União Europeia ameaça Rússia com novas sanções

Merkel em Bruxelas: “Se a situação continuar como está hoje ou se houver piora, haverá debates sobre novas sanções”.

Na crise ucraniana, bloco europeu quer levar Moscou a ceder por meio de um ultimato. Líderes reunidos em Bruxelas instruíram Comissão Europeia a apresentar propostas de novas sanções dentro de uma semana.

A União Europeia (UE) quer levar a Rússia a ceder de suas pretensões na Ucrânia por meio de um ultimato e da ameaça de sanções mais severas contra Moscou. Após escolherem o premiê polonês, Donald Tusk, como novo presidente do Conselho Europeu e a ministra do Exterior da Itália, Federica Mogherini, como nova chefe da diplomacia do bloco, os chefes de Estado e de governo reunidos em Bruxelas, instruíram na madrugada deste domingo (31/08) a Comissão Europeia para apresentar propostas de novas sanções no prazo de uma semana.

A decisão deve ser tomada em função do comportamento de Moscou nos próximos dias. Os líderes se mostraram “profundamente preocupados” com “as atividades das unidades armadas russas em solo ucraniano”.

“Nos últimos três dias, a situação piorou dramaticamente”, disse o presidente do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy, na madrugada de sábado para domingo, após o encerremento da cúpula da União Europeia em Bruxelas. “Este é um novo nível de escalada e, portanto, temos de lidar com ela”, advertiu a chanceler federal alemã, Angela Merkel. “Se a situação continuar como está hoje ou se houver piora, haverá debates sobre novas sanções.”

Merkel informou que a Comissão Europeia foi solicitada a “fazer muito rapidamente propostas sobre as quais podemos decidir dentro de uma semana”. As novas sanções seriam nas áreas de finanças e energia. De acordo com diplomatas da UE, alguns participantes da cúpula, incluindo Merkel, querem uma decisão sobre novas sanções mesmo antes da cúpula da Otan que começa na quinta-feira no País de Gales.

Alguns Estados temem sanções

Mogherini e Tusk: cúpula escolheu nova chefe de diplomacia da UE e novo presidente do Conselho Europeu.

Mas outros Estados, entretanto, teriam optado por um maior comedimento, por temerem o impacto negativo das sanções sobre a própria economia, entre outras razões. Por isso, diplomatas afirmaram que não está claro quando a decisão sobre novas sanções será tomada.

Em Bruxelas, o presidente ucraniano, Petro Poroshenko, que esteve presente à cúpula, acusou Moscou de estar com “centenas” de tanques e “milhares” de soldados na Ucrânia.

“O Conselho Europeu condena o crescente afluxo de combatentes e armas da Federação Russa para o leste da Ucrânia e a agressão das Forças Armadas russas em solo ucraniano”, afirmou a declaração dos chefes de Estado e de governo da UE. O texto pediu que a Rússia retire “imediatamente” da Ucrânia material militar e tropas. “É totalmente inaceitável que soldados russos estejam em solo ucraniano”, reclamou o primeiro-ministro britânico, David Cameron.

Mostras de boa vontade

Kiev e o Ocidente acusam a Rússia não só de apoiar os separatistas com armas, mas também de intervir no conflito com suas próprias unidades de combate. Moscou rejeita as acusações.

Os rivais no conflito ucraniano também dão sinais de boa vontade. Os 10 soltados russos capturados pelas forças ucranianas e apresentados como prova de que militares russos atuam no país vizinho foram enviados de volta à Rússia, como confirmou neste domingo o comandante russo Alexey Ragozin. A Rússia também liberou mais de 60 soldados ucranianos que, durante combates, haviam cruzado a área de fronteira na região de Donbass.

MD/afp/dpa

Fonte: DW.DE

27 Comentários

  1. Burrada, o frio está chegando,o sr.inverno, às empresas ainda estão c uma perna na recessão; enfim, pensem. Basta o Urso, diminuir o gás, p q mt empresas quebrem na UE, os Russos estão em ritmo de guerra c td e td..estão acumulando ouro até nos fundos de cavernas…estão se armando em um ritmo bem acima do normal..Pf, pensem..se ficar nas sanções ótimo, o BRASIL e outros da AS/AC vão ajudar Ivan a ficar vivo e forte, se perdermos esse bonde outro ocupa o n lugar, logo é nós e vamos até o fim, negócios e + negócios ,+ empregos..; boa sorte BRASIL..p ontem.Sds. 😉

  2. Postura impertinente, mas que seja assim, a UE permite que os EUA os comandem por detrás dos bastidores, então que paguem o preço de sua burrice, e aproveita e sanciona mais áreas alimentícias, aviação civil, e outras áreas que são fortes aqui no Brasil, pois aí aumentaremos a balança comercial no Brics, e para enfim sairmos dessa barra de saia vassalística da UE-EUA, que nada nos acrescentou.
    Torço para que a Russia consiga o desfecho dessa situação mostrando pro mundo o que os EUA realmente é, país aproveitador, covarde e soberbo.

    • ARC,

      Não é bem assim… O Brasil não pode substituir propriamente todos os bens e serviços que os europeus oferecem aos russos.

      • De fato meu caro, mas com o tempo, essas sanções trarão a necessidade de novos fornecedores para o mercado russo, e compradores dos produtos do mesmo, e eu tenho certeza que o Brics é suficiente pra suprir essa demanda de mão dupla, alguns poucos produtos podem levar mais tempo para serem trocados ou substituidos, mas enfim, com o tempo eles superam isso. Sds

  3. Vendo imagens destes eurobambis sorridentes ,penso no EMPALAMENTO que eles sofrerao , o cancer avança e eles fazem cara de paisagem !

    • Em tempos de globalizaçao ,sançoes economicas possuem eficiencia limitada e dependendo de quem as sofre , elas sao nulas , principalmente em relaçao a russia , por terem relaçoes com varios paises de diferentes influencias , conseguem substituir rapidamente os fornrcedores e compradores de seus produtos ,isso a medio prazo ,mas perfeitamente aceitavel !

    • A UE tem a solução em mãos, mas o problema nesse assunto é os EUA, que manipulam os passos dados em relação a Ucrania. A Russia já deixou claro que só deseja que Kiev entre em um acordo com os federalistas, feito isso, fatalmente acabam os conflitos, mas aí é que mora o problema…se o conflito acabar, logo a Russia ainda terá sua influencia sobre a Ucrania, o rompimento desejado pelos EUA das relações Russia-UE, não acontecerá, e pior, o mundo verá na Russia ( isso já começou) uma liderança geopolítica mais eficiente do nos EUA, e isso os EUA num quer nem a pau. Sds

  4. Fazer ameacas, apontando o revolver para o proprio testiculo, pe e cerebro, nao vai fazer Putin estremecer. Europa e falida e em bancarrota tal qual os EUA e Japao.Eu diria, so resta a Obamas a aventura termonuclear, isto e a saida de Sansao. Morro mais meus inimigos morrem. comigo.

    • senhor JOJO…a europa hoje é um mercado completamente em recessão…onde o desemprego só aumenta..um certo político famoso estadunidense uma certa vez afirmou: “Controlando o petróleo, se controlam os países. Controlando a alimentação, se controlam as populações.”……a China PRC..nação em ascensão massivamente industrializada precisa de gás e petróleo para manter sua indústria produzindo..e a Rússia precisa de clientes para comercializar suas abundantes riquezas naturais como gás, petróleo e minérios..e ambas potencias em ascensão precisam e precisarão cada vez mais de bens alimentícios e commodities para alimenta-los e manter seus países se desenvolvendo…é ai que o nosso pais…celeiro do mundo…entra e se faz….

      Compre uma casa na Sicília por apenas 1 euro

      Por Andrei Netto, enviado especial | Estadão Conteúdo

      Uma coluna de fumaça branca saía do vulcão Etna horas depois de um leve tremor de 3,6 graus na escala Richter na noite de quarta-feira. Pouco antes da meia-noite, Aldo Conte, empresário e proprietário de três hotéis e restaurantes, confraternizava com clientes sentado à luz do luar, de frente para a montanha onde está o vilarejo de Gangi, na Ilha de Sicília, sul da Itália. Ao receber novos clientes, porém, foi recebê-los e preparar um jantar com entrada, prato principal e bandeja de frutas como sobremesa. Então, sentou-se à mesa para saber mais sobre seus novos amigos.

      Esse estilo “dolce vita”, explicou, marcado pela tranquilidade, longe do stress das cidades, onde a cultura, a culinária e a qualidade de vida são o mais importante, está à venda por € 1. O preço simbólico é o custo cobrado pela prefeitura de Gangi, eleito o burgo mais bonito do país em 2014, para atrair italianos e estrangeiros de todas as origens que estejam dispostos a se mudar para a Sicília ou, pelo menos, viver na região uma parte do ano.

      O objetivo da administração municipal é enfrentar o êxodo e o declínio econômico repovoando o centro histórico da cidade, todo construído em pedras. O burgo medieval no alto de uma colina, com vista para o Etna – o vulcão mais ativo do mundo -, e a 120 quilômetros da praia e de Palermo, a capital da ilha, foi fundado no século 12 e por séculos foi residência de agricultores. Os problemas demográficos, porém, começaram a partir dos anos 20, com a intensificação do êxodo rural e do entreguerras, que envolveram a Itália.

      Além disso, a atuação da máfia siciliana, controlada pelo chefão Andaloro-Ferrarelo, minou a atividade econômica e as condições de vida na região – situação resolvida pela intervenção violenta do “prefeito de ferro”, Cesare Mori, uma das personalidades históricas da região.

      Se a máfia foi combatida e superada, a praga do êxodo e do declínio econômico que o acompanhou nunca teve adversário à altura. O resultado são cerca de mil casas de pedra, com telhas de barro, algumas com forros de madeira maciça e pisos adornados originais, fechadas e sem moradores há décadas. Destas, uma pequena parte continua à venda por 1 euro, enquanto outras 300 têm preços entre 5 mil e 15 mil euros. Em caso de sucesso da iniciativa, as cerca de mil residências poderão ser requisitadas pela prefeitura para serem repassadas a novos proprietários.

      Sangue novo A ideia de trazer sangue novo a Gangi nasceu há sete anos, quando um novo e dinâmico prefeito assumiu o cargo. Elogiado pelos moradores com os quais o Estado conversou, Giuseppe Ferrarelo planejou com apoio de políticos, empresários e moradores uma alternativa para relançar a cidade.

      Os atributos: apostar na “arte de viver”, nas especiarias da culinária local – como queijo de cabra picante e massa de feijão -, no “slow food” oferecido por alguns dos 15 restaurantes do burgo e na paisagem arrebatadora da Sicília para atrair novos moradores. Para quem procura cultura, a prefeitura garante a atividade de quatro museus, um teatro e um cinema.

      “Muita gente veio de vários lugares do mundo para ver as casas que estão no centro histórico, apreciando nossa beleza, nossos monumentos e nossa arte, sobretudo nossa qualidade de vida”, diz Francesco Migliazzo, presidente da Câmara de Vereadores do burgo. “Gangi é um vilarejo muito tranquilo, que tem grande qualidade de vida.”

      Mas os organizadores da iniciativa não estão preocupados em atrair qualquer morador. É preciso se identificar com o estilo de vida do burgo, explica Aldo Conte, o empresário de 59 anos. O objetivo é que os novos moradores se sintam confortáveis, e ao mesmo tempo a comunidade não se sinta transformada demais por uma invasão estrangeira.

      “Pensamos em dar a possibilidade a pessoas do mundo inteiro que possam vir viver em Gangi e viver uma vida autêntica, na qual o tempo corre muito lentamente, onde a vida é feita de coisas pequenas: encontrar pessoas, poder falar, ir a um bar. É tudo isso”, diz Conte, proprietário de hotéis e restaurantes no campo e no vilarejo. “O nosso problema não é reunir mais pessoas, mas mais pessoas que gostem da ideia de viver em um burgo. Não precisamos de mais turistas. Precisamos de gente que ama este tipo de vida, que segue essa filosofia. Creio que é uma ideia vintage.”

      De acordo com a prefeitura, a iniciativa é um sucesso de marketing, e vem chamando a atenção da imprensa em diferentes países. De fato, grandes veículos de imprensa da Itália, França, Austrália, Estados Unidos – e agora do Brasil – se interessaram em saber mais sobre a cidade.

      O resultado positivo para o burgo veio logo. “Gangi é uma cidade linda, tranquila, pequena, que tem escala humana. É um amor à primeira vista”, entusiasmou-se o engenheiro Gerry Vitellaro, morador de Caltanissetta, na própria Ilha de Sicília, que comprou e já reformou por € 30 mil uma das casas colocadas à venda pela prefeitura. “Gangi é uma alternativa para educar meus filhos, um pouco o oposto dessa vida Facebook. Meus filhos vão jogar bola e brincar com outras crianças na vida real.”

      Na quarta-feira, 27, Alessandra Buratti, 42 anos, e Olivier Patrick, 50, casal de franceses moradores de Marselha, visitou diferentes casas do burgo em busca de uma ideal para investir em uma residência de férias e fins de semana. “Nós viemos regularmente à Sicília e nos dissemos: Por que não ver?”, brincou Alessandra, que conta com um orçamento de € 30 mil para as obras. “Minha mulher quase teve um amor à primeira vista, mas eu não curti”, disse Patrick. Sua mulher completou: “Há muita reforma a fazer, mas ela tem um forte potencial. Dá para fazer algo bem simpático”.

  5. “É totalmente inaceitável que soldados russos estejam em solo ucraniano”, reclamou o primeiro-ministro britânico, David Cameron.

    mas totalmente aceitável que soldados americanos e ingleses. principalmente, invadam países, principalmente menores e mal armados, em busca da manutenção dos seus interesses! 🙂

  6. Amigos,

    Essas sanções econômicas não são brincadeira. Por agora, podem realmente não significar muita coisa, mas aos poucos irão minar a capacidade russa de comercializar dentro dos mercados de maior lucratividade… A bem da verdade, danos já podem ter sido causados a economia da Russia, mas somente serão perceptíveis daqui a anos…

    Aliás, o próprio Putin já afirmou ter receio dessa situação:
    http://www.planobrazil.com/lider-de-rebeldes-no-leste-da-ucrania-renuncia/

    A Europa é um mercado que os russos não podem ignorar. A própria Russia é hoje dependente de serviços e produtos europeus…

    • Explicando a recessão europeia

      O economista americano Steve Hanke, professor de economia aplicada da Universidade Johns Hopkins, em Baltimore, EUA, considerado uma sumidade em assuntos monetários (foi ele quem acabou com todas as hiperinflações das ex-repúblicas soviéticas no Leste Europeu, da Bósnia e da Argentina), cunhou uma frase da qual todo cidadão comum jamais deveria se esquecer. Hanke a rotulou de ‘regra dos 95%’: “noventa e cinco por cento de tudo que é escrito sobre economia ou está errado ou é irrelevante.”

      Tal regra é perfeitamente aplicável para as análises feitas sobre o atual estado das economias europeias. Segundo os especialistas, o problema está na tal ‘austeridade’, a qual estaria sendo imposta a todo o continente pelos malvados alemães por motivos puramente sádicos, e estaria sacrificando os pobres gregos, espanhóis e portugueses. Culpar a austeridade é uma postura que gera aplauso fácil porque significa condenar cortes nos sagrados programas assistencialistas europeus, os quais todos os economistas convencionais sonham ver serem adotados universalmente em todos os países do Ocidente — adoção essa que requereria a supervisão destes economistas, é claro.

      Muito embora a “austeridade” europeia esteja sendo feita não por meio exclusivo da redução de gastos, mas sim por uma combinação entre redução de gastos e elevação de impostos — e, como mostrou Philipp Bagus, os déficits orçamentários continuaram intocados —, ela não é a causa precípua da prolongada recessão do continente.

      Qual é então o problema?

      Como tudo começou

      Durante a década de 2000, os países europeus, e mais acentuadamente Espanha, Portugal, Grécia e Irlanda, vivenciaram tão explicitamente todas as etapas de um ciclo econômico descrito pela Escola Austríaca, que tal exemplo deveria doravante figurar em todos os escritos sobre o tema ciclos econômicos. O ciclo econômico vivenciado por estes quatro países está sendo tão completo, que é difícil imaginar algum outro exemplo prático que melhor ilustre aquilo que é descrito pela teoria austríaca.

      A crise econômica e financeira europeia começou da mesma maneira que se iniciam todos os ciclos econômicos: por um processo de enorme expansão do crédito orquestrado pelo Banco Central Europeu em conjunto com o sistema bancário de reservas fracionárias dos quatro países citados. Tal processo de expansão do crédito consiste meramente em um processo de criação de dinheiro do nada. E é assim em todo o mundo atual.

      Sempre que uma empresa ou um indivíduo qualquer vão a um banco e pedem um empréstimo, o banco cria do nada dinheiro eletrônico na conta-corrente deste tomador de empréstimo. O dinheiro não foi retirado de nenhuma outra conta. Ele simplesmente foi criado. O bancário apertou algumas teclas no computador e dígitos eletrônicos surgiram na conta-corrente do mutuário. É assim que o dinheiro entra na economia no sistema monetário atual e é assim que a quantidade de dinheiro em uma economia aumenta. O sistema bancário destes países europeus, atuando sob a proteção e estímulo do Banco Central Europeu, literalmente criou bilhões de euros para serem emprestados para empreendedores e consumidores.

      • Empreendedores, ao tomarem como empréstimo este dinheiro criado do nada pelo sistema bancário, passaram a investir naqueles projetos que mais estavam sob demanda. Nos casos específicos da Espanha e da Irlanda, no setor imobiliário. Os consumidores destes países, por sua vez, estavam recorrendo aos bancos justamente para obter financiamento para comprar imóveis. Esta súbita demanda por imóveis foi possibilitada pelo fato de que a expansão creditícia feita pelo sistema bancário de reservas fracionárias e orquestrada pelo Banco Central Europeu gerou uma forte queda nos juros.

        Uma expansão creditícia e monetária é sempre um fenômeno extremamente perigoso porque funciona como uma droga. Quando o dinheiro recém-criado é injetado na economia pelos bancos, todo o sistema econômico passa a reagir de maneira expansionista. As pessoas ficam animadas. Empreendedores recebem financiamento barato para praticamente qualquer investimento que queiram fazer, não importa o quão irracional tal investimento seria em outras circunstâncias. Ao mesmo tempo, trabalhadores e sindicatos percebem que a demanda por seus serviços aumentou, pois há mais dinheiro na economia. Bens de consumo também passam a ser demandados com mais intensidade. A renda das pessoas cresce anualmente. Todo mundo fica feliz, principalmente porque tal arranjo faz parecer ser possível aumentar a riqueza sem qualquer sacrifício na forma de poupança e trabalho duro. Forma-se uma bolha.

        Este aparente ciclo virtuoso da nova economia ludibria todos os agentes econômicos: investidores estão muito contentes ao verem que suas ações crescem diariamente; as indústrias de bens de consumo conseguem vender tudo que põem no mercado e a preços crescentes; restaurantes estão sempre cheios e com longas listas de espera apenas para arrumarem uma mesa; trabalhadores e seus sindicatos veem o quão desesperadoramente empresários estão demandando seus serviços em um ambiente de pleno emprego, aumentos salariais e (nos países mais ricos) imigração; líderes políticos se beneficiam daquilo que parece ser uma economia excepcionalmente boa, a qual eles venderão ao eleitorado como resultado direto de sua liderança e de suas boas políticas econômicas; burocratas responsáveis pelo orçamento do governo ficam impressionados ao descobrir que, a cada ano, a receita está aumentando em cifras de dois dígitos.

        Porém, tal arranjo não pode durar. Há um enorme descoordenação entre o comportamento dos consumidores e dos investidores. Os consumidores seguem consumindo sem a necessidade de poupar, pois a quantidade de dinheiro na economia aumenta continuamente, o que torna desnecessário qualquer abstenção do consumo. E os investidores seguem aumentando seus investimentos, os quais são totalmente financiados pela criação artificial de dinheiro virtual feita pelos bancos e não pela poupança genuína dos cidadãos. Tal arranjo é completamente instável. Trata-se apenas de uma ilusão de que todos podem obter o que quiserem sem qualquer sacrifício prévio.

        Com o tempo, tamanha demanda gerada pela criação de dinheiro leva a um inevitável aumento dos preços. Ato contínuo, o Banco Central eleva a taxa básica de juros da economia e os bancos, além de reduzirem o volume de empréstimos concedidos, também começam a cobrar juros maiores. Afinal, se os bancos não aumentassem os juros cobrados, eles simplesmente receberiam — no momento da quitação do empréstimo — um dinheiro com um poder de compra menor do que o que esperavam receber quando concederam o empréstimo.

        Essa nova postura dos bancos leva a uma redução da taxa de crescimento da quantidade de dinheiro na economia. E tal redução na taxa de crescimento da oferta monetária é exatamente o que põe um fim na euforia e gera o início da recessão.

        A recessão

        Durante a fase da expansão econômica artificial, os indivíduos intensificaram seu endividamento para poder consumir, na crença de que a expansão do crédito continuaria farta e que sua renda futura continuaria aumentando, o que facilitaria a quitação destas dívidas. Já as empresas embarcaram em investimentos de longo prazo levadas tanto pela redução artificial dos juros criada pela expansão do crédito (o que faz com que os investimentos se tornassem mais financeiramente viáveis) quanto pela expectativa de que o aumento futuro da renda possibilitaria o consumo dos produtos criados pelos seus investimentos.

        No entanto, a redução da expansão monetária — que não pode se perpetuar para sempre — traz a realidade à tona. O aumento esperado da renda não se concretiza, o que faz com que as dívidas se tornem mais difíceis de serem quitadas. Isso faz com que todos aqueles investimentos que foram estimulados pela expansão artificial do crédito entrem em colapso, pois nunca houve uma demanda genuína por eles. Como os consumidores estão mais endividados e o nível geral de preços da economia aumentou — mas a oferta monetária se estabilizou —, a demanda cai (não cairia caso os investimentos houvessem sido financiados por poupança genuína, isto é, pela real abstenção do consumo dos indivíduos).

        Todos aqueles empreendimentos que até então pareciam lucrativos — como o setor imobiliário — se revelam um grande desperdício. A realidade é que simplesmente não havia demanda para tais projetos, pois tudo era baseado numa ilusão de prosperidade, aditivada pela expansão monetária e do crédito.

        Até aqui, a narração acima em nada se distingue do atual momento brasileiro. A mecânica inicial de um ciclo econômico, seja no Brasil, seja na Europa ou nos EUA, é a mesma, variando apenas qual será o setor que receberá a maior parte dos investimentos estimulados pelo crédito fácil. O que tornou a recessão europeia especialmente dolorosa foi o que aconteceu com seu sistema bancário.

        O que ocorreu na Europa — especialmente na Espanha e na Irlanda — é que o processo de expansão creditícia foi direcionado majoritariamente para o setor imobiliário. E em gigantesca escala. A bolha imobiliária espanhola foi muito maior que a americana — ao ponto de existirem hoje na Espanha, segundo Jesús Huerta de Soto, mais de um milhão de casas vazias, o que representa um incalculável desperdício de recursos escassos.

        Sendo assim, quando a expansão creditícia foi interrompida e os juros foram elevados, não apenas a demanda por imóveis foi estancada, como também, e principalmente, as pessoas que estavam pagando hipotecas simplesmente começaram a dar o calote nos bancos. Como as construtoras que haviam tomado empréstimos também não mais estavam conseguindo vender seus imóveis, elas também começar a dar calote nos bancos. Acrescente a isso o aumento no desemprego em decorrência do mecanismo explicado acima, e você terá um ideia de quão volumosos foram os calotes nos bancos.

        Ato contínuo, os bancos perceberam que seus empréstimos imobiliários — tanto para construtoras quanto para pessoas físicas — não mais seriam quitados aos valores originalmente esperados. Como os empréstimos fazem parte do ativo dos bancos, a consequência é que os ativos bancários passaram a valer muito menos do que imaginavam.

        Essa queda no valor dos ativos gerou um enorme problema nos balancetes dos bancos: o valor dos ativos despencou, mas o valor dos passivos (todos os depósitos de seus clientes) permaneceu o mesmo. Em termos contábeis, se há uma forte redução nos ativos e os passivos permanecem os mesmo, então há uma redução no patrimônio líquido (capital). Os bancos se tornaram insolventes.

        Quando um banco se torna contabilmente insolvente, ele pode fazer duas coisas: ou ele aumenta seus ativos (sem que tenha de aumentar seus passivos), ou ele reduz seus passivos.

        Aumentar ativos em um cenário de recessão é praticamente impossível. Ele teria de vender papeis em troca de dinheiro para aumentar suas reservas. Porém, além de as pessoas não estarem em condições de comprar papeis dos bancos, o próprio ato desesperado de venda de papeis já forçaria para baixo os preços dos mesmos, pois tal medida deixaria explícita a péssima situação do banco. O valor de seus ativos poderia cair ainda mais.

        Logo, a única solução plausível foi reduzir os passivos. E como os bancos reduzem passivos? Deixando de conceder empréstimos. Cobrando empréstimos pendentes (cuja quitação aumenta seus ativos), e não concedendo novos empréstimos. Essa era a única maneira de sanear seus balancetes.

      • A encrenca

        Olhando o gráfico, fica fácil entender por que a situação grega é tão calamitosa. Além da inevitável contração do crédito, que por si só reduz a quantidade de dinheiro na economia, também está havendo uma fuga de euros daquele país para os bancos alemães, mais seguros. Espanha e Irlanda também vivenciam o mesmo problema, embora com intensidade um pouco menor.

        Enquanto o mundo vivia seu período glorioso de expansão monetária (2003-2008), o governo grego aproveitou essa bonança para aumentar os gastos, inchar o funcionalismo e a folha de pagamento. E fez tudo isso sem precisar aumentar impostos. Como foi possível? Como o crédito vinha de fora, e era abundante e barato, o governo percebeu que era mais vantajoso se endividar (em vez de tributar) para aumentar os gastos — e, depois, apenas rolar a dívida, pagando juros bastante camaradas.

        É lógico que tal arranjo grego seria insustentável no longo prazo, mesmo que os juros continuassem baixos. É como se você fosse a um restaurante e, em vez de pagar a conta inteira, pagasse só a metade, e prometesse pagar o resto e mais juros no dia seguinte. Porém, quando chegasse o dia seguinte, você faria um acordo com o dono do restaurante e, novamente, pagaria apenas a metade da conta daquele dia e empurraria todo o resto acumulado para o dia seguinte. E assim você iria fazendo todos os dias. Quando chegasse o fim do mês, o dono, desconfiado de que você iria dar o calote, simplesmente lhe apresentaria a conta total, com principal e juros acumulados, e exigiria o pagamento, não dando chances para mais rolamentos de dívida. É aí que você teria o infarto.

        No caso da Grécia, a crise financeira internacional, com a contração do crédito, acelerou esse processo de cobrança da dívida — logo, os juros exigidos para a rolagem da dívida subiram. A farra grega acabou e, temerosos de um calote, as pessoas começaram retirar seu dinheiro do país, o que deixou os bancos em situação extremamente delicada.

        Em um cenário de deflação monetária como esse que está acometendo estes países, a última coisa que os governos deveriam pensar em fazer seria aumentar impostos. Mas foi exatamente isso que os governos desses três países fizeram e prometem continuar fazendo. Não é à toa que a cada trimestre a imprensa noticia com fanfarra que o PIB destes países segue encolhendo. Óbvio. Deflação monetária com aumento de impostos é um coquetel mortífero. Dado que há uma grande rigidez nos preços e nos salários nestes países (se os sindicatos não aceitam reduções salariais, os empresários não irão reduzir preços, pois seus balancetes iriam para o vermelho total), o resultado inevitável é uma disparada no desemprego.

        Veja a evolução do desemprego em cada país clicando em seus respectivos nomes: Espanha, Irlanda, Grécia.

        Para complicar ainda mais a situação, há a imposição de Basileia III, que exige o aumento do capital dos bancos. Como explicado, na atual situação, a única maneira de os bancos aumentarem seu capital é cobrando a quitação de empréstimos pendentes, restringindo a concessão de novos empréstimos e contraindo ainda mais a oferta monetária. Para Espanha e Grécia, que possuem economias amarradas, sindicatos fortes, altos impostos, e uma alta quantidade de regulamentações, esta nova rodada de deflação, a qual dificilmente será acompanhada de uma redução de preços e salários, poderá ser fatal para o desemprego. A Irlanda, por ter uma economia mais dinâmica, tem mais chances de sofrer menos.

        Conclusão

        Todo processo de expansão creditícia, cedo ou tarde, se transforma em um processo de restrição ou contração do crédito. A intensidade da recessão tende a ser proporcional à intensidade da exuberância econômica que o país vivenciou.

        Durante uma recessão, os consumidores estão mais pobres do que antes justamente por causa de todos os investimentos errôneos e insustentáveis que foram empreendidos em decorrência da expansão artificial do crédito, investimentos estes que imobilizaram capital e recursos escassos para seus projetos, recursos estes que agora não mais estão disponíveis para serem utilizados em outros setores da economia. No geral, a economia está agora com menos capital e menos recursos escassos disponíveis. Na Espanha, como dito, há hoje um milhão de casas vazias, sem compradores. Capitais e recursos escassos foram desperdiçados na construção destes imóveis, capitais e recursos que poderiam estar hoje sendo aplicados em outros setores da economia espanhola.

        Adicionalmente, é fácil entender por que o atual problema destas economias não é de ‘demanda’. Crises e recessões não são um problema de demanda. Crises e recessões são causadas por investimentos errôneos e insustentáveis — em decorrência da expansão do crédito bancário e pela distorção das taxas de juros —, para os quais nunca houve demanda legítima. Não se trata de um problema de demanda agregada, mas sim de um problema de capital que foi desviado para aplicações que não eram genuinamente demandadas pelo público.

        Sendo assim, de nada adianta os governos — e principalmente os malvados alemães — incorrerem em déficits, aumentar os gastos e o Banco Central Europeu imprimir mais dinheiro, imaginando que tudo magicamente seria resolvido. O fato é que recursos escassos foram aplicados em investimentos para os quais não havia demanda. Este capital se encontra agora destruído (ou com um valor extremamente reduzido). A recessão nada mais é do que o período de reajuste desta estrutura de produção que foi distorcida pela expansão do crédito bancário e pela distorção das taxas de juros.

        Portanto, para acabar com uma recessão, é preciso fazer com que este capital mal investido seja liquidado e que os investimentos sejam voltados para áreas em que haja genuína demanda dos consumidores. O governo fazer políticas que estimulem a demanda agregada, de modo a não permitir que haja essa reestruturação do capital, irá apenas prolongar a recessão. O governo elevar impostos e incorrer em déficits irá apenas retirar poupança do setor privado, justamente em um momento em que ele mais necessita dela.

        É exatamente isso que os governos europeus estão fazendo, e é exatamente isso que está prolongando a recessão….

        Fonte: Mises

  7. RR, vc está mt certo, + o oposto tbm e verdadeiro, veja q os Polonese estão discutindo c os iankss a abertura do seu mercado p seus hortifuiti e encontrando a negativa de sempre; os Alemães caindo na recessão pq suas empresas estão c deficts por p ñ pode exportar produtos p a Rússia. O pior nisso tudo, os Russos estão apanhando no 1º momento, + vão se tornar + auto suficientes no q lhes está sendo negado pelas sanções…palavras do tzar Putin..Algumas x certas ações n são grd burradas, e essas sanções , são inócuas , está prejudicando + q castigando os Russos, pode até vir a ser no futuro, por ora , nós iremos lhes vender carne, laticínios e mt +, espero q fike ainda melhor p o BRASIL…Quem viver verá.Sds. 😉

    • Não vamos esquecer também que boa parte das NECESSIDADES russas podem ser supridas pelo BRICS, África, entre outros… já a Europa precisa, e muito do que a Rússia tem a oferecer de imediato.

      Num jogo de médio a longo prazo, a Europa tem mais a SOFRER… e o Putin sabe disso, sabe do seu valor estratégico na geopolítica euroasiana… não importa o quanto a mídia e a propaganda americana digam o contrário… os FATOS pesam mais! E nesse caso em particular vão pesar MUITO!

      Com a dívida americana acumulada, a Europa não podem contar com os EUA para suprir a demanda pela compra dos seus produtos… por outro lado o MUNDO já está ficando de SACO CHEIO da política americana e, para sacramentar… pelo menos 3 potências estão francamente se preparando para um possível CONFLITO contra a aliança liderada pelos EUA… Índia, Rússia e China!

      Em algum momento a Europa vai ter que reconhecer que os EUA estão forçando a situação em direção a Terceira Guerra Mundial… e dar um basta nisso!

      Apesar de ODIAR DO FUNDO DO CORAÇÃO a atual aproximação com Cuba (devido aos Castro no poder… (nada contra o povo de lá que, como nós, come o pão que o diabo amassou) mas realmente acredito que o BRICS é um caminho possível para a nossa tão sonhada INDEPENDÊNCIA… aquele gritinho do D. Pedro até hoje não significou nada para mim… pois continuamos pagando impostos a coroa portuguesa, mesmo depois daquilo…!

  8. ARC ( 31 de agosto de 2014 at 21:39 ),

    giancarlos ( 31 de agosto de 2014 at 21:46 ),

    Amigos,

    A economia russa está longe de estar preparada para competir… Esse é o problema… Os russos hoje são bastante dependentes da exportação de suas commodities. Evidente que eles tem feito esforços no sentido de revitalizar a industria de seu país, mas ainda estão um tanto longe de alcançar uma verdadeira capacidade para competir.

    Daí que nenhum país dos BRICS pode substituir os europeus como mercado consumidor especifico para o que os russos mais produzem… Nesse instante da história, os russos não poderiam simplesmente mexer no delicado equilíbrio de relações comerciais com os europeus. Estes últimos podem eventualmente buscar outras fontes de commodities, mas os russos não podem simplesmente substituir aqueles que consomem as que eles produzem…

    • RR, olhar ppr esse angulo requer olhar o lado oposto, e eu vejo corte de gás, fechamento do mercado interno para produtos europeus, tbm vejo fechamento de espaço aéreo para voos sobre a Russia ( prejuízo estimado em bilhões) vejo quebra nos acordos energeticos do petroleo ( talvez o mais severo) vejo sessação de acordos espaciais ( acordoa estes que China, India e Brasil desejam) eu vejo proporcionalmente prejuizos na ordem de muitos bilhões para ambas as partes. Sds

    • “A economia russa está longe de estar preparada para competir… ”
      Se existe um país PREPARADO este é a Rússia… desde que me entendo por gente eles são os NERDS da escola… aqueles caras que todo mundo teme ou humilha… e com o tempo acabam se tornando DONOS de empresas que contratam os “populares” da época!

      Dizem que “o que não te mata, te torna mais forte”… então a Rússia deve estar forte para kct… dado o tempo e a forma como o OCIDENTE a tem tratado nos últimos 60 anos.

      “Daí que nenhum país dos BRICS pode substituir os europeus como mercado consumidor,,,” Corretíssimo… nem vai… é o BRICS como um todo… A China e a Índia podem fazer contratos de Bilhões com a Rússia e ainda assim o resto do mundo não vai boicotá-los…

      O BRICS é, até onde consigo perceber, o “bloco” mais AUTO-SUSTENTÁVEL já criado nesse planeta… tanto em matéria de alimentos, como energia, como tecnologia… sozinhos são algo limitados… mas JUNTOS são um TITÃ!

      E acho que é justamente isso que está ATERRORIZANDO os EUA hoje… a perda do seu STATUS! Da sua “influência”!

      Pra sacramentar a coisa só falta alguns países do Oriente Média/África se resolverem aderir ao “Bloco”… aí não tem mais volta! Mais um império entra para a história!

      • Exato, hj ainda falta muito para o Brics evoluir, mas num horizonte de apenas dez anos seremos o bloco mais rico e mais influente do mundo, isso sem contar com a adesão de outros países (e claro, só faremos parte disso se a estimada presidAnta sair do governo ) e os EUA estão tentando a qualquer custo atrair um dos grandes para o seu lado, mas inutilmente tentou, pois não há formas saudáveis de retaliar ou punir países como Índia, China (e até mesmo Brasil) sem sair seriamente lesionado na economia. Sds

      • Mauro Lima,

        Não é bem assim…

        http://opiniaoenoticia.com.br/economia/o-setor-industrial-russo/

        É na industria manufatureira que está a verdadeira sustentabilidade econômica… E atualmente, salvo engano, 70% do que a Russia exporta é commoditie… E o mesmo vale para a maioria dos países em desenvolvimento.

        O mercado consumidor de todos os BRICS juntos ainda não é capaz de substituir os mercados da União Européia e EUA, que são os maiores consumidores do planeta; de fato, os BRICS hoje movem apenas uma fração de dinheiro, se comparados com seus rivais…

        Creio que é possível ( e desejável ) uma maior diversidade econômica, mas não agora… Ainda falta muito para que esses países efetivamente possam substituir os consumidores europeus e americanos…

      • Isso que eu ia dizer… alguém aqui conhece alguma marca de carros russo ???… acho que a única que eu me lembrei foi da Lada… e isso faz mais de 30 anos… os russos não possuem grandes corporações internacionais… alguns bilionários russos possuem participações e até são donos de marcas estrangeiras, mas que atual em outros mercados… no computo geral, a Rússia não é uma China no que diz respeito a manufatura de um modo abrangente… sem a exportação de suas commodities, não tem força econômica alguma… exceção para a indústria armamentista em alguns nichos específicos…

      • Esses caras deliram, até o Brasil tem uma industria mais competitiva que a russa. Infelizmente, se o Putim nao sair logo, a Russia vai ficar esquecida num canto e parar no tempo. Tão se apegando na China como aliada, mas a China vai e pegar as suas terras kkkkkkkkkkkkkkkkkk

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