Cruzador nuclear Admiral Nakhimov receberá o mais recente sistema de mísseis antiaéreos S-400

Ao longo do processo de modernização, que teve início no ano passado, o cruzador nuclear Admiral Nakhimov receberá o mais recente sistema de mísseis antiaéreos de longa distância S-400, bem como o sistema de médio alcance Polyment-redoute e os mísseis de cruzeiro Kalibr.

De acordo com Vladímir Spiridopulo, diretor-geral do Escritório de Design do Norte, responsável pelo projeto do cruzador, após concluir a atualização, o Admiral Nakhimov vai se tornar mais poderoso que o seu navio-irmão Piotr Velikii, o cruzador de mísseis pesado de propulsão nuclear que é atualmente o carro-chefe da Frota do Norte.

“Mesmo antes do início dos trabalhos de modernização já havia discussões sobre quais armamentos o Admiral Nakhimov iria receber. De acordo com as declarações do Estado-Maior da Marinha, foi analisada até a opção de equipar o cruzador com o mais avançado sistema de defesa antiaérea S-500”, disse à Gazeta Russa Dmítri Kornev, especialista militar independente e editor-chefe do projeto on-line MilitaryRussia.

Segundo ele, os engenheiros navais praticamente mantiveram o sistema original de armamento do cruzador, mas fizeram com que ele correspondesse às exigências modernas. “O sistema S-400 substituirá o S-300F anteriormente instalado no cruzador, o Polyment-redoute será trocado pelo Osa-M, e os mísseis de cruzeiro Kalibr substituirão os supersônicos Graniti”, destacou Kornev.

Além do Admiral Nakhimov, é possível que outro navio pertencente ao mesmo projeto passe por uma modernização semelhante: o Admiral Lazarev, que integra a Frota do Pacífico, embora se encontre atualmente no estaleiro.

Mísseis supersônicos

Os mísseis de cruzeiro Kalibr, desenvolvidos pelo Escritório de Design Experimental Novator, que faz parte da corporação de defesa aérea Almaz-Antei, já estão sendo instalados nos novíssimos submarinos do projeto 885 Iasen e nos pequenos navios de mísseis do projeto Buian-M, entre outros.

De acordo com os dados oficiais, eles são capazes de atingir alvos a uma distância de até 300 quilômetros. Também é provável que em um futuro próximo os mísseis Kalibr possam atingir alvos a uma distância de mais de mil quilômetros e que se tornem supersônicos.

Na Marinha soviética, os navios do projeto 1144 Orlan (o Admiral Nakhimov faz parte justamente do grupo de navios desse projeto) eram os principais navios dos chamados “grupos de navios de superfície” (GNK, na sigla em russo). Em tempos de paz, essas embarcações realizavam tarefas de monitoramento das frotas dos países da Otan.

Top de linha

 Ainda segundo Kornev, considerando os sistemas de armamento que serão instalados no cruzador, é pouco provável que as suas tarefas sofram grandes alterações.

“Mas é possível que, em função da instalação dos novos sistemas de comunicação e controle automatizado, o Nakhimov se torne o carro-chefe da esquadra. Além da destruição de navios inimigos por meio da utilização dos mísseis Kalibr, o cruzador poderá se tornar uma séria ameaça para a infraestrutura terrestre do inimigo, bem como para as suas instalações estratégicas”, disse o especialista.

Ao todo, desde 1998 até 1980, quatro cruzadores nucleares pesados de mísseis do projeto 1144 Orlan passaram a integrar a Marinha soviética e, posteriormente, a Marinha da Rússia. O primeiro da série foi o Kirov, entregue à Marinha no final dos anos 1980, e o último foi Piotr Velikii, que entrou para a composição da frota em 1998.

Fonte: Gazeta Russa

21 Comentários

    • Giancarlos, acho que isso não vai acontecer pois a Rússia vai investir na construção de Destroyers de propulsão nuclear da classe “Líder”, mas com certeza pretende manter ao menos o Admiral Nachimov no estado da arte como símbolo de poder e também para guerra psicológica.

  1. Fantástico… sempre penso na utilização moderna dos cruzadores… a simples presença desse bicho numa determinada área é suficiente para dissuadir até os mais fanáticos ou os mais idiotas! Só colocar um bicho desses de frente pro inimigo pode ser suficiente para evitar uma guerra muito mais dispendiosa!

    Os “destroyers” em si tiveram suas funções absorvidas pelas fragatas e corvetas modernas… e não existem mais “lanchas torpedeiras”… agora são lanchas “lança-mísseis”…

    Mas os cruzadores e porta-aviões ainda têm muito a oferecer quando se fala em “Projeção de Força”… ainda mais com os meios modernos disponíveis!

  2. Cuméquémemo aquela yeyehistorinha de que a Rússia não fabrica nada??

    “Discretamente a partir do início da crise na Ucrânia, as empresas aeronáuticas americanas Boeing e United Technologies Corp.(holding controladora da Turbinas Pratt&Whittney) começaram a estocar de forma acelerada peças produzidas em titânio de procedência de fornecedor russo.

    Com o início das tensões entre Washington e Moscou os setores de logística das grandes empresas aeroespaciais americanas adiantaram suas encomendas de peças de titânio oriundas da Rússia.

    O Wall Street Journal mencionou o assunto titânio, na sua edição do dia 08AGO14. Porém, o desdobramento de embargos a produtos russos poderá afetar “TODA” a indústria aeronáutica mundial.

    A empresa russa VSMPO-Avisma, com participação acionária de Tecnologias Russas (ROSTEC), tem o monopólio na produção na Federação Russa de titânio e grandes peças forjadas neste material. A ROSTEC é mesma empresa que controla o conglomerado de defesa Rososboronexport.

    A Rússia controla cerca de 30 % do fornecimento mundial de titânio, e praticamente mais de 50% de peças forjadas de grande porte fornecidas à indústria aeronáutica mundial. O impacto atinge a todas as empresas, em maior ou menor escala. Veja a tabela estimativa:

    Empresa Dependência do Titânio Russo
    BOEING 35 % ( B787)
    AIRBUS + 60% (A350)
    EMBRAER 100%

    A dependência tende a subir com as novas aeronaves BOEING B787 Dreamliner e o AIRBUS A350 e a nova geração de E-jet2 da EMBRAER.

    O metal titânio é de especial importância para o novo BOEING B787 Dreamliner, representa cerca de 15% do peso da estrutura da aeronave.

    As sanções econômicas impostas pelos Estados Unidos à Federação da Rússia, até o momento, focam os bancos e empresas de energia e defesa, contornando os fornecimentos de titânio russo para a indústria aeronáutica.

    A maior empresa russa e do mundo fornecedora de titânio e peças forjadas neste metal é a russa VSMPO-Avisma. A VSMPO é subsidiária do conglomerado estatal ROSTEC State Corp., que detém cerca de 25% do capital, assim como golden share.

    A ROSTEC é controlada diretamente pelo Kremlin e detém também o capital da Rosoboronexport, que controla cerca de 80% das exportações russas de defesa.

    Quatro empresas controlam o fornecimento mundial em 90%, das cerca de 60.000 toneladas empregadas na indústria aeroespacial a cada ano. A VSMPO participa com cerca 30% do fornecimento mundial.

    O restante é fornecido pelas empresas americanas: Allegheny Technologies Inc., RTI International Metals e RTI Titanium Metals Corp (uma divisão da Precision Castparts Corp.).

    A VSMPO fornece cerca de 35% do titânio, em especial grandes peças forjadas, às aeronaves comerciais da Boeing.

    A europeia Airbus não trabalhou para ter uma reserva de peças de titânio de procedência russa como a Boeing. Embora dependa cerca de 60% do titânio de procedência russa (ver tabela).

    Resistente à corrosão, calor e alto stress além de ser muito leve (pesando um pouco mais do que a metade do que o Aço). É o material básico para a indústria aeronáutica e de defesa

    A Boeing e outras empresas americanas têm realizado acordos com empresas russas após o fim da Guerra Fria. A Boeing tem fornecido aeronaves comerciais a empresas russas como a Aeroflot, abriu um centro de Engenharia em Moscou e tem um acordo com a VSMPO, desde 2007.

    A Boeing afirmou recentemente que planeja uma segunda planta na região dos Urais, totalizando um investimentos de U$ 27 Bilhões, na Rússia, de 1991 a 2021, incluindo U$ 18 Bilhões em titânio.

    A Boeing, segundo seu Board acredita que os grandes investimentos na Rússia “ajudaram” aos russos desistir da ideia de suspender o envio dos embarques para os Estados Unidos

    O impacto da crise na Ucrânia traz um outro complicador na cadeia de fornecimento do titânio, já que a Ucrânia produz quase a totalidade dos concentrados necessários para que a VSMPO produza o metal titânio básico.

    Durante todo o conflito a Ucrânia não interrompeu os embarques para a Rússia. Mesmo assim a VSMPO afirmou que tem um estoque suficiente dos concentrados. A empresa tem procurado alternativas no Vietnã, África e Austrália. (ver a matéria Ucrânia – O Indispensável Complexo Industrial Militar para Moscou Link)

    EMBRAER

    O acesso às matérias-primas críticas como titânio e ligas especiais de alumínio é de grande importância para a EMBRAER.

    Uma das modificações mais sentidas na cadeia de fornecedores da EMBRAER foi que a gestão de acesso às matérias primas seria feita pelos fornecedores. Assim pelo novo programa seria paga a peça pronta, ficando ao fornecedor a obrigação de adquirir, importar, estocar e gerenciar a sucata da matéria-prima. Usualmente estas matérias primas são adquiridas pelo sistema de importação draw-back (sem impostos de importação caso comprovada a exportação).

    O impacto foi grande, no Cluster Aeronáutico de São José dos Campos, pois tirou da cadeia de fornecimento várias empresas, que não tinham capital e estrutura de gerenciamento para assumir este ônus.

    O volume é significativo, pois a geração de sucata de titânio, em 2003, foi de 3,6 toneladas/mês. Lembrando que neste período o fluxo de produção da família EMB 170/190, ainda não estava à pleno.

    Em 2005 a EMBRAER escolheu a empresa VSMPO TiRus como a líderes em fornecimento de matéria prima.

    A emprega gaúcha DIGICON que fabrica componentes de alta precisão para sistema de gerenciamento de ar condicionado dos Airbus A380 e Boeing B787 informou à DefesaNet, que tem obtido normalmente a liga de titânio, que necessita. Porém, tem acompanhado com atenção, as idas e vindas do cenário, informou o Diretor Peter Elbling à DefesaNet.

    A produção de titânio no Brasil é mais focada em óxidos para a produção de tintas e revestimentos.”

    Fonte: http://www.defesanet.com.br/bid/noticia/17256/Titanio—Boeing–Airbus-e-Embraer-em-Guerra-/

    Chupa 😀

  3. Qual sistema oferece maior proteção anti aérea, os cruzadores classe Kirov com o S-400 ou os Cruzadores classe Ticonderoga com o AEGIS ???

  4. Foi noticiado ha algum tempo atrás que todos os três cruzadores da classe Kirov seriam modernizados, assim, na opinião de um entusiasta apenas, acredito que a Marinha Russa deva proceder a reforma e modernização do Lazerev e do Pedro o Grande.

    Desta forma, o Nakimov estaria pronto em 2018, o Lazrev em 2019 e o Pedro o Grande em 2020, já que se estimou dois anos de trabalho para a modernização de cada belonave.

    Quanto aos futuros destroyers classe Lider, estes começaram a navegar com as cores da Rússia somente em 2023/25, os classe Kirov ainda terão uma longa folha de serviços coma Cruz de Santo André.

    quanto ao qual ser mais poderoso os Kirov com S-400 ou o Ticonderoga com os Aegis, o correto seria comparar o S-440 com o SM-3, ja que o sistema Aegis não e um míssil como o S400 e sim um sistema de radares e sensores que tem como arma principal os mísseis RIM 161- SM3 e apenas brincando de super trunfo o SM-3 tem um alcance maior com cerca de 500 km (270 mn), porém a interceptação mais longa efetuada por este míssil foi de um satélite a cerca de 240 km, num teste de uso deste sistema de armas como ASAT, porém os Kirov em decorrência de seu “pequeno” tamanho tem mais persistência em combate ja que carrega muito mais vetores.

    numa outra comparação super trunfo:

    Principal Armamento Ticonderoga: 2 lançadores Mk 41, com capacidade para
    122 misseis, podendo ser uma mistura de misseis antiaéreo, antinavio e superfície.

    Principal Armamento Kirov (antes da modernização): 96 S-300, 128 9K95, 40 OSA-MA e 20 P-700 Granit.

    Apenas para descontrair eu preferiria estar a bordo de um Kirov, pois o SU-24 que apagou o sistema AEGIS era da matinha russa, assim estando num Kirov não corro o risco de ficar as escuras.

    • kkkkk, raposa você realmente acredita nisso ???

      Se aquele Fencer estivesse com seu radar no modo track and fire teria virado um belo de um recife de coral no fundo do mar negro a mais ou menos uns 80 km do DDG-75 !!!

      Quanto ao poder de um Kirov frente a um Ticonderoga não resta dúvida que o navio Russo representa um desafio muito maior em se tratando de suas armas de ataque de uma forma geral, também pela sua persistencia em combate , como vc citou, já que carrega mais mísseis, e também principalmente pela sua propulsão nuclear que lhe confere um raio de ação limitado apenas, teoricamente, pelo suprimento de água e comida para a tripulação…Agora quanto ao quesito de defesa anti aérea sou mais o AEGIS, justamente pela maior capacidade e qualidade do radar AN/SPY-1 e de seus sensores que permite interceptar inclusive MARVs oriundos de ataques de ICBMs antes e após a reentrada… Os Russos alegam que o S-400 tem essa capacidade porém restam dúvidas quanto as reais capacidades desse sistema…

      Não acredito que a Rússia vá modernizar e investir tamanhos recursos na modernização dos outros navios da classe Kirov, tendo em vista que o país atravessa dificuldades financeiras e terá que investir pesado nos novos Destroyers da classe Líder, os quais serão concebidos com a finalidade de confrontar os novos Destroyers classe Zunwalt da US NAVY…Como disse a modernização e consequente manutenção do Admiral Nakimov na ativa é maios como uma forma de mostrar força e uma forma de guerra psicológica muito eficaz, pois a simples presença de um navio desses em determinada região é suficiente para dissuadir um inimigo em potencial…

      Abraço.

    • Caro rprosa

      No caso Fencer ter jameado um AEGIs ninguém sabe o que aconteceu mas a matéria divulgando o fato era com certeza fantasiosa.
      ECMs não apagam nada o máximo que os russos poderiam saber é se os dois sukhois foram ou não rastreados o resto é ilusão. E mesmo que os radares principais pudessem ser jameados ainda haveriam os sistemas phalanx que podem operar sem radar através de câmeras de imagem térmica sendo praticamente impossíveis de jamear eletronicamente.

      A única coisa que poderiam paralisar o Aegis da maneira como foi descrito seria um pulso eletromagnético mas isto também teria derrubado os dois Su-24 que participaram da missão.

      Quanto ao SM-3 versus o S-400 a comparação é injusta com os russos pois os SM-3 tem capacidade exoatmosférica para abater alvos acima de 200 km de altitude enquanto o S-400 está limitado à alturas de 32 ou 34 km tendo assim muito menos tempo para abater mísseis balísticos e sendo obrigado a interceptar ogivas em velocidades maiores e mais difíceis.

      • Deagol, fantasiosa é o mínimo que podemos taxar aquela notícia divulgada pela “Voz da Rússia”…

        Quanto a sua referencia a cerca do Pulso Eletro Magnético sendo a unica arma capaz de produzir um efeito parecido, eu concordo com a mesma… No entanto dezenas de Megawatts de Potencia Elétrica são necessários e portanto há a necessidade da instalação de geradores de corrente alternada, além de grandes bancos de capacitores, eletroímas e indutores, enfim uma grande parafernalha seria necessária para produzir esse efeito e é simplesmente incabível que os pequenos SU-24 tenham instalados tais equipamentos…
        Pra transportar tudo isso seria necessário no mínimo um Bear, ainda que eu acredite que só mesmo um Antonov teria capacidade para acomodar todos os equipamentos necessários para se criar uma arma de pulso eletromagnético voadora tão potente…

      • Boa caro Topol.

        Li que os americanos estão trabalhando em um dispositivo de Pulso Eletro Magnético em mísseis de cruzeiro, mas por enquanto acho que só é possível com uma explosão nuclear.

        Não sei pq algumas pessoas querem tanto acreditar nessa conversa de Su-24 “paralisando” Aegis. E os americanos simplesmente demonstram ignorar o fato quando se referem aos sobrevoos dos fencers.

        Me parece que o Voz da Rússia não tem mais credibilidade nenhuma, só serve para manipular o povo russo.

  5. e o sm3 e superior mesmo!!! porem vem por ai o s-500 que provalvelmene sera equipado no lider, e ate agora nao ouvi falar do substituto do sm3 na marinha dos EUA!!!

  6. Calma moçada como eu falei “apenas para descontrair” no início da frase esta deve ser entendida como uma ironia, vez que também não acredito que uma dupla de Fencer tenha apagado o Donald Cook.

    Porém, acredito que algo de estranho ocorreu no Mar Negro, mas nos meros mortais jamais ficaremos sabendo exatamente o que aconteceu, talvez daqui a uns 30 anos quando estas informações forem desclassificadas, saibamos de alguns detalhes.

    Não podemos esquecer que todos nós sabemos o quão dependentes da tecnologia são as tropas americanas e certamente os russos também sabem disso e investem tempo, dinheiro e recursos intelectuais no desenvolvimento de sistemas de guerra eletrônica, sendo inconteste que eles estão bem adiantados neste setor, mas dai acreditar que um elemento de Fencer possa apagar um dos mais poderosos navios de guerra da USNAVY fica pouco credível.

    Também há de se afirmar que segundo a estrategia naval russa seria necessário um ataque de saturação de no mínimo 20 misseis antinavio para se vencer um GT capitaneado por um porta aviões, porém como sempre tal afirmativa e um mero exercício de analises com base nas características dos armamentos envolvidos e não uma evento comprovado na realidade.

    Quanto aos SM-3 eles possuem um excelente alcance horizontal e vertical, mas certamente não se destinam ao combate de misseis sea skimmer, razão pela qual os Ticonderoga e os AB são armados com misseis de armas de curto alcance, mas como sempre isso e super trunfo, pois independentemente das inúmeras simulações efetuadas em laboratórios ou em ambientes controlados, num combate real a situação e outra diametralmente diferente e somente quando se enfrentarem Russia e EUA/OTAN saberemos das reais capacidades de cada combatente, cono exemplo podemos citar o Panther e Tiger alemães na II GM que eram muito, mas muito mais superiores que os T-34 russos e os alemães foram vencidos em função do grande número e da estratégia adotada pelos russos.

    Reza a lenda que os engenheiros alemães ao saberem da vitória do T-34 sobre os tanques alemães solicitaram que um exemplar fosse capturado e enviado a Alemanha e que o T-34 ao ser apresentado aos engenheiros alemães estes concluíram que o T-34 jamais passaria pelo controle de qualidade alemão. Assim como reza a lenda que ao analisar o MIG-25 levado ao Japão pelo piloto russo Viktor Belenko, os engenheiros americanos ficaram espantados pois o radar ainda usava válvulas e mais tarde se descobriu que a razão disso era de que as válvulas do radar eram imunes a EPM.

    Mas isso e estoria e não história, ou seja nos como entusiastas nos deleitamos com estas informações que somente tem o condão de fomentar ainda mais o debate de teses, hipóteses e preferencias.

    Sds.

    • rprosa,

      Pessoalmente, creio que nada demais aconteceu além de um encontro desses bem pitorescos, como nas épocas de Guerra Fria… Acionar um pod interferidor poderia ser considerado um ato extremamente hostil, que poderia ser interpretado como a preparação para um ataque, e consequentemente pôr as defesas do destróier em alerta; o que poderia acarretar eventos desastrosos… Enfim, não creio que os russos cometeriam tamanha imprudência. Afinal de contas, já estão calejados de lidar com situações como essas e conhecem a disposição do outro lado…

      Também já ouvi falar dessa “lenda” acerca dos engenheiros alemães… E os tanques russos eram mesmo rústicos. Dava-se acabamento somente naquilo que era absolutamente necessário. Contudo, tomar isso por inferioridade seria temerário… Até onde sei, o aço era de excelente qualidade. E o desenho, apesar de ser bem primário, era extremamente prático; de fácil construção… O T-34/76 realmente não tinha nenhuma vantagem clara em relação aos Panzer IV com o canhão KWK 40. Contudo, o T-34/85, incorporou um potente canhão de 85mm. Por tanto, em tese, mesmo que não possuísse uma blindagem equivalente aos Tiger e Panther, o armamento estava praticamente no mesmo nível… Novas adaptações utilizando os chassis dos KV e T-34, que geraram caça tanques muito melhor armados e blindados, deram aos russos armas equivalentes as dos alemães.

      A rigor, o grande calcanhar de Aquiles dos russos era a sua liderança… Os expurgos stalinistas anteriores a guerra simplesmente destroçaram com a cadeia de comando do Exército Vermelho. Houve uma onda de promoções, que colocaram em patentes elevadas oficiais que decisivamente não estavam preparados; algo que caracterizou basicamente todas as armas russas. E esse foi um problema que teria acompanhado os russos durante quase todo o conflito…

      No caso do Mig-25, houve realmente toda uma propaganda apontando as características que denotavam alguma “inferioridade” no Mig, tais como o uso do aço na construção e os radares de válvulas. Contudo, até onde sei, isso era mais um “causo” propagado pela imprensa não especializada da época que qualquer outra coisa… Qualquer analista mais sensato sabia que o caça russos não poderia ser subestimado. O aço era para resolver certos problemas inerentes a temperatura e as forças as quais a aeronave era submetida no voo supersônico. E os radares, como apontou, eram de válvulas justamente para resistirem a PEM; além da potencia que poderia ser gerada ( capaz de “torrar” qualquer ECM da época ), e se dispensava um sistema de controle de temperatura complexo. Em suma, era coisa rustica, feita para ambientes de utilização intenso. E os americanos certamente sabiam de muito disso… De fato, não o subestimaram. Tanto uma das razões de ser do F-15 era combate-lo…

  7. Topol, Deagol,

    Creio que nem um Mriya seria capaz de acomodar um gerador de PEM tão potente a ponto de “fritar” um AEGIS… Questão de geração de potencia e espaço mesmo. Não acredito que se possa acomodar no interior de uma aeronave atual o suficiente para produzir algo tão fenomenal…

    Um ECM pode proteger efetivamente uma aeronave, dependendo da distância. Contudo, quanto mais próximo do navio, é evidente que a potência do SPY vai prevalecer. De fato, aproximar-se em altitude com apenas um pod eletrônico é suicídio, diante de um sistema desses…

    A rigor, o concurso de aeronaves especializadas em ECM pode ( teoricamente ) gerar pulsos em potencia suficiente para proteger uma aeronave como o Fencer até a uma distância segura para o lançamento de suas armas ( até uns 150km ). Mas é algo a ser usado com extremo cuidado… O próprio uso do ECM pode denunciar a presença do intruso e alertar as defesas. Existem técnicas a serem aplicadas pelos operadores dos sistemas defensivos que podem diluir, ou mesmo anular, a eficácia do ECM. Assim sendo, a melhor tática para esse caso é a aplicação de voo rasante, aproveitando o efeito do horizonte/radar, e aproximar-se em completo silêncio eletrônico. Se for possível utilizar outros meios ( como um Tu-142 ) para designar os alvos, penso que essa seria a preferência, pois seria menos arriscado que expor o próprio Su-24.

    Mas mesmo assim, se houver a presença de um NAe previamente alertado, a aproximação é extremamente perigosa… Como já disse outras vezes, o circulo defensivo da frota se extendendo a mais de 800km com a PAC dos caças, no caso da USN. E desde que inventaram a capacidade “look donw-shoot donw”, aproximar-se a baixa altura não proporciona invulnerabilidade…

    • Caro RR.

      Também acho pouco provável que os Russos fossem demonstrar sua capacidade de guerra eletrônica de graça para a OTAN, assim como seria burrice por parte dos americanos utilizar plenamente sua capacidade de contra medidas ECCM em tempos de paz.
      Se o Aegis foi jameado eu não sei, acho que não, mas duvido que qualquer um dos lados tenha sido ingênuo o suficiente para revelar sua capacidade eletrônica ao outro.

  8. Show essas análises mesmo fazendo parte de suposições feitas em cima do dito “Super Trunfo”. Tenho que agradecer a esses novos “players” que enriquecem as matérias com seus comentários com muita neutralidade. Já estava cansado dessa guerrinha de “Fanboys”.

    Um diz nunca seu leviano!!!
    O outro nunca seu Ignorante!!
    -.-”
    E o leitor as moscas.

  9. isso rprosa!!
    somos so entusiastas tem hora que sai uns comentarios aqui que e como se fosse o piloto do fencer falando pra nos ao vivo de como cegar o AEGIS!!! rsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrrsrs

  10. _RR_ concordo plenamente com sua análise só acrescentando que o grande trunfo dos T-34 foi a inclinação de sua blindagem que lhe proporcionava uma maior possibilidade de ricochete dos projeteis, fato este copiado em todos os projetos de carros de combate posteriores ao T-34.

    quanto ao episódio do Mar Negro acho que alguma coisa ocorreu lá sim, não sei afirmar o que precisamente, nem tampouco vou defender as versões apresentadas pela dita imprensa especializada, que na maioria das vezes fica no limite da imaginação, mas certamente não foi um episódio normal, face os veementes protestos de Washington.

    Também não vou adentrar a impossibilidade de jameamento do Aegis, posto que não sei se somente é possível efetuar o jameamento de um sinal emitindo-se um sinal de maior potência, base da defesa de muitos como impossibilidade da ocorrência do evento.

    Assim não sabendo sob quais circunstâncias ocorreu o evento e de que forma o evento foi ocasionado e quais os resultados deste evento, tudo que falarmos vai ficar na hipótese, no achismo e certamente vai degringolar para as preferências pessoais de cada um, mas que é estranho um caça dos anos 70 ficar se exibindo num voo de 150m na vertical e 1000m na horizontal isso é, não podendo tal episódio ser acrescentado aos inúmeros sobrevoos de aeronaves sobre navios do lado oposto, ou seja, este episódio certamente ficará por muito tempo como lenda digno de figurar noa credite se quiser.

    quanto ao fato dos russos demonstrarem uma possível nova tecnologia, temos de lembrar que o momento era de tensão e que os russos não podiam aquiescer com as investidas da OTAN/EUA, ou seja pode ter havido um sútil toque avisando aos americanos que o urso apesar de ter perdido alguns dentes não esta banguela e ainda tem garras e certamente deu resultado face aos veementes protestos americanos, sendo que se os americanos ficassem calados quanto ao acontecimento não teria tido tanta repercussão.

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