Segundo nota divulgada pela agência russa de notícias Itar-Tass, Itália e Rússia deixaram de ser parceiros no desenvolvimento dos submarinos do projeto S-1000, parceria que havia sido firmada entre o grupo industrial italiano Ficantieri e o escritório de projetos navais russo Rubin.
A medida teria sido tomada em função dos agravamentos das sanções européias impostas a Rússia nesta semana.
A situação é considerada grave frente ao nível em que a parceria se encontrava, especialmente para a Rússia que almejava o desenvolvimento de submarinos litorâneos para modernização da sua atual frota de submarinos SSK.
O consórcio italiano possui renomada capacidade no projeto e construção destes navios vide o projeto U-212 desenvolvido em conjunto com a Aleman HDW.
Politicamente há um imbróglio sem precedentes, pois a combinação de técnicas de construção do casco e sistemas eletrônicos foram desenvolvidos em conjunto pelos parceiros e em tese, ambos teriam direitos de exploração dos sistemas caso alguma exportação de sucesso venha a ocorrer.
A rússia foca num potencial para esses navios especialmente na Ásia e Oriente Médio. O navio que só teria em tese, dois outros concorrentes o Francês Andrasta da DCNs e o alemão U-212 da HDW era visto como o de maior potencial de exportação em função de questões políticas e econômicas destas nações em relação a Rússia.
O S-1000 seria um pequeno submarino com um comprimento de 56,2, deslocamento 1.100 toneladas, porém seria bastante armado para as suas dimensões. Possuiria 6 tubos de torpedo para até 14 torpedos ou mísseis anti-navio.
Foi projetado para operar em águas rasas com profundidade de até 12 m e seria capaz de mergulhar até 250 m, Com uma tripulação bastante reduzida de apenas 16 tripulantes e expansão para outros 12 comandos o navio faria uso de inúmeros sistemas automatizados o que reduziria os custos operacionais.
Supunha-se que ele seria equipado com sistema de propulsão independente de ar (AIP). Com o cancelamento da parceria no projeto não se sabe se russos e ou italianos terão interesse e ou capacidade para desenvolver este navio individualmente.
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