O Mapa Mundi – a mentira a que já nos habituamos!

[embedplusvideo height=”395″ width=”650″ editlink=”http://bit.ly/1vCyEg5″ standard=”http://www.youtube.com/v/AhFuy38shSI?fs=1″ vars=”ytid=AhFuy38shSI&width=650&height=395&start=&stop=&rs=w&hd=0&autoplay=0&react=1&chapters=&notes=” id=”ep2839″ /]
A grande maioria das pessoas não faz a mínima ideia que a forma visual que tem do mundo e dos seus territórios e mapas está completamente errada e manipulada. Muitos alegam ter-se tratado de uma ‘necessidade’ lógica para permitir facilidade de visualização, mas outros esfregam na cara da sociedade que esta mentira é propositada para diminuir o poder aparente do hemisfério sul e dar destaque ao grande ocidente controlador no eixo EUA/Europa.

275499_Papel-de-Parede-Exploracao-do-Mar-Mapa-Mundi-e-Bussola_1600x900

mapa acima é baseado na projecção Mercator e é o Mapa do Mundo aceite e distribuído, mais do que isso é o mapa utilizado para ensinar os habitantes do globo de uma forma completamente errada salientando pontos completamente errados e levando a conclusões defeituosas da percepção do planeta.
projeção de Mercator foi apresentada em 1569 pelo cosmógrafo e cartógrafo flamengo Gerard de Kremer ou Cremer (em latim, Gerardus Mercator ), através de um grande planisfério medindo 250cm x 128cm, constituído por dezoito folhas, impressas separadamente. Tal como em todas as projeções cilíndricas, os meridianos e paralelos são representados por segmentos de recta perpendiculares entre si, e os meridianos são paralelos. Essa geometria faz com que a superfície da Terra seja deformada na direcção leste-oeste, tanto mais quanto maior for a latitude.
413px-Usgs_map_mercator.svg
Na projeção de Mercator, o espaço geográfico entre os meridianos adjacentes aumenta com a longitude, de modo que a deformação (na direcção sul-leste) é acompanhada por idêntica deformação na direcção norte-sul. Como consequência, a escala do projecto aumenta também com a latitude, tornando-se infinita nos pólos, o que impede a sua representação. Tratando-se de uma projecção conforme, a escala não varia com a direcção e os ângulos são conservados em torno de todos os pontos. Em particular, as áreas são fortemente afectadas, transmitindo uma imagem irreal da geometria do planeta.
Por exemplo, a Gronelândia é representada com uma área idêntica à da África, embora ela seja, na realidade, cerca de 50 vezes menor e a este fenómeno cartográfico chamou-se o ‘Problema Gronelândia’. Não será difícil ver o quão conveniente é este ‘problema’ onde de forma psicológica e subliminar as áreas de dominação colonial aparecem francamente reduzidas comparando com as áreas de poder dominante (Europa). Tudo isto permite dar uma imagem do mundo onde a Europa é o centro e parece bem maior do que na realidade é. Este eurocentrismo cartográfico acaba por beneficiarindirectamente a posição americana perante o mundo de igual forma.
bwmap1
Sabia que na realidade o hemisfério norte possui 18.9 milhões de milhas quadradas enquanto o hemisfério sul possui 38.6 milhões de milhas quadradas? Compare com a realidade cartográfica que conhece à esquerda!
Sabia que a Europa possui apenas 3.8 milhões de milhas quadradas enquanto a América do Sul chega aos 7 milhões de milhas quadradas? Consegue ver que o continente Sul Americano é duas vezes maior do que a Europa no seu mapa?
Compare agora a ex-União Soviética com o continente Africano e veja se o seu mapa consegue demonstrar a realidade: a África possui 11.6 milhões de milhas quadradas e a ex-USSR possui apenas 8.7 milhões de milhas quadradas 
bwmap4
Como curiosidade compare os reais 3.7 milhões de milhas quadradas da China emergente com os diminutos 0.8 milhões de milhas quadradas da Gronelândia neste mapa à direita aceite como correcto.
bwmap2
bwmap3
O nome e as explicações fornecidas por Mercator no seu planisfério Nova et Aucta Orbis Terrae Descriptio ad Usum Navigatium Emendate (“Nova e aumentada descrição da Terra, corrigida para uso em navegação”) mostram que este foi expressamente concebido para uso da navegação marítima. Embora o método de construção não seja conhecido, é provável que Mercator tenha utilizado um processo gráfico, transferindo alguns segmentos de loxodromia, previamente marcados num globo, para um círculo geográfico, e ajustando posteriormente o espaçamento entre paralelos de modo a que aqueles segmentos fossem representados por segmentos de recta. A projecção de Mercator constituiu um notável progresso na cartografia náutica do século XVI. Contudo, pode ter surgido antes de tempo, já que as limitações inerentes aos métodos de navegação então praticados impediam o seu uso efectivo. Dois problemas principais concorriam para tal: a impossibilidade de determinar a longitude no mar e o fato de se continuar a utilizar as direcções magnéticas indicadas pela bússola, em vez de usar as direcções geográficas. Só em meados do século XVIII, após a invenção do cronómetro marítimo (que possibilitou a determinação da longitude no mar) e o conhecimento da distribuição espacial da declinação magnética à superfície da Terra, a projeção de Mercator foi definitivamente adoptada pelos navegadores.
cge_-_ppwm_zps211c545c
Eis acima a Projecção Peter, que apresenta os tamanhos reais, as distâncias reais e que se fosse ensinado daria uma imagem completamente diferente do mundo aos estudantes. Esta projecção consegue mostrar todas as áreas de acordo com o seu tamanho real fornecendo comparações reais num eixo real. Aqui todas as linhas norte-sul são verticais possibilitando que os pontos geográficos possam ser precisos em relação directa. De igual forma as linhas este-oeste são paralelas e o relacionamento de qualquer ponto nesse mapa e a sua distância do equador real permite determinar distâncias com exactidão.
Com este realismo poderemos com facilidade atribuir justiça às nações e aos povos do globo, em especial neste complexo e interdependente mundo em que vivemos nos dias de hoje.As missões de ajuda internacional utilizam já a Projecção Peter, servindo para mostrar a verdadeira dimensão dos países emergentes. Além deles, a Projecção Peter, é já usada por muitas organizações mundiais mas continua no segredo dos deuses para o público em geral. E porquê?
[embedplusvideo height=”395″ width=”650″ editlink=”http://bit.ly/1vCyMfx” standard=”http://www.youtube.com/v/2lR7s1Y6Zig?fs=1″ vars=”ytid=2lR7s1Y6Zig&width=650&height=395&start=&stop=&rs=w&hd=0&autoplay=0&react=1&chapters=&notes=” id=”ep3192″ /]

9 Comentários

  1. Me lembro do meu professor de história contando a respeito disto (na época não havia internet e apesar do interesse não fui curioso suficiente ) e dizendo que a história é contada do ponto de vista do vencedor, hoje vemos aa guerras como elas são e o porquê elas ocorrem, mas certamente no futuro elas serão distorcidas em favor da classe dominante.

    • Então pare de usar mapas e compre um globo. Se o mundo é redondo e os mapas são retangulares é óbvio que a haverá distorção, e cada forma de representar tentará compensar essa distorção de um jeito diferente.

      As fotografias e imagens tiradas do espaço confirmam que a cartografia está correta dentro das possibilidades de cada tipo de projeção.

      Não é lógico que o mapa mundi seja uma “mentirinha”, qualquer um, que tenha feito segundo grau, sabe muito bem que a América do Sul é muito maior que a Europa e que a forma dos mapas não consegue representar isso de forma adequada.

  2. Neste mundo em que o nível de riqueza influência diretamente na imagem de uma pessoa ou um de um país…Está mesmo na hora de termos uma percepção mais real, tanto na cartografia, como na economia…

    Muito gente ainda se apega aquela imagem da década de 90, onde o EUA tinha acabado de vencer a guerra fria e reinava absoluto em seu poder econômico, más as coisas mudaram num rítmo surpreendente. E o mundo se encaminha para uma efetiva multipolaridade…

    ———————————————————————-

    “Há 20 anos, seis das maiores economias do planeta estavam integradas ao mundo pró-Washington.

    O líder, os próprios EUA, estavam tão à frente, que o PIB, ali, era mais de quatro vezes maior que o da China e nove vezes maior que o da Rússia.

    O país mais populoso do mundo, a Índia, tinha quase a mesma renda bruta que os comparativamente minúsculos Itália e Reino Unido. Qualquer noção de que a ordem mundial mudaria tão dramaticamente em apenas duas décadas soava como piada.

    A percepção ocidental era que China e Índia eram atrasadas e se passaria um século antes que se tornassem concorrentes. A Rússia era vista como uma espécie de lata de lixo, de cócoras e governada pelo caos. Nos anos 1990s, boa parte disso tudo, sim, fazia algum sentido.
    ———————————–
    Aqui, um resumo da economia mundial, nos anos 1990s e hoje:
    ———————————–

    Maiores Economias mundiais, pelo PIB, ajustado por paridade do poder de compra (PPC).

    (PIB em bilhões de USD)

    1995………………| 2015

    1)EUA:7,664…..|China 19,230

    2)Japão:2,880…|EUA 18,287

    3)China:1,838…|Índia 7,883

    4)Alemanha:1,804|Japão 4,917

    5)França:1,236..|Alemanha 3,742

    6)Itália:1,178..|Rússia 3,643

    7)R.Unido:1,161.|Brasil 3,173

    8)Índia:1,105…|Indonésia 2,744

    9)Brasil: 1,031.|França 2,659

    10)Rússia: 955..|Reino Unidos 2,54

    *(PIB 1995 estimado pelo Banco Mundial | PIB 2015 estimado pelo FMI)
    ——————–

    “O Fundo Monetário Internacional (FMI) estima que, em 2015, quatro das principais economias do mundo estarão incluídas no grupo hoje conhecido como BRIC: Brasil, Rússia, Índia e China. A China substituirá os EUA como lobo guia da matilha. Pode até já ter acontecido: os números da economia sempre aparecem depois dos fatos da economia.

    A Itália, a doente da Europa, já saiu dos “10 mais”; e o Reino Unido mal se mantém pendurado, por mais que Londres continue a ser promovida como poderoso centro financeiro. Só criancinhas, na Inglaterra, ainda creem nisso. O Reino Unido está convertido numa Julie Andrews da geopolítica – estrela que se vai apagando, depois de ter luzido com tanto brilho. A França é impotente, saltando de crise em crise, sempre com novas trapalhadas, até voltar a mergulhar em nova crise.”

    (Trecho de matéria de Bryan MacDonald,no Rússia Today – Tradução Vila Vudu)

    • Repetindo, para ver se sai melhor formatada a tabela acima:
      ———————————–

      Maiores Economias mundiais, pelo PIB, ajustado por paridade do poder de compra (PPC).

      (PIB em bilhões de USD)

      1995……………………|…2015

      1)EUA:7,664………..|…China 19,230

      2)Japão:2,880………|…EUA 18,287

      3)China:1,838………|…Índia 7,883

      4)Alemanha:1,804..|…Japão 4,917

      5)França:1,236…….|…Alemanha 3,742

      6)Itália:1,178……….|…Rússia 3,643

      7)R.Unido:1,161…..|…Brasil 3,173

      8)Índia:1,105……….|…Indonésia 2,744

      9)Brasil: 1,031……..|…França 2,659

      10)Rússia: 955……..|…Reino Unidos 2,54

      *(PIB 1995 estimado pelo Banco Mundial | PIB 2015 estimado pelo FMI)

  3. Então o Google Earth está errado junto com todas as fotografias tiradas do espaço, inclusive as tiradas por russos e chineses?

    E no que alterar as formas dos continentes favoreceria o poder de europeus e americanos?

    E é óbvio que todos os mapas estão “errados” pois é impossível representar um globo através de um retângulo, isso se aprende no colégio. Em praticamente qualquer mapa os hemisférios sul e norte são aumentados e como há mais terras próximas ao pólo norte é normal que alguns países de lá saiam ganhando no papel.

    Todos as imagens do espaço confirmam que nossos globos estão corretos e os mapas apresentam as deformações previstas para o tipo de projeção.

    Alguém possui alguma imagem do espaço que comprove o que o texto diz?

  4. Me parece que este chororo sobre os mapas é daquela serie: “a culpa dos nossos problemas é de vocês!”. A solução é ter aulas de qualidade de geografia/cartografia nas nossa escolas e patrocinar materiais didáticos com nossa visão – ponto.

    • Caro o Administrado.
      Provavelmente, imagino eu, os primeiros mapas mundi que incluem as Américas foram feitos por portugueses ou espanhóis e não vejo nada de errado no fato deles terem considerado o sul como sendo lado de baixo. Certamente muito antes da descoberta do novo continente já consideravam o norte como sendo o lado de cima.

      E me lembro ter aprendido no colégio, ainda no primeiro grau, que a projeção do mapa mundi retangular distorcia o tamanho dos continentes para que os meridianos passassem sobre os pontos corretos. Se não fosse assim os mapas seriam apenas figuras com pouca utilidade prática.

      Eu sinceramente não vejo onde há maldade por parte dos americanos e muito menos percebo alguma forma em que isso possa prejudicar as nações do hemisfério Sul. Pelo que pude pesquisar a projeção de Peter não é perfeita e também deforma algumas aéreas, porém sua vantagem é que aumenta o tamanho de países do terceiro mundo.

      De qualquer forma para um Brasil, que possui uma das piores educações do mundo e altos índices de corrupção, reclamar que as projeções dos mapas nos prejudicam me parece bobagem.

      Se somos “dominados” é pq não trabalhamos o suficiente para conquistar a nossa independência. A culpa é nossa.

Comentários não permitidos.