Novo destruidor de tanques auxiliará o exército russo

Capaz de superar obstáculos aquáticos, o Sprut será usado pelas tropas aerotransportadas da Rússia.

Novo destruidor de tanques auxiliará o exército russo
O novo Sprut será diferente dos destruidores de tanques já existentes nas forças armadas russas Foto: RIA Nóvosti

As Forças Armadas russas utilizarão o destruidor de tanques autopropulsado de artilharia 2С25 Sprut-SD para proteger as tropas aerotransportadas. Até o final deste ano, a empresa de engenharia de Volgograd começará a produção dessa arma para as tropas da Rússia.

Armado com um canhão de 125 mm e capaz de superar obstáculos aquáticos, o destruidor autopropulsado de artilharia pode desembarcar de aviões militares IL-76 sem nenhum treinamento especial. De acordo com várias fontes, a partir de 2009 haverá entre 24 e 36 destruidores autopropulsados reunidos em quatro baterias a serviço das tropas aerotransportadas.

O novo Sprut será diferente dos destruidores de tanques já existentes nas forças armadas russas devido ao alto nível de integração com o novo veículo de infantaria que atualmente está sendo adotado pelas tropas aerotransportadas, em substituição aos antigos BMD 1, 2 e 3. De acordo com o diretor-executivo da fábrica, Aleksandr Kliujev, o novo sistema será integrado com  motor, chassis e transmissão do BMD-4M.

Além disso, o Sprut receberá um sistema de mira digital que permite atingir alvos de dia e de noite e em todas as condições meteorológicas. Ao prestar serviço nas tropas aerotransportadas, ele será armado com o canhão 2a75, que pode destruir o inimigo não só com obuses normais cumulativos, perfurantes e com explosivos, como também com mísseis guiados pelo armamento de tanques Reflex. O míssil disparado do canhão 9M119M do complexo Reflex, que identifica seu alvo por um feixe de laser a uma distância de quatro quilômetros, é capaz de abater não apenas tanques como também outros veículos blindados inimigos, helicópteros e até mesmo alguns tipos de fortificações. O canhão 2a75 é uma variedade do canhão 2A46, com que estão equipados os tanques russos T-72, T-80 e T-90, especialmente modificado em termos de tamanho e peso para se adequar ao formato menor do Sprut.

Capacidade de manobra

“Não devemos considerar que o Sprut é apenas uma arma com chassis do BMD. É um tanque leve aerotransportado, capaz apoiar as forças aerotransportadas no lugar certo e na hora certa”, disse um representante do Ministério da Defesa. Segundo ele, apesar do fato de o Sprut não poder ser comparado com os principais tanques de batalha, graças às suas habilidades de desembarque com paraquedas ele sempre poderá prestar apoio em terra a tropas desembarcadas. Além disso, os 2S25 são indispensáveis nas montanhas, em trilhas estreitas, onde é importante não só a espessura da blindagem, como também a capacidade de manobra e o peso leve do canhão autopropulsado. “Tanques para atravessar obstáculos aquáticos precisam de adaptação especial, e o Sprut, bem como os outros veículos de combate das forças aerotransportadas, depois de rápida transformação pode quase imediatamente atravessar um obstáculo com água”, continuou o representante do ministério.

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Fonte: YouTube

De acordo com Aleksêi Khlopotov, especialista militar independente e autor de livros e artigos sobre o estado atual e as perspectivas de desenvolvimento de veículos blindados no mundo, a instalação de elementos de proteção dinâmica aumentará a segurança do Sprut. “É claro que a proteção dinâmica não garante 100% da defesa em condições de fogo intenso, mas significativamente aumenta a chance de sobrevivência​ no combate, mesmo em condições de combate urbano”, disse Khlopotov.

Sprut para fuzileiros navais

O Sprut é necessário não apenas para as tropas aerotransportadas, mas para os fuzileiros navais russos, que até o começo dos anos 90 tinham à disposição os tanques anfíbios PT-76. “Agora a Marinha dispõe de tanques T-72, mas para seu desembarque os navios da infantaria têm que ancorar. Ao mesmo tempo, os primeiros batalhões de fuzileiros na hora do desembarque sempre têm grande necessidade de apoio de tanques. Portanto, o Sprut é uma opção mais adequada para desempenhar essa tarefa”, disse Dmítri Boltenko, especialista militar independente e um dos autores do livro “O Novo Exército Russo”.

De acordo Aleksêi Khlopotov, muitos fabricantes de veículos blindados ativaram seus trabalhos de criação de tanques leves. “No momento, a China e a Suécia estão realizando trabalhos ativos nesse aspecto. Recentemente, até os construtores poloneses apresentaram sua versão de tanque”, disse a Gazeta Russa.

Até recentemente, o Sprut não tinha grande demanda para exportação, pois era um produto de pequena escala. Mas agora, em um momento em que as forças aerotransportadas estão aumentando suas compras e surgiram os tanques leves, é possível que haja compradores para o 2S25, porque ao contrário de seus concorrentes mais próximos, esse tanque leve está armado com um canhão com uma gama diversificada de munições, inclusive mísseis guiados a partir de tanques.

Fonte: Gazeta Russa

27 Comentários

  1. Mas a russia não tem indústrias e nem tecnologias

    É um pais que não passa de uma fazenda gelada

    Eles não tem glonass
    Eles não tem Su 35
    Eles não tem Submarinos nucleares
    Eles não tem skander
    Eles não tem topol

    Enfim….

    Eles não tem nada

    • por LUCENA
      .
      .
      Organização de Cooperação de Xangai em vias de expansão.
      .
      (*) fonte: http://portuguese.ruvr.ru/news/2014_09_11/Organizacao-de-Cooperacao-de-Xangai-engrossa-fileiras-4918/
      .
      .
      A Organização de Cooperação de Xangai (OCX) irá admitir novos países-membros. As respetivas alterações jurídicas serão aprovadas em uma cúpula que se inicia em 11 de setembro na capital do Tajiquistão, Dushanbe.
      .
      Isto permitirá admitir os dois países candidatos – a Índia e o Paquistão. Ao mesmo tempo, os líderes da OCX irão prestar uma atenção especial a questões da colaboração militar. Em opinião de peritos, a organização está em vias de expansão e se transforma em um autêntico contrapeso à OTAN.

  2. ”… De acordo com várias fontes, a partir de 2009 haverá entre 24 e 36 destruidores autopropulsados reunidos em quatro baterias a serviço das tropas aerotransportadas…”

    Não seria 2019?

  3. Resumindo, é um BMD com um canhão de 125 mm. Tem seus trunfos em velocidade e mobilidade. Contudo, precisa acertar o MBT inimigo no primeiro tiro posto que, em virtude se ser pouco blindado, ficará em desvantagem.

  4. Eu sou fã declarado destes veículos… mas me incomoda a metralhadora coaxial!

    Qualquer dano no sistema inviabiliza as duas armas… preferiria um sistema secundário independente do canhão… assim, mesmo que um sofra algum dano significativo, ainda há alguma coisa operacional para defender o tanque!

    Certamente seria a minha escolha para acompanhar os LHDs da vida e similares pois, mesmo que a embarcação de “entrega” vinha a pique (afunde, para os leigos!) ainda assim ele conseguiria chegar à terra… e mandando fogo durante o caminho!

    Além disso, devido às suas dimensões, seria possível embarcar um número bem razoável dos mesmos!

    (outro vídeo do bicho)

    http://bit.ly/1pc4VqS

    • Em um LHD eu prefiro embarcar MBTs mesmo, tal como faz o USMC. Já passou da hora do CFN ter os seus próprios Leopards. Poderia usar o Guarani 8×8 armado com canhão de 105mm mas ao que tudo indica a opção da força foi pelo Piranha da MOWAG

      • Concordo, em parte!

        A primeira leva numa “cabeça de praia” precisa ser capaz de dar aos infantes maior poder de fogo, mas também transportá-los rapidamente para uma área mais segura… daí a necessidade do “Infantry Vehicle”.

        Normalmente essa função de “transporte” não é associada ao MBT, e quando é, acaba sacrificando outras características importantes.

        Nesse momento da “tomada” a velocidade é muito importante para levar os infantes à posições mais seguras!

        Num segundo momento, aí sim, seriam desembarcados os “cavalos de batalha” já que a área de desembarque foi garantida… permitindo que embarcações mais lentas e pesadas, e transportando apenas 1 ou 2 MBT, chegassem à praia para entregar a sua carga.

        http://bit.ly/1tTUyQ0

        Aqui um vídeo interessante da BMT sobre essa capacidade: http://bit.ly/1tTUfov

        Aqui mais um vídeo interessante simulando um LHD/LPD: http://bit.ly/1tTU4JL

        Abraço, galera!

      • Quem melou tudo foi o EB, que não se motivou em ter o Sucuri… Cujo desenvolvimento nunca foi uma maravilha, como se sabe…
        Ademais, a Engesa faliu, devido aos arroubos do seu Presidente: José Luiz Whitaker Ribeiro.

        Portanto, o seu comentário nada mais é que uma fonte de desinformação.

      • A Engesa nos Anos 80, exportava seus produtos para quase 25 países, seus projetos eram respeitados, e inovadores(como a suspensão boomerang )Os cascaveis e Urutus rodam ate hoje mundo afora, e o exercito brasileiro via o Sucuri 2 (Oque foi rejeitado foi o Sucuri 1 Ilya) como um substituto natural do cascavel, na função de reconhecimento, e como caça tanques leve.

        O que quebrou a Engesa, foi a aposta elevada no Osorio, e principalmente, o boicote do governo civil, pós 1985.
        A Engesa faliu de vez, em 1992.
        O desinformador oficial aqui e vc Ilya, aprendeu direitinho com seu chefe 😉
        “Acuse-os do que você é”
        😛

      • O Ilya não é má pessoa… é apenas um comunista… por isso sofre dos problemas inerentes a essa condição servil… 🙂

      • Serviu no sentido de servo do Sr. Soros… mesmo que não conste na folha de pagamento do George… 🙂

    • Bem lembrado Capa Preta! O Sucuri bem como toda a família Engesa se tivesse continuado e mantido o desenvolvimento estaríamos muito bem servidos hoje.
      Abraço,

    • Senhores, a ENGESA foi destruída pelo “Caçador de Marajás”, que felizmente foi apeado do poder após manifestações populares, especialmente da aguerrida juventude. E advinhem agora de quem ele é aliado?

      • A Engesa faliu pela má administração do Sr. José Luiz Whitaker Ribeiro.

        Você, Tireless, mais uma vez desinforma de maneira intencional.

        Lamentável.

      • Na hora de defender o “cúmpanhêro”, que fez o serviço sujo de vocês na tribuna atacando o Procurador Geral da República, vale tudo, até mesmo me acusar do seu mais recorrente vício, a desinformação….

      • No mais, a má administração de Whitaker foi apenas uma parcela dos fatores que levaram a ENGESA à falência. tudo bem que seu dever de ofício é defender o “cúmpanhêro” mas favor não usar de desonestidade sim?

      • Caro Ilya… a Engasa investiu 50M de dólares no projeto do Osório para tentar vendê-lo na concorrência da Arábia Saudita e foi inocente em achar que aqueles párias iriam comprar material que não fosse americano. Mas isso se chama empreendedorismo pois quem não arrisca não desenvolve… infelizmente não houve uma política de estado que defendesse nossa indústria e se deixou que a mesma falisse quando a maioria dos blindados e caminhões do EB eram justamente da Engesa. Perdeu-se know-how, ferramental, pesquisa e capacidade de desenvolvimento por muito pouco. Hoje quando vemos refinarias que foram orçadas em 2,5Bi de dólares e já custam 18Bi sem estar prontas e com o jornal da semana passada falando que só de propina calculam um desvio de 500 milhões… (isso pode não é mesmo?) vemos como a dívida da Engesa não seria nada se o estado tivesse intervido…. passamos duas décadas de atraso, inertes, para voltarmos agora com o Guarani com um custo junto a Iveco de mais de 18Bi de Reais (8,5 Bi de dólares – http://eblog.eb.mil.br/?page_id=750 ) quando poderíamos ter mantido o desenvolvimento de nossos próprios blindados (com exportações) para o mundo todo.
        Portanto foi sim um crime com a nação e o próprio EB o estado não ter tido um plano de intervenção não só na Engesa mas em diversas outras indústrias que tinham bons projetos e que teriam um papel estratégico no país…. coisas que não aconteceriam nos EUA, Rússia, China etc..
        Abraço,

      • Verdade… prova que somos governados por ENTREGUISTAS que nos venderam a preço vil, por trinta moedas, aos interesses internacionalistas, since 1985… vira e mexe é a mesma coisa… todos vendilhões safados…

    • A Engesa lutou muito para que o projeto se tornasse aceitável em termos de desempenho. Todavia, ele nunca foi aceito pelo EB.

      Percebemos hoje, que caça-tanques sobre rodas, armados com canhões de 105mm, são todos 8×8… Por algum motivo deve ser…

      • O exército, a essa altura, já estava mais vermelho por dentro do que uma melancia… por isso o revanchismo ganhou e enterrou o Osório… só agora, depois de décadas estrangulando as FAs é que a esquerda, sentindo que tem tudo dominado até nas FAs, abriu um pouquinho a torneira para que tenhamos ao menos condições de continuar com a doutrina… e olhe lá…

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