Sword 90 a nova fera dos mares da CMN

COmbatant

Tradução e adaptação:E.M.Pinto

Esta é uma das grandes surpresas do maior evento naval do mundo, a  Euronaval, o qual revelado exclusivamente hoje. Trata-se do maior navio de guerra desenvolvido até agora pelo CMN, o C Sword 90, que além de tudo é também um dos mais inovadores de sempre.

Gozando de estudos extensivos sobre a corveta furtiva de 95 metros de comprimento e 15,7 metros de largura, o projeto que adota um desenho do casco muito trabalhado para fornecer um excelente seakeeping e alto desempenho em termos de velocidade e autonomia.

C Sword 90 (© CMN)

“A proa  incorpora formas clássicas com grande inclinação e deu um passo para o convés principal para quebrar as ondas e evitar o carregamento e uma seção frontal estreita para uma entrada de água beneficiando o desempenho. Acima do convés principal, a estrutura têm um design que combina estética e discrição. Nada foi deixado ao acaso, e cada curva de volume é ajustado para não permitir qualquer compromisso entre navegação e desempenho realizada no mar. Esta corveta, moderna, não deixa nada a desejar à tendências ou efeitos de estilo, ela é simplesmente projetada para operar de forma segura e eficiente “, disse um representante da CMN- e com razão estamos muito orgulhosos deste novo produto. Em relação à arquitetura e formas do navio, deve-se notar que o estaleiro de Cherbourg tem trabalhado em estreita colaboração com o arquiteto Naval Thierry Verhaaren .

C Sword 90 (© CMN)

Um radar fixo com quatro faces planas

A C Sword 90 destaca-se como o primeiro navio de guerra francês com uma proposta de seções planas de radar. Com quatro antenas, mastros dianteiro e traseiro (este último incorporando o escape do motor), esta nova geração de radar fornece monitoramento contínuo do ambiente marítimo e aéreo em 360º, melhorando a plataforma integrada à discrição do navio . Nenhum modelo de radar é especificado pelo fabricante, mas na visão das imagens,pode-se supor que o navio foi projetado para ser capaz de integrar os TRS-4D da Cassidian (Airbus Defesa e espaço), os primeiros exemplares saíram da fábrica para ser incorporados nas novos fragatas alemãs Type 125.

C Sword 90 (© CMN)

Armas são gerenciadas por meios eletrônicos, tais como, por um sistema de combate com a operação central que pode incluir uma dúzia de consoles multifuncionais. Altamente automatizada a corveta também tem uma plataforma de sistema de gestão para contribuir para a redução da tripulação, que é de apenas 65 marinheiros.

Multi-missão e construídos para alta intensidade de combate

As principais tarefas do C Sword 90 são Inteligência, Vigilância e combate de superfície com o compromisso de Reconhecimento (ISR) operações de dissuasão, Anti aérea e guerra submarina, além de apoio para forças de operações especiais em terra. O navio é interoperável e pode integrar uma força naval para combater em missões anti-superfície ou de guerra anti-submarina.

Projetado para o combate de alta intensidade, o novo carro-chefe da CMN tanto pode intervir em alto mar como nas zonas costeiras. Rápido e com um alto grau de autonomia, ou seja,  7.000 milhas à 12 nós (ou 5.000 milhas à 14 nós). A corveta pode atingir velocidade de 28 nós e apesar de compacta, tem um arsenal muito poderoso que lhe permite enfrentar qualquer tipo de ameaça, incluindo armas submersas. Os navios foram desenvolvidos para terem um sonar de casco, mas também a capacidade de transportar um sonar rebocado, o comandante pode, a critério do cliente, integrar vários equipamentos eletrônicos, como Thales e Atlas Elektronik.

C Sword 90 (© CMN)

Armas poderosas

O armamento é composto por 8 mísseis anti-navio, Exocet MM40 Block3, um sistema de mísseis supefície-ar de lançamento vertical com  (16 células para o míssil VL Mica), dois sistemas superfície-ar do tipo Simbad RC, duas armas de tubos de 20 ou 30mm-teleperado e seis torpedos em dois lançadores triplos. Além disso há lançadores de iscas, o sistema é chamado de SYLENA Mk2 Lacroix, que oferece tanto um radar anti-míssil ou orientação infravermelha, como também uma proteção electro-acústica contra torpedos.

Relativamente às instalações aeronáuticas, a plataforma é capaz de acomodar um helicóptero de 10 toneladas e possui um elevador para um pequeno hangar capaz de abrigar dois drones aéreos.

C Sword 90 (© CMN)

Dedicado ao controle exclusivo e perfeitamente adaptado para o compartilhamento de zonas econômicas costeiras o CSword 90 pode ser usado para missões de inteligência, para isto, possui uma gama completa de meios eletrônicos de guerra (R-ESM, C-ESM) que completam sua suite de equipamentos de monitoramento, o qual utiliza o radar principal ou um sistema eletro-óptico  no controle do fogo.

C Sword 90 (© CMN)

Forças Especiais

A CMN também desenhou a sua nova Corveta para a projeção de forças especiais, helicópteros, lanchas e veículos submarinos. Para isto o navio pode acomodar 20 comandos para além da tripulação, e para isto pode acomodar nos lados da popa um total de duas grandes embarcações RHIB 11 metros (ou ainda veículos não tripulados de superfície). Estes locais também podem ser utilizados para a operações de aeronaves e veículos e até mesmo submarinos. O design modular da plataforma também permite acomodar um helicóptero 10 tonelada.

C Sword 90 (© CMN)

A corveta possui na proa, um espaço modular onde é possível acomodar dois contentores de 20 pés. Esta configuração permite adaptar a capacidade das missões. Este espaço modular pode, por exemplo, permitir o lançamento de um sonar rebocado para reforçar as capacidades anti-submarinos da corveta .

C Sword 90 (© CMN)

Fonte: Mer et Marine

16 Comentários

  1. Não podemos perder este momento de inovação em design Naval é hora de atuarmos com coragem e inovarmos junto com o mundo desenvolvido. Aproveitando o ensejo de novas construções navais, devemos reservar recurso para novas ideias. Pelo Amor de Deus Almirantes, comando Naval, Ministério da Defesa, não brinquemos com o tempo, pois este é recurso escasso.

    • Você esta falando de um modo desesperado,mas esta certo,não há como não se desesperar diante da morosidade de nossos governantes ! e de sua falta de visão !

      • Cesar meu caro, saia desse cliche governo, isso é coisa para empresariado que aposta na inovação, que investe seu capital, o governo deve ser apenas um beneficiario do sistema, mas aqui acostumamos ao capitalismo estado dependente. E ainda tem gente que quer o estado fora da economia, como? Se pensamentos como esse que vc repete e marca registrada de nossos “capiltalistas”. Sds.

      • Meu bom amigo Julio Brasileiro,bem que eu queria que o empresariado brasileiro tivesse a chance de produzir e inovar nesse país, e o governo fosse apenas mais um dos muitos beneficiários do sistema !

        Mas para que tudo isso aconteça de verdade é preciso que o governo (de novo) crie condições para tal,precisamos de várias reformas no BRASIL afim de viabilizar essa nação,entre elas a reforma tributária !

  2. Por favor , vejam a matéria abaixo e promovam esta brilhante empresa que muito orgulho traz aos combatentes brasileiros, Soldados do meu querido Brasil AVANTE,UHÁ, UHÁ………
    Omnisys apresenta soluções para o setor naval
    Estreante na feira internacional Euronaval 2014, a Omnisys, empresa brasileira de alta tecnologia sediada em São Bernardo do Campo (SP), participa do evento que reúne os mais importantes players da indústria naval do mundo. A feira começou hoje e vai até a próxima sexta-feira (31), em Paris. A Omnisys apresentará suas mais recentes soluções para o segmento naval, incluindo equipamentos de guerra eletrônica, sistemas de controle de máquina leme e radares de uso militar e civil.
    Tendo participado de importantes eventos fora do Brasil, a Omnisys estará no pavilhão da Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Defesa e Segurança (ABIMDE), espaço exclusivo para empresas nacionais do setor.
    Luiz Henriques, diretor geral e fundador da empresa, disse que a Omnisys é líder no mercado brasileiro de eletrônica aplicada para fins militares. O executivo lembra que a organização mantém sólida parceria com a Marinha do Brasil e está preparada para atender aos mais complexos requisitos das Marinhas de outros países.Também foi uma das primeiras empresas de engenharia eletrônica brasileira a fornecer soluções de alta tecnologia para aplicações civis, militares e espaciais não apenas para no País, mas também para outras nações da América Latina, Europa e Ásia. Atua em segmentos chaves de radares de gestão do tráfego aéreo, radares meteorológicos, radares de trajetografia, guerra eletrônica e mísseis para o domínio naval. Progressivamente novas áreas estão sendo adicionadas ao seu escopo.
    A empresa exibirá na Euronaval 2014 o seguinte portfólio de produtos:
    – Defensor: Equipamento de suporte à guerra eletrônica destinado a interceptar e identificar os sinais eletromagnéticos em torno da embarcação.
    – Sistema de Controle da Máquina Leme (SCML): Sistema destinado a controlar (em modo manual ou automático) a máquina leme do navio.
    – Radares: A Omnisys é a única empresa brasileira que oferece soluções completas em radares de vigilância do espaço aéreo, fundamentada em tecnológicas avançadas e na sua grande capacidade industrial. Também realiza a instalação, integração e testes de aceitação em campo, apoio aos voos de homologação, garantia e suporte técnico dos radares de vigilância do espaço aéreo no Brasil e América Latina.
    SEGURANÇA NACIONAL BLOG.SNB
    Publicada por PEDRO J D SILVA em segunda-feira, outubro 27, 2014

    http://jardimgrandearora.blogspot.com.br/

  3. Essa corveta é muito bem armada para AAW, ASW e ASuW, falta apenas uma defesa de ponto automática de 20 mm Phalanx ou mesmo um RIM-116 por exemplo…

    Para a MB que opera exclusivamente no Atlantico Sul 12 navios com esse deslocamento estaria ótimo, poderiam inclusive constituir a escolta de nosso porta aviões juntamente com os Scorpenes… Necessitando apenas de uns dois navios de apoio logístico para mantê-las mais tempo afastadas da costa…

    Enquanto que para a defesa avançada seria feita com o submarino nuclear… e as escoltas de 6000 toneladas para missões em mares distantes como a UNIFIL no Líbano, etc…

  4. Um projeto extremamente bem pensado.

    Sua tripulação, de apenas 65 marinheiros,
    me fez lembrar do projeto da MB, das novas Corvetas derivadas da Barroso…Nas quais nossos almirantes e projetistas queriam enfiar uma tripulação de 185 homens! Indo contra todas as tendências atuais de “enxugamento tripulacional”…

    Segundo a Alide, parece que com as críticas de todos os lado recuaram, só um pouco…cortaram 20 tripulantes, com perspectivas de cortar mais….

    Segue recente matéria da Alide, que entre outras coisas, menciona a questão da tripulação das futuras corvetas:
    ———————————

    EURONAVAL: NOVAS CORVETAS JÁ TÊM NOME E DESIGNADORES!

    Written by Felipe Salles
    Monday, 27 October 2014

    Seguindo com a sequência de revelações exclusivas de ALIDE sobre o programa das novas corvetas CV03 ALIDE ouviu hoje do próprio Comandante da Marinha almirante Julio Moura Neto que ja foram escolhidos os nomes e os números de costado das quatro futuras corvetas derivadas da Barroso. O almirantado propôs e o Comandante da Marinha aceitou os seguintes nomes:

    V35 TAMANDARÉ (Como ALIDE havia adiantado em 6 de setembro de 2012, este será o quarto navio com este nome na MB.)

    V36 JERÔNIMO DE ALBUQUERQUE (Primeiro navio com este nome na MB.)

    V37 CUNHA MOREIRA (Primeiro navio com este nome na MB.)

    V38 MARIZ E BARROS (Este será o quarto navio com este nome na MB.)

    Receber nomes e números certamente não é o mesmo que colocar a nova classe em em produção, mas isso, certamente, indica que o grau de confiança da MB sobre este programa está alto.

    Em paralelo, outras fontes de ALIDE na MB revelaram que o número de 185 militares originalmente especificado para a nova classe de corvetas já foi cortado em pelo menos 20 e pode cair ainda mais. A reação dos representantes da indústria internacional a este número alto foi uniformemente negativa em relação a isso, apontando que nenhuma das novas fragatas de 6000 toneladas em consideração para o Prosuper têm uma tripulação deste porte. A visão deste grupo essenciamente técnico é que 185 tripulantes (incluindo aí os membros do GAE e do Estado Maior embarcado) seria uma profunda contradição com as tendências mais recentes do segmento naval.

    Outra novidade importante sobre este programa é que já se teria tomado a decisão de rever uso do exato mesmo formato e tamanho casco da Corveta Barroso nas novas Tamandaré (e potencialmente nos OPV-Br delas derivados). Assim a boca (a “largura”) do casco teria sido revista passando a ser maior do que os 11,4m padrão das Inhaúma e da Barroso. Inquestionavelmente, isso já é um resultado da experiência positiva da MB com os NaPaOcs da classe Amazonas que foram comprados da BAE recentemente que têm 13,5m de boca.

    Finalmente um slide recente da MB confirmou que o míssil Seaceptor/CAMM da MBDA britânica bateu o americano ESSM na concorrência da MB e será adotado na nova classe. O radar da nova classe deve ser mesmo o BAE System Artisan ou um derivado deste elaborado pela BRADAR (a antiga Orbisat), subsidiária da Embraer Defesa e Segurança. Depois de batido o martelo, a Airbus defense (antigamente conhecida como EADS Cassidian) visitou a BRADAR com intenção de oferecer ao Brasil seu radar AESA rotativo TRS-3D, mas aparentemente sem maior sucesso.

    No entanto enquanto todos estes detalhes não forem devidamente confirmados pela MB sempre existe um risco de alterações nestas decisões tomadas.

    Fonte: ALIDE

    • Também fiquei surpreso ao ler o artigo da Alide com referência aos 185 tripulantes necessários. Me pareceu pra lá de exagerado.

      • É por isso que acho nosso “design” da Barroso pra lá de ruim… é feito pra ser bonitinho, não para alcançar “excelência”…

        Esse número de tripulantes (185) então é ridículo… obviamente estão tentando manter a força naval com “dias de mar”, mas estão faltando navios…

        Como no exemplo da Sword, acho que seria mais interessantes fazer “rotação” de tripulações…

        por exemplo, 33% da tripulação seria trocada a cada 3 meses, permitindo assim que, ao final de 1 ano, esse mesmo navio tivesse “afiado” 3 tripulações completas… e o pessoal ficaria mais feliz por ter o “tempo de mar” concentrado num determinado período, e programado o “tempo de terra” com a família!

        As “tripulações de terra” ficariam responsáveis pela baldeação nos portos, manutenção no cais, etc… liberando o pessoal “de mar” para aproveitar os curtos períodos nos portos durante as comissões, ou na base, para ficar umas horas a mais com suas famílias!

        Quanto aos equipamentos e armamento, são personalizáveis de acordo com a demanda do cliente, mas pelo que vi no site, já está bastante equilibrada… na verdade, um conjunto muito interessante!

        Conta com mísseis de curto alcance, creio eu que como CIWS… mas obviamente o cliente pode escolher quais CIWS são mais interessantes.

        Os VLS na proa são divididos (BB e BE) o que é muito engenhoso… sempre pensei que isso seria interessante… dessa forma, mesmo que um bordo seja atingido, chances há de que não se perca a utilidade de todos os míssies.

        A meio navio eu acharia mais interessante VLS também, podendo agregar não só mísseis anti-superfície mas também anti-aéreos (como na Classe Absolom)… essa “redundância” aumentaria ainda mais a capacidade de combate desse vetor!

        Em teoria as corvetas não são escoltas, mas sim a última linha de defesa da costa, junto com outras embarcações rápidas mas de curto alcance… esse vetor tem autonomia para 7.000MN… tá bom pra KCT!

        Por fim, seria “interessantíssimo” uma solução “a lá Gripen” que nos permitisse adquirir/acompanhar/treinar a construção de umas 3 unidades na sede… e construir o restante (umas 12 estaria de ótimo tamanho) de forma local sob licença (com controle de qualidade DELES… por que aqui a gente sabe que seria uma merda!)!

        Obviamente, apesar das capacidades desse vetor, ainda assim a Marinha precisa de projeção de poder e escoltas… na forma de vasos maiores mesmo! E submarinos (ainda não engoli esse ProSub… parece esmola!)

  5. Seria fabuloso se a Marinha conseguisse um acordo, para fabricar pelo menos umas 5 dessas, em conjunto com os europeus obviamente, já que ainda vai demorar muito para atingirmos tal nível tecnológico.
    Assim como a demora na decisão do FX ajudou o Brasil a escolher o avião com a melhor relação custo/benefício, acredito que o mesmo vai acontecer com o PROSUPER.

  6. Realmente, comparando com outras o número de tripulantes é muito auto, a questão é por que essa quantidade, seria devido a falta de sistemas automatizados por exemplo?

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