Ocidente esgota meios de luta contra a Rússia

Colagem: Voz da Rússia/Burov Vladimir

Bruxelas continua examinando suas potencialidades de continuar a pressão sobre Moscou. É evidente que muitos membros da UE estão descontentes com o colapso das relações entre a Rússia e a Europa.

As reclamações especiais se devem, sobretudo, ao último pacote de sanções que entrou em vigor após os acordos de Minsk visando a normalização na Ucrânia. Em termos formais, o regime de sanções expira em março de 2015. É pouco provável que a Finlândia, a Áustria, a Itália, a Bulgária, a Eslováquia, o Chipre e Luxemburgo e, se calhar, um outro país europeu, votarem pela sua prorrogação.

Por outro lado, é de conhecimento geral que muitos países comunitários não estão completamente livres da influência de Washington para quem é importante desestabilizar a Rússia e muito menos restaurar o clima de estabilidade na Ucrânia, considera o politólogo russo, Pavel Podlesny:

“Se a União Europeia fosse independente na solução desse problema, ela teria adotado sanções menos rigorosas, como, por exemplo, após a guerra entre a Rússia e a Geórgia em agosto de 2008”.

A estratégia de Washington se baseia em enfoques da questão inadequados e cálculos errados, adianta o politólogo, Serguei Karaganov, segundo o qual a Rússia tem sido muito mais forte do que o Ocidente, ao contrário das estimativas, feitas a esse respeito por Washington:

“O Ocidente com o qual se defronta hoje a Rússia já não é uma forte aliança que tinha saído vencedora da guerra fria. É, antes, um caleidoscópio de países afetados pela indefinição econômica e pela perda de valores morais”.

Neste contexto, é bem difícil manter a unidade, primeiramente, no que toca à questão tão multilateral como a reestruturação da ordem existente, sustenta o doutor de ciências históricas, Vardan Bagdasaryan:

“Do ponto de vista histórico e geopolítico, a Rússia tem impedido a realização do projeto de dominação mundial. Por isso, como se pode lutar contra a Rússia? Há três métodos de combate: o primeiro prevê uma guerra que implicaria efeitos nefastos por a Rússia ser uma potência nuclear. Tal cenário seria quase inviável. Restam, pois, dois métodos “não militares”. O primeiro reside na liberalização interna, ou seja, numa remodelação ou reestruturação como era a famosa perestroika. Mas depois de reeleição de Putin em 2012, este cenário também foi posto na gaveta. Então, a única opção que sobra teria sido recorrer ao modelo de pressão geopolítica externa. Dito de outra maneira, um método de estrangulamento geopolítico”.

Todavia, hoje em dia, tal mecanismo de ação é contraproducente. Ciente do absurdo da confrontação, a Rússia tem apelado à colaboração em prol dos interesses comuns. Este postulado constituiu a tônica do discurso de Putin na última sessão do Clube de discussão internacional Valdai.

Muitos observadores qualificaram-no como muito duro. Mas, na verdade, já não é possível adiar para as calendas gregas um “novo consenso global das forças responsáveis” e uma nova “edição de interdependência”. O problema é que o Ocidente e a Rússia não têm tido um posicionamento comum quanto à avaliação da situação atual. Mas eles possuem, no mínimo, um interesse comum – suspender o processo de escalada da atenção global e regional.

 

Fonte: Voz da Rússia

9 Comentários

  1. a europa com seus marionetes poodos amestrados esta dando chute n próprio saco desfavorecendo o visinho e eles mesmo para passar pano para o morados do outro lado da marginal rsrs
    somente o povo o empresários europeus tem força para tirar os marionetes do comando da europa por isso tanto extremos tanto da direita e da esquerda estão aflorando nesse continente em ebuliçao

  2. “O Ocidente com o qual se defronta hoje a Rússia já não é uma forte aliança que tinha saído vencedora da guerra fria. É, antes, um caleidoscópio de países afetados pela indefinição econômica e pela perda de valores morais”.

    Eh… faltará espaço na agenda do terapeuta do bobalhão agente 3 em 1 (munino ontoligente http://img1.wikia.nocookie.net/__cb20110310121536/lotr/de/images/e/ea/D%C3%A9agol.jpg ) para convencer os membros da mega poderosa OTAN de que eles são mais poderosos que a Rússia e que é só eles falarem um pouquinho mais grosso (e estudarem um pouco de geografia, afinal o conflito na Ucrânia se localiza no Leste e não no Oeste rsrsrsrs) que a Rússia voltará mansinha para as suas fronteiras com direito à devolução da Crimeia à Ucrânia….rsrsrsrsrs

    😀

  3. por LUCENA
    .
    .
    Uma coisa é certa, se a Russia sair dessa guerra; econômica, comércial,diplomática e finaceira que os USA e os seus vassalos estão fazendo contra a Russia, está vai sair fortalecida naquela região más, a força política dos USA por outro lado,sairá muito debilita em uma Europa dividida. ,

  4. A União Européia tem mais a perder do que a ganhar em acatar as decisões dos EUA na tentativa de neutralizar a Rússia economicamente.

    A Rússia precisa do mercado consumidor europeu tanto quanto a Europa necessita das matérias primas oriundas da Rússia…

    Em caso de uma ruptura profunda de relações quem teria mais a perder ?

    A Rússia simplesmente poderia virar sua economia para uma relação bilateral com a China que absorveria suas matérias primas e pagaria à vista mantendo a economia de ambos…

    E a Europa ? Será que Tio San vai provê-los de todo o gás natural, petróleo, minério de ferro, etc… de que necessitam ? sendo que hoje boa parte desses recursos naturais que alimentam a Europa é extraído da Rússia…

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