Fundação Ezute apoia a Marinha do Brasil no “Cérebro do Submarino”

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A Fundação Ezute vem atuando ativamente no Programa de Desenvolvimento de Submarinos (PROSUB), da Marinha do Brasil (MB), com foco na absorção de tecnologia.

Trata-se de uma atuação alinhada com um dos objetivos do PROSUB, de estabelecer um parque industrial nacional de modo a assegurar a sua continuidade e operação perene, em prazos e custos adequados. Condizente com as diretrizes da Estratégia Nacional de Defesa, esse programa da MB visa à soberania pela auto-suficiência tecnológica, que deverá ser consolidada a partir do segundo submarino nuclear.

Para isso, a Fundação Ezute foi selecionada e aprovada para receber treinamento da Directions des Construction Navales et Services (DCNS), referente ao Sistema de Combate dos submarinos convencionais do PROSUB. Segundo o acordo entre a DCNS e a MB, a DCNS fornecerá o Sistema de Combate para os quatro submarinos convencionais (propulsão diesel-elétrica) (SBR) e também para o primeiro submarino brasileiro de propulsão nuclear (SNBR).

Considerado o “cérebro do submarino”, o Sistema de Combate (SC) no SBR tem a função de gerenciar os subsistemas de detecção submarina, aérea e de superfície; os subsistemas de comunicação externa e de navegação; o subsistema ambiental; e os subsistemas de armas e munições e de contramedida. Ou seja, tudo que os “olhos” e “ouvidos” do submarino perceberem serão processados nesse “cérebro”, que vai determinar a designação de alvo, o uso de um sistema de arma e, eventualmente, o disparo do armamento.

As atividades do projeto de nacionalização do Sistema de Combate do SBR iniciaram-se em setembro de 2011 e têm duração até 2018 e o encerramento das atividades de treinamento na França está previsto para o final de 2015.

Atualmente, o projeto conta com a participação de dez profissionais da Ezute diretamente alocados no projeto ao lado de engenheiros da Marinha do Brasil – nove residentes em Toulon, na França, e um em São Paulo.

Recentemente, foram iniciados os trabalhos no SIF (Shore Integration Facility), ou “facilidade de integração em terra”, que permite verificar as interfaces e comunicação de dados e realizar os testes de integração entre diferentes equipamentos e subsistemas. O desenvolvimento do software do Sistema de Gerenciamento de Combate, do qual também participam engenheiros da Ezute, encontra-se em estado avançado.

“A participação da Ezute neste projeto enriquece sua experiência em projetos de transferência de conhecimento e tecnologia e fortalece a parceria da instituição com a MB.Somos uma Organização cujo maior ativo é o conhecimento acumulado e ele só faz sentido se for aplicado a serviço do desenvolvimento brasileiro”, destaca o presidente da Fundação, Tarcísio Takashi Muta.

Em seu retorno ao Brasil, os colaboradores da Ezute irão participar de atividades de integração do Sistema de Combate para o primeiro SBR e, no futuro, a Fundação irá apoiar a MB na manutenção e evolução desse sistema.

Parceira da Marinha do Brasil

MAN-SUP

A Ezute tem uma história de parceria com a MB que precede o PROSUB. Entre os projetos de atuação está o do primeiro Míssil Antinavio de Superfície (MAN-SUP) a ser concebido e fabricado no Brasil. Esse míssil constituirá um sistema de defesa a ser utilizado nos navios da MB. É um sistema complexo e estratégico, cujo caráter inovador colocará o Brasil em um novo patamar de independência tecnológica.

A equipe multidisciplinar da Fundação Ezute atua tanto nas atividades técnicas de engenharia de sistemas como gerenciais, atuando como gestão complementar em apoio à Marinha. O desenvolvimento do MAN-SUP está a cargo de três empresas brasileiras, sendo que a Ezute provê apoio técnico-gerencial ao desenvolvimento e à integração das partes componentes fabricadas pelos diferentes fornecedores, zelando também pela sua qualificação.

SISGAAz

A Ezute participou também da conceituação do Sistema de Gerenciamento da Amazônia Azul (SisGAAz), elaborada em conjunto com a MB. O SisGAAz será um sistema de defesa cuja missão é monitorar, de forma integrada, as Águas Jurisdicionais Brasileiras (AJB) e as áreas internacionais de responsabilidade para operações de Socorro e Salvamento, a fim de contribuir para o controle e a mobilidade estratégica, representadas pela capacidade de responder prontamente a qualquer ameaça, emergência, desastre ambiental, agressão ou ilegalidade.

Com base neste projeto, a Ezute teve o seu produto “Concepção de sistemas para programas estratégicos de defesa”, classificado pelo Ministério da Defesa, como Produto Estratégico de Defesa (PED).

Atualmente, a Ezute presta consultoria técnica à MB, apoiando a contratação do desenvolvimento do SisGAAz.

Foto: Engenheiros da Fundação Ezute no laboratório com os consoles; da direita para esquerda: José Fernando Maria Bianco Filho; Ricardo Reverdy; e Robson Souza Caceres

Fonte: Techno News via Defesa Aérea & Naval (DAN) 

4 Comentários

  1. Com base neste projeto, a Ezute teve o seu produto “Concepção de sistemas para programas estratégicos de defesa”, classificado pelo Ministério da Defesa, como Produto Estratégico de Defesa (PED). ==== Legal, temos empresas aptas a fornecer ekipa/ e logística p os n Subs.Espero q ñ fikemos só nesse 4 subs convencionais e construamos outros 10 e + 4 subuNucks e t isso p otem…sds. 😀

  2. Espero que esse profissionais não façam como o Marcos Pontes,pois esse conhecimento que eles estão tendo acesso é um patrimônio do BRASIL que deve ser repassado adiante !

  3. .Como os militares são comunistas de fato, pois devem usar as mesmas roupas, comer a mesma comida, e receber o mesma remuneração, independentemente do nível de conhecimento e preparo que receberam, as forças são obrigadas a contratar fundações e empresas para desenvolver os projetos e produzir as armas.

    Só que isso é uma grande furada para a segurança. Empresas podem ser privatizadas. Fundações podem trocar de lado.

    • Mas BURROS continuam BURROS… esses não tem jeito… já parou para pensar o porque a Boeing, a DCNS, a Raytheon ou qualquer outra empresa de tecnologia militar NÃO “mudam de lado” e porque muitas estatais vendem tecnologia militar de seus países por debaixo do pano ???… tente pensar nisso… se ao menos conseguir executar a primorosa arte de pensar por si mesmo, sem a cartilha esquerdopata emitida pelo partidão… 🙂

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