Rússia e Ucrânia chegam a acordo sobre gás

Presidente ucraniano anuncia que gigante russa Gazprom concordou com preço mais baixo e garantirá abastecimento durante o inverno.

O presidente ucraniano, Petro Poroshenko, anunciou ter chegado a um acordo com a Rússia para garantir o abastecimento de gás à Ucrânia durante o inverno.

Em entrevista a um canal de televisão na noite de sábado (18/10), Poroshenko explicou que os dois lados concordaram com o pagamento de 385 dólares por cada 1 mil metros cúbicos de gás de agora até o dia 31 de março. O valor é bem inferior aos 485 dólares que a gigante russa Gazprom esperava receber. “Posso afirmar que a Ucrânia terá gás e aquecimento neste inverno”, garantiu o presidente ucraniano.

Poroshenko, que se encontrou com o presidente russo, Valdimir Putin, na semana passada, disse que o acordo poderá ser finalizado em Bruxelas na próxima terça-feira durante um encontro entre representantes da Rússia, Ucrânia e da União Europeia.

Depois das conversas com Porochenko durante a cúpula Ásia-Europa em Milão, Putin fez uma alusão na sexta-feira a “progressos” e a um “acordo sobre as condições para a retoma da entrega do gás, “pelo menos no inverno”.

Em meados de junho, a Rússia cortou o fornecimento de gás à Ucrânia devido à recusa de Kiev em pagar o preço imposto por Moscou no contexto de uma crise entre os dois países. Segundo a Gazprom, a dívida ucraniana chega a 3,1 bilhões de dólares.

A Rússia é o maior fornecedor de gás da UE. Doze países do centro e leste da Europa dependem do gás russo para cobrir mais de três quartos das suas necessidades.

MSB/dpa/lusa

Fonte: DW.DE

3 Comentários

  1. Data vênia máxima, não foi obtido nenhum sucesso na cimeira entre Russia e Ucrânia coma mediação da UE quanto ao gás, os russos mantém sua posição de preço e pagamento antecipado ea liquidação dos débitos pendentes, enquanto a Ucrânia tenta uma redução nos preços e a postergação do pagamento relativo aos débitos antigos.

    O que tivemos foi uma declaração unilateral do presidente da Ucrânia e nada mais do que isto, estando muito longe a solução do dilema ucraniano, posto que os russos estão coma faca e o queijo na mão, não havendo motivos para modificar as bases da negociação.

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