Embraer fecha acordo com Saab para produzir Gripen para a Aeronáutica

Embraer coordenará desenvolvimento e produção do caça sueco no Brasil. Trabalho permitirá à brasileira desenvolver Gripen NG com dois lugares.

ImagemA Embraer assinou um memorando de entendimento com a indústria sueca Saab, vencedora do projeto FX-2 para vender o novo caça ao Brasil, prevendo uma parceria no gerenciamento conjunto do projeto e da produção dos caças Gripen para a Aeronáutica.

Segundo as empresas, a Embraer “terá um papel de liderança no desenvolvimento geral do programa e grande parte do trabalho de produção e entrega de ambas as versões (um e dois lugares) do Gripen NG para a FAB”.

A Embraer vai coordenar as atividades de “desenvolvimento e produção no Brasil, em nome da Saab e vai participar no desenvolvimento de sistemas, integração, testes de voo, montagem final e entregas”, diz a construtora sueca.

A Embraer também vai atuar do projeto para desenvolver completamente a versão de dois lugares do Gripen NG (biplace). Não foi divulgado se esta versão será marítima, terá outras funções ou será apenas para treinamento. Uma futura parceria para atuação conjunta na promoção e comercialização global das duas versões ainda está em discussão pelas empresas.

Também não foi divulgado pelas empresas qual será a porcentagem de responsabilidade da Embraer na N da montagem da aeronave e nem se haverá contrapartida financeira de ambas as partes.

Em dezembro de 2013, a presidente Dilma Rousseff anunciou a Saab como vencedora de uma concorrência que se arrastava desde 1998 e das quais participavam também o Rafale, da francesa Dassault, e o F-18, da norte-americana Boeing. A proposta da Saab era considerada mais barata que a dos concorrentes (US$ 4,5 bilhões por 36 aviões), além do custo de hora de voo, que é inferior ao dos concorrentes (cerca de US$ 4 mil). As aeronaves só devem chegar ao Brasil a partir de 2018.

“Embraer e Saab têm uma longa tradição no mercado de defesa e agora vão trabalhar em conjunto para fornecer soluções de alta qualidade e preços acessíveis para a Força Aérea Brasileira e outros clientes do Gripen”, diz Jackson Schneider, presidente da Embraer Defesa e Segurança.

“Estamos felizes em anunciar essa parceria. Não apenas por podermos compartilhar a experiência que temos no mercado de defesa e aeronáutica, mas porque ambas as organizações têm dedicação clara para a satisfação do cliente. Vamos garantir um excelente resultado para a Força Aérea Brasileira e vamos estabelecer uma base sólida para o sucesso em oportunidades futuras de negócios e clientes”, diz o presidente da Saab, Hakan Buskhe.

Fonte: G1 via NOTIMP

13 Comentários

  1. A noticia e boa, mas espero que este numero não fique somente em 36 caças, e que este projeto não se torne um AMX 2, se arrastando por decadas, por conta de cortes de orçamento. o que me alenta e que tem força de contrato em cima.

      • Acredito que o número chegue a mais de 100 unidades,mas não veremos esse número tão rapidamente,ele pode desempenhar a função do AMX,Mirage e F5,mas vai demorarrrrrrrrrrrrrr para atingirmos esse número.

    • Também espero que não fique só nos 36 .. seguindo o cenário atual considerando a idade das células do F5, aposentadoria dos Xavantes e também o envelhecimento dos AMX pode ser que não falte argumentos para um aumento e padronização de meios…
      O ideal seriam os Gripen junto com os SU35 (não sou russófilo) pelo tamanho de nosso território …
      Abraços,

  2. por LUCENA
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    Os 36 caças é para ontem já que no programa contempla a MB, provavelmente seja muito mais do que os 36 caças.
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    O futuro da espinha dorsal da FAB e da MB estão nos Drones aliás, os futuros caças de 5º G que o Brasil venha ter, provavelmente sejam Drones.

  3. Implicando com meu caro pastor alemão. “A noticia é boa, massssssss.
    Meu caro, fala sério, parece que você tem um problema com alegria.

    • Não se preocupe comigo Julio,eu compenso meu mau humor geo politico, “nas artes profanas do amor” com a patroa em casa 😉

  4. Certamente 36 seria um número razoável APENAS PARA A MB, pois para o território brasileiro precisaríamos ao menos uma base aérea por região, 2 na verdade, em se tratando de Norte e Nordeste, com ao menos 12 vetores por base… isso no MÍNIMO!

    Isso daria 120 vetores… sem contar vetores de longo alcance como Pak-FA que poderiam ser a SEGUNDA ONDA de defesa, já que o Gripen, teoricamente, seria a primeira opção de engajamento. Aí sim… uns 60 Pak-FA distribuídos em 120º a partir da capital, numa distância de 300 a 600 km, garantiriam a defesa desta (não que eu queira proteger aquela corja… entendam bem!) e de todo o território nacional de maiores problemas.

    Isso nos garantiria uma proteção espacial bem distribuída ao longo das nossas fronteiras… não muito perto (vide exemplo da Ucrânia com seus altos valores perto da fronteira russa… perto demais facilita o acesso, e diminui o tempo de resposta à uma agressão!)

    Estrategicamente foi a melhor escolha… sobretudo sobre o modelo francês… assim como 3 fragatas Zeven dariam pra comprar quase 8 Iver Huitfeldt, que é muito mais navio, e em número melhor para compor nossa esquadra… além de, devido ao número, nos dar condições de “melhorar” o contrato de compra com “aulas” (transferência de conhecimento) sobre como construir vetores do KCT!! 🙂

    Abraço, galera!

    Abraço galera!

    • Na verdade os comparativos de preço que vi citavam o custo de vetores como a Zeven, mas principalmente a Nansen… cara pra dedéu! 🙂

      Seja lá o que for isso! Estava muito em uso uns 20 anos atrás! 🙂 Dedéu!???

    • Caro Mauro Lima,

      Na verdade, creio que se deveria concentrar as forças principais em Anápolis, apenas com destacamentos em outras bases do País. Isso tem sua lógica, pois aquelas instalações são as melhores da FAB, com espaço de sobra para operar as aeronaves AEW, EW, e os melhores componentes da Força. A localização é estratégica, sendo possível reforçar a guarnição de qualquer base com deslocamentos partindo do centro do Brasil. Assim, pode-se multiplicar a força de uma quantidade reduzida de vetores, garantindo o reforço da presença onde for necessário, e evitando que uma considerável quantidade de aeronaves seja alvo das levas de ataque que certamente devastariam as bases mais próximas das fronteiras… Também é mais fácil defender-se, assumindo que essa base estaria a milhares de quilômetros de qualquer ponto do qual nossos principais adversários possam lançar uma ofensiva aérea ou misseis, dando tempo para se preparar uma resposta adequada com uma consideravel força em reserva. Na verdade, creio que Anápolis somente poderia ser alvo de um ataque com mísseis de cruzeiro de longuíssimo alcance, ou de mísseis balísticos de médio alcance ( tipos caros, e que poucos países no mundo possuem )…

      Enfim, o Brasil tem um grande território, e deve usa-lo a seu favor. Na linha de frente, seriam pequenos destacamentos de aeronaves, com capacidade de deslocar-se rapidamente para aeródromos auxiliares. Por exemplo, três a quatro Gripens e uma equipe de apoio ( com peças e ferramental ) que poderia ser deslocada rapidamente por um mínimo de aeronaves C-105 ou C-130. Essas “bases de linha de frente” seriam mantidas apenas com as funções necessárias ao voo ativas, além de alguns pelotões de infantes da FAB para a segurança. Seria interessante dota-las de algum SHORAD. Fosse possível utilizar trechos de estradas, melhor ainda, com apenas uma central de comando móvel ( um caminhão com o mínimo de comunicações necessário ), um contingente mínimo de pessoal de terra em caminhões ( acompanhados de peças e ferramental ), e um sistema AAA como o Pantsir ou BAMSE deslocando-se junto para prover a defesa de ponto e vigilância aérea, além da infantaria da FAB e o necessário para um acampamento, criando assim uma base itinerante. Dessa forma, seria possível concentrar uma força razoável em determinada região do país, mas de forma o mais dispersa possível, minimizando o risco de se ter aeronaves e suprimentos destruídos por ataques aéreos ou mísseis sup-sup. De fato, a maior preocupação nesse caso, seriam incursões de forças especiais…

      Já no interior, bem defendidas por uma rede integrada de defesa, as instalações principais, que concentrariam os PAMA e as reservas da FAB.

      Para a MB, muito embora ache interessante as escoltas de 6000 toneladas, creio que seja prudente pensar em navios de uma tonelagem menor… Existem certos navios entre as 3000 e 4000 toneladas que podem muito bem quebrar um bom galho, como as La Fayette ( caso sejam melhor motorizadas ) e as variantes da família MEKO nessa faixa de deslocamento. Particularmente, gosto muito das MEKO A-200 SAN. Considero-as bem armadas e bastante racionais, além de um bom alcance ( 8000 milhas a 16 nós )… 8 desses navios poderiam substituir com sobras as T-22 e das Vosper/Niterói, e certamente sairiam mais em conta que as escoltas de 6000 toneladas. Na verdade, poderia até mesmo considerar a substituição das corvetas por uma variante das MEKO voltadas a ASW, tendo assim uma esquadra mais uniforme ( embora uma nova Barroso não seria em nada ruim ).

      No meu entender, o problema das Iver dinamarquesas é a sua pouco custosa propulsão a diesel… É ideal para os dinamarqueses, que precisam de navios econômicos e que não tem uma necessidade específica de grandes arrancadas, haja visto os mares mais fechados nos quais aqueles navios irão passar a maior parte do tempo. Mas para o Brasil, com sua costa voltada para um mar bastante aberto, haverá minimamente a necessidade de uma propulsão CODOG para executar perseguições… Fosse possível dota-las de uma propulsão mais condizente com as necessidades do Brasil, a classe dinamarquesa seria uma opção.

  5. e mesmo giancarlos melhor a pulga alada do que nada se ta certo mesmo ou melhor!!!
    dizendo melhora a pulga alada do que mais f5 tiger reformando da reforma!!!

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