“O Brasil não tem culpa de ser tão grande, nem o Uruguai de ser tão pequeno”

Mujica cumprimenta Dilma no Palácio do Planalto

Prestes a deixar a presidência do Uruguai, José Mujica fez nesta sexta-feira sua última visita como chefe de Estado à presidenta Dilma Rousseff. Na pauta do encontro, segundo a presidenta recém-reeleita, esteve a integração energética entre Brasil e Uruguai. “Essa integração está baseada não só na interconexão de transmissão, mas também em projetos conjuntos feitos com a Eletrobras e a empresa uruguaia. Isso significa que, quando sobrar energia lá, eles vendem para nós, e, quando sobrar energia aqui, nós vendemos para eles. Aquele que tiver o menor preço, tem prioridade”, explicou Rousseff.

Segundo a petista, “esta região do mundo, onde nós nos localizamos, é hoje um mercado muito significativo que nós temos de ajudar a expandir. A presidenta disse que a integração dos países vizinhos “passa pelo equacionamento do problema secular da desigualdade que levou muitos latino-americanos, nos últimos anos, a condição de consumidores e que significou também a criação de um grande mercado para nós”. Destacando a necessidade de países tão diferentes se entenderem, Rousseff citou o colega uruguaio: “Ele dizia, sempre ao começar a reunião: ‘Nem o Brasil tem culpa de ser tão grande, nem o Uruguai de ser tão pequeno’.”

Em entrevista após o encontro, Mujica destacou as tratativas pela construção de um porto no Rio da Prata que proporcione o desenvolvimento dos países da região, beneficiando Brasil, Paraguai, Bolívia, Uruguai e Argentina. “Passamos alguns séculos sem olharmos entre nós mesmos e precisamos avançar para mudar esse cenário. O processo de desenvolvimento chegou tarde para a América Latina e é por isso que temos que juntar nossas forças. Só assim nos tornaremos fortes”, disse.

Fonte: El País

19 Comentários

  1. “Passamos alguns séculos sem olharmos entre nós mesmos e precisamos avançar para mudar esse cenário. O processo de desenvolvimento chegou tarde para a América Latina e é por isso que temos que juntar nossas forças. Só assim nos tornaremos fortes”

    Devemos reforças a união latino americana,em prol de um desenvolvimento,comum!

  2. Vamos vender uns 12 GRIPEN NG na planta para o Uruguai e aproveitar essa onda de cooperação na América do Sul.
    O Itamaraty deveria mexer seus pauzinhos nesse sentido. E o Uruguai ainda tem a vantagem de não sofrer embargo de FDP nenhum.

  3. Não compreendo essa necessidade patológica que alguns têm de permanecer grudadinhos com os comparsas bolivarianos… Vamos focar no Brasil? Vamos desenvolver NOSSA economia, produzir conhecimento e alavancar NOSSA indústria?

    A pouco mais de cento e cinquenta anos Lord Palmerston disse: “a Inglaterra não tem amigos eternos, a Inglaterra não tem inimigos perpétuos. A Inglaterra tem apenas perpétuos e eternos interesses.”

    Não sou argentino, não sou uruguaio, não sou venezuelano. Sou Brasileiro.
    Vocês deveriam se envergonhar. Mais pragmatismo e menos confete por favor.

    • É por causa de gente que pensa como você que o Brasil tem sido como é a quinhentos anos e o States, exemplo usado por gente que pensa como você, com um tempo parecido de história e territorio é o que é. Eles podem até estimular esse pensar aqui, mas agem muito diferente, é só para e prestar atenção. Os grandes paises não agem como voce pensa. Sds.

      • Você citou um país que hoje se tornou um poodle reconhecido mundialmente. Mas serve muito bem ao meu exemplo de como paises grandes procedem. Os states estão lá dominando-os, estão aqui ao lado na Colombia, estão tentando o Paraguai, estão dominando o Mexico, estão cercando Cuba, Estão costeando o alambrado da Venezuela, como tu bem deverias saber. Esse é o exemplo de apenas um país, e o país considerado exemplar em se tratando de garantir seus interesses. Por que vc acha que deveriamos renunciar a nossa vizinhança, ao nosso legado, a nossa herança para entregar, por pequenez de ambições, a outros países que investemmpesado por aqui, tanto intelectualmente, como financeiramente?
        Meu caro olhe o mundo a sua volta.

      • Me divirto ao ver pessoas citando a Inglaterra como um poodle obediente. A Inglaterra age em conjunto com os EUA visando os próprios interesses, e é exatamente isso que o Brasil deveria fazer. Você pode até discordar dos métodos (eu mesmo discordo de vários) porém, ninguém pode negar sua eficácia.
        Agora, quem falou em renunciar a vizinhança? Quero comercializar com todos os nossos vizinhos, desde que os negócios sejam bons para o Brasil. P-A-R-A O B-R-A-S-I-L.
        Dizia o ditado: A farinha é pouca…

        Meu caro olhe o mundo a sua volta.

      • E quem te deu a certeza de que não é? A questão é que não deve ser bom apenas para o Brasil, como pensam muitos dos nossos cidadãos da elite, que nos tornou internamente um dos países mais injustos do mundo. E quanto a inglaterra, não fui eu que inventei o termo, pois como falei é de reconhecimento mundial, inclusive na Europa. Mas discordo fortemente que devamos seguir este tipo de exemplo. O país Brasil não tem tamanho de poddle, nasceu para ser gigante, até Nostradamus já sabia, e é uma questão de tempo para alguns nacionais se conscientizarem. Sds

    • O BRASIL não pode se tornar uma nação rica,rodeada de países pobres,isso é inclusive uma questão de segurança !

      Quem deveria se envergonhar é você,por um pesamento tão preconceituoso !

      Eu também não sou argentino, não sou uruguaio, não sou venezuelano, mas tenho certeza que não sou melhor nem pior que qualquer cidadão desse mundo,seja europeu,asiático , etc !

      • Pensei em um país ao norte que faz fronteira com o México e fica a 120 km de Cuba, conhece?

        Umas aulas de interpretação de texto cairiam bem. Em algum momento eu disse que eu sou melhor do que alguém? Somos vizinhos, são gente fina, ok. Precisamos fazer tudo juntos? Precisamos pagar nossas contas (altíssimas) e as deles também?

        Vocês deveriam parar com o coitadismo, com a patética ilusão de que todos são nossos amiguinhos e que caminharemos juntos rumo ao paraíso bolivariano. O que precisamos é trabalhar, trabalhar muito, desenvolver tecnologia e exportar produtos de alto valor agregado. Gerar conhecimento! Livre mercado, livre iniciativa e livre concorrência.

        Nossos interesses e pragmatismo. Não permitir que fiquem no nosso caminho para o desenvolvimento! Nem EUA, nem Europa, nem Russia, nem China, nem mercosul, ninguém. Sds.

  4. Devemos sim pensar primeiro no Brasil e no povo brasileiro mas para fazermos isto com certesa nos izolando não conseguiremos temos sim que reforçar nossas alianças no continente se pensarmos bem sempre fomos tratados como terceira clase todos nós o dito primeiro mundo sempre quis nos manter separados mas estamos acordando A UNIÃO FAZ A FORÇA E DIMINUI O PESO E OS OBSTACULOS A SEREM SUPERADOS.

    • Isolar jamais, muito pelo contrário! Liberdade é fundamental. As trocas comerciais devem acontecer com todos! Menos impostos e mais acordos comerciais!

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