Rússia poderá construir seus próprios navios anfíbios

O vice Primeiro-Ministro da Rússia, Dmitry Rogozin, declarou que o país tem condições de desenvolver e produzir o seu próprio navio de assalto anfíbio se a França desistir do contrato de fornecimento de dois navios da classe Mistral para a Rússia, em decorrência dos recentes acontecimentos na Ucrânia. 

Os países possuem um contrato estimado em US$ 1,6 bilhões, assinado em junho de 2011, com a previsão da primeira entrega ser efetivada no final deste ano (o primeiro foi batizado de Sebastopol) e, o segundo (Vladvostok), em 2015. 

Os EUA tem pressionado a França para desistir do acordo, alegando ser um ato completamente inapropriado se Paris concluir as entregas. O Primeiro-Ministro do Reino Unido, David Cameron, classificou o acordo como algo impensável?

Os navios da classe Mistral podem transportar até 16 helicópteros, quatro embarcações de desembarque, 70 veículos blindados e 450 soldados cada. A expectativa é designar os navios para a Frota do Pacífico.

No início desta semana os EUA impuseram novas sanções a Rússia, envolvendo três bancos e a United Shipbuilding Corporation, que está envolvida no acordo do Mistral.

Fonte: C&R

22 Comentários

  1. por LUCENA
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    ( … ) O vice Primeiro-Ministro da Rússia, Dmitry Rogozin, declarou que o país tem condições de desenvolver e produzir o seu próprio navio de assalto anfíbio se a França desistir do contrato de fornecimento de dois navios da classe Mistral para a Rússia, em decorrência dos recentes acontecimentos na Ucrânia. ( … )
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    Os franceses com essa vão pensar duas vezes pois, com essa afirmação os russos; se caso os franceses cumpra o contrato; poderão no futuro; querer mais navios de desembarque anfíbio e ai , vão perde essa oportunidade, já estão tendo dificuldade com o seu rafale.
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    Com o Mistral os franceses tem mais chance de fazer bons negócio a não ser que os EUA absorva as demandas francesa más, os vassalos do tio Sam, ultimamente são uns “emasculados” na soberania e imaginar que tem gente aqui no Brasil ( 5º coluna) que detesta o governo do Brasil,só por não seguir a cartilha do tio Sam …esses americanófilo….;)

    • com o dinheiro do cancelamento de contrato daria para adiantar ,o serviço

      segundo os russos estão trabalhando comos franceses já algum tempo os militares russos com certeza já filmaram e documentaram fora a transferência de tecnologia que estava tendo

      se a frança pipocar seria a segunda pior

      pois a pior mesmo foi trair a argentina no caso dos misseis ,essa ainda foi a pior

      mas se franceses fizerem novamente ,em detrimento do seu cliente ,já decretaria que sim

      a frança não é um pais serio !!!

      e sobre os misseis argentinos e códigos fontes a argentina alguma vez contestou isso ????

      chama o código de defesa do consumidor para frança !!!

  2. Taí uma oportunidade dos yankes mostrarem solidariedade a França. Comprarem os Mistrals devidos aos Russos e ressarcirem a França da multa de bilhões a que serão certamente submetidos por quebra de contrato. Excelente oportunidade de mostrar a grande união e fraternidade que os unem.

  3. Interessante… mas o pior para a França e para os EUA (mais um tiro no pé!) é que além de impedir a França de conseguir capital importante nesse momento de crise, vão obrigar a Rússia a desenvolver um projeto que pode ser até superior.

    Certamente não vão construir apenas 4 unidades, e ainda podem exportar para diversos países “desalinhados” com a soberania americana… no médio prazo (certamente não demorariam muito para botar um bicho novinho nas águas) acabarão se tornando concorrentes da própria França!

  4. Se isso acontecer a França ficará mal vista, pois ficaria evidente que a pressão dos EUA funciona em cima da França.

    Qualquer país não alinhado dos EUA pensaria duas vezes antes de comprar equipamento militar Francês.

    • Isto e verdade, eles já são estigmatizados devido a trairagem com os argentinos nas Malvinas, e por terem roído a corda com os israelenses no caso dos mirrages, nos anos 60. Se roerem a corda de novo com os russos, vão ficar marcados definitivamente.

  5. A França não cederá meus caros, se analisarmos friamente há muita coisa em jogo nessa desistência, uma delas é o distanciamento da Russia (com quem tem boas relações comerciais e políticas) humilhação global e diante do seu próprio povo, diante desses e de outros motivos a França não vai ceder,e outra, se os EUA tentarem pressionar com mais violência, lembrem-se que estamos falando de pressionar uma das maiores potencias econômicas, militares e políticas do mundo, seria um erro fatal e consequentemente lançaria a França para o lado da Russia e China, e fortaleceria o bloco anti sanções na Europa (que já tem a Alemanha e Suíça).
    Outra questão ao que me parece é que a Russia pretende contar ($$$$$) e muito com a França no reaparelhamento de sua marinha, e os EUA cooperam com o que pra França? nada, eis o resumo do porque dessa postura da França.

    • Nesse caso só me resta torcer, e muito para os EUA fazerem mais pressão contra a França…

      Explico: já pensou se Alemanha e França apresentam intenções de participar do bloco ECONÔMICO (não ideológico) do BRICS !???

      Sacramenta… “Rei Morto, Rei Posto” para o Titã EUA! 🙂

      • Fato, na verdade me parece que existe um posicionamento sendo realizado as escondidas por alguns paises da Europa, entre eles a Alemanha e França que não desejam perder relações com os EUA mas não aceitam se por debaixo de sua guarida infiel, e pra isso eles precisam diversificar mercado e criar alianças com outras potencias que lhes garantam uma melhor voz contra as vontades insanas dos EUA que só trazem prejuizos ( como invadir Iraque, sancionar a Russia e por ai vai). Só nos resta torcer meu caro, pois se estes paises entrarem no Brics será uma revolução ecobomica global em que os EUA realmente serão destituídos de sua hegemonia…seja bem vindo a multipolaridade. Sds

  6. Mas um bichão destes cairia como uma luva na marinha do Brasil.
    A economia russa, e menor que a brasileira, e eles compraram dois.

    • Há uma diferença brutal entre Brasil e Russia, e a mais severa é que eles são sérios no quesito defesa nacional, coisa que aqui é visto como elefante branco (até levarmos uma surra).
      Mas realmente seria um avanço para nossa MB ter um navio da classe Mistral em nossa esquadra, pois difere de um NAE em diversos quesitos, um deles e talvez o melhor, é que custa bem mais barato para adquirir e para manter, e dados os investimentos escassos em nosso país, ter uns dois desse navio e um NAE funcional nos daria uma envergadura muito melhor que do que possuímos hoje. Sds

      • Concordo, mas faço uma observação. Se na aquisição dos jatos já foi um festival de maledicência sobre a compra quando se decidia pelos franceses, imagina na compra de uma NAE dessa, seria de ladrão pra pior. Pior de tudo é que são os ladrões impunes que fazem esse discurso e imobilizam as FAs e obrigam-nas a comprar os m.b. desprezados pelo mundo, o refugos, os sucatões.

      • Fato meu caro, infelizmente os jogos políticos de nosso país tendem a piorar o caminho da restauração de nossas forças, e essa merreca que gastaram na compra dos Gripens (quantia que a Russia, EUA, China, etc gastam num ano para revitalizar suas forças não significa nada diante de nosso PIB e necessidades).

  7. E o Brasil que se cuide pois se a França der ouvidos aos EUA teremos de procurar outros parceiros para o projeto dos SUB eu era a favor dos rafale mas alguns dos seguidores do blog me fizeram mudar de ideia quando me diceram que colocar todos os ovos no mesmo sexto era muito ariscado espero que a França honre com seus compromisos mas confesso que estou preocupado em relação aos tratados com o Brasil.

    • por LUCENA
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      Sr.Perlin,
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      Provavelmente no caso dos russos deve existir no contrato penalidades financeira se eles não cumprir o acordado e provavelmente deve ser com o acordo entre o Brasil e a França.
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      O quê está em jogo também, será a credibilidade dos contratos como um todo( as garantias ) e não só os da França ou seja,se ela não honrar estes contratos, qualquer empresa bélica mundial, terá dificuldade, o mercado bélico haverá dificuldade, inclusive as francesas;afinal, quem investirá em compra de armas se nem os contratos não tem como garantir a conclusão de um negócio ? … credibilidade jurídica ficará em xeque.
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      Além do mais, a Guiana francesa é bem ai, do ladinho … 😉
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      • Sr.Helveciofilho lembro que em 1982 a França cedeu a presões USA e os codigos dos miseis argentinos foram parar nas mãos Inglesas este ato correu o mundo talvez por esta razão o Rafale custa a decolar a credibilidade françesa ficou abalada minha esperança é de que a França tenha tido uma lição com tal atitude mas caso não tenha aprendido e nós não temos o conhecimento da força de persuasam do governo USA para com a França, sabemos que se a França novamente pisar na bola sua industria belica estara condenada e ME PARECE QUE A RUSSIA TEM CONHECIMENTO DISTO SE A FRANÇA CEDER OS RUSSOS CONSTROEM E COBRAM A MULTA POIS CAPASCIDADE PARA ISTO TODOS NÓS TEMOS CONHECIMENTO O PROBLEMA QUE ME ASUSTA É NO CASO DO BRASIL SEI QUE TEMOS CAPASCIDADE PARA CONSTRUIR MAS NÃO NO MESMO TEMPO. ME ENTENDE?

      • por LUCENA
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        O tempo sempre foi curto para nós em tudo, o brasileiro deixa tudo para o último momento, ainda bem que a nossa diplomacia do atabaque, nos garante uma política não beligerante sem inimigos declarados.
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        As decisões estratégica por uma elite estadista na nossa política, é o que nós mais precisamos,estadistas na liderança brasileira,é o nosso calcanhar de Aquiles.

  8. É claro que os russos podem se aventurar a isso… A questão é quanto tempo levariam para tanto… Até onde sei, não há atualmente nada no inventário russo como os Mistral em que se basear… E o Kuznetsov não seria propriamente o ideal para se ter como ponto de partida para esse caso tão particular dos LHDs…

    Mesmo que se tenha acesso a tecnologia alheia, deve-se primeiramente interpretar a informação a ser absorvida para se capacitar a mão de obra e seguir o desenvolvimento. E isso leva tempo…

    Em suma, desistir do LHD francês poderia criar um sério revés no programa de reequipamento marítimo da Russia, sem que haja um substituto a curto prazo.

  9. Acredito que a França não vá ceder não pois a segurança da Europa depende do consenso desses dois grandes países: França e Rússia. Somente as duas podem impedir a recriação de uma Alemanha belicista e tal surgindo, apenas as duas podem derrotá-las, dividindo seus esforços em uma luta de de duas frentes. França e Rússia fazem exercícios aéreos, colaboram na modernização de suas infantarias e criação do padrão de soldado do futuro – Felin e Ratnik + -, e acredito que o programa de venda e transferência do Mistral foi apenas a pedra de toque dessa relação. Geografia une mais do que Ideologia e a França e a Rússia são potências que se complementam pela paz e estabilidade na Europa. A França não deve ceder para um parceiro de primeira grandeza como a Rússia como fez com um cliente subdesenvolvido coma a Argentina; caso o faça, ficará desacreditada e mundial desmoralizada.

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