Marinha do Brasil testa o S-100 da Schiebel: Aeronave Remotamente Pilotada – Embarcada

O S-100 configurado com o payload L3 Wescam MX-10, Selex PicoSAR Radar e sistema AIS (Automatic Identification System) 

Entre os dias dois a cinco de junho, demonstrações em voo conduzidas em cenário solicitados pela Marinha do Brasil, e destinados a avaliar as capacidades dos payloads L3 Wescam MX-10, Selex PicoSAR Radar e sistema AIS (Automatic Identification System) na aeronave nº 01, e o Selex ES SAGE ESM na aeronave nº02 (tanto de dia quanto a noite), deram a tônica dos testes embarcados realizados com uma dupla de drones helicópteros CAMCOPTER® S-100 da empresa Schiebel, que operaram a até noventa milhas náuticas de distância do navio base, o patrulha oceânico Apa (P121), durante sessenta horas de voo na região próxima a São Pedro da Aldeia, base da Aviação Aeronaval.

Os testes do Schiebel acontecem dois meses depois da avaliação do Scan Eagle da Boeing/Insitu, outro sistema aéreo não tripulado avaliado na concorrência ARP-E (Aeronave Remotamente Pilotada – Embarcada).

Com esses testes, a Marinha está analisando o quão boa é essa vigilância e a capacidade de detecção dos equipamentos, além de sua adaptabilidade aos meios operacionais da Esquadra. O CAMCOPTER® S-100 utiliza gasolina de 100 octanas e está em desenvolvimento um motor para JP-5 e outro movido a Diesel.

Cada unidade é manejada por cinco pessoas, e caso a Marinha opte por ter os dois modelos com sensores diferentes, como nos testes realizados, pode-se chegar a 12 operadores treinados e qualificados.

O S-100 configurado com o payload Selex ES SAGE ESM (Fotos: Schiebel)

O preço de aquisição de um sistema com duas aeronaves, todo o suporte logístico e pacote de sobressalentes para os cinco primeiros anos de operação está avaliado em aproximadamente USD $ 8 milhões, o que permitiria a Marinha do Brasil planejar compras em lotes para equipar tanto seus navios patrulha oceânicos da Classe Amazonas como os navios patrulha fluviais da Classe Roraima e da Classe Pedro Teixeira, por exemplo.

De fato, as capacidades dos dois sistemas são complementares, o que poderia sugerir até uma compra mista por parte da Esquadra.

Os critérios de seleção desses aparelhos incluem o volume disponível no payload (carga paga), as capacidades e limitações de operação do sistema embarcado, tendo a habilidade de realizar operações de recolhimento e lançamento a partir de navios de apoio classe IV, com ventos de até 40 nós e estado do mar 04.

Entende-se por navio classe IV, aquele que não dispõe de convoo, sendo dotado apenas de uma área de reabastecimento vertical (VERTREP) para operação com gancho.

 

Clique na imagem e conheça mais sobre o S-100 – 

Fonte: Tecnologia & Defesa

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