Durante o discurso na quinta-feira passada (2), Pútin enumerou as principais orientações para desenvolvimento da economia russa. “Partilhamos os princípios da OMC, ao contrário de alguns dos seus fundadores, e vamos procurar fazer com que a Rússia se desenvolva como uma economia aberta de mercado”, declarou. “As restrições externas apenas fortalecem a nossa determinação.”
A atuação do Estado, segundo o presidente russo, está assentada em uma política orçamental equilibrada e os acontecimentos deste ano apenas convenceram o governo de que o caminho escolhido é o correto. Atualmente, parte dos lucros excedentes da venda do petróleo é destinada a fundos especiais –Fundo de Reserva e Fundo Nacional do Bem-Estar – cujo montante já ultrapassa 9% do PIB.
No fórum organizado pelo banco VTB Capital, Pútin reconheceu, pela primeira vez, que a inflação na Rússia superou a previsão e atingiu os 7,6%, devido ao aumento dos preços dos alimentos após a adoção de sanções ao Ocidente. No entanto, o presidente russo fez questão de ressaltar o fato de a inflação monetária se manter no nível dos 5%.
“Nós não aumentamos a carga fiscal e não pretendemos impor restrições à circulação de capitais. Os fatores fundamentais que garantem a estabilidade da economia russa são orçamento e balança de pagamentos sem déficit, bem como a transição do Banco da Rússia para a taxa de câmbio flutuante do rublo”, continuou Pútin.
No futuro próximo, o Kremlin tem expectativa de estreitar os laços com as nações da América Latina e países-membros do Brics (Brasil, Índia, China e África do Sul), a exemplo do contrato assinado em 2014 para fornecimento recorde de gás à China. “A criação da infraestrutura para esse projeto será uma das construções mais importantes do mundo”, disse o chefe de Estado russo.
Antes de finalizar o discurso, Pútin reforçou que a Rússia pretende lidar com os parceiros-chave usando suas moedas nacionais. A Gazprom Neft, por exemplo, fez a sua primeira entrega de petróleo à China em rublos. “Vamos incentivar a criação de associações regionais de integração, mas continuaremos trabalhando no âmbito da OMC e manteremos a cooperação com o nosso maior parceiro comercial, a União Europeia”, concluiu o presidente.
Erros inflacionados
A diretora do Banco Central da Rússia, Elvira Nabiullina, acredita que o abrandamento econômico do país tem, acima de tudo, natureza estrutural, e as expectativas de inflação elevada levam ao aumento das taxas de juros.
Um dos principais desafios para o futuro é, de acordo com o Banco Central, estipular metas de inflação e reduzir o aumento dos preços. Pela avaliação de Nabiullina, a inflação da Rússia em 2014 será de cerca de 8%, mas deve até os 4% nos próximos anos.
Também durante o evento, o diretor do maior banco da Rússia, o Sberbank, Guerman Gref, se pronunciou contra as decisões propostas pelo governo. Segundo ele, as metas de inflação por parte do Banco Central não são uma medida eficaz, e o crescimento real dos preços é bem maior.
Gref, que é também ex-ministro do Desenvolvimento Econômico, considera que os principais problemas da economia russa são a baixa qualidade da administração estatal e a fuga de capitais para o estrangeiro.
O embargo aos produtos alimentícios de países que introduziram sanções contra a Rússia e a substituição das importações também foram alvos de crítica do bancário. “Precisamos melhorar radicalmente a qualidade da gestão e forçar as empresas privadas a serem competitivas. Por enquanto não é possível fazer isso: temos metade da economia monopolizada”, arrematou o diretor do Sberbank.
“Nós não aumentamos a carga fiscal e não pretendemos impor restrições à circulação de capitais. Os fatores fundamentais que garantem a estabilidade da economia russa são orçamento e balança de pagamentos sem déficit…”
Bem que ele podia dar umas aulas de economia por aqui! 🙂
“Pútin reforçou que a Rússia pretende lidar com os parceiros-chave usando suas moedas nacionais”… o dólar está morrendo… vida longa ao Real! 🙂
“O embargo aos produtos alimentícios de países que introduziram sanções contra a Rússia e a substituição das importações também foram alvos de crítica do bancário”… por isso que ele é bancário e não ESTADISTA!
Por fim não há porque o BRICS ou a Rússia virar as costas à UE… por acaso a OTAN e UE também não vende seus produtos para China, Rússia, etc, etc???
Criar um bloco econômico forte é uma forma de se SALVAGUARDAR e CRESCER… não de se ISOLAR!
O Tzar está certo em usar um binóculo, pois a UE está se afastando cada x mais dos mesmos..chance maiores p nós da AS/AC..Sds. 😉
““Nós não aumentamos a carga fiscal e não pretendemos impor restrições à circulação de capitais. Os fatores fundamentais que garantem a estabilidade da economia russa são orçamento e balança de pagamentos sem déficit…”
Bem que ele podia dar umas aulas de economia por aqui! :)”… PERFEITAMENTE… mas o petê não quer saber de austeridade… é pródigo com o dinheiro do contribuinte… e dá-lhe bolsa isso e bolsa aquilo… sem falar, é claro, na ROUBALHEIRA GENERALIZADA que assola o governo atual… a VEJA tá tendo trabalho em publicar tanta falcatrua… tem fila de descobertas esperando edições para serem publicadas… eita país que está desgovernado !!!…
Kkkkkkkkkkk. Só rindo mesmo do gringo.
Esse meu comentário é do dia 07… depois do depoimento do PAULO ROBERTO COSTA no dia 09/10/2014 vc ainda continua pensando assim ???…