Euronaval 2014: Novas corvetas da MB já têm nome e designadores!

Corveta

Felipe Salles, ALIDE, 27/10/2014

Seguindo com a sequência de revelações exclusivas de ALIDE sobre o programa das novas corvetas CV03 ALIDE ouviu hoje do próprio Comandante da Marinha almirante Julio Moura Neto que ja foram escolhidos os nomes e os números de costado das quatro futuras corvetas derivadas da Barroso. O almirantado propôs e o Comandante da Marinha aceitou os seguintes nomes:

V35 Tamandaré (Quarto navio com este nome na MB)

V36 Jerônimo de Albuquerque (Primeiro navio com este nome na MB)

V37 Cunha Moreira (Primeiro navio com este nome na MB)

V38 Mariz e Barros (Quarto navio com este nome na MB)

Receber nomes e números certamente não é o mesmo que colocar a nova classe em em produção, mas isso, certamente, indica que o grau de confiança da MB sobre este programa está alto.

Em paralelo, outras fontes de ALIDE na MB revelaram que o número de 185 militares originalmente especificado para a nova classe de corvetas já foi cortado em pelo menos 20 e pode cair ainda mais. A reação dos representantes da indústria internacional a este número alto foi uniformemente negativa em relação a isso, apontando que nenhuma das novas fragatas de 6000 toneladas em consideração para o Prosuper têm uma tripulação deste porte. A visão deste grupo essenciamente técnico é que 185 tripulantes (incluindo aí os membros do GAE e do Estado Maior embarcado) seria uma profunda contradição com as tendências mais recentes do segmento naval.

Outra novidade importante sobre este programa é que já se teria tomado a decisão de rever uso do exato mesmo formato e tamanho casco da Corveta Barroso nas novas Tamandaré (e potencialmente nos OPV-Br delas derivados). Assim a boca (a “largura”) do casco teria sido revista passando a ser maior do que os 11,4m padrão das Inhaúma e da Barroso. Inquestionavelmente, isso já é um resultado da experiência positiva da MB com os NaPaOcs da classe Amazonas que foram comprados da BAE recentemente que têm 13,5m de boca.

Finalmente um slide recente da MB confirmou que o míssil Seaceptor/CAMM da MBDA britânica bateu o americano ESSM na concorrência da MB e será adotado na nova classe. O radar da nova classe deve ser mesmo o BAE System Artisan ou um derivado deste elaborado pela BRADAR (a antiga Orbisat), subsidiária da Embraer Defesa e Segurança. Depois de batido o martelo, a Airbus defense (antigamente conhecida como EADS Cassidian) visitou a BRADAR com intenção de oferecer ao Brasil seu radar AESA rotativo TRS-3D, mas aparentemente sem maior sucesso.

No entanto enquanto todos estes detalhes não forem devidamente confirmados pela MB sempre existe um risco de alterações nestas decisões tomadas.

Fonte: ALIDE  

7 Comentários

  1. Pois é, pois é, pois é. BRASIL investindo em suas forças, se equipando. Isso ainda vai fazer infartar meia duzia de entreguistas americanoides. Rsrsrsrs

  2. Euronaval: Confirmado, BAE Artisan será a base do radar da BRADAR para as novas corvetas da MB PDF Print E-mail
    Written by Felipe Salles
    Thursday, 30 October 2014 22:27
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    Conforme adiantado por ALIDE em 27 de outubro foi divulgado nesta quinta-feira pela Diretoria Geral de Meios da Marinha (DGMM) a seleção da empresa britânica BAE Systems para ser a parceira tecnológica da empresa estratégica de defesa BRADAR Indústria no desenvolvimento de um novo naval brasileiro. Este radar usará tecnologia do radar de busca Artisan 3D da BAE.

    O próprio Almirante Gusmão da DGMM revelou esta escolha no stand da BAE durante a Euronaval 2014 realizada em Paris.

    O Vice Presidente para a América Latina e Canada da BAE Systems, Dr Llyr Jones, disse que: “Este é um elemento-chave do nosso comprometimento em trabalhar junto com a Marinha do Brasil e a indústria brasileira no desenvolvimento de soluções para os requerimentos navais do Brasil.”

    Last Updated on Thursday, 30 October 2014 22:57

    • Gostaria que seu prognóstico se confirme, no entanto não me conforme com o fato da marinha não investir no upgrade do projeto Vosper MK 10 Fragatas Niterói, pois esta já é nosso e pode ser base de uma nova plataforma com maiores dimensões e modificações pontuais.

  3. Como sempre expresso a opinião de um mero entusiasta, assim vejo estas corvetas, já como um projeto defasado em termos de guerra naval, o design desta corveta inda esta calcado no design de navios das décadas de 80, com algum refinamento, mas nada assim tão profundo, que demonstre o arrojo da nossa indústria naval, fico abismado com a necessidade de material humano, pois ao contrário de todos os projetos mundiais onde o número de tripulantes e diminuído em função da maximização da tecnologia, nossa corveta que não é um combatente de primeira linha terá necessidade de mais de 100 tripulantes, quando outros projetos temos uma tripulação de 60/80 homens.

    Ainda insistimos nos Exocets, sejam os AM-39 ou os MM-40, quando deveríamos optar por misseis mais modernos e de maior alcance, apenas para não fugir da parceira dos BRICS poderíamos estar optando pelos Brahmos, mas opções não faltam no mercado mundial, acredito que optamos pelos Exocets em função da indústria nacional ter conseguido nacionalizar seu motor, mas acredito que temos potencial e capacidade para desenvolvermos uma parceria visando o desenvolvimento e fabricação de um míssil realmente moderno e capaz em solo nacional..

    Assim sendo bem otimista este projeto das Tamandarés já nasce morto em termos comerciais, posto que há no mercado mundial opções muito mais atraentes, sendo que poderemos no máximo conseguir algumas vendas para países da África.

    Outra fator que me preocupa será que nosso governo manterá as linhas de crédito suficiente para a produção destas belonaves de forma cumprir com o cronograma de produção, ou veremos novamente, a absurda situação de se demorar mais de 20 anos para se concluir um simples corveta.

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