Argentina negociará aquisição de 24 Gripen NG

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Aliança Brasil – Argentina

Os Ministros da Defesa do Brasil e da Argentina, Celso Amorim e Agustín Rossi, assinaram nesta terça-feira (21/10/2014) acordo de cooperação bilateral denominado Aliança Estratégica em Indústria Aeronáutica (AEIA), com o objetivo integrar e fortalecer os setores industriais de defesa de ambas as nações. A assinatura do acordo ocorreu logo após a cerimônia de lançamento (roll out) do avião cargueiro e reabastecedor militar KC-390, na unidade da Embraer em Gavião Peixoto, interior paulista.

Em pronunciamento realizado durante a assinatura do acordo, o Ministro da Defesa argentino ressaltou a importância da participação da indústria de seu país na fabricação do cargueiro da Embraer. Segundo ele, os investimentos feitos para a produção de peças do KC-390 na Fábrica Argentina de Aviões (FAdeA), em Córdoba, foram fundamentais para revitalizar a indústria aeronáutica de seu país. Agustín Rossi também anunciou a decisão do governo argentino de iniciar as negociações para aquisição de 24 caças suecos Gripen NG que serão produzidos no Brasil. As condições da compra, assim como a eventual participação argentina na produção desses aviões, serão objeto de tratativas, nos próximos meses, entre representantes de ambos países. O contrato de aquisição e desenvolvimento de 36 Gripen NG, pelo Brasil, deverá ser assinado até dezembro deste ano. O Ministro Celso Amorim comemorou a assinatura do acordo com a Argentina, classificando-a como simbólica e “duplamente estratégica” por juntar os setores de defesa e aeroespacial. “Nossa disposição de cooperar com Argentina, país vizinho e amigo, é total”, disse.

Amorim afirmou que o Brasil estudará “com empenho” a possibilidade de participação argentina no projeto do Gripen NG. Em sua avaliação, há um extenso campo a ser explorado na cooperação em defesa entre os dois países. Como exemplo, ele citou a indústria naval, na produção de navios-patrulha e corvetas. O Brasil mantém estreita cooperação com a Argentina em outros projetos na área de Defesa. No âmbito do Conselho de Defesa Sul-Americano (CDS/Unasul), os países participam, juntamente com outras nações da região, do desenvolvimento de um avião militar de treinamento básico e de um veículo aéreo não-tripulado (Vant). Brasil e Argentina também iniciaram uma troca de experiências no setor de defesa cibernética. Além de participar da produção do KC-390, o país vizinho já manifestou a intenção de compra de seis unidades da aeronave.

Foto: Amorim e Rossi durante cerimônia de roll out do KC-390 da Embraer. (Imagem: Secretaria de Comunicación Publica del Gobierno Argentino)

Fonte: Ministério da Defesa do Brasil via Tecnologia & Defesa (T&D) 

27 Comentários

  1. acho valido sim a amaerica latina ter uma força armada afinada e com produtos como kc390 , blindado guarani , e agora o caça da saab ,

    agora queremos as baterias anti aéreas russas .

    queremos a construção das usinas nucleares já que os alemães estão com aquele partido verde entreguista tentando barrar o contrato nuclear com o brasil temos que fazer o contrato com os russos e chineses para construção da tecnologia nuclear

  2. Quem vai pagar isto para eles? pelo amor de Deus, que não seja via BNDES, tendo como avalista de emprestimo o tesouro nacional 🙁

  3. Amigos,

    Apenas uma pressão política enorme poderia efetivamente não levar essa negociação adiante, pois ela em si não é impossível…

    Teoricamente, uma versão mais austera pode ser oferecida, de modo a silenciar os críticos da venda de um sistema de armas tão avançado a um potencial adversário de um membro da OTAN.

    Um “GripenAR” (…) pode ser dotado de um radar mais simples ( creio que o ELTA EL 2032 operaria com sobras ), ser desprovido de capacidade anti-navio, e com uma capacidade ar-ar limitada a mísseis WVR de alcance “estendido” ( Python V, A-Darter, etc… ). Contudo, tal como os demais membros da família Gripen, essa variante conservaria as capacidades para futuros upgrades, que podem posteriormente propiciar eleva-la a um padrão mais similar ao brasileiro ( ou a gosto do cliente ).

    Mas claro, tudo isso seria em ultimo caso… A preferência seria vender uma versão que apresentasse as mesmas características básicas da brasileira.

    Enfim, havendo o dinheiro, diria que os outros problemas podem ser consideravelmente minimizados… Tudo é questão de negociação centrada, com um claro objetivo.

  4. Desde q seja uma venda de prateleira estou de acordo …. duvido mt q esses caças da FAA serão equipados com o Raven ES05.. mas ta valendo

  5. Que a cooperação fique só com a produção de partes e componentes e nada de empréstimos do BNDES ou qualquer Banco público.

  6. Concordo com o BrunoFN e o Brazuk, se a Argentina realmente quiser o Gripen e aceite as condições a serem oferecidas, ou seja, compra de prateleira e com recursos próprios, para nós é uma grande vantagem… E para baratear o preço da versão Argentina, como bem citou o _RR_, podemos oferecer uma versão simples mas suscetível a modernizações futuras, a modularidade do projeto do Gripen permite esse arranjo…

  7. Capa preta, pra alegria geral dos petista do Planalto vc acertou em cheio (Financiamento), para os compadres e comadres da vizinhança a graça sempre vem do BNDES= (Banco Nacional de Doações aos Espertos e Sacanas).

  8. Fico preocupado por diversos pontos, o primeiro seria a questão do enfrentamento dos interesses dos EUA E UK que estão sendo vez após vez atropelados ( não que isso seja ruim) pelo apoio do BRICS, mas levando em consideração que nosso país não tem força política e nem militar ( como a Rússia e China ) podemos sofrer revezes cruéis nessa história. O segundo ponto seria a questão de como a Argentina pagaria isso, um Gripe por mais barato que seja tem um custo elevado para a fragilizada economia salsarete, que mal pode pagar um Kfir, e isso nos remete a empréstimos que só poderiam vir de dois lugares…Brasil ou China, sendo mais provável o primeiro. Lá vai dinheiro do BNDS pra cucuias.

  9. O governo já se mexe para ganhar escala na produção dessas aeronaves e com isso tornar cada vez mais economicamente viavel ampliar sua propria frota. Poucos percebem a inteligencia por tras dessas ações de estado, e desprovidos desta cultura querem o Brasil administrado com se fosse sua casa, economizando tostões e mantendo-se isolados dos vizinhos pela propria incapacidade de prover sua segurança. Temem até moscas.

  10. Quanto ao pagamento não precisamos nos preocupar, a Cristina irá dançar um tango no Itamaraty e o BNDES financiará a compra, pode escrever.

  11. Pessoal ja comentei que o Brasil comprou a tranferencia de tecnologia com A saab TEMDO total poder de embargar a venda MAS CASO O BRASIL APOS APRENDER E DESENVOLVER O SEU PROPRIO GRIPEN COM TECNOLOGIA OU SE PREFERIREM MECANICA NASCIONAL COMO EMBARGAR TAL PRODUTO SOMENTE O BRASIL PODE EMBARGAR PRODUTO TOTALMENTE PRODUZIDO E DESENVOLVIDO NO BRASIL me entenderam DEEM TEMPO AO TEMPO O BRASIL E SUAS FORÇAS ARMADAS estam se preperando para o futuro e os opositores a tal atitude estam preocupados pois sabem que não podem impedir mas podem atrasar EU ERA A FAVOR DO CAÇA FRANCES VEIO O GRIPEN O DESAFIO SERA MAIOR MAS NÃO INTRANSPONIVEL TODOS VERÃO QUE DEUS ABENÇOE O BRASIL E SEU POVO.

  12. Neste momento não vejo como a Argentina terá condição de obter um aparelho deste nível, mesmo que fabricado pelo Brasil. Mas como temos uma janela considerável para recebermos os nossos e assimilarmos a fabricação do que ‘for possível’, pode sim ser que os hermanos consigam algo…. ‘pode ser’. Mas pode colocar umas 2 décadas nessa brincadeira.

  13. Os boi corneta de sempre desprezando um vizinho de grande potencial economico por causa de sua rejeição a tudo que não seja feito conforme o grande irmão do norte. hôooo gentinha.

    • Desculpe meu caro Julio mas você está trocando as bolas. A questão principal não é nem tanto a falta de “plata” da beiçola de Buenos Aires e a infame generosidade do Governo Brasileiro para com nossos malfadados vizinhos bolivarianos as custas do contribuinte brasileiro mas sim o fato do Gripen estar recheado de componentes de origem britânica. Convido você mais uma vez a olhar esse quadro:

      http://www.aereo.jor.br/2009/08/23/os-fabricantes-do-gripen/

      Como você pode ver, itens capitais como a APU, o sistema hidráulico, a probe de reabastecimento em vôo e os controles de vôo são produzidos pela Grã-Bretanha. E esses itens não são produzidos aqui e tampouco estão abrangidos pela Transferência de Tecnologia visto que a contratada principal, a SAAB, não detém a propriedade intelectual dos mesmos. E até a substituição desss itens por outros de países como França e Alemanha seria complicada pois são países integrantes da OTAN e portanto parceiros dos ingleses.

      Quanto a uma eventual substituição por componentes vindos da Rússia ou da China, seria necessário reprojetar partes da aeronave e realizar ensaios de vôo ou seja, é economicamente inviável.

      Ademais, é realmente preocupante que um ministro fanfarrão de um governo bolivariano faça uma afirmação dessas e ainda não seja desmentido pelo leviano megalonanico daqui.

      Por fim, você há de convir que os britânicos estão corretos em usar de todos os meios para preservar sua justa soberania sobre as ilhas

      • Minha cara vc como sempre subestimando a inteligencia brasileira, e agora tambem a sueca. Vc realmente acha que as partes sensiveis deste avião ficará sujeita a obstaculos ingleses. Minha cara o Brasil já possui tecnologia para substuir qualquer ingrediente que possa ter bloqueio de país estrangeiro e capacidade suficiente para em conjunto com os suecos encontrar soluções alternativas. Não se preocupe, A lição yanke ficou marcada na paleta do Brasil.
        Agora, mudando um pouco de foco, eu não entendo por que voces são tão contra um BANCO de fomento emprestar a seus vizinhos, como falei, com potencial economico para saldar suas dividas. Ou bancos, no seu entendimento, são apenas deposito de dinheiro? Ademais se outros bancos internacionais emprestam por vc acha que o Brasil deve ficar fora dessa? Os bancos que mais financiam países no mundo ficam nos States. E nunca ví brasileiro reclamndo disso, muitos como vc até apoiavam pagar os juros absurdos por exemplo ao FMI. O Brasil deve sim emprestar com garantia de que vai receber sem préconceito, aliás acho que os defensores desse negocio do Brasil ficar olhando a sua volta e vendo seus vizinhos sendo comidos pelas beiradas exibem o mesmo pensamento dos que dedicam preconceitos aos nossos irmãos do nordeste. Essa coversa sua engana ignorantes por se trata apenas de mimica de um grupo que sempre trabalhou para nossos adversários comerciais e de cidadania. Sds.

      • Não é questão de estar subestimando a inteligência brasileira mas sim de um fato concreto. O Brasil não tem condições de produzir esses itens ( APU, sistemas hidráulicos, controles de vôo). basta ver que nenhuma aeronave produzida aqui, civil ou militar, usa esses itens produzidos aqui. E ainda havia me esquecido do assento ejetável, que também é de procedência inglesa (Martin Baker) e do Radar (Raven ES-5, produzido pela subsidiária inglesa da SELEX GALILEO)

      • Isso, que vc diz pode até ser correto, mas tudo que vc preve são especulações não fatos. Existem coisas chamadas contratos que amarram situações que nem eu, e com certeza, nem vc temos conhecimento. Tudo que vc diz agora é tão e somente opinião, eu prefiro acreditar que temos soluções prontas pelos dois países. Acredito, como já disse na capacidade brasileira e também na Sueca, a partir de agora. Sds.

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