variáveis, simplesmente fazer uma conta de padaria dividindo-se o preço do contrato pelo numero de caças se demonstra no mínimo equivocado, vez que para se chegar ao preço puro do caça deveríamos excluir todas os outros custos e adendos incluídos e isto somente seria possível se tivéssemos em mão e efetuássemos uma análise completa no contrato firmado e em todos os seus aditivos.

    Apenas a título de comparação Israel comprou 19 F-35A em 2010 por cerca de 2,5 bilhões de dólares, o que dá numa conta de padaria cercad e 132 milhões de dólares e não estão incluídos assessórios e armamentos, bem como esta venda foi dentro do sistema FMS, ou seja subsidiada pelos EUA, o Japão destinou cerca de 330 milhões de dólares para comprar apenas 2 F-35A.

    Assim comparar-se o preço de caças de forma empírica além de ser equivocado pode ser leviano, sendo que cabe a FAB dar as explicações devidas como forma de evitar a escalada de conjecturas.

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