Nexter e Avibras assinam acordo – CAESAR 155 mm no Brasil?

O CAESAR em exibição na Eurosatory 2014 (Fotos: Roberto Caiafa)

Roberto Valadares Caiafa

A Avibras e o Grupo Nexter anunciaram a assinatura, na Eurosatory 2014, de um acordo de cooperação visando o desenvolvimento de uma versão do Sistema de Artilharia de 155 mm CAESAR, baseada nos mesmos requisitos de mobilidade, logistica e capacidade de comando e controle do Sistema Astros, produzido pela empresa brasileira.

O CAESAR em exibição na Eurosatory 2014

Para a Nexter, essa e uma oportunidade do grupo francês consolidar sua presença no mercado sul-americano, e para a Avibras, de apresentar no Brasil um produto no segmento de artilharia altamente capaz e avançado.

A assinatura desse acordo contou com as presenças do Embaixador do Brasil na França, do Secretario de Produtos de Defesa do Ministerio da Defesa, e de altos oficiais da comitiva do Exercito Brasileiro presentes na Eurosatory 2014.

Fonte: Tecnologia & Defesa

22 Comentários

  1. Gosto da ideia, mas vejo o BAE ARCHER com uma vantagem de não precisar da tripulação, o carregador é automático. Porém, perde-se na aerotranportabilidade.
    Mas sem dúvida o CAESER é uma excelente arma e vai transformar a arma da artilharia brasileira.

    • E.M. Pinto, eu esperei mas não vi a reportagem sobre a munição dos Gepards.
      A nossa mídia “especializada” gritou aos quatro ventos que o Brasil havia comprado 540 mil munições para as baterias. E foi dito como se fosse uma coisa absurdamente grande.
      Faz uma conta rápida aí. Divide estes cartuchos pelo número de canos e depois pela cadência de cada “cano”.
      O resultado é 13 minutos de tiro para cada Gepard.
      Poderia-se dizer que isso foi só uma primeira encomenda, etc, etc, mas tendo em conta o histórico…
      O mesmo pode acontecer com o Caesar aí. Tá difícil acreditar.

      • “Poderia-se dizer que isso foi só uma primeira encomenda, etc, etc, mas tendo em conta o histórico…”
        ——————————————

        Creio que o trecho abaixo pode esclarecer a questão:

        “O Exército Brasileiro adquiriu aproximadamente 540.000 munições para armar as 36 viaturas blindadas de combate antiaéreo Gepard 1A2 recentemente adquiridas e entregues pela Krauss-Maffei Wegmann (KMW) dentro de um contrato assinado entre o governo alemão e o brasileiro e divulgado em março de 2013. Enquanto esse tipo de munição não for disponibilizado pela empresa brasileira CBC (que vem buscando desenvolver produtos no calibre 35 mm), as necessidades do EB estarão satisfatoriamente cobertas por esse lote, garantindo os treinamentos de formação de novas tripulações e algum tempo em serviço com uma boa reserva para arsenal.”
        (Tecnologia & Defesa)

      • Valeu Avez8O. A CBC está com a mão na massa então.
        Mas, ainda fica a matemática para quem acha que 540 mil cartuchos é coisa de outro mundo.

  2. Espero que venham em quantidade útil e que tenham munição, senão serão vistos somente em 7 de setembro. Isso se não houver contigenciamento.

    • Esse sistema é moderno e preciso. E sendo auto-propulsado melhor ainda.
      Mas temos que produzir a munição e tê-los em quantidade suficiente. Qual quantidade é esta? Não sei, mas pelo tamanho desse país e pela dificuldade de deslocamento, acho que a quantidade não pode se resumir à algumas dezenas. Não dá para comparar alhos com bugalhos, mas França e RAS tem mais de 70 unidades cada.

  3. Continuo com o entendimento que ele não possui muitas vantagens em relação ao obuseiro rebocado. Talvez fosse mais interessante, especialmente em vista do preço, comprar alguns M-777 da BAe Systems via FMS.

  4. bom acordo que é feito por intermédio do livro branco que colocou regras e dessas regras começamos a andar para frente
    quando o livro branco foi proposto pelo estadista luis inacio lula da SILVA
    os vermes entreguistas choraram e se lamentaram parabéns as empresas as duas são muito fortes

    • Estadista de sindicato você quer dizer né? No mais pezito, se decide, ou você é skinhead ou petralha, mas os dois têm algo em comum: São airhead….rs!

      • São Lula não é estadista, está acima da condição humana, pertence ao rol dos fazedores de milagres, como multiplicar o pão e alimentar milhões de famintos, kkkkkk.

      • Concordo… conseguiu transformar o filho dele de catador de bosta de elefante a grande latifundiário produtor de carne… isso que é milagre… 🙂

      • Tá explicado… basta ser expurgado sob esse solo gentil para deixar de ser ignorante e atrasado… rsrsrsrsrsrs… conta outra, pezito… vc é só mais um PETRALHA falso nacionalista… aliás, esse conceito de amor a pátria não te pertence… como todo esquerdalha, vc deturpou até um conceito secular que gerações suaram a camisa para estabelecer abaixo da linha do equador… que mente doentia !!!…

      • zoinho catarata ,o Maluquinho esta correto é só verificar o IP de vocês separatistas e apátridas e vamos ver que são da mesma região !!!

      • A única separação que fazemos é entre quem pensa e quem acha que pensa, como é o seu caso… 🙂

  5. Há estudos para substituir os 92 velhos (de 1942) M114 155 mm do exército por M777.

    Acredito que um mix seria adequado, substituir estas 92 peças de museu pelos M777 Light Towed Howitzer, que são aero-transportáveis por helicóptero. Tanto os Blackhawk como os EC-725 do exército podem transporta-los.
    Em um país como o Brasil, especialmente na região norte…A mobilidade de artilharia pesada por helicópteros é muito importante, alcançando com rapidez regiões e pontos geográficos desprovidos de rodovias e pistas de pouso e decolagem.

    Porém no caso de se estar enfrentando uma força bem preparada e equipada também são necessários sistemas de artilharia com alta mobilidade e agilidade, como o CAESAR 155mm, para fugir do fogo de contrabateria, que já é e tende a ficar cada vez mais letalmente rápido e preciso…

    • Excelente comentário Alvez! Você foi no cerne da questão, embora pessoalmente eu ache que o CAESAR não possua vantagens significativas frente à um obuseiro rebocado da classe do M-777

      • HMS Tireless,

        Há uma vantagem inerente ao Caesar que considero ser de importância maior: um obuseiro autopropulsado requer um preparo mais simples para uso que uma peça rebocada de dimensões similares… No caso específico do Caesar, basta somente parar o veículo em posição favorável, baixar as sapatas hidráulicas e esta pronto para o uso. Creio que já poderia disparar em apenas uns 3-4 minutos após chegar no local de disparo. E quando for necessário retirar-se, basta baixar o canhão, subir as sapatas e pronto. Já um tipo rebocado com canhão de dimensões similares e mesmo calibre, necessitaria de um preparo para as operações que poderia consumir uns minutos a mais… Grosso modo, é uma operação menos complexa a do Caesar…

        Outra vantagem específica é a guarnição menor que tipos autopropulsados de grande calibre normalmente exigem ( coisa de 5 pessoas ). Um obuseiro rebocado de grande calibre normalmente exige uns 10 ou 12 especialistas ( novos tipos creio que exigem menos… ).

        Apenas no caso de peças menores realmente não há qualquer vantagem significativa. Na verdade, em se tratando de obuseiros menores, diria que o melhor é ser rebocado, haja visto as dimensões não serem um problema significativo, nesse caso.

    • Alves8O,

      Eu diria que ambos ( M-777 e Caesar ) podem encontrar espaço no EB. Pelas suas características distintas, creio serem armas complementares.

      Mas se tiver que ser dada uma prioridade para a renovação da artilharia, considerando as áreas específicas de interesse imediato do Brasil ( Amazônia e interior brasileiro ), diria que o M-777 deva ser essa prioridade, justamente por poder ser transportado pelos helicópteros já disponíveis no EB e ainda assim poder “quebrar um galho” como artilharia rebocada, se constituindo num sistema mais barato.

      Mas seja como for, considero que não deve ser feita uma comparação entre M-777 e o Caesar, pois são claramente armas de classe diferente, com funções específicas. O M-777 seria para prover apoio de fogo a localidades isoladas. O Caesar se encaixaria melhor dando suporte a grandes ofensivas convencionais, vindo a retaguarda de uma formação mecanizada e atuando quando for solicitado.

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