US Navy do Littoral combat Ship para o Small Surface combattant, adequações para as novas realidades

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Na imagem LCS-2 e LCS1, duras críticas ao program e readequações estão em pauta nas discussões sobre o futuro navio de superfície da US Navy.

E.M.Pinto

LITTORAL COMBAT SHIP

 

Sob a administração do Secretário de Defesa Norte Americano Chuck Hagel, o Departamento de Defesa impõe uma dura redução no número de navios do programa LCS (Littoral combat Ship). A medida parece ser descabida e para os observadores menos atentos, trata-se apenas de cortes orçamentários,  muito mais frequentes na administração do Presidente Barak Hussein Obama.

Entretanto, os cortes de fato não se referem apenas aos ajustes econômicos, mas sim a uma nova adequação e atualização da US Nany para um crescente cenário naval especialmente nos mares do Oriente.

Inicialmente planejado para 52 navios, o programa LCS foi limitado a apenas 32 embarcações. Segundo alegações o próprio secretário de Defesa, “os navios possuem a capacidade de proteção independente e poder de fogo e sobrevivência para um cenário de conflito moderno questionáveis”, bem como, ” são insuficientes para enfrentar as novas tecnologias emergentes, especialmente contra as renovadas forças navais da região da Ásia-Pacífico”.

Visby
Planejada para o cenário de negação de área em perímetro litorâneo a aposta Sueca nas corvetas Visby é tida como referência para a guerra de litoral.

Os navios do programa LCS foram planejados aproximadamente uma década depois do colapso da URSS, não haviam grandes marinhas capazes de desafiar o poder da US Navy em águas azuis e num curto período da história acreditou-se que esta potência hegemônica ditaria as regras e normas sobre o mar.

Entretanto, os analistas estavam equivocados, de lá pra cá muita coisa mudou, especialmente no Mar da China e litoral africano, novas ameaças forçaram uma reavaliação total das capacidade exigidas à USNavy no tocante a tão falada ” Guerra de Litoral”.

Numa análise mais aprofundada, o Mar da China, teatro operacional mais complexo do que se imagina, possui características sui generis, que requerem atenção e serão assim utilizados como base para esta explanação, até porque muito das reflexões que se aplicam aqui  se estendem a outros cenários.

O litoral da china é composto por  mares rasos e por um intrincado conjunto de ilhas que além disso é permeado por regiões de relevos acidentados fatigados por constantes mudanças climáticas que limitam as operações de frotas de super Destroyers e submarinos  Nucleares às regiões distantes do litoral.

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Lockheed Martin LCS 1

Para este cenário (por exemplo) acreditava-se que os LCS seriam navios altamente capacitados a desempenhar patrulhas marítimas de rotina, operações anti-pirataria, contra minagem e resposta rápida às forças oponentes. Tal modelo em muito se assemelhava a  filosofia sueca de defesa de litoral, interpretada pelas modernas corvetas da classe Visby.

A doutrina de negação de litoral serve muito bem a uma nação com específicas caraterísticas geográficas e composta por forças de defesa integradas e plenamente operacionais em ambientes centrados em redes, capazes de fornecer a defesa necessária  dificultando “aventuras” numa hipotética incursão de um oponente.

Para os analistas militares de então, os US$ 275 milhões para cada navio LCS, representavam a “inteligência”, “racionamento de recursos”,”Pragmatismo” e manutenção do poder bélico dos Estados Unidos frente a qualquer possível ameaça, uma vez que dispunham de uma respeitável capacidade e forças oceânicas, capitaneadas pelos seus Super Porta aviões, Cruzadores e Destroyers lança mísseis, bem como, da formidável força de submarinos nucleares. Restava agora apenas se adequar a uma força de litoral moderna para garantir a continuidade de sua hegemonia nos mares.

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General dynimics LCS 2

Os  LCS poderiam assim cumprir os deveres de rotina em tempo de paz, nos litorais da África e América do Sul, cenários de baixa intensidade e assim liberariam as demais forças de superfície (Destroyers  Arleigh Burke e Cruzadores Ticonderoga) para as operações no pacífico ou outros mares.

Porém, o programa LCS teve inúmeros problemas, os custos dos programas elevaram-se para próximos a US $ 400 milhões o navio ( ainda sim muito abaixo dos US$ 1,8 bilhões pago por um DDG da classe Arleigh Burke).

Sucessivos “embaraços” tornaram-se públicos e o que parecia ser um “milagre tecnológico”, em pouco tempo passou a ser considerado uma “maldição” pelo DOD. O programa LCS que originalmente deveria ter um vencedor aceitou os dois competidores, isto porque nas palavras de um alto funcionário do pentágono, os navios não seriam capazes de executar a contento todas as funções que lhe foram destinadas, segundo ele, “ O que faltava para Romeu sobrava em Julieta… mas o problema é que a recíproca também era verdadeira”.

Seriam os navios incapazes de cumprir todas as funções que lhe seriam dedicadas?

Possivelmente não… ou ainda, a culpa talvez nem fosse dos projetos, mas sim, das ambições e considerações de centenas de analistas, projetistas e representantes das indústrias de defesa norte americanas, que passaram a acreditar em soluções “milagrosas” e sistemas integrados capazes de desempenhar inúmeras funções simultâneas. Algo a primeira vista inteligente, porém, dependente de inúmeras condições e tecnologias que por inúmeras razões tornariam o projeto inicial parcialmente inadequado e obsoleto em menos de uma década.

Desde os anos 90 o Pentágono coleciona fracassos e cancelamentos de programas de armas “milagrosas”, sistemas considerados “balas de Prata” tiveram igualmente fins melancólicos. Muitos projetos foram reavaliados e adequados aos multantes cenários da guerra moderna que nasceu especialmente após o 11 de Setembro.  Chegara a vez do projeto LCS  e era hora de por os pés no chão.

Photo released by LCDR Joel Stewart, SPAO for Standing NATO Maritime Group One (SNMG1). Contact at: stewartjo@ddg72.navy.mil or 757-443-8659
Insubstituíveis em específicas missões, as OHP sempre foram o foco das discussões sobre as características dos navios de superfície.

Porém nem de todo o programa LCS estava errado, apesar das considerações ao programa, este projeto em particular não pode ser considerado um fracasso total, pois produziram formidáveis navios, equipados com uma moderna suite de armamentos e sistemas e que ainda sim constituirá numa respeitável frota de 32 exemplares.

Número suficiente para manter a guarda e  liberar os DDG e Cruzadores para missões em regiões de conflitos de alta densidade. No entanto, era evidente que estes navios não poderiam cumprir a contento as funções de uma “Marinha e verdade” e o projeto precisava ser reavaliado, era evidente a necessidade de um navio de superfície armado com recursos e armas ao nível de um fragata, capaz de substituir sem perdas de capacidade as bem conceituadas fragatas da classe Oliver Hazard Perry, OHP.

Em muitos aspectos, os projetos LCS não substituem completamente as FFG Oliver Perrry, ressalta-se que estas não são integradas como parte de grupos de ataque chefiados pelos Porta Aviões.

As OHP foram concebidas como navios escoltas para comboios e o novo programa SSC baseia-se nessas capacidades, conferindo-lhe ainda uma capacidade de operação em nível global.

As OHP realizam funções de guerra anti-submarinos, ASW, 11 navios são dedicados a esta função em mar aberto, enquanto escoltam navios anfíbios e comboios em ambientes de baixo a moderada ameaça. Podem ainda fornecer limitada capacidade contra mísseis anti-navio especialmente aos modelos dos anos 70 e 80. e necessitam d eum navio mais adequado que os limitados LCS, navios que operam num perímetro muito restrito de mar, próximo ao litoral.

Neste contexto, o DOD nomeou uma comissão para avaliar as condições, termos e necessidades de adequação dos projetos originais dos LCS de modo a apresentar até Julho de 2014  (PROGRAMA SSC-PDF).

Os requisitos preliminares do programa que passou a ser chamado de SSC,  Small Surface Combatent, ( Pequeno navio de combate de superfície).

VÍDEO: SMALL SURFACE COMBATTANT

SMALL SURFACE COMBATTANT

 

Para o programa SSC, os analistas planejaram um navio capaz de  cumprir  o papel de escolta e patrulha tradicional atualmente executado pelas OHP, adicinalemnte vislumbra um navio capaz de  prover defesa à frota  operando em conjunto com os grupos de ataque chefiados pelos Porta aviões em cenários de  “anti-negação” e “negação de área”.

Para tal o novo navio deverá possuir a capacidade de Guerra Anti-Superfície (ASuW), Gerra Anti-submarino (ASW) e Guerra Anti-Aérea(AAW) capacitado a neutralizar navios de combate como as fragatas chinesas Type 054A, classe Jiangkai e corvetas Type 56, Jiangdao em ambiente de baixa e média intensidade .

Para tal presume-se que os  SSC devem possuir células VLS com capacidade  de lançamento de mísseis de anti-navio de longo alcance, tais como o inovador míssil NSM, mísseis táticos tipo Tomahawk, ou LRASM.

As células VLS poderão ser complementado com dois sistemas quádruplos de lançamento de mísseis anti navio Harpoon (alternativa de menor custo). Como arma principal, o navio deve ser equipado com um canhão 76 mm, padrão para navios desta tonelagem.

RIM-162 Evolved Sea Sparrow Missile
RIM-162 Evolved Sea Sparrow
Standart SM-2
Standart SM-2

Os navios devem ser equipados com radares SPY-1F  ou K e provavelmente integrarão os sistemas de armas com capacidade de guerra anti aérea (AAW).

Presumivelmente serão equipados com os  lançadores MK 41  que podem acomodar mísseis antiaéreas RIM-162 Evolved Sea Sparrow ou Standart SM-2. As células restantes podem ser preenchidas com mísseis anti-navio ou armas anti-submarino.

Helicópteros e VANTs armados com mísseis de ataque naval são uma ameaça igualmente consistentes, especialmente se estas aeronaves operarem a partir de ilhas e pequenos aeródromos remotos, encobertos pelo relevo e acidentes geográficos.

Para a defesa de ponto e completando a capacidade defensiva anti-aérea, os SSC devem receber sistemas de defesa SeaRAM e ou sistemas  CIWS Vulcan Phalanx, bem como chamarizes e sistemas de bloqueio para mísseis e armas stand-off.

Para a intrincada guerra de litoral, tendo como foco o Mar da china, os analista ressaltam que nos últimos anos, observou-se uma crescente capacidade defensiva de negação de Mar, especialmente por parte da China. As embarcações de combate litorâneos lança mísseis classe Houbei são um exemplo de como a capacidade de combate de litoral delegada aos LCS estava equivocada.

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Família de radares SPY e suas especificações.
Sea Ram
Sea Ram

Estas pequenas embarcações Type 022 são ágeis e transportam oito pesados mísseis capazes de inutilizar um Destroyer DDG 51.

A china investiu em navios silenciosos e furtivos,  considerados hoje pelo Pentágono como uma “pedra no sapato” para operações no recortado Mar completo por ilhotas e arquipélagos, profundidade rasa e relevo repleto de falésias, golfos e baías. Em suma, um “santuário” para operação destes pequenos navios e um “cemitério” para uma força de navios maiores e menos ágeis.

Type 022 Hobey
Type 022 Houbei

As pequenas Type 022 são navios ágeis, velozes e bem armados e consistem numa armadilha mortífera não só para as frotas de navios maiores, mas também para os atuais LCS, que desprovidos de defesa anti-aérea eficaz para esta ameça, seriam uma presa fácil para navios chineses. Ressalta-se que esta função de neutralizar embarcações rápidas lança mísseis nos perímetros litorâneos, era função delegada ao LCS.

 Type 032 Qing
Type 032 Qing

Para os analistas, as rasas águas dos Mares da China, do Mediterrâneo e do Mar do do Norte são santuários para os pequenos submarinos diesel elétricos equipados com sistemas de propulsão independente do ar (AIP).

Neste cenário tendo em vista questões diplomáticas e tecnológicas vigentes, a maior ameaça para as forças navais viria de baixo d´água, sendo os submarinos litorâneos lançadores de mísseis do novo projeto Type 032 Qing, armas a serem batidas por uma força neste perímetro territorial. Este s pequenos submarinos, são silenciosos, baratos e equipados com modernos sistemas eletrônicos e armas, difíceis de detectar e capazes de operar em regiões de profundidade superior a 20 metros.

Por seu lado, os submarinos nucleares são exímias armas no combate em águas azuis, porém em mares restritos e rasos a vantagem cai sobre os pequeninos submarinos diesel elétricos, silenciosos e manobráveis, estes navios, muito mais baratos, podem surpreender forças navais mais sofisticadas e fortemente armadas.

RUM-139 ASROC
RUM-139 ASROC

Atento a isto o programa SSC preparar-se para a Guerra Anti-submarino (ASW)  em contraponto a crescente capacidade da PLAN a qual permanece entre as mais graves ameaças para os grupos de ataque e comboios americanos no oeste do Pacífico. Evidentemente considerando-se um hipotético conflito na região.

É neste cenário que o SSC deverá complementar a frota de Destroyers e Cruzadores, exercendo o papel de plataforma ASW, com sonar rebocado e armas anti-submarino tais como os ssitemas RUM-139 ASROC lançados a partir de células verticais, bem como torpedos MK54.

Quanto a autonomia, uma vez que os novos papéis destinados ao pequeno navio de combate de superfície estendem-se além dos perímetros litorâneos, os navios deverão possuir autonomia entre 2 a 3 vezes superior aos atuais LCS.

Por último o projeto deverá ser modular, tendo em conta margens de crescimento e atualizações ao longo de uma vida de 30 anos de serviço. Idealmente, o casco do navio deverá acomodar um maior volume e capacidade de deslocamento, bem como fazer frente as novas necessidades tais como, novos geradores de energia, novos sistemas eletrônicos e no futuro armas lasers de estado sólido, opto eltrônicos e radares mais poderosos.

DCNS GOWIND
DCNS GOWIND

Em alguns forum de defesa reesalta-se que embora o grupo de trabalho do programa SSC tenha avaliado inúmeros projetos inclusivamente navios da família DCNs Gowind entre outros programas estrangeiros como as corvetas DAMEN holandesas, as Alemãs da classe MEKO, Fragatas da NAVANTIA entre outros, os analistas veem como provável a escolha de um projeto genuinamente americano.

Para alguns especialistas o novo navio SSC será provavelmente um navio oriundo do reprojeto dos próprios LCS ou ainda um projeto de navio adaptado dos Cutters destinados a Guarda Costeira Americana.

Segundo os especialistas o congresso Norte Americano é relutante em aprovar um projeto estrangeiro as apostas são depositadas nos programas da Lockheed Martin, General Dynamics e da Huntington Ingalls. Para eles estes navios serão derivados dos projetos já existentes, porém com deslocamentos entre 3,6 a 4,8 mil ton.

PROVÁVEIS CANDIDATOS AO PROGRAMA SSC

 

GENERAL DYNIMICS-AUSTAL (INTERNATIONAL INDEPENDENCE).

Na medida em que os recursos necessários supra mencionados estão em causa, a variante International Independence da General Dynimics possui um armamento substancialmente melhorado. A variante internacional tem sido apresentada em várias configurações diferentes, mas muitos incluem 2×8 lançadores VLS, MK 41, 2×4 lançadores para mísseis Harpoon, lançadores de torpedos e uma arma de calibre médio de 57 ou 76 mm.

Uma grande vantagem das embarcações dessa classe reside na existência de uma área para módulo missão mais ampla, que por sua vez, pode ser usado para abrigar mais equipamentos e armamentos. No entanto, a grande limitação da variante doméstica classe Independência ainda está presente na variante internacional, seu casco de alumínio.

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Proposta de navio de combate de superfície da General Dynimics

O conceito original para programa LCS-2 era o de um navio cuja  resistência ao ataque por armas poderia salvar a tripulação, mas não o navio.  O projeto atual estendeu a capacidade de sobrevivência do navio mas sem uma significativa e efetiva capacidade de resistência.

Porém os projetistas alegam que os incidentes com o  HMS Sheffield  e USS Stark  provam que até mesmo navios de guerra de aço, destinados a continuar lutando depois de um ataque por mísseis, não resistem a contento aos efeitos destas armas. O argumento de que os LCS não precisam de alta capacidade de sobrevivência para cumprir suas missões é legítimo,  se a General Dynamics e a Austal EUA pretendem comercializar a variante International em um papel tradicional de fragata este navio pode enfrentar alguns problemas no programa SSC.

 

HUNTINGTON INGALLS  (PATROL FRIGATE PF 4501 & 4921).

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Patrol Frigate a proposta da Ingalls para conversão dos NSC

O grupo Huntington Ingalls apresenta versões modificadas do seu National Security Cutter, NSC para o programa SSC da Marinha.

A base do NSC foi construída atendendo a 90% das normas militares e  tem um custo unitário de cerca de US$ 638 milhões, possui como arma principal um canhão 57 mm. Duas variantes modificadas do NSC foram oferecidos e são denominadas Patrol Frigate  PF 4501 e PF 4921.

Os navios  do projeto PF possuem um modelo maior denominado PF 4501 cujo alcance é de 12.000 milhas náuticas e uma autonomia de 60 dias. Basta lembrar que o alcance dos LCS são 3500 e 4000 milhas náuticas e apenas 21 dias de autonomia.

Os requisitos de projeto para o policiamento de longo alcance e autonomia tornam o navio adequado para a travessia entre EUA e as distantes instalações aliadas no Pacífico. A filosofia de projeto por trás do PF 4501, limita custos e sistemas de armas para apenas uma arma principal de 57 mm, com metralhadoras e armas defensivas. As limitações do armamento do projeto PF de 4501 limita em grande parte as suas perspectivas como um candidato viável ao SSC.

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Huntington Ingalls National Security Cutter da Guarda Costeira em operação.

Já o projeto PF 4921, sacrifica 4.000 milhas náuticas em prol do aumento significativo no armamento. A PF 4921 é uma fragata leve destinada a executar a defesa anti-aérea, anti-superfície e guerra anti-submarino. O armamento principal é um canhão 76 mm e uma unidade de lançamento vertical para o sistema Evolved Sea Sparrow Missile  (ESSM), um sistema CIWS, Vulcan Phalanx ou SeaRAM  disposto sobre o hangar, bem como metralhadoras operadas remotamente.

O navio é equipado ainda com dois lançadores quádruplos para mísseis Harpoon  lançadores de torpedo triplos. Os sensores mostrados no navio conceito incluem um radar CEAFAR, um sonar de casco  e outro rebocado.

Huntington Ingalls Patrulha Fragata 4501
Huntington Ingalls Patrol frigate

As fontes divergem no número de células VLS transportadas pelo  PF4921, elas variam entre 12 ou 16. A combinação dos sistemas de armas e sensores  referidos em conjunto com um alcance de 8000 milhas náuticas e 60 dias de autonomia tornam este projeto mais indicado ao programa SSC.

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Cutters em operação, o projeto da Ingalls é para alguns um concorrente que corre por fora no projeto SSC.

 

LOCKHEED MARTIN (MULTIMISSION SURFACE COMBATANTE).

 

A Lockheed Martin propôs uma série de  alternativas ao LCS, baseadas no casco do navio da classe LCS  Freedom como parte do navio de combate de superfície multi-missão SSC. As propostas vão desde a variante atual de 118 metros a um navio de 150 metros, equipados com um radar SPY-1F, 48 células VLS, e sistemas Aegis com capacidade de defesa contra mísseis balísticos (BMD).

A variante de ponta do SSC é  superior as fragatas FFG dos EUA e semelhante as fragatas europeias de tonelagens maiores.  Os navios custariam perto de US $ 1 bilhão cada, inviáveis ​​no ambiente fiscal atual.

No entanto, uma variante intermediária com 16 ou 32 células VLS MK 45, dois lançadores quádruplos para mísseis Harpoon e  uma arma principal 76 mm, equipada com radares SPY-1F e lançadores de torpedos, seria suficiente para atender adequadamente as necessidades ASW e ASuW seu custo é ligeiramente menor situado entre 600 e US$ 750 milhões. Porém, tal como no projeto da General Dynimics a vulnerabilidade contra ataques de mísseis ainda persiste como uma deficiência nestes navios.

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Concepção da Família de navios da Lockheed Martin para o Programa SSC.

O LCS- 1 classe Freedom usa uma combinação de aço e alumínio, em oposição ao casco inteiramente de alumínio  do LCS-2 classe Independency, de todos os navios ele provavelmente seja o único a possuir capacidade de proteção Nível II e III embora ainda não tenha recebido classificação Nível I + os demais candidatos são classificados nos Nível II e III.

Ressalta-se que as fragatas classe Oliver Perry possuem capacidade de proteção Nível II e segundo a Lockheed Martin, seus navios superam estas fragatas o que destaca as potencialidades destes navios no programa SSC.

CONCLUSÃO

Operação de escolta em conjunto com grupos de ataque e capacidade de defesa autônoma, estes serão os pilares do programa SSC.

 

Não há dúvidas que o programa SSC vem de encontro as deficiências dos projetos LCS, sanando as suas maiores deficiências. Porém para os críticos dos LCS, esta medida ainda é vista com ligeira ressalva, uma vez que os custos dos programas podem elevar-se tendo em conta os sistemas de armas adequados para o cumprimento das missões a que se destinam.

Para alguns o ideal seria o projeto de um navio completamente novo e realmente planejado desde o início para tais funções, algo improvável de acontecer frente as restrições orçamentárias. Para outros analistas a idéia de usar o casco comum dos atuais LCS é uma saída interessante e atende as necessidades. Ambas as visões não são consenso nem mesmo dentro da Marinha dos Estados Unidos.

Além da questão dos Níveis de proteção e armamentos dos navios outro ponto a ser analisado é o do alcance e autonomia, fator que atinge diretamente aos projetos da Lockheed Martin e General Dynimics, é evidente que estes navios terão que adotar sistemas de propulsão tradicionais, abandonando os atuais Waterjet, abdicando do fator velocidade em prol de alcance  de autonomia, provavelmente estes programas considerarão as turbinas LM-2550 e um sistema de propulsão CODOG – Turbina a gás ou motor a Diesel. 

Esta saída terá que ser bem avaliada especialmente no projeto da Lockkeed em função das dimensões do casco e restrições para ampliação de área para praças de máquina e baterias auxiliares.

Entretanto, se  SCS adotar um padrão de sobrevivência equivalente às OHP, o projeto da Lockheed pode sair em vantagem devido ao seu design flexível, armamento significativo, sensores capazes e o baixo risco de desenvolvimento e comunalidade com navios da classe Freedom existentes.

O conceito da Huntting Ingalls sofre o preconceito por ser um navio adaptado de um Cutter e os construtores os navios. Pesa contra ele o fato de ser um navio totalmente novo no inventário da US Navy seus sistemas e equipamentos não possuem comunalidade com demais navios em operação como o caso dos seus concorrentes.

Já o projeto da General Dynimics, apesar de ser o mais modular e flexível, possui restrições em mares mais agitados devido a sua configuração de casco e o nível de proteção são fatores que pesam contra o projeto.

Fontes:

American Inovation

Defense News

Chuck Hill’s CG Blog

Secret Projects

 

40 Comentários

  1. Crianças vocês tentaram e falharam miseravelmente…..A lição que vocês podem tirar disso é……Não tentem jamais……….Homer Simpson…

    😀

    • BZ

      1 Bi por unidade do SCS… dá pra comprar 3 Iver Huitfeldt, que é muito, mas muito mais navio mesmo! Desenvolvido sobre o projeto da Absolom! 🙂

      Com 3 desse aí nós reaparelhamos metade da nossa frota de superfície com um dos melhores vetores navais da atualidade!

      • As VIsby suecas me agradam. Outra alternativa seria uma versão menor, deslocando 4.500 toneladas, da Type 26 britânica. Seria até melhor em virtude da BAe Systems possuir forte presença no mercado de defesa dos EUA.

      • Caro Mauro, o que pensam os militares de lá me é estranho, pois a maioria dos projetos que hoje estão em andamento, são custosos demais, e estao produzindo resultados duvidosos, como o exemplo do caça F-35, que tem sido um calcanhar de aquiles no orçamento militar norte americano. E quando achavamos que parava pela gafe do F-35, nao parou, vem os EUA e investe em embarcações mais luxuosa e de designer futurista do que eficientes , pois comparando com outras embarcações concorrentes ou navios anteriores a esta nova geração, não vemos diferenças que justifiquem os altos valores de aquisição desses meios. Enquanto isso a China, Russia e India estão recuperando a defasagem de suas marinhas de guerra, comprando e desenvolvendo bons aparelhos a custo mediano. Sds

      • São os “lobbistas” atuando… e a grana lá é muito, mas muito mais alta que aqui. Provavelmente o Kennedy bateu as botas por se meter em algum lobby!

        Dê uma boa olhada nestas séries de vídeos… têm considerações muito, mas muito interessantes mesmo sobre muito “lixo” empurrado para os militares…

        http://bit.ly/1lnjhUE

        http://bit.ly/1lnjB5z

        A idéia do litoral combat ship era boa… mas serviu de trampolim para a criação de mais um “lobby” de navios sub-armados, mas super-faturados… aqui tem outra matéria muito boa…

        http://bit.ly/1tHB68S
        LCS- So why doesn’t USA clone Absalon?
        Littoral Combat Ships (LCS); Which is best?

        Aqui tem uma boa idéia dos preços dos navios em geral:
        http://bit.ly/1lnkFXi

        E aqui a minha preferência, com ótimas considerações:
        http://bit.ly/1lnkR8V

        http://bit.ly/1lnkV8D

        http://bit.ly/1lnl8sx

        Aqui um PowerPoint muito interessante. Sugiro baixar:
        http://bit.ly/1lnlgs5

        Outro documento muito bom sobre o assunto:
        http://bit.ly/1lnlr6H

        Eu consegui baixar esse documento… é o mais completo sobre a classe Iver Huitfeldt. “obrigatório” mostra como, com custo reduzido, e design modular, construíram um dos melhores vetores da atualidade… e sem colocar a corda no pescoço!

        http://bit.ly/1lnm00f

        É isso.

        Abraço galera!

        PS: É… eu gosto de ler! 🙂

  2. Pena que os gringos, para vender equipamento de ponta, exijam total obediência e submissão a eles. Os governos que recebem, mesmo pagando e caro, estão comprados.

  3. Como já havia dito anteriormente, esse era um programa que mereceria uma revisão; a começar pela concepção de dois navios diversos para o mesmo propósito. No final, investiu-se pesado na construção de dois meios stealth do porte de uma pequena fragata, mas cujo poderio equivale ao de uma corveta; longe de ser bom o bastante para impor dissuasão frente a uma força organizada de geração anterior, mesmo considerando o perfil de baixa detectabilidade…

  4. Gostei muito do post. Muito esclarecedor sob vários pontos de vista, fora a óbvia crítica ao programa LCS.

    Creio que, dentro de suas devidas proporções, poderíamos discutir, com base nos argumentos apresentados acima, ações de outras duas marinhas além da chinesa: a do Brasil e a do Irã.

    Tomando por base esta afirmação: “Para a intrincada guerra de litoral, tendo como foco o Mar da china, os analista ressaltam que nos últimos anos, observou-se uma crescente capacidade defensiva de negação de Mas, especialmente por parte da China. As embarcações de combate litorâneos lança mísseis classe Houbei são um exemplo de como a capacidade de combate de litoral delegada aos LCS estava equivocada.”.

    Os parágrafos seguintes ao texto que discorrem sobre uso e características de submarinos. Baseado naquelas informações creio que posso afirmar que (1) a definição do futuro da força de submarinos feita pela MB é acertada; (2) a adoção de submarinos de “bolso” por parte do Irã para atuarem no Golfo Pérsico aparentemente é uma decisão que tem mais acertos do que erros.

    No caso do Brasil, a preferência por adotar unidades submarinas com muito maiores capacidades do que as utilizadas atualmente e mais adequadas as características de nosso litoral, foi a escolha certa. Não temos litoral raso ou recortado na maior parte do território, e os pouquíssimos fiordes (ou relevo semelhantes) não justificariam a adoção de meios menores em profusão.

    Talvez, como complemento, seria o caso de se pensar no futuro em potencializar os navios patrulha com armamentos mais pesado (AA por exemplo), ou mesmo adotar algo baseado em Fast ATTack Craft em complemento a estes em determinadas regiões. O mesmo poderia ser feito com relação as atuais patrulhas oceânicas que merecem uma boa atenção no ítem defesa aérea. Se o padrão do nossos guarda-chuva aéreo se limitar aos P-3, P-95, sem nenhum avião de caça de grande porte, corresse o risco de expor desnecessariamente os meios navais.

    Com relação a escolha do Irã por submarinos de “bolso”, é obvio para mim que a aposta é (em caso de conflito) utilizar as características do golfo associada ao grande volume de trânsito marítimo para potencializar as capacidades de uma arma que, a princípio, não aparenta ser um oponente significativo. E como estão sendo construídos “às pencas”, a vantagem tecnológica de um possível adversário pode ser anulada, mesmo que se utilize navios menores e mais rápidos em sua caça.

    Enfim, o conceito LCS me parece que está em uma encruzilhada considerando-se apenas os potenciais oponentes navais. O terrível é se pensar que era para provocar uma mudança completa em alguns aspectos da guerra naval, mas a princípio não está conseguindo se mostrar acima nem do velho conceito de rápidos barcos patrulha. Mais um ítem para o já extenso cadastro de máquinas incrivelmente novas, incrivelmente caras e incrivelmente problemáticas das forças armadas dos EUA.

      • Olá Mauro Lima

        Nem me lembrava do PT Boats. Quando escrevi me baseei nos Osa e Komar durante o evento da Guerra dos Seis Dias e o afundamento do contratorpedeiro Eilat usando mísseis Styx.

        Mas como você falou, vale um post.

        Abs

    • Muito bom, Roberto. Enfim, um comentário analítico, estava cansado de ver aqui pelos colegas partidarismo e extremismo ideológico.
      Vamos ao que interessa.
      Concordo com você nas duas alegações, e acrescento ainda que nossa Marinha optou pelos SSK abrindo mão de um navio mais adaptado a capacidade “costeira” por um “Mais oceânico”, esta é minha visão quanto a escolha dos Scorpène, a mesma do Chile diga-se de passagem.

      A Marinha projeta uma respeitável força de submarinos que terá nos nucleares ( se governos colaborarem) a capacidade de negação de mar em perímetros mais alargados. Falta sim a força de superfície, moderna e preparada para o ambiente, no meu ponto de vista, não há como prescindir de DDG, e de uma significativa capacidade defensiva anti aérea. neste ponto, sinto que o PAEMB é fraco, o Prosuper está à Míngua e pelo andr da carruagem vai preferir um navio “meia Boca” com pouca capacidade AAW em função de custos.
      Sob a estratégia, apresentada, embarcações lança mísseis não seriam a solução para nós devido a restrição de litoral tal como você bem enfatizou, no nosso caso os mísseis teriam duas opções de lançamento, pelo ar, Patrulheiros Marítimos e Bombardeiros, ou pelos submarinos. Ao que Parece a Marinha vai equipar os Subs com o SM-39 o que é valoroso, embora um míssil com maior poder de fogo fosse o mais indicado segundo a minha visão. os P3 possuem uma boa capacidade com os Harpoon, mas igualmente, uma aeronave mais capaz como o P8 e mísseis mais modernos como o NSM e SLAM ER são armas mais interessantes sob o meu ponto de vista.
      abraço E.M.Pinto

      • “( se governos colaborarem)”

        Esse é o que eu considero o real problema. Um programa que ande mais lentamente do que o previsto pode-se até tolerar de acordo com as justificativas apresentadas. Mas a classe política brasileira tem o péssimo costume de interromper ou inviabilizar projetos de administrações anteriores por pura picuinha. Coisa de atraso intelectual mesmo, miopia cerebral.

        E como estamos em ano eleitoral temos de levar isto em consideração mais do que gostaria.

        Abs

  5. Uma visão do pátio de mísseis a meio-navio nos Absolom e Huitfeldt:

    http://bit.ly/1rXJ4qb (repare que só mostra metade dos mísseis anti-navio)

    Um desenho mais atualizado mostra VLS modulares preenchendo esse espaço… como eu sou sonhador… pensei logo em Brahmos junto com os anti-aéreos… e mais um VLS modular na proa, ao menos para anti-aéros, preferivelmente com uns 4 Brahmos também…

    Estamos no BRICS… kct… Brahmos é produzido pela Rússia e Índia… e nós bebemos Brahma (na verdade prefiro Antártica… mas o argumento vale!) 🙂

    Canhões “Strales” nos flancos, dariam conta das ameaças assimétricas, juntamente com reparos leves automáticos. http://bit.ly/1rXKktu

    Dessa forma, mesmo com uma área de mísseis atingida diretamente, o navio ainda manteria uma capacidade quase completa de combate!

    Eu admito… não é mais uma fragata… já virou um cruzador mesmo… mas é LINDO!

    (masculinamente falando, é claro! Tem que deixar isso claro aqui… tem uns maxos preocupados com a sexualidade alheia… e eles até entendem de “corte de cabelo” masculino… vai entender isso!) 🙂

    Abraço galera!

    • Você estaria preferindo peso (maior volume de armas) ao invés de alcance?

      Acho que sua proposta não se encaixaria no sugerido pelo END.

  6. Mais Lenha Mauro Roberto, para mim, Mais uma Vez a Coreia do Sulfaz aquilo que eu considero o razoável e inteligente:
    DDG KDX III
    http://www.planobrazil.com/arquivos-naval/sejong-kdx-iii/
    Destrouyer multiplo emprego KDX II
    http://www.planobrazil.com/chungmugong/

    Corveta ou Fragata Leve FFX
    http://www.planobrazil.com/analise-ffx-um-novo-conceito-de-fragatas-para-a-coreia-do-sul/
    http://www.planobrazil.com/a-marinha-da-coreia-do-sul-ordenou-um-novo-tipo-de-fragata/

    • Não sei se este exemplo da Coréia do Sul é o mais útil para nós. Apesar de ser constituída de meios sofisticados, o exemplo do Cheonan mostrou um inexplicável buraco em seus meios navais que seria a pouca habilidade em tratar de ameaças submarinas, o que foi bem estranho.

      Sobre isso creio que a MB também “puxa” mais para um lado, até por conta da característica principal, assumida por ela desde a II GM, que é a guerra anti-submarino. Isso ainda está bem evidente nos programas de aquisição de novos meios. Como agora também tem de planejar seu próprio sistema AA, a falta de hábito em lidar com esta rotina deve estar cobrando o seu preço.

      Acompanhando o andamento do projeto das novas corvetas, por exemplo, o fato de se dispensar a adoção de mastro único já dá clara noção de uma das prioridades da MB, que seria não comprometer a autonomia pois estes mastros pesam bem mais do que os modelos tradicionais selecionados para a próxima etapa.

      Então seria muito interessante sabermos se a MB fará como a Coréia do Sul, seguindo doutrina norte-americana de defesa AA dependente de uma frota de caças, coberta por potentíssima tecnologia que também leva os custos de manutenção as alturas; ou seguiria uma padrão mais próximo ao russo, com pesado uso de CIWS mesmo em navios menores, blindagem também pesada, na linha canivete suíço, quase sugerindo que o navio deve ter a capacidade de se virar sozinho contra qualquer tipo de ameaça aérea; ou irá criar caminho próprio criando um sistema inédito. Nesse caso um DDG é praticamente obrigatório já que se prevê a existência de LHS/LHD e porta-aviões. Mas colocar o DDG aonde?

      De toda a forma me parece mais simples caracterizar uma frota que contemple a chamada “projeção de força” (construa um porta-aviões e os meios para protegê-lo a partir disso), do que caracterizar a defesa litorânea combinada com forças em terra (o Matador vai servir a este propósito? será suficiente?) mais aviões.

      Lembrando também que as bases petrolíferas brasileiras estão a centenas de quilômetros da costa e o que manter por ali em função de patrulha? Se todos os Scorpene estivessem prontos hoje, eu deixaria a função de vigilância destas plataformas exclusivamente na mão dos IKL, com eventual comparecimento dos NaPOc.

      E o que colocar em frente ao litoral do Maranhão e foz do Amazonas? Aí a sua sugestão de considerar uma boa força de DDG me parecem bem mais adequadas, apoiando ou não um porta-aviões. E claro, deixando o subnuc cobrindo desde o Maranhão e o litoral pernambucano até a costa africana.

      Ou quem sabe, ao invés de considerarmos estes meios tradicionais, a MB nos surpreenda com uma concepção totalmente diferente de meios, premiando eficiência e letalidade como jamais visto antes? Eu gostaria mais dessa opção, até porque já ocorreu antes com o caso do Osório. Questão de ousadia e menos mediocridade.

    • O FFX eu acho que seria perfeito para nós… com uma pequena modificação… os lançadores de mísseis de superfície um convés acima, para ganhar área útil dentro do navio… não vejo porque fica tão próximo à linha d’água!

      O “esquema” do ICMS mostra o que eu acho que seria esse ajuste!

      No mesmo post mostra helicópteros Lynx para o exército e marinha… acho realmente que deveríamos fazer isso para facilitar a logística e podermos adquirir mais unidades.

      Os outros eu acho exagerados para nossos mínguados recursos!

      Abraço galera!

      • A FFX Block II pra mim é o desenho perfeito. com lançadores de mísseis em dois pontos do navio… mas gostaria que os dois fossem VLS… não apenas um… e pelo menos 4 anti-superfície além dos 8 do pátio de mísseis… redundância é importante!

        O radar CEAFAR cairia muito bem aqui, bem como mísseis Brahmos (virei fã do bicho!)

        Atrás do VLS de vante seria bacana (embora aumente o custo… aumenta, e muito, a capacidade do navio) canhões Strales para ameaças assimétricas seria melhor que o Phalanx!

        http://bit.ly/1o4YomP

        a 300 milhões a unidade, valeria muito mais a pena que os famigerados LCS/SCS de 1 Bi… com apenas 3 daqueles teríamos 10 desse aqui… muito mais jogo para aparelhar a nossa marinha… e o mundo sabe que precisamos! 🙁

        Tô parecendo criança… sonhar é muito bom!

        E lembrar que tinha um cara acusado (se bem me lembro) de ter roubado alguns bons Bilhões dos cofres públicos!… esse merecia uma “massagem especial” de guerra… com esse custo, é claro! Massagem barata só com mulheres de vida “difícil”! Grrrrrr!

    • Sim, eu notei no texto. Mas mesmo assim, se levarmos em conta que os meios da Coréia do Norte não são nenhuma brastemp (sic), eu acho que algum relaxou na prontidão por ali.

      • Rapaz… pelas “imagens” abaixo (sabe como é propaganda de armamento, né!?) e como vieram, basicamente, assumir a defesa litorânea (não escoltar ou “projetar” força), substituindo principalmente as Pohang… me parece uma “Brastemp” sim!

        Eu, como disse, colocaria mais uns “penduricalhos” a fim de valorizar mais a capacidade de combate do bicho, mesmo em detrimento de uma semana de autonomia no mar…

        Aquela imagem com 16 mísseis anti-superfície está bem interessante… mas eu gostaria que fossem num VLS… me parece que, dessa forma, há mais chances de “sobreviver” caso atingidos… assim expostos, me parecem muito frágeis.

        Também optaria por mísseis NSM, se a espaço no navio for limitado… dos “menores” me parece o mais capaz, e sua precisão garante o acerto do alvo correto num ambiente onde pode haver, dada a distância de lançamento e a área de atuação da classe de navio, outros navios em trânsito! E pelo que pude ver nos vídeos, apesar de pequeno, tem uma bela “ferroada”! 🙂

        Por fim, depois que vi a matéria por aqui do CEAFAR escalonável para qualquer “deslocamento” naval, é difícil imaginar uma razão para não optar pelo equipamento…

        e não me venham falar de dinheiro… que isso no Brasil tá sobrando! 🙂 O que tão dando de “bolsa” por aí não está no mapa! Mas estão dando assim mesmo… escondidinho, ou na cara dura!

        Abraço, galera!

      • Correto Mauro
        A FFXII é o tipo de navio que eu estava falando, veja que a Furtividade não foi considerada essencial no projeto e o que você vê é um navio ao custo de US$ 375 a 400 milhões, muito mais acessível.
        pra mim são fragatas leves bem mais adequadas do que o a Marinha do Brasil quer coma CV3 a super Barroso, que ainda não saiu do papel e da imaginação dos blogueiros.
        Abraço
        Edilson

      • Eu nunca considerei a Barroso um bom projeto. É da minha época.

        O canhão era super-dimensionado para o casco, os gabinetes dos equipamentos mal-feitos, tinha problemas sérios de estabilidade… uma eternidade para ser construída, etc, etc.

      • “Aquela imagem com 16 mísseis anti-superfície está bem interessante… mas eu gostaria que fossem num VLS… me parece que, dessa forma, há mais chances de “sobreviver” caso atingidos… assim expostos, me parecem muito frágeis.”

        Mas aí eu levanto uma questão que ha muito me incomoda: qual a eficácia do controle de dispersão dos gases no interior de navios com VLS?

        Este sistema é apresentado como um dos espelhos da modernidade naval, mas em caso do navio ser atingido teremos uma arma que comprometerá a integridade física da tripulação. A poucos dias estava lendo sobre isso em um caso relatado de problemas com o isolamento dos containers de vls e o resto da embarcação, o que esta causando envenenamento do ambiente (infelizmente não lembro a fonte).

        Então qual é a válidade deste sistema que, sob meu ponto de vista, é mais uma tentativa de eliminar um depósito do que realmente criar algo tecnologicamente relevante.

      • Na verdade é isso mesmo, o “container” é isolado do navio… ele é uma caixa, encaixada no casco… em alguns casos é um “conjunto de caixas” visivelmente separadas (acredito que para permitir o lançamento de outra unidade, sem mandar tudo pelos ares) caso algum outro por ali esteja “flatulento”!

        No lançamento a saída dos gases é visivelmente externa… no caso de um vazamento ou algo assim, certamente há dutos para conduzir material para longe da área interna do navio!

        Ou pelo menos deveria… um míssil atingido perderia seu combustível, e este seria “canalizado” diretamente para fora do casco… em lugar de formar uma “poça” flamejante dentro do navio, e próximo dos outros mísseis.

        Dificilmente a tripulação precisará ter acesso a este equipamento… só se a encrenca for realmente muito grande.

        http://bit.ly/1qNLEOG

        http://bit.ly/1qNLSoV

        http://bit.ly/1qNLTcB

        Essa era a imagem que eu estava procurando pra te mostrar em detalhe: http://bit.ly/1qUDhFK

        Torpedos… em submarinos ou em navios sofrem do mesmo problema… combustível absurdamente tóxico. Por isso é praticamente proibido mexer desnecessariamente nesses equipamentos… eles são praticamente “maintenance free” por toda sua vida útil!

        Baterias de submarino sofrem do mesmo problema! Ao menos sofriam! 🙁

    • E foi uma solução “escalonada” ou seja… se precisa de um “8” para cumprir essa função, então façamos um projeto “12” para isso!

      Talvez isso explique o que o amigo perguntou naquele post:

      “Não entendo a classificação desses Sul-Coreanos fazem fragatas que mais parece um Destroyer de tanto armamento e peso, fazem destroyers que mais se aproximam de cruzadores do que propriamente dito sua classificação.
      Qual a lógica?”

  7. Relendo o texto do link acima me chamou atenção o trecho abaixo. É assim que se toma decisões estratégicas de defesa:

    Since the Philippine government has elected not to buy second-hand frigates… deep involvement in developing the Philippine shipbuilding industry… The benefit of shipbuilding partnership with Korea is readily observable in other developing nations like Indonesia (who is now building LPDs for the Philippines), Malaysia and Peru.

    E nós aqui… esperando a “Olimpíada”! 🙁

  8. Empresa koreana envolvida no FFX… reparem bem no navio que aparece aos 3:30 do vídeo… difícil não reconhecer o perfil… servi numa dessas!

    http://bit.ly/1kyOZn9

    É bacana ver que alguns países, sem grande capacidade algum tempo atrás, acharam seu caminho… mesmo sem grandes contratos externos para justificar os programas… o próprio governo garantiu a demanda para que os projetos fossem concluídos e efetivados…

    Enquanto isso numa conhecida república da américa do sul, o governo solicita fornecedores qualificados (o que exige altíssimos investimentos em pesquisa e equipamentos) para pouquíssimas unidades de cada projeto… falta bom senso! 🙁

  9. Uma esquadra ofensiva poderosa demanda uma defesa poderosa, será que o Bhramos pega ? a Venezuela está querendo, vamos ver nós.

    • Venezuela tá querendo ser a Rússia na América do Sul… só que não vai ter um EUA por aqui pra contrapôr… se não colocarmos as barbas (de D. Pedro II… que seja…) de molho… vai dar mellllllda lá na frente…porque nós ainda estaremos esperando receber os Gripens, e sonhando com (Arrrghh! que gosto amargo!) “Super-Barroso”!

      América do Sul… quem te viu… quem te vê!?

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