Estados Unidos preparam guerras secretas

Militares americanos devem preparar-se para guerras secretas, não declaradas, nos quais forças externas utilizam rebeldes contra governos, diz-se num novo documento oficial do Comando de Operações Especiais dos EUA.

Nas entranhas do departamento defensivo americano nasceu mais um documento de fato curioso que tem um caráter não apenas militar-estratégico, mas também político. Na opinião de seus autores, exemplos de guerra semelhante em que a oposição se emprega como ariete na luta contra o poder legítimo seriam demostradas, alegadamente, pela Rússia, inclusive na Ucrânia.

Não importa que foram nomeadamente os Estados Unidos que apoiaram abertamente o movimento de Maidan e investiram cinco bilhões de dólares, como reconheceu sem vergonha Victoria Nuland, na troca do poder no país. Agora Washington, como num ditado, grita altamente sobre a necessidade de “apanhar gatuno”.

Já se tornou habitual que por toda a parte onde os americanos praticam tais atos reinam caos, destruições e conflitos civis. O objetivo que perseguem é único: manter sua hegemonia global com a ajuda de um princípio simples divide et impera.

O novo documento enquadra-se idealmente no vetor político de relação à Rússia, no quadro propagandístico em que os Estados Unidos se pintam como o bem absoluto, enquanto o lado oposto são a Rússia ou algum outro que têm seu ponto de vista e a possibilidade de defendê-lo. Lembre-se a intervenção deslumbrante de Barack Obama da ONU em que ele reconheceu que a Rússia ultrapassou pelo grau de ameaça global o Estado Islâmico, cedendo a liderança apenas ao vírus ebola.

Chuck Hagel, ministro da Defesa dos EUA, fez mais uma declaração surpreendente. Em suas palavras, é a Rússia que se aproxima das fronteiras da OTAN, e não pelo contrário, e por isso a América deve preparar-se para as táticas não padronizadas de defesa.

No contexto político atual, a geopolítica e dinheiro coincidiram como por encanto para o Pentágono. Enquanto os políticos estão impelindo a intensificação da confrontação com a Rússia, os militares aproveitam o momento exigindo aumentar a verba para a contraposição a novas e, frequentemente, fúteis ameaças, apesar das iniciativas do Congresso de efetuar cortes orçamentais.

Na luta contra o “mal universal”, os Estados Unidos tencionam utilizar “estratégia interdepartamental, intergovernamental e internacional global” para exercer “pressão política, econômica, militar e psicológica” sobre o adversário. Este é de fato o lado forte dos americanos que não têm iguais nessa questão. Nenhum documento novo do Comando de Operações Especiais é capaz de mudar algo, constatando apenas a realidade.

Guerras secretas da América, de que ela acusa outros, influem tristemente na segurança no mundo. Mas, ao que tudo indica, os donos de marionetas não conhecem outros roteiros, continuando a interpretar a mesma peça.

 

Fonte: Voz da Rússia

10 Comentários

  1. muito bom texto ,bem redigido
    os estados unidos aprenderam a sair das crises fazendo guerras e envolvendo todos no que ele quer jogar um contra o outro e lucrar armando os dois lados
    um perigo para o desenvolvimento da humanidade
    viva e deixe viver !

    • por LUCENA
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      Pé de Cão;
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      Os USA estão formando na psique dos seus moradores, uma paranoia em que os americanos deverão lutar contra o planeta interiro sem questionar o porquê em matar ou morrer, qual a causa para tanto sacrifício, uma verdadeira vida de gado( boi de piranha).
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      A cultura da paranóia mesclado coma a cultura da violência, ocasiona no espirito, o terror e o medo; e o resultado disso, são as machetes dos jornais que de vez em quanto aparecem um maluco que sai à rua ou a escola e mata meio mundo de gente que encontra no caminho.
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      Eis a tão sonhada pelos americanófilos o ” AMERICA LIFE ” 😀

  2. Militares americanos devem preparar-se para guerras secretas, não declaradas, nos quais forças externas utilizam rebeldes contra governos, diz-se num novo documento oficial do Comando de Operações Especiais dos EUA.

    Nas entranhas do departamento defensivo americano nasceu mais um documento de fato curioso que tem um caráter não apenas militar-estratégico, mas também político. Na opinião de seus autores, exemplos de guerra semelhante em que a oposição se emprega como ariete na luta contra o poder legítimo seriam demostradas, alegadamente, pela Rússia, inclusive na Ucrânia. ==== Isso ñ é novi// ,os iankss usaram à empresa privada Blackwater , mercenarios contratados p mesma p matar Irakianos e sem estarem sujeitos ao tratado de Genebra, ou seja criminosos de estado, corsários modernos de terra e futura/ no ar e no mar..td p burlar às leis internacionais e suas consequências, o TPI.Canalhas, real/ ñ são confiáveis ..Quem viver verá.Sds. 😀

  3. Vale a pena destacar que metade da população estadunidense desaprova a política externa dos EUA. Essa parcela sabem que a maquina de guerra é posta sempre em movimento pelos políticos empresários daquele país. A fraude do 11/09 é um exemplo!

  4. O voz da Russia nem precisava ter escrito isso, é cada vez mais do conhecimento geral que esse país é hoje o centro irradiador das desestabizações pelo mundo.

  5. Se houver mesmo uma Terceira Guerra, provavelmente será causada – direta ou indiretamente – pelos EUA. O fato é que os estadunidenses colocaram em marcha processos que não podem mais controlar, baseados no consumo insustentável e no acúmulo de riquezas. O monstro precisa se alimentar, mais e mais; seu destino sombrio, a morte, será certamente violento e partilhado por milhões que haverão de partilhar involuntariamente sua sina.

    • Não é “imaginação”, as próprias autoridades do EUA já estão escancarando em declarações o seus sombrios e violentos métodos de subversão da ordem institucional de países não alinhados…

      Como fica claríssimo nas declarações deste general estadunidense:
      —————————-

      GENERAL ALLEN: ASSAD NÃO FAZ PARTE DO RESULTADO POLÍTICO NA SÍRIA

      O enviado norte-americano da coalizão para combater o ISIL diz que os Estados Unidos e seus aliados, em última análise buscam uma “saída política” na Síria, que não incluiria o presidente Bashar al-Assad.

      O general John Allen falou com o “Asharq al-Awsat daily”, no sábado (25/10), sobre a estratégia da coalizão liderada pelos EUA no Iraque e na Síria e os seus planos para treinar e equipar os militantes sírios “moderados”.

      “O resultado que buscamos na Síria é semelhante à estratégia ISIS (ISIL), que se encaixa em uma estratégia regional muito maior e que no qual, o resultado seja um resultado político que não inclua Assad”, disse Allen.

      “Queremos deixar claro que procuramos um resultado político na Síria sem Assad, como sendo o resultado final”, enfatizou o general.

      O general Allen disse que os EUA e seus aliados não pretende “libertar Damasco” através da força militar, mas certificar-se de que os militantes anti-Assad são o poder militar e político proeminente na Síria, contribuindo para “o resultado político que buscamos. ”

      Os EUA também planeja treinar e armar 5.000 militantes “moderados” por ano na Síria, disse…

  6. “Militares americanos devem preparar-se para guerras secretas, não declaradas, nos quais forças externas utilizam rebeldes contra governos…”

    Como sempre fizeram… ou fazem “por baixo dos panos”, ou invadem na cara dura… no caso dos pequenos também funciona o isolamento geopolítico, como em Cuba… solução que não funciona com “cachorro grande”, como a Rússia!

    Numa época em que tanto a mídia, como o próprio poder de processamento estão evoluindo tão rápido, e cada vez mais acessíveis, esse joguinho “nas sombras” está cada vez mais difícil!

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