Fantasmas da Guerra Fria: Radar DUGA 3

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Duga34

Sugestão: Mauro Lima

Tradução e  adaptação: E.M.Pinto

A inteligência militar da OTAN já o tinha fotografado e deu-lhe o nome de códg  OTAN, Steel Yard…

O som do “pica-pau” russo era um sinal notório da era Soviética  que podia ser ouvido nas faixas de rádio de ondas curtas em todo o mundo a partir de julho de 1976 a dezembro de 1989. O som parecia-se com um grunido afiado de repetitivos ruído  de escutas, em 10 Hz, som que acabou lhe dando a alcunha de  o “Pica-pau”.

Os saltos de freqüência aleatórios promovia interrupções nas transmissão legítimas de rádio amadores, transmissões de serviços públicos, e resultou em milhares de queixas por muitos países do mundo.

Por muito tempo acreditava-se tratar de um sinal proveniente de um sistema de radar over-the-horizon  (OTH). Esta teoria foi confirmada publicamente após a queda da União Soviética, o que agora é conhecido como o  Duga-3, ou seja, parte da rede de alerta antecipado de ataques por ICBM da era Soviética.

Os soviéticos estavam trabalhando no radar de alerta antecipado para os seus sistemas de mísseis anti-balísticos na década de 1960, mas a maioria deles tratavam-se de sistemas line-of-sight que foram úteis para análise de ataque e só interceptação.

Nenhum destes sistemas teve a capacidade de fornecer aviso antecipado de um lançamento, o que seria ideal para as defesas pois lhes garantiam tempo para estudar o ataque e planejar uma resposta. Na época, a rede de satélites de alerta antecipado Soviética não era bem desenvolvida e havia dúvidas sobre sua capacidade de operar em um ambiente hostil.

Um radar over-the-horizon situada na URSS não teria qualquer um desses problemas e trabalhar em um sistema desse tipo para esta função associada foi tarefa iniciada no final dos anos 1960.

Duga32

O primeiro sistema experimental, Duga-1 (47.075000 ° N 31.650000 ° E ), foi construído nas proximidades de Mykolaiv na Ucrânia, detectando com sucesso, os lançamentos de foguetes do Cosmódromo de Baikonur à  2.500 quilômetros.

Este foi seguido pelo protótipo Duga-2, construído no mesmo local, que era capaz de rastrear lançamentos do Extremo Oriente e submarinos lançadores de mísseis a partir do Oceano Pacífico. Ambos os sistemas de radar foram destinadas ao leste e possuiam relativa baixa potência, mas com o conceito de trabalho comprovado começou-se a trabalhar em um sistema operacional. Os novos sistemas denominados Duga-3 utilizavam um transmissor e um receptor separados por cerca de 60 km, o
Duga3 foi um dos maiores sistemas de radar do mundo, concebido como um sistema de alerta pela Rússia Soviética.

Quando  foi ligado a antena emitia um som regular que era tão poderoso, que podia ser ouvido no rádio de ondas curtas em todo o mundo, o que fez surgir especulações no mundo todo sobre preocupações de que os russos estavam realizando experimentos de controle mental.

 A partir do final da década de 1980, a Comissão Federal de Comunicações dos EUA (FCC) evelou a público os estudos sobre o sinal, os sinais tornaram-se menos freqüentes, e, em 1989, desapareceram completamente. Embora as razões para o eventual encerramento das unidades Duga-3 não tenham sido publicados até hoje, o equilíbrio estratégico mudado com o fim da guerra fria no final dos anos 80 provavelmente teve um grande papel nesta decisão.

Acredita-se que outro fator influenciador foi o desenvolvimento de novos satélites de alerta antecipado, que entraram em serviço preliminar no início dos anos 1980. O sistema de satélites fornece avisos imediatos, diretos e altamente seguros, ao passo que qualquer sistema baseado em radar de solo está sujeita as interferências e às condições atmosféricas.

Duga 33

Segundo alguns relatos, a instalação de Komsomolsk-na-Amure no Extremo Oriente russo foi retirada em Novembro de 1989, e alguns de seus equipamentos foram posteriormente demolidos.

Fato curioso, a instalação original  Duga-3 encontra-se dentro da zona de 30 km em torno de Alienação da usina de Chernobyl. Parece ter sido permanentemente desativado, uma vez que a sua manutenção continuada não figura nas negociações entre a Rússia e a Ucrânia sobre os sistemas de radar de alerta antecipado ativos em Mukachevo e Sevastopol.

A antena ainda lá permanece, no entanto, tem sido usado por amadores como uma torre de transmissão (usando os suas próprias antenas) e tem sido amplamente fotografado.

5 Comentários

  1. Uma correção, as coordenadas acima são na verdade de um centro de pesquisas de alta frequencia no Alaska.
    Eu achei um Duga nas coordenadas 51.306536, 30.066110 ou 51o18’23.5” N 30o03’58”L

  2. Com certeza foi muito útil aos russos… ao descobrir o que não funciona, desenvolveram outras ferramentas muito mais capazes… errando de aprende… outra opção é ficar implorando por “transferência de tecnologia ou know how… meio pedante, na minha opinião!

    Outra observação: no recém lançado filme “DIVERGENTE” esse “equipamento” aparece logo nos primeiros momentos… permitindo uma boa avaliação da dimensão do bicho!

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