Irã quer trocar apoio no combate ao Estado Islâmico por concessões nucleares

O Irã exerce influência na guerra civil da Síria e no governo iraquiano, que está lutando contra avanço do Estado Islâmico.

O Irã está pronto para trabalhar com os Estados Unidos e seus aliados para combater os militantes Estado Islâmico, mas gostaria de ver mais flexibilidade com o programa de enriquecimento de urânio do Irã, afirmam autoridades iranianas.

Os comentários das autoridades, que pediram para não ser identificadas, destacam a dificuldade para as potências ocidentais manterem as negociações nucleares separadas de outros conflitos regionais. O Irã exerce influência na guerra civil da Síria e no governo iraquiano, que está lutando contra o avanço dos combatentes do Estado Islâmico.

O Irã enviou sinais contraditórios sobre sua vontade de cooperar na luta contra o Estado Islâmico, um grupo sunita radical que apreendeu grandes faixas de território em toda a Síria e Iraque e é responsabilizado por uma onda de violência sectária, decapitações e massacres de civis.

O líder supremo iraniano, o aiatolá Ali Khamenei, disse recentemente ter vetado uma proposta dos EUA ao Irã para trabalharem juntos contra o Estado Islâmico, mas autoridades norte-americanas disseram que não houve tal pedido. Oficialmente, tanto Washington quanto Teerã descartam a possibilidade de cooperar militarmente na luta contra a ameaça.

Mas, em particular, as autoridades iranianas têm manifestado vontade de trabalhar com os EUA contra o Estado Islâmico, embora não necessariamente no campo de batalha.

O secretário de Estado norte-americano, John Kerry, disse na sexta-feira (19) que o Irã tem um papel a desempenhar na derrota Estado Islâmico, indicando que a posição norte-americana também pode estar mudando.

“O Irã é um país muito influente na região e pode ajudar na luta contra os terroristas do ISIL (Estado Islâmico). Mas é uma via de mão dupla. Você dá algo e você recebe alguma coisa”, disse uma autoridade iraniana.

“O ISIL é uma ameaça à segurança mundial, não o nosso programa (nuclear), que é um programa pacífico”, acrescentou a autoridade.

Teerã rejeita as alegações ocidentais de que está acumulando a capacidade de produzir armas atômicas sob a cobertura de um programa civil de energia nuclear.

Outra autoridade iraniana corroborou os comentários. Ambas disseram que gostariam que os EUA e seus aliados ocidentais mostrassem flexibilidade sobre o número de centrífugas atômicas que Teerã poderia manter sob qualquer acordo de longo prazo que levante as sanções em troca de restrições no programa nuclear de Teerã.

“Ambos os lados podem mostrar flexibilidade, que vai levar a um número aceitável para todos”, disse a autoridade iraniana.

Representantes ocidentais disseram que o Irã não havia cogitado essa ideia nas negociações nucleares com os EUA, Grã-Bretanha, França, Alemanha, Rússia e China, retomadas em Nova York na sexta-feira.

Diplomatas próximos às negociações dizem que é improvável que se estabeleça em Nova York um acordo de longo prazo que retire as sanções em troca de cortes no programa nuclear iraniano.

As autoridades ocidentais disseram que seria difícil até mesmo discutir a questão nas negociações e que os EUA e seus aliados estão determinados a manter o foco exclusivamente nas questões atômicas, com a data limite 24 de novembro para um acordo se aproximando.

“Estamos vendo com a aproximação do fim das negociações que os iranianos se sentem tentados a trazer outros assuntos para a mesa”, disse um diplomata ocidental.

“Às vezes, eles indicam que, se não houver um acordo (nuclear), os outros processos na região seriam mais complicados”, acrescentou. “Os seis estão determinados a não levar os outros assuntos para a mesa de negociações nuclear.”

Fonte: Último Segundo

7 Comentários

  1. por LUCENA
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    Fala sério … Hahahah … desde quando o Irã precisa de uma concessão dos EUA para o seu programa nuclear ? … Hahahahah …
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    Se for verdade, os aiatolás se curvaram para os sionistas … Rsrsrsr … cuidado para não se curvarem demais senão, mostrarão que estão usando “fio-dental” cor de rosa em vez de samba-canção de bolinhas por debaixo dos panos … Hahahahah

    • por LUCENA
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      COMO A RÚSSIA ALERTOU OS EUA PARA O PERIGO DO ESTADO ISLÂMICO.
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      “Os russos vêm alertando os americanos desde que a guerra civil eclodiu na Síria que era muito perigoso armar a oposição”, disse um ex-general russo que estava no comando da operação anti-terrorista.
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      “Não havia nenhuma possibilidade de que as armas destinadas à chamada oposição moderada não fossem acabar com os membros do Estado islâmico”.
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      (*) fonte: http://www.diariodocentrodomundo.com.br/como-a-russia-alertou-os-eua-sobre-o-perigo-do-estado-islamico/
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      (…) Uma piada que circula entre autoridades russas com um grande interesse no que está acontecendo no Oriente Médio nos dias de hoje diz algo mais ou menos assim: como é que os ianques lidam com o Estado Islâmico? Eles vão criar “Estado Islâmico 2″, um grupo armado maior e melhor, e deixá-lo lidar com o Estado islâmico original. E o que acontece quando o “Estado Islâmico 2″ se voltar contra eles, como aconteceu com o Estado Islâmico original? Eles vão criar o “Estados Islâmico 3″ e assim por diante. (…)

  2. As autoridades norte-americanas negam hoje ter pedido apoio a Teerã , mas não era oque a mídia veiculava há um mês atras, quando o governo iraniano veio a público e negou estar associado ao EUA no combate ao EI !

    • por LUCENA
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      Sr.César Pereira
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      O ISIL é um mal necessário para os EUA e a Arábia Saudita, devemos lembrara que o principal objetivo dos EUA e a Arábia Saudita os terem criado fora para atacar Assad e esse plano ainda continua valendo.
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      O ISIL hoje, não passa de um “cavalo de troia”, aquele que foi usado para esconder solados dentr da barriga e assim,na escondidas horas da noite, atacar os gregos.Essa comparação que faço entre a história clássica,com os fatos que ocorre com relação ao ISIL, é bem pertinente.
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      Os EUA e Arábia Sauditas eles irão dá muita “corda” para que o terror praticado pela sua cria,escandalize ainda mais a opinião pública com relação o ” cavalo-de-Riad” ( ISIL ); não tenho dúvidas, mais atrocidades promente esse filme de horrores patrocinado por Washington e Riad .

  3. Que roubada!!!!! Se isso for verdade e o ocidente ceder Israel não vai gostar e enviará a força aérea destruir as instalações, porém o Irã não é o Iraque e a distância é bem maior ou seja é uma operação complicada com grande chance de dar merda com resultados questionáveis.
    O Irã e peça chave para poder acabar com esse bando de sádicos na prática com seu bem treinado exército e equipamentos farão o trabalho sujo.

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