Airbus mira o mercado brasileiro de defesa

c295 revista fuerza aerea brasile–a 2007Por Virgínia Silveira | Para o Valor, de São José dos Campos

A Airbus Defence and Space, divisão do grupo Airbus e uma das dez maiores companhias do setor de defesa no mundo, com faturamento de € 14 bilhões, tem planos para expandir a presença dos seus negócios no Brasil, no curto e médio prazo nas áreas de aeronaves militares, sistemas espaciais, comunicação, inteligência e segurança e eletrônica.

O diretor comercial da Airbus Defence and Space, Christian Scherer, afirmou que a expectativa é de que nos próximos dez anos o mercado aeroespacial e de defesa da América Latina movimente negócios da ordem de € 48 bilhões. “O Brasil é um mercado chave na região. Somos e continuaremos a ser o mais brasileiro de todos os grandes grupos aeroespaciais em atuação no país”, disse o executivo.

A empresa, conforme revela o executivo, está em fase de criação da Airbras, uma companhia que dará suporte às 12 aeronaves de transporte logístico C-295, que a Força Aérea Brasileira (FAB) opera com a denominação de C105 Amazonas. As aeronaves cumprem missões de transporte aéreo militar e logístico, lançamento de paraquedistas e carga, busca e salvamento, evacuação aeromédica. Atualmente, estão localizadas nas bases aéreas de Campo Grande (MT) e de Manaus (AM).

O diretor também confirma o interesse da empresa de instalar um centro de manutenção, reparo e revisão (da sigla em inglês MRO), que em uma segunda etapa também poderia atender à frota de aeronaves civis da Airbus no país.

A companhia europeia acaba de fechar a venda de mais três aeronaves do modelo na versão busca e resgate (do inglês SAR), um contrato assinado com a FAB de € 187 milhões. O montante inclui o suporte logístico para as aeronaves. O primeiro avião deverá ser entregue no quarto trimestre de 2016 e o último no final de 2017.

Segundo o presidente da Comissão Coordenadora do Programa Aeronave de Combate da Aeronaútica (Copac), brigadeiro Augusto Crepaldi, o contrato com a Airbus foi assinado no final de abril, mas entrou em eficácia no dia 17 de junho, depois de passar por trâmites burocráticos.

A FAB adquiriu o primeiro lote do C105 Amazonas em 2005, época em que também entregou à Airbus a tarefa de modernizar nove aeronaves de patrulha marítima P-3 Orion. Os dois contratos foram avaliados à época em mais de US$ 700 milhões. A última aeronave P-3 modernizada, de acordo com Scherer, já está sendo testada em voo nas instalações da Airbus em Sevilha, na Espanha, e será entregue à FAB em breve.

Na área espacial, o grupo quer que sua empresa espacial no Brasil, a Equatorial, de São José dos Campos, tenha forte posição na cadeia de fornecimento global da companhia. O diretor ressalta que “a Airbus, ao contrário de outras empresas internacionais, tem feito investimentos significativos no Brasil e com resultados tangíveis, que vão muito além de projetos de pesquisa genéricos”.

O executivo também destaca a parceria da empresa com a com a Atech, controlada pela Embraer, para o desenvolvimento do sistema de missão naval para o programa do helicóptero EC-725, coordenado pela Helibras. Scherer ressalta ainda o investimento de 450 milhões de euros já feitos no âmbito deste programa pela Airbus Helicopter e Helibras na transferência de tecnologias e na indústria brasileira.

No Parque Tecnológico de São José dos Campos, a companhia europeia instalou um centro de pesquisa e tecnologia, onde pesquisadores e técnicos da Airbus Defesa e Espaço irão desenvolver projetos e parcerias com a indústria aeroespacial e de defesa brasileira. Um dos focos da pesquisa no local é o programa Sisgaaz (Sistema de Gerenciamentoto da Amazônia Azul), coordenado pela Marinha, cuja fase de implantação está avaliada em R$ 14 bilhões.

O Valor apurou que a Airbus já estaria fazendo composições com alguns grupos locais, que atuarão como “main contractors” no Sisgaaz, para participar da competição. A fabricante europeia não esconde o interesse de uma parceria com a Embraer, com quem afirma ter um relacionamento muito bom, assim como um enorme respeito pela sua liderança.

O diretor Christian Scherer, da Airbus Defence, acredita que haja oportunidades significativas para que as duas empresas possam trabalhar juntas e de forma complementar. “Em algumas áreas as nossas condutas convergem para uma concorrência saudável e na maior parte das outras para um ganho de capacidades complementares”, afirmou.

Fonte: Valor via CCOMSEX

10 Comentários

  1. O Valor apurou que a Airbus já estaria fazendo composições com alguns grupos locais, que atuarão como “main contractors” no Sisgaaz, para participar da competição. A fabricante europeia não esconde o interesse de uma parceria com a Embraer, com quem afirma ter um relacionamento muito bom, assim como um enorme respeito pela sua liderança. ==== Se vai gerar + empregos, td bem;ñ pode e piratear o pouco q temos..Sds. 😉

    • por LUCENA
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      Sr. brasileiro
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      Os franceses, são tidos como abelhudo na Europa,espionam descaradamente; principalmente os alemães e não é a toa que, este não só ficaram calados com a bisbilhotice americana lá na França como se solarizaram com os xeretas americano,sabe como é … rabo preso. 😉
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      Agora como os americanos aderiram a onda de bisbilhotar e piratear os outros,o que era um sacrilégio e vergonho; agora com eles,virou uma coisa virtuosa e santa.
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      Tudo passou a ser justificado já que a vaca-sagrada abençoou .

  2. O medo > do galo velho ,e sua tentativas de autofirmasse como o sr. do pedaço, ou seja , a síndrome do galo velho, é qdo o dito cujo saí betendo até nos pintos p mostrar quem manda…esse é o meu medo c relação aos iankss;condisrando suas ações e palavras…Qdo à vítima está armada,o predador dorme c fome e mt das x bem ferido..cuidado BRASIL.Sds. 😉

    • por LUCENA
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      Primeiro túnel de vento climático do Hemisfério Sul
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      O novo túnel de vento, que foi projetado e construído por pesquisadores da própria Coppe, custou cerca de R$ 350 mil, pagos pela Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Rio de Janeiro (FAPERJ).
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      (*) fonte : inovacaotecnologica.com.br
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      ( … ) “Não há túneis assim no mercado. Eles são projetados de acordo com as necessidades de uso e dimensões dos laboratórios. Nele vamos testar sensores e componentes aeronáuticos sob situações climáticas extremas e formação de gelo. Não tínhamos instalações assim no Hemisfério Sul. Ele vai atender tanto a pesquisa, para melhorar os sensores aeronáuticos ou até desenvolver novos sensores, como também a indústria, na certificação dos seus produtos”, afirmou o professor Renato Machado Cotta.( … )
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      Brasileiros propõem novo sensor de velocidade aeronáutico
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      O tubo de pitot é um equipamento essencial para a segurança da aviação, sendo o responsável pela detecção de informações sobre a velocidade da aeronave durante um voo.
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      (*) fonte: inovacaotecnologica.com.br
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      ( … )O estudo objetiva permitir ao Brasil desenvolver sensores resistentes a temperaturas extremas. “A ideia é prover uma infraestrutura que o Brasil não tem, de um túnel de vento para formação de gelo, para que a gente possa estudar situações atmosféricas onde ocorrem formação de gelo em sensores. Hoje, o Brasil não tem uma instalação desse tipo”, disse Cotta. ( … )
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      Eu acredito na Capacidade do Brasil e dos brasileiro !!!

  3. por LUCENA
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    A Airbus está de olho os grandes transportadores e o A-400M é uma boa escolha e os maiores do que eles ( super-cargueiros ), é o projeto Russos/ucranianos; Antonov uma outra escolha,assim como os grandes helicópteros russos para grandes cargas ( Mil MI 26 “HALO” ).
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    A Airbus também,poderia entrar com o seu projeto tiger da EADS assim como os russos com os seus excelentes hellis como os Ka-50/52 e os Mi-28.
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    • por LUCENA
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      E falando em excelência russa, vi em uma excelente reportagem o quanto vive da propaganda alguns governos que muita das vezes,utilizam dos artificio da astúcia e da mentira a famosa propaganda enganosa.
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      Como por exemplo famoso projeto ianque do F-35 … rsrsrr … ouvi no rádio que ele vem com uma bacia ( rsrsr ), como um item opcional … hehehh.
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      Outra propaganda enganosa.
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      A ATERRISSAGEM DA NORMANDIA E SEGUNDA GUERRA MUNDIAL: AS MENTIRAS TORNAM-SE MAIS AUDACIOSAS.
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      Obama e o seu cão de colo Cameron descreveram a aterrizagem na Normandia no dia 6 de Junho de 1944, como “a maior força de liberação que o mundo já conheceu” e tomou todo o crédito para os EUA e a Grã-Bretanha pela derrota de Hitler. Nenhuma menção foi feita da União Soviética e o Exército Vermelho, que durante três anos antes da aterrissagem da Normandia esteve lutando e derrotando o Wehrmacht.
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      (*) fonte:dinamicaglobal.wordpress.com
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      ( … ) Em Junho de 1944, três anos depois, muito pouco desta força foi deixada. O Exército Vermelho a tinha mastigado. Quando os assim chamados “aliados” (um termo que ao que parece exclui a Rússia) pousou na França, houve pouco a oferecer resistência a eles. As melhores forças que permanecem a Hitler estiveram na frente russa, que caiu dia a dia à medida em que o Exército Vermelho se aproximava de Berlim.
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      O Exército Vermelho ganhou a guerra com a Alemanha. Americanos e britânicos destacaram-se depois que o Wehrmacht estava esgotado e em farrapos e pode oferecer pouca resistência. Joseph Stalin acreditou que Washington e Londres ficaram fora da guerra até o último minuto e deixaram a Rússia com o peso de derrotar a Alemanha.( … )

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