Helicóptero da Helibras recebe tecnologia nacional

EC 725 (1)“O primeiro dos 50 helicópteros EC725 adquiridos pelas Forças Armadas Brasileiras da Helibras acaba de ser entregue, montado e testado no país com participação da indústria local. Para o setor aeroespacial, a aeronave pronta, uma versão naval destinada à Marinha do Brasil (MB), (está equipada) com sistema de missão 100% nacional, que inclui a integração de sensores de guerra eletrônica, armamento e radar marítimo. Com esta configuração única no mundo, a versão naval possui equipamentos para atividades de esclarecimento e ataque para várias missões.”

Por Virgínia Silveira | Para o Valor, de Itajubá (MG), 25/06/2014

O primeiro dos 50 helicópteros EC725 adquiridos pelas Forças Armadas brasileiras da Helibras acaba de ser entregue, montado e testado no país com participação da indústria local. Para o setor aeroespacial, a aeronave pronta, uma versão naval destinada à Marinha, mostra o sucesso do programa de nacionalização. A aeronave é equipada, por exemplo, com sistema de missão 100% nacional, que inclui a integração de sensores de guerra eletrônica, armamento e radar marítimo.

Segundo o presidente da Helibras, Eduardo Marson, o sistema foi desenvolvido pela companhia e as empresas brasileiras parceiras do programa. O software e a integração do console tático foi feito pela Atech, controlada pela Embraer Defesa e Segurança, e a motorização do míssil, pela Avibras.

Com esta configuração única no mundo, a versão naval possui equipamentos para atividades de esclarecimento e ataque para várias missões. “A Helibras está pronta para atender a qualquer país no mundo que necessite de um helicóptero com estas características, tornando a nossa cadeia de fornecedores locais apta também a esse crescimento”, diz Marson.

Pelos cálculos da Helibras, já foram implementados € 535 milhões em obrigações de cooperação industrial e outros € 190 milhões em offset (transferência de tecnologia) para o Brasil. O programa de produção dos helicópteros no país envolve a participação de 37 empresas, sendo que treze delas são beneficiárias de acordos de transferência de tecnologia.

Marson cita o exemplo da Inbra Aerospace, que utilizou material composto na fabricação do conjunto estrutural que une a cabine ao cone de cauda do helicóptero. Um processo inédito foi a colagem a quente desse tipo de material (estruturas do tipo sanduíche, compostas de fibra de vidro, carbono e colméia de aramida), que dispensa o uso de rebites estruturais.

EC 725 (2)

O cone de cauda, um dos conjuntos estruturais mais importantes do helicóptero, foi fabricado pela primeira vez no Brasil pela Aernnova. Segundo a Helibras, o projeto de produção da estrutura do cone de cauda compreende a manufatura de peças aeronáuticas primárias, assim como a montagem de subconjuntos e a junção do cone com o pilone (estrutura que sustenta o motor).

De acordo com Marson, a Comissão Coordenadora do Programa de Aeronaves de Combate (Copac), responsável pela aquisição e modernização de aeronaves na Força Aérea Brasileira (FAB), já reconheceu € 285 milhões em transferência de tecnologia e investimentos na indústria nacional. Desde o início do projeto a Helibras contratou mais de 600 funcionários para a unidade de Itajubá.

O presidente da Helibras disse que ainda tem € 10 milhões em offset indireto (não relacionado diretamente com a compra dos helicópteros) em fase de reconhecimento. “Neste conjunto estão incluídas a modernização do pacote de dados do helicóptero Pantera e o suporte técnico para a qualificação do simulador do helicóptero Esquilo do Exército, ambos desenvolvidos pelo Centro de Tecnologia do Exército (Cetex).”

Pelo acordo feito com o Ministério da Defesa, no âmbito do contrato firmado em 2008, a Helibras tem de implementar um total de € 1,7 bilhão em cooperação industrial e transferência de tecnologia com empresas brasileiras. O valor do contrato envolvendo a compra de 50 helicópteros gira em torno de € 1,9 bilhão.

O presidente da Helibras diz que a empresa cumprirá o objetivo de atingir um valor agregado de conteúdo nacional de 50% nos helicópteros EC725, mas lembra que precisará resolver alguns problemas de competitividade que o Brasil apresenta em relação a custos.

“A indústria aeroespacial é muito globalizada e busca a competitividade para reduzir seus custos. Ao longo do tempo teremos de atacar a questão do custo, pois ficou caro produzir no Brasil”, afirmou. Até 2020, segundo Marson, a Helibras pretende colocar em prática o projeto do “helicóptero brasileiro”, que será concebido, desenvolvido e produzido no Brasil.

Fonte: Valor Econômico  

18 Comentários

  1. ”… Ao longo do tempo teremos de atacar a questão do custo, pois ficou caro produzir no Brasil…”
    Como diz o Ceguinho Geraldo Magela :_ É muito difícil !
    O Estado precisa ajudar mais, ou pelo menos não atrapalhar

    • No Brasil o Estado mais atrapalha que ajuda meu amigo César! Além de não apoiar como deveria, ainda atrapalha quem quer fazer alguma coisa. A lapidar frase de Ayn Rand traduz muito bem o Brasil, especialmente no pós-2003:

      “Quando você perceber que, para produzir, precisa obter a autorização de quem não produz nada; quando comprovar que o dinheiro flui para quem negocia não com bens, mas com favores; quando perceber que muitos ficam ricos pelo suborno e por influência, mais que pelo trabalho, e que as leis não nos protegem deles, mas, pelo contrário, são eles que estão protegidos de você; quando perceber que a corrupção é recompensada, e a honestidade se converte em auto-sacrifício; então poderá afirmar, sem temor de errar, que sua sociedade está condenada”.

      • Bem lembrado, Tireless… foi a judia Ayn Rand quem percebeu isso qndo do começo da infiltração nazista na Alemanha de então… e assim está acontecendo no Brasil PETRALHA…

    • Corretíssimo, caro Pereira… o estado brasileiro consegue, na sua sanha arrecadadora, canibalizar suas entidades e colaboradores… é a mesma visão de quem cobra impostos sobre medicamentos usados no SUS… será que a burrice esquerdista não acaba nunca ???…

    • Estado bom era no tempo do FHC né mesmo? Quando nem praças podiam ser aquartelados por falta de rancho. Quando as FAs viviam um penúria extrema e o reaparelhamento das FAs era apenas retórica. Estado mínimo é exatamente o discurso que os inimigos do Brasil usam por que sabem que nossos capitalistas venderiam o povo e o país na primeira oportunidade, em traca de uma tal cidadania mundial que a maioria do povo jamais terá direito, a não ser o de ser bucha de canhão de segunda categoria, por que até para ser bucha de primeira ele olham para fora. Meu caro cidadão, observe, não caia nesse discurso fácil de gente matreira. Desde quando, em nosso país, tivemos a capacidade de prosperar baseado exclusivamente em nossos patrícios sem a participação dos setores publicos? Na história do Brasil nunca vi, e nem lá no pais da pregação da ideologia privatista, lá são tantos recursos públicos, usados até clandestinamente, em empresas privadas, mas também publicas, que você nem imagina. E não estou inventando isso, leia, se aprofunde e não se deixe levar por gente que nunca foi brasileira, nem de coração.

      • Há 5 anos, os lerdos tucanos diziam que pré-sal só produziria em 2019. Hoje, já produz 520 mil barris.

        Em 2009, o presidente Lula e a presidenta Dilma fizeram a Lei do Marco Regulatório do Petróleo para o pré-sal, descoberto pouco antes.

        A nova lei mudou as regras do regime de concessão para partilha, de forma que a maior parte da riqueza fica com o povo brasileiro. É esse dinheiro permite a injeção de centenas de bilhões na educação e na saúde para os próximos anos, além de gerar todo um parque industrial de equipamentos com geração de empregos qualificados em torno da produção de petróleo.

        Naquele ano, o tucano José Serra se declarou contra a nova lei, querendo que fosse adiado. Representou o PSDB como um todo, já que todos os líderes tucanos acompanharam o pensamento de Serra.

        O tucano disse que “a Lei não teria efeito daqui a 3, 4 ou 5 anos. É coisa para 10, 15 anos em diante”.

        Pois bem, passados 5 anos que o tucano disse que não teria nenhum efeito, o pré-sal já está produzindo mais de 500 mil barris por dia.

        Os tucanos disseram isso porque são lerdos e incompetentes?

        Ou porque seguiam o calendário mandado pelas petroleiras estrangeiras, interessadas em ficar com as reservas brasileiras paradas em estoque, ditando o ritmo e o tempo de exploração no Brasil que trouxesse mais lucros para elas?

        Observe que o custo de extração no Iraque invadido, na Líbia, e do óleo xisto descoberto nos próprios EUA, é mais barato no curto prazo do que no pré-sal brasileiro. Então as petroleiras estadunidenses só extrairiam petróleo aqui quando estas outras opções se esgotassem, pois não há o interesse delas de abarrotar o mundo com superprodução de petróleo para derrubar o preço e os lucros.

        Como se vê, as propostas tucanas são um desastre para o presente e para o futuro do povo brasileiro.

        Agora Aécio Neves é o candidato a presidente do PSDB que representa esse atraso, lerdeza e submissão, a ponto de dizer que, se for eleito, vai revogar o regime de partilha e voltar ao regime de concessão, retirando centenas de bilhões de reais destinada à educação nos próximos anos.

        E não adianta agora Aécio querer negar, porque não é nenhum boato. A própria imprensa demotucana fanática testemunhou e divulgou estas intenções entreguistas de Aécio:

        Ah… E Serra é candidato a senador por São Paulo. Certamente para propor a “emenda Serra-Chevron” para entregar o pré-sal ao estrangeiros.

        Com video: http://mais.uol.com.br/view/1575mnadmj5c/serra-pede-mais-debate-sobre-marco-regulatorio-do-presal-0402376CC4B91366?types=A&

      • Meu caro(a) menino(a) se engana comigo, sou adulto e provavelmente me julgue por você que dá demonstração que vive de mesada do papai, não tenho qualquer vinculação com o PT, nem com qualquer orgão publico, apesar de já a muito tempo no passado ter estado no serviço militar brasileiro, será que você já passou por lá? ou serviu pelo estado de Israel? Meu(minha) caro(a) vivo de meu trabalho como autônomo, jamais iria me aproveitar de um ganho que acho justo, mas por que precisa muito mais que eu, que consigo viver com dignidade sem ajuda estatal.
        De qualquer forma tenho certeza que você não tem sensibilidade para entender, por ser provavelmente um herdeiro(a) desses(essas) mimadinhos(as) que nunca produziu nada em sua vida sem a muleta do papai, da familia ou dos irmãos “Hassid”. .

      • Julio, se vc gosta tanto do estado mandando em tudo, arruma uma teta logo pra vc mamar como os demais PETRALHAS que logo logo não haverá mais empregos que não sejam públicos, pois a indústria e o comércio estão começando a dar sinais de cansaço… logo nem a sua bolsa trollagem esquerdopata vai estar mais garantida… te cuida !!!…

      • Olha gringo, não me tire por você, com certeza financiado pelo orgãos de espionagem de seu país. Trabalho e muito para sobreviver. Mas mesma assim acredito que o estado, em todos os países, e importante para estimular a economia, e só os muito idiotas vão no papo de estado minimo. Estado minimo em países é apenas um discurso estratégico que serve para atender ao serviço exclusivo que os estados costumam prestar para uma minoria. E isso acontece sempre que surge governos que pensam distribuir melhor as atenções do estado. Não sou criança como o seu(sua) amigo(a) venho vivendo já a um bom tempo para ter percebido a quem serve este tipo de conversa fiada. Aqui esse discurso fajuta serve a uma minoria chupadora das tetas do estado, e num espectro mais amplo ao estado que interessa a fraqueza de nossa cidadania.

      • Então eu vou te dizer o que é cidadania, pois demonstrou cabalmente que desconhece o que seja: é poder se defender ARMADO qndo (de fato e a todo momento) o estado super arrecadador não se encontra presente para te defender de uma ameaça iminente causada por um meliante que recebe bolsa do estado para ficar a toa e ter tempo para que surja em sua mente vazia a brilhante ideia de defraudar alguém; é ter direito a propriedade, até mesmo a intelectual, garantida em sua plenitude contra toda e qualquer ameaça, mesmo estatal; é ter uma infraestrutura de transportes que não ponha em risco diariamente sua vida, poupando seu tempo e fornecendo meios rápidos, eficazes e baratos de transporte para escoar o que vc produz; é poder contar com uma justiça célere e independente para dirimir conflitos cíveis e penais; é ter uma legislação penal e cível que defenda o cidadão que produz e não incentive a bandidagem e a sensação de impunidade; é ter um sistema eleitoral e político transparentes; é contar com um sistema de ensino que não produza incompetentes, antes incentive a meritocracia e a oportunidade… ou seja, vc parece não saber sequer o significado da palavra cidadania e enche a boca para falar besteiras em nome do que desconhece… sinto pela sua indigência intelectual… quem for do teu nível de intelectualidade que te compre… como eu já tinha postado, e esse pensamento resume bem a motivação intima que leva um socialista a assim pensar, reapresento a célebre frase: “”O socialismo é o evangelho da inveja, o credo da ignorância, e a filosofia do fracasso.” Winston Churchill -1874-1965.
        Foi usando desses valores que vc pariu o comentário acima… digno de pena…

      • Olha Gringo, tentar um dialogo sobre responsabilidades, desejos e expectativas de construção de mundo, com gente como você é uma completa perda de tempo. Não é a toa que suas palavras provocam frenesi em pessoas como esse seu aliado(a), discipulo(a). Pelo orgasmo com que ele(a) se manifestou vai dar casamento, quem sabe vocês não se dão uma chance, se é que já a não deram.

      • Caro Julio, se vc estiver com ciúmes posso recomendar como parceiro alguém com o mesmo nível intelectual que vc: o pé de cão tá disponível e no cio… quem sabe dá certo…

  2. ,.. espero q ocorra correção de runmo, no tocante a material p defesa, por uma baixa oneração . Aliás, já existe leis c esse objetivo, logo, veremos o interesse destas empresas p explorarem esse filão e beneficiar a defesa do BRASIL..espero.Quem viver verá e p ontem.sds. 😀

  3. E POR FALAR EM NOTÍCIA BOA….

    “A Copa no Brasil é melhor organizada do que as Olimpíadas de Londres”

    Ontem [25 de junho], vários jornais franceses disseram que Copa do Mundo de 2014 tem sido, até agora, melhor organizada do que as Olimpíadas de Londres de 2012. É meu dever informar que isso de, forma alguma, distorce a minha visão.

    Eu reafirmo o que disse.

    Foram meses, talvez anos, de reportagens negativas a respeito da Copa do Mundo de 2014.

    Antes de o evento começar, comentários de todos os lados (mídia ocidental, FIFA, donos e garçons de pubs) prometeram um desastre completo e tristeza no Brasil.

    Os estádios não ficariam prontos a tempo, os espectadores não conseguiriam viajar para chegar aos locais dos jogos, porque a infraestrutura não ficaria pronta a tempo ou porque os brasileiros protestariam sem parar. A maioria dos comentaristas quase dizia “esses brasileiros preguiçosos, antipatrióticos e não confiáveis” – quando não dizia…

    A não ser que eu esteja errado, até agora nada disso de fato aconteceu.

    Todos os estádios estão prontos e foram usados para a Copa. Os brasileiros estão exercitando seu direito democrático de protestar e existem relatos isolados de que Pelé e algumas outras celebridades do futebol não conseguiram chegar ao local dos jogos.

    Apesar disso, os estádios não estão apenas prontos. Eles ficam lotados em todos os jogos! Mesmo quando a Coréia do Sul está enfrentando a Argélia, em um jogo no qual pouco se ganha ou se perde.

    Compare esse quadro com as Olimpíadas de Londres que foram marcadas por várias controvérsias:

    *Vários locais de competição estavam praticamente vazios durante vários dos eventos do começo das Olimpíadas. Apesar de o Daily Telegraph  ter culpado os estrangeiros (!) (como eles sempre  fazem ), o LOCOG, Comitê Organizador de Londres dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos, relutantemente admitiu a responsabilidade quando encontraram soluções e usou o exército (!) para preencher os assentos vazios.

    *O exército já havia sido mobilizado para cobrir as falhas do G4S, a empresa particular que o LOCOG contratou para fazer a segurança dos jogos.

    Realmente, o G4S não contratou um número suficiente de guardas para as Olimpíadas. Como de costume , o Daily Telegraph e  grande parte da imprensa britânica usaram casualmente a retórica xenofóbica, destacando que os guardas contratados pela G4S nem falavam inglês (“essas drogas de estrangeiros” novamente!).

    *O Brasil foi acusado de ter exagerado no controle das manifestações de rua. Eu certamente concordaria que menos policiamento é, em geral,  a solução melhor quando as pessoas estão exercendo seus direitos democráticos pacificamente.

    No entanto, as autoridades britânicas exageram bem mais do que o governo brasileiro no que diz respeito à segurança.

    Pense: o exército foi autorizado a instalar mísseis terra-ar em propriedades particulares próximas aos locais dos jogos durante as Olimpíadas. Como até mesmo a BBC destacou, a medida era apenas um “show” e não podia realmente servir a propósito algum.

    Quem pode abater um avião a poucos metros de um estádio, a não ser alguém que esteja tentando de tudo para que esse avião caia no estádio e mate o maior número possível de pessoas? Não podemos deixar de mencionar que, apesar de as manifestações serem uma realidade no Brasil, ainda não vimos um avião ou uma asa delta ameaçar os locais dos jogos olímpicos.

    Poderíamos adicionar à lista das “coisas que não foram muito bem em Londres 2012”, por exemplo, o penetra na parada das nações que chocou tanta gente na Índia, o LOCOG exibindo a bandeira da Coréia do Sul no lugar da bandeira da Coréia do Norte (obviamente o time da Coréia do Norte se recusou a aquecer e jogar até que a bandeira certa fosse exibida, o que provocou um grande atraso no jogo), mas o que interessa não é criticar a relativamente bem organizada Olimpíada. Não quero ser injusto com os britânicos já que sempre existem polêmicas em torno das organizações de megaeventos.

    Vamos apenas recordar que, até onde vai o meu conhecimento, o único evento esportivo internacional que até hoje teve que mudar de país, porque um estádio não ficou pronto a tempo, foi o Campeonato Mundial de Atletismo de 2007, planejado para Wembley, Londres, que acabou sendo realizado em Oslo. Mais uma vez, sejamos justos com a Grã-Bretanha: os atrasos nas construções são comuns em todo país, e os orçamentos das construções invariavelmente estouram.

    O ponto, na verdade, é mostrar o abismo que existe entre a realidade e a percepção.

    Sempre que um evento é organizado em um país do Hemisfério Sul, o discurso, e a memória, são de fiascos potenciais que, em geral, não se materializaram. Sempre que um evento é organizado nos países do Hemisfério Norte, o discurso e a memória são de sucesso, mesmo quando os fiascos aconteceram.

    Seguindo Edward Said, podemos chamar este fenômeno de “orientalização”. Quer dizer: em um mundo no qual a divisão Leste/Oeste foi substituída, nos anos 90, pela divisão Norte-Sul, esse é o resultado de uma visão distorcida que a mídia do Ocidente/Norte tem a respeito do Oriente/Sul.

    Vamos dizer de forma mais clara: esse é um discurso xenofóbico e até mesmo racista.

    PS do Viomundo: David Ranc é um pesquisador francês em esportes e relações internacionais. Faz parte do projeto Pesquisa em Futebol em uma Europa Expandida (Free, na sigla em inglês), um consórcio que reúne universidades de vários países da União Europeia e da Turquia.

  4. Excelente, é integrar esses Exocets a trabalhar em salvas … assumimos o papel de David filho de Abrahão , o outros assumem o papel de Golias … vamos ver no que dá . KKKKK

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