Governo comprará sistemas de defesa antiaérea da Rússia

Pantsyr2Decisão foi comunicada pelo embaixador brasileiro em Moscou, Antônio José Valim Guerreiro

EFE 

O governo confirmou a compra de sistemas de defesa antiaérea Pantsir-S1, de fabricação russa, informou nesta quinta-feira o embaixador brasileiro em Moscou, Antônio José Valim Guerreiro.

— A decisão sobre a compra desses sistemas antiaéreos da Rússia já foi tomada.

A afirmação do diplomata foi feita à agência “Interfax” ao comentar a visita do presidente russo ao Brasil.

Putin chegará ao país no próximo domingo, como parte de uma viagem latino-americana, e aproveitará para assistir a final da Copa do Mundo no Rio de Janeiro. De acordo com o diplomata, “o contrato de provisão dessas armas poderia ser assinado já este ano (…) e é provável que o mesmo saia antes de outubro ou novembro”.

— Ultimamente, foram frequentes as visitas de analistas brasileiros à Rússia para negociar a adaptação de algumas características técnicas desses sistemas aos requisitos da parte brasileira.

As negociações sobre a provisão das baterias Pantsir-S1 de curto e médio alcance, dotadas de canhões automáticos e mísseis antiaéreos terra-ar, e também de outras duas baterias Igla foram iniciadas em fevereiro de 2012. Além disso, dentro de outro contrato, Valim Guerreiro lembrou que a Rússia deve finalizar a provisão de 12 helicópteros Mi-35.

Os helicópteros “são necessários para a defesa de nossas fronteiras e, em particular, para prevenir voos de aeronaves vindas dos países vizinhos e que, geralmente, são usadas por traficantes de drogas”, explicou.

Assinado em 2008, o contrato estipula a compra de 12 helicópteros de combate Mi-35, sendo que nove já teriam sido entregues. Os três restantes, de acordo com a fonte citada, deverão chegar ao país em breve.

Foto: Modelo de defesa antiaérea pode ser transportado sobre caminhões ou sobre lagartas (tanques). Reprodução/Wikimedia Commons

Fonte: EFE via R7 Notícias 

19 Comentários

  1. Alguém sabe dizer se a configuração já foi definida?
    6 ou 12 mísseis? Qual modelo?
    Qual será o chassi? MAM, Iveco, Tatra?
    Qual será a blindagem da cabine?
    Quantos veículos lançadores por bateria?
    E finalmente, se ele realmente foi aprovado pelas três forças, já que cada uma vai receber uma bateria.

      • ”Acredita-se que o Pantsyr, na versão brasileira, poderá ser montado sobre caminhões 8×8 nacionalizados como os modelos MAN e IVECO atualmente disponíveis. O sistema deverá receber a integração de outros equipamentos de produção nacional, mas ainda não se sabe a configuração definitiva que será empregada”

        Leiam o link de onde tirei essa informação: http://www.defesaaereanaval.com.br/?p=43475

  2. Até que enfim

    Se bem que esses negócios são demorados mesmo…
    Os contratos devem ser muito bem amarrados

    Afinal de contas, estamos comprando material bélico de alto valor agregado…

    Então, a demora é normal….

    Parabéns ao GUNVERNO DAZIZQUERDAS FEIAS E BOBAS E COMUNISTAS E COMEDORAS DE CRIANCINHAS….

      • Tão felizinhos, né mesmo… receberam a bolsanet trollagem esse mês… já podem comprar as baguetes recheadas de formol que mantém essas duas múmias secas e delirantes assombrando por aqui… 🙂

  3. Aleluia! uma aquisição de ponta por parte de nosso governo, agora resta ficar claro quantos complexos serão comprados, pois temos um território vasto, e um pingado não fará milagre algum, mas…já é um bom começo.

    • 1 bateria para a FAB,
      1 bateria para o EB, e
      1 bateria para a MB.

      Mas ainda não está definido como serão as baterias (veja minha pergunta aí acima).
      Espera-se que mais virão no futuro, mas o ano 2070 também é no futuro.
      Como nossa economia está começando a mostrar que não anda bem das pernas…

      • Obrigado Melhor, pela informação, e 2070 é uma previsão sombria porém real se levarmos em conta nossas toupeiras que administram o país. Vamos torcer por algo mais substancial, talvez a compra destes primeiros e uma versão nacional do mesmo…Quem sabe? Sonhar não custa rsrs. Sds

  4. Excelente notícia.

    Não se nega que é uma excelente aquisição. Contudo, acredito que deva ser acompanhada da compra de um sistema que seja mais flexível. Dentro desse parâmetro, consigo apenas conceber o BAMSE sueco, com seu diminuto tamanho, que lhe garante capacidade de ser transportado por aeronaves médias de transporte, além de certas vantagens táticas ( pessoal reduzido para operar, assinatura visual reduzida, entre outros ).

  5. Detalhe importante não citado nesta matéria do R7 mas apresentado em outros sites: a compra foi estabelecida “entre governos”, o que muda muito a natureza do negócio. Não será uma simples compra de um fornecedor particular.

    Ao JOJO e Administradores do site
    Não consigo responder a um questionamento feito pelo JOJO rferente a Hegel. Desde a noite do dia 10/07 o site estava inacessível para mim.

  6. Maravilha!!! Ja temos os Iglas,Pantsir, como defesa de baixa-médio alcance Agora só Falta algumas Baterias de Buk M2 e S-300, para Poder completar a lacuna de Médio-alto alcance.

    • Concordo na questão de suas escolhas, mas infelizmente a quantidade ė desprezível, por exemplo, essa aquisição é meramente formalismo, pois a quantidade comprada não defende muita coisa, seria ótimo termos todos os sistemas anti aéreos da Rússia, são ótimos, mas nessa quantidade não ajudará muito. Sds

  7. Relembrando uma reportagem que saiu a algum tempo lá no defesanet.

    Dois alvos, dois disparos e 100% de acerto. Os testes do sistema PANTSIR S1, realizados em janeiro na Rússia, foram considerados como bem sucedido nos parâmetros solicitados. Para que houvesse o máximo de realismo, a operação ficou a cargo de uma unidade regular do Exército da Federação Russa, localizada na região de Moscou. Mesmo assim, os que se opõem à aquisição, que terá importante transferência de tecnologia envolvida, insistem em afirmar que a compra não será realizada em função de um possível fracasso na avaliação.

    Na véspera dos testes, realizados em janeiro, o General-de-Brigada Márcio Roland Heise, chefe do grupo de trabalho criado em portaria assinada pelo ministro da Defesa, Celso Amorim, estabeleceu que os dois disparos disponíveis ocorressem em condições visuais. O primeiro alvo, um míssil, seria disparado a 15 quilômetros e a 6 mil metros de altitude da bateria; o segundo, realizando manobras evasivas, a 8,5 quilômetros de distância e em altitude inferior a 100 metros.

    A comitiva brasileira era formada por quatro oficiais do Exército e Corpo de Fuzileiros Navais, criado para avaliar o sistema sob os Requisitos Operacionais Conjuntos (ROC) 40/2013 (GTA-ROC). Como alvos, a unidade do Exército da Federação Russa empregou um míssil orgânico da unidade, o modelo 57E6-E, e um aparelho de pilotagem remota DAN.

    Por limitações de segurança, o perímetro foi aberto a dois integrantes do grupo. Os disparos realizados destruíram os alvos dentro dos parâmetros solicitados pelos brasileiros. Para comprovar a eficiência dentro do alcance máximo do sistema — 26 quilômetros a 6 mil metros de altura — a unidade repassou os dados obtidos pela telemetria. Aí, surgiram as diferenças.

    O grupo de trabalho não considerou os dados conclusivos, apesar de admitir que apresentam um nível de possibilidade de acerto superior a 90%. Para dirimir quaisquer dúvidas, a Federação Russa entregou dados de telemetria adicionais e propôs a realização de uma nova bateria de testes dentro de parâmetros não visuais. Há, inclusive, a possibilidade de que possam ocorrer no Brasil (Nota DN – Ver entrevista exclusiva do Diretor do Serviço Federal da Cooperação Técnico-Militar da Federação da Rússia Alexander Fomin à DefesaNet) .

    Os mísseis 57E6-E, empregados pelo Pantsir S1, são guiados por um feixe de laser, o que os torna praticamente imunes a contramedidas eletrônicas. O sistema pode atingir com eles alvos entre 6 e 26 quilômetros, com a altitude variando entre zero e 6 mil metros. Abaixo desses parâmetros, canhões de 30 mm entram em ação.

    Boa parte dos produtos ocidentais emprega mísseis concebidos para a arena ar-ar, que podem sofrer interferência de flares ou de contramedidas eletrônicas. Em função dessa deficiência, o SPYDER SR foi empregado sem sucesso pelas forças da Geórgia contra a aviação russa na Guerra da Ossétia.

    O total de munições por unidade lançadora também é superior às alternativas disponíveis no mercado. Cada uma carrega 12 mísseis. A guisa de comparação, o BAMSE, fabricado pela SAAB, dispõe de seis mísseis por reboque, O SAMP/T de oito e o SPYDER de quatro (SR) a oito (MR). Nenhum deles tem capacidade de autoproteção por canhões. Os veículos adotados pelo Exército Brasileiro deverão ser plataformas MAN 8×8 e 6×6, já empregadas pelas baterias adquiridas pelos Emirados Árabes Unidos, substituindo os originais russos KAMAZ.

    Os sistemas propostos pela Federação Russa ao Brasil possuem características únicas. Além da possibilidade de operar a partir de posições fixas, com grande capacidade de detecção e de engajamento, as unidades de tiro, quatro a seis por bateria, podem engajar, enquanto se encontram em deslocamento, até 60 alvos e disparar, com mísseis e canhões de 30 mm, sobre quatro deles.

    O fechamento do contrato, no entanto, depende de previsão orçamentária, uma vez que está previsto o pagamento de um sinal dois dias depois da assinatura entre as partes.

    Fonte: http://www.defesanet.com.br/br_ru/noticia/15467/Pantsir-S1—Sucesso-ou-fracasso–Os-testes-para-o-Brasil/

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