Conflito se agrava e cessar-fogo entre Israel e Hamas parece distante

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A Faixa de Gaza foi atingida por forte bombardeio israelense na madrugada deste domingo

A madrugada de domingo foi marcada pelo pior bombardeio à Gaza desde que Israel começou sua operação, no dia 8 de julho.

Israel realizou ataques aéreos durante a noite contra delegacias de polícia e o quartel de segurança de Gaza. Tropas também invadiram uma área de Gaza usada para disparar foguetes de longo alcance contra Israel, informou o país.

Pelo menos 159 palestinos morreram desde o início dos ataques aéreos, afirmam autoridades palestinas. Segundo essas fontes, um dos ataques recentes matou 17 membros de uma mesma família.

Mas, apesar da escalada de violência e do pedido do Conselho de Segurança da ONU pela interrupção dos ataques, um acordo de cessar-fogo ainda parece distante, analisa Jeremy Bowen, editor da BBC para o Oriente Médio.

Guerras entre Hamas e Israel tendem a terminar com algum tipo de cessar-fogo, ele explica. Fatores que influenciam o tempo que levam para fechar um acordo incluem a quantidade de sangue derramado e a quantidade de pressão internacional sobre ambos os lados.

Parece que este ponto que ainda não foi alcançado, nota Bowen. “O cessar-fogo envolve uma certa perda de prestígio, pois os líderes recuam da retórica que disparam quando os ataques militares começam”.

“Nenhum dos lados está pronto para isso ainda – este conflito ainda deve piorar antes que a pressão por um cessar-fogo se torne incontestável”, acredita o editor.

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Um dos locais bombardeados em Gaza foi a casa do chefe de polícia Taysir al-Batsh

Autodefesa

Ambos os lados reivindicam o direito de autodefesa. Como sempre, no entanto, Israel está matando muitos mais do que o Hamas, ele observa.

“Isso não acontece por causa de qualquer falta de intenção do lado do Hamas e outros grupos militantes em Gaza. É porque o Estado de Israel é massivamente mais potente, e gasta milhões em defesa civil.”

Por muitos anos, cada nova casa de Israel foi construída com um quarto à prova de explosão. Em Sderot, a cidade israelense mais próxima à Gaza, até as paradas de ônibus parecem blocos de concreto.

Israel também tem um sistema antimíssil eficaz, o Iron Dome, em grande parte pago pelos Estados Unidos.

Falta de mediadores

Uma complicação adicional é que a negociação de cessar-fogo exige mediadores, e não há ninguém óbvio para fazer o trabalho. Os americanos têm se oferecido, mas ainda seria preciso outro mediador, a menos que os Estados Unidos retiram a proibição de contato direto com o Hamas.

A última rodada de combates entre o Hamas e Israel, em 2012, terminou com um acordo de cessar-fogo mediado pelo então presidente do Egito, Mohammad Morsi.

A então Secretária de Estado dos Estados Unidos, Hillary Clinton, o agradeceu calorosamente por seus esforços na época. Mas Morsi foi retirado do poder por um golpe militar há um ano, e está na cadeia.

Israel insiste que vai ficar no ataque para proteger o seu povo e para forçar o Hamas e outros grupos militantes a parar de atirar foguetes contra Israel.

O Hamas estabeleceu condições para um cessar-fogo, incluindo o fim imediato dos ataques israelenses, bem como a libertação de prisioneiros palestinos que foram presos novamente depois de terem sido libertados em troca da soltura do refém israelense Gilad Shalit.

“Se tudo isso soa familiar, é porque é. Até agora, a crise tem sido muito semelhante a de 2012, quando o Hamas e Israel lutaram pela última vez em Gaza e em seu redor”, destaca Bowen.

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Em Tel Aviv, houve protesto de israelenses contra ataques à Faixa de Gaza

Ataques

As forças militares israelenses dizem já ter atingido 1.320 áreas de “terror” em toda a Faixa de Gaza, enquanto o Hamas teria lançado mais de 800 foguetes contra Israel.

Na manhã deste domingo, os ataques aéreos israelenses destruíram a maioria das sedes de segurança e delegacias de polícia administradas por militantes islâmicos do Hamas, relatou o correspondente da BBC em Gaza Rushdi Abu Alouf.

Houve grandes danos às casas adjacentes ao complexo de segurança, que está localizada no bairro densamente povoado de Tel al-Hawa, no sul de Gaza.

Pelo menos cinco israelenses foram feridos esta semana por foguetes e mísseis, dois deles gravemente, mas nenhum israelense foi morto pelos ataques.

Fontes palestinas dizem que mais de 1.000 pessoas foram feridas em Gaza desde que Israel iniciou sua operação há seis dias.

Israel iniciou sua operação há seis dias, após acusar o Hamas pelo sequestro e morte de três jovens israelenses em junho.

Fonte: BBC Brasil

8 Comentários

  1. por LUCENA
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    O holocausto dos palestinos pelos fascistas imundo dos sionistas continua … o nazismo com o seu projeto ante-semitismo; ” resolução final “ ali, criou raízes profunda !!! 😉

    • por LUCENA
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      Israelenses assistem a ataque noturno a Gaza no “cinema de Sderot”
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      Israelenses levaram cadeiras para assistir às “últimas novidades de Gaza” e bateram palmas quando explosões foram ouvidas, conta jornalista. Maioria das vítimas é de civis inocentes
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      (*) fonte: http://www.pragmatismopolitico.com.br/2014/07/israelenses-assistem-ataque-noturno-gaza-cinema-de-sderot.html
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      ( … ) O jornalista Allan Sorenson, correspondente do jornal dinamarquês Kristeligt Dagblad, postou em seu Twitter na noite de quarta-feira, segundo dia dos ataques de Israel contra a Faixa de Gaza, uma foto em que mostra israelenses assistindo e celebrando o bombardeio noturno à região.
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      À jornalista Sahar Habib Ghazi, do Global Voice, Sorenson confirmou a veracidade da imagem. Em seu post, ele afirma que “israelenses levaram cadeiras para uma colina em Sderot para assistir às últimas novidades de Gaza” e “bateram palmas quando explosões foram ouvidas”.
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      Sderot tem uma população de 24 mil pessoas. A imprensa internacional tem constantemente reportado a tensão em que vivem estes cidadãos devido à quantidade de foguetes que são lançados de Gaza. ( … )
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      Quando eu digo que o anti-semitismo em Israel está virando um entretenimento e uma paixão para muitos sionistas; vocês acham que estou exagerando ? 😉

  2. por LUCENA
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    Israel, Palestina e a estratégia do BDS
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    O sofrimento ocasionado pelas ações de Israel nos Territórios Ocupados causou séria preocupação, pelo menos entre alguns israelenses. Um dos mais francos tem sido, durante muitos anos, Gideon Levy, colunista do Haaretz, que escreve que “seria preciso condenar e castigar Israel por tornar a vida insuportável na ocupação, [e]pelo fato de que um país que afirma figurar entre as nações mais ilustradas continua abusando de todo um povo, noite e dia”.
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    (*) por: Noam Chomsky / cartamaior.com.br
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    ( … ) Um distinto especialista acadêmico israelense, Zeev Sternhell, escreve, ao analisar a maré nacionalista reacionária de seu país, que “a ocupação continuará, a terra será confiscada de seus proprietários para ampliar os assentamentos, o Vale do Jordão será limpo dos árabes, a Jerusalém árabe acabará estrangulada pelos bairros judeus, e qualquer ato de roubo e insensatez que for útil para a expansão judia na cidade será bem recebido pela Corte Suprema de Justiça. Está aberto o caminho para a África do Sul e ele não será bloqueado até que o mundo ocidental apresente a Israel uma escolha inequívoca: ou põe fim à anexação e acaba com os assentamentos e o estado dos colonos ou o país se converterá em um pária”. ( … )

  3. por LUCENA
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    O sionismo é uma forma de racismo – parte dois
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    Para a realização de seu projeto de fundação de um estado nacional judaico, Herzl propõe a criação de duas entidades: a Sociedade dos Judeus, responsável pela escolha do país onde seria estabelecida a entidade sionista – o autor sugere a Palestina ou a Argentina – e a Companhia dos Judeus, que iria se ocupar “da liquidação dos interesses materiais dos judeus que se retiram” para a nova pátria, bem como pela organização das relações econômicas no estado judeu.

    (*) Por : Claudio Daniel / vermelho.org.br
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    ( … ) “A Argentina é um dos países naturalmente mais ricos da Terra”, prossegue, “de uma superfície colossal, com uma fraca população e um clima temperado” (idem), juízo que recorda o parecer do movimento sionista em relação à Palestina, que seria uma “terra sem povo”. “A Argentina teria interesse em ceder-nos um pedaço de território”, continua. “A atual infiltração judaica produziu aí, é certo, mau humor. Seria preciso explicar à República Argentina a diferença essencial de nova migração judia”, conclui, insinuando, novamente, a suposta missão civilizacional do estado judeu. ( … )
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    ( … ) A escolha final, porém, recaiu sobre a Palestina, “devido a suas implicações religiosas, pois se caracterizava, no discurso judaico, como a ‘Terra Prometida’” (idem). Convém recordar que até o início do século XX havia cerca de 60 mil judeus na região, sendo que muitos resolveram imigrar para a Terra Santa por sentimentos religiosos, enquanto a população palestina árabe nativa era calculada em torno de 500 mil pessoas.
    ( … )

  4. Será que alguém lê essa porcarias que o lucenático vomita ???… que perda de tempo !!!…

      • rsrsrsrsrss… NUNCA li… nem preciso.. já sei de cor as suas estultices… mais do mesmo… um verdadeira impressora industrial de bobagens… 🙂

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