KC-X2: “Acordo com IAI é exemplo a ser seguido”

ilustração-KC-767-300-da-FAB

Por Virgínia Silveira,

Valor Econômico, 17/09/2014

O projeto das aeronaves KC-X2, da Força Aérea Brasileira (FAB), está sendo considerado um dos mais bem elaborados programas de compensação industrial e tecnológica para a indústria aeroespacial e de defesa brasileira. O KC-X2 contempla a aquisição de três aviões para missões de reabastecimento em voo, transporte estratégico de carga e tropa e evacuação médica.

A empresa IAI (Israel Aerospace Industries) foi escolhida para fornecer os aviões que substituirão os antigos KC-137 ou Sucatões, incorporados pela FAB em 1986 e empregados em missões operacionais e humanitárias.

O contrato ainda não foi assinado, pois aguarda recursos no orçamento. A FAB, no entanto, tem pressa em viabilizar o acordo. “Com a perda do Sucatão, a FAB ficou sem nenhum avião para realizar estas missões e tem tido que recorrer ao aluguel de aeronaves dos países vizinhos para manter-se operacional”, disse Manoel de Oliveira, presidente da Sygma.

Os aviões comprados pela FAB da IAI são do modelo Boeing 767-300 usados. Eles serão convertidos para aviões cargueiros e posteriormente transformados em aeronave de abastecimento.

Oliveira, o “offset” oferecido pela IAI beneficiará as empresas Akaer, TAP Engenharia e Manutenção, Gespi e Friuli. A IAI irá capacitar a Friuli a projetar alguns ferramentais utilizados na instalação e desinstalação de equipamentos nos aviões que serão fornecidos para a FAB. “O avião poderá ser usado em quatro configurações diferentes. Em duas horas você transforma uma versão para transporte de tropa em avião hospital ou de reabastecimento em voo”, diz o presidente da Friuli, Gianni Cucchiaro

A parceria, segundo Cucchiaro, representa investimentos da ordem de R$ 2 milhões. A Friuli vai enviar alguns de seus funcionários para serem treinados na fábrica da IAI em Israel.

A Gespi Aeronáutica, especializada em manutenção e reparo de turbinas aeronáuticas e industriais, receberá da IAI treinamento para fazer manutenção dos motores dos 12 caças A-4 da Marinha, que estão sendo modernizados pela Embraer.

Esse trabalho, segundo o presidente da Gespi, João Scarparo, é feito hoje no exterior e leva quase dois anos para retornar ao Brasil, devido à complexidade que envolve transporte e desembaraço de equipamentos aeronáuticos.

O executivo estima que essa nova atividade criará uma demanda de trabalho de seis motores por ano e uma receita entre R$ 6 milhões e R$ 7 milhões para a empresa. “No Brasil poderíamos fazer esse trabalho para a Marinha em 90 dias”, ressaltou.

Para a TAP Manutenção & Engenharia, a transferência de tecnologia será no treinamento para fazer as conversões de aviões Boeing 767-300 da configuração standard de transporte de passageiros para uma configuração multimissão (transporte de cargas, tropas, remoções aeromédicas, além de reabastecimento aéreo).

A empresa também receberá treinamento para a manutenção de sistemas de missão incorporados à aeronave que será convertida. “Além da demanda de serviços oriunda deste projeto, haverá uma qualificação de parte do nosso corpo técnico em modificações estruturais complexas de aeronaves”, afirma o diretor de desenvolvimento de negócios da TAP, Anderson Fenocchio.

Foto: Ilustração KC-767-300 da FAB

Fonte: Valor Econômico  

9 Comentários

  1. por LUCENA
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    Alguns irão ter faniquito com o quê irei dizer más; A empresa IAI (Israel Aerospace Industries) ; foi e é a empresa estrangeira que trouxe mais e melhor benefício ao setor industrial de defesa brasileiro; tirando as sacanagens do governo sionista israelita, é claro. 🙂

  2. Se não fosse a parceria estrategica da FAB com a israelense IAI, hoje nem caças teriamos hoje para voar. mas tem uns que preferem parcerias com o Hamas, Farcs etc.

    • Os esquerdinhas risadinhas não devem ser levados em conta, caro amigo… não existem no mundo dos fatos… são almas penadas que ficam assombrando em sites sérios… perderam o lugar ao sol qndo o muro alemão caiu… morreram nesse dia… 🙂

  3. Sem faniquitos, a IAI sempre foi uma boa parceira c o BRASIL só espero q ñ compremos os seus aviões e ou caças, era esse o serviço, o contrato q os judeuss estava defende// qdo pediram desculpas ao nso mostrar n irrelevância geopolítica mundial…e estão certos.N FAs estão, agr, sendo reequipadas, foram anos de sucatea/, nem caçs de 1ª linha temos e ou teremos.Esse q esar por vir, o Gripado NG e um deboche( vide o Poder Aéreo ) tantos anos pra nada, o n futuros caça\s ñ poderão fazer frente à um único Su-30MKS dos Venezuelanos…quem viver verá.Trágico.sds. 🙁

  4. Eu e mt outros gostamos mt de Israel, eu sou um prosélito, só ñ gosto se sua política antisemita q eles praticam contra nós Palestinos, afinal somo filhos de Abraão (Gên.16:4 )..no +, é uma grd povo, apesar de ter partidos teocratas e ultra ordodoxos…sds. 😉

  5. Não só esse projeto, mais todos os outros projetos realizados com os israelitas tem sido benéfico para ambas as partes. Eles tem uma indústria tecnológica bem avançada, porém dependem bastante dos EUA (assim como o resto do mundo),devemos fazer negócios mais avançados com eles.
    Se não me engano eles tem um excelente radar Elta AESA é bom ter um leque bem aberto.

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