ST Engineering aposta no Brasil e investe R$ 40 milhões no País

Roberto Valadares Caiafa

Grupo de Engenharia com foco nos mercados aeroespacial, eletrônica, sistemas terrestres e sistemas marítimos, a ST Engineering (Singapore Technologies Engineering Ltd) é uma empresa global sediada em Cingapura que conta com uma força de trabalho de mais de 23.000 funcionários atuando em cerca de 100 subsidiárias e empresas associadas, divididas entre 46 cidades e 24 países.

A presença da ST Engineering no mercado dos Estados Unidos, por exemplo, representa mais de 25% das receitas do grupo (Ásia, incluindo Cingapura, respondem por outros 72%). Em 2013, a ST Engineering atingiu faturamento de US$ 25 bilhões e lucro líquido de US$ 459,7 milhões. É uma das maiores empresas listadas na Bolsa de Cingapura.

Na atualidade, a empresa está incrementando a sua participação no mercado latino-americano, e como base dessa estratégia, elegeu o Brasil e seu mercado de Defesa, Transporte e Engenharia Ambiental, para receber investimentos que já chegam a casa de R$ 40 milhões.

Tecnologia & Defesa entrevistou Patrick Choy, vice-presidente executivo de marketing internacional da ST Engineering.

T&D: Mr. Choy, quais são os planos da ST Engineering para o Brasil? A empresa já possui alguma atividade industrial no País no setor de Defesa?

Patrick Choy: A ST Engineering está presente no Brasil desde 2010, através da sua holding nos EUA, a VT Systems. Durante os últimos 12 meses, o grupo realizou vários investimentos através das suas unidades de negócios. Adquirimos 90% da Technicae Projetos e Serviços Automotivos, que presta serviços de manutenção, reparo e revisão de automóveis, principalmente militares. A Technicae será a nossa base inicial para estabelecermos e ampliarmos a nossa presença no setor de Defesa brasileiro. Esse foi o nosso primeiro passo para oferecermos apoio as Forças de Defesa do Brasil. Temos um amplo leque de tecnologias e capacidades que podem atender plenamente aos requisitos dos programas militares atualmente em curso, como o Sisfron (Sistema de Vigilância e Monitoramento de Fronteiras) e o SISGAAZ (Sistema de Gerenciamento da Amazônia Azul), dentre outros.

T&D: Essa presença envolveria a associação com empresas brasileiras do setor, ou a aquisição destas?

Patrick Choy: A ST Engineering possui experiência nos setores de eletrônica, defesa, aeroespaço e engenharia marinha. O grupo apresenta uma longa tradição na área de engenharia e está muito bem posicionado para auxiliar o Brasil a desenvolver suas capacidades de defesa, segurança, infraestrutura e sustentabilidade urbana em nível nacional, estadual e setorial. Exatamente por isso, antevemos a necessidade de trabalharmos com parceiros locais, para os quais faremos a transferência de tecnologias e capacidades, desenvolvendo em conjunto soluções específicas de defesa talhadas para a realidade brasileira, conforme estipulado na Estratégia Nacional de Defesa (END).

T&D: Essas ações da ST Engineering almejam outros mercados de defesa além do brasileiro?

Patrick Choy: Certamente. Entendemos que o Brasil tem um importante papel geopolítico na região e apresenta condições de influenciar não só as outras nações latino-americanas, incluindo aí o México, como nações do mercado africano, continente onde o Brasil vem paulatinamente ampliando a sua presença, inclusive em assuntos de defesa. Acreditamos que o Brasil possa ser um hub para alcançarmos esses mercados, produzindo riqueza e gerando empregos localmente, mais uma vez em estreita consonância com a END.

T&D: Quais as expertises da ST Engineering na área de defesa que poderiam ser oferecidas ao Brasil?

Patrick Choy: O leque de opções é bem amplo. Trabalhamos em sistemas terrestres como blindados de transporte de tropas, artilharia de longo alcance, munições convencionais (especialmente no calibre 40 mm), munições inteligentes (capazes de realizar tiro indireto, por exemplo), centros de comando e controle, veículos aéreos não tripulados, integração de sistemas diversos (comunalidade de comunicações, por exemplo) e logística avançada, incluindo o suporte ao combatente e tecnologias de apoio ao combate. No setor aeroespacial, podemos prover desde soluções em solo para sistemas satelitais (estações de controle e comunicações amplas) até sensores e equipamentos embarcados nos satélites (payload), além de sermos a empresa número um no mundo em serviços de MRO (maintenance, repair and operations). No setor naval, projetamos e construímos navios dos mais diversos tipos, e estamos capacitados a prestar serviços de manutenção, suporte e modernização de meios com o emprego de tecnologias modernas e funcionais.

 Fonte: Tecnologia & Defesa

5 Comentários

  1. BRASIL RECEBERA R$ 4 TRILHÕES DE INVESTIMENTOS ATE 2017,APONTA BNDES.

    Os aportes no setor industrial devem ter incremento de 31% e somar R$ 1,15 trilhão, impulsionados pelo segmento de óleo e gás

    Os investimentos na economia brasileira deverão somar R$ 4,07 trilhões no período entre 2014 e 2017, de acordo com o estudo feito pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O valor supera os R$ 3,98 trilhões apurados no levantamento anterior, divulgado em outubro de 2013, para esse mesmo período.

    “Os investimentos em mobilidade urbana têm perspectiva de aportes no valor de R$ 53 bilhões”

    O mapeamento, resultado da atualização do estudo Perspectivas do Investimento,abrange projetos e planos estratégicos das empresas, não restrito apenas àqueles apoiados pelo banco. As maiores revisões foram verificadas no setor de petróleo e gás, com aumento de R$ 30 bilhões de investimentos em relação ao apurado anteriormente, e total previsto de R$ 488 bilhões no período.

    Já o setor de energia elétrica teve adição de R$ 16 bilhões, com investimentos totais previstos para R$ 192 bilhões. A maior parte do montante, R$ 54,5 bilhões, será direcionada para a geração hidrelétrica e os complexos eólicos deverão receber aportes de R$ 43 bilhões.

    Na atual revisão, foram incorporados investimentos em mobilidade urbana, com perspectiva de aportes no valor de R$ 53 bilhões. Desse total, 58% serão destinados a projetos de metrô, 16% para monotrilho, 13% para Bus Rapid Transit (BRTs), 7% para trem e 6% para Veículos Leves sobre Trilhos (VLTs).

    Avanço

    O cenário é de crescimento real de 28% nos investimentos no período entre 2014 e 2017 (taxa anualizada de 5,1%) em relação ao período 2009-2012, quando foram investidos R$ 3,17 trilhões.

    Do total de R$ 4,07 trilhões mapeados para os próximos três anos, a indústria responde por R$ 1,15 trilhão em perspectiva de investimento, o que significa aumento acumulado de 31% (alta de 5,5% ao ano), impulsionado pelo setor de óleo e gás.

    O setor aeronáutico, com projeções de investimentos de R$ 14 bilhões no período, também se destaca em nível de crescimento, com projetos nas áreas de defesa e comercial.

    A infraestrutura responde por R$ 575 bilhões, com incremento de 35%, puxado por dois setores ligados à logística: portos e ferrovias. No setor ferroviário, a perspectiva de investimento é de R$ 57 bilhões e para os portos a expectativa é de R$ 41bilhões.

    Brasil Econômico

  2. Fábrica da Land Rover começa a ser erguida em 2014, em Itatiaia, RJ
    Primeiros veículos deverão sair das linhas de produção no início de 2016.
    Investimentos serão de R$ 750 milhões até 2020.

    O governo do Rio de Janeiro e a Jaguar Land Rover assinaram nesta quinta-feira (5) uma carta de intenções para a construção da primeira fábrica da marca nas Américas, em Itatiaia (RJ). Além da unidade do Rio, a empresa só tem filiais na China. Sua matriz fica na Grã-Bretanha.

    Fábrica brasileira da Land Rover será instalada em Itatiaia, RJ, diz prefeitura
    Com investimentos de R$ 750 milhões até 2020, a fábrica deve gerar cerca de 400 empregos diretos. A previsão é que esse número dobre até o final da década.
    As obras terão início em meados de 2014 e os primeiros veículos deverão sair das linhas de produção no início de 2016. A capacidade de produção será de 24 mil unidades ao ano.

    Além de suprir o mercado brasileiro, há a possibilidade de expansão da fábrica para exportar veículos, disse o presidente da empresa do grupo para a América Latina, Flávio Padovan. “Num primeiro momento, nós vamos focar no mercado brasileiro que é o maior da América Latina. Numa segunda fase, nós poderemos eventualmente avaliar a exportação do Brasil para outros países da América Latina. Nós vamos deixar a planta preparada para expandir.”

    A Jaguar Land Rover tem 53% de participação no mercado brasileiro de utilitários esportivos (SUVs) premium. O grupo pretende encerrar o ano com aproximadamente 10 mil unidades vendidas no Brasil, contra cerca de 8 mil no ano passado. “O Brasil é um país que ainda tem um potencial enorme de crescer no mercado de luxo”, afirmou Padovan.
    O projeto para trazer a empresa britânica para o Rio foi elaborado durante 18 meses.

    Na semana passada, a prefeitura de Itatiaia divulgou nota afirmando que a fábrica seria instalada na cidade. No comunicado, a Secretaria de Desenvolvimento Econômico afirmou que a cidade foi escolhida “por oferecer as melhores condições de topografia, localização e infraestrutura, como vias de acesso, fornecimento de gás e energia, além de estar às margens de um rodoferroviário e da principal rodovia do país, a Presidente Dutra”.
    O município já conta com empresas como Michelin, Hyundai Heavy Industries e Rayovac. A planta da Jaguar Land Rover ocupará 590 mil m², segundo a prefeitura.
    O governo do estado enviou para a Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) um projeto de lei para possibilitar a cessão do terreno e deferimento do ICMS. No total, esses incentivos fiscais chegam ao montante de R$ 2 bilhões. A Alerj espera aprovar o documento em uma semana.

    Além da Land Rover, outras três marcas de luxo que começarão a produzir veículos no Brasil são Audi, BMW e Mercedes-Benz.

    PS: Mas, o México….

    • Desculpe galera está matéria é de 2013!

      É que acabei acompanhando um dos últimos lançamentos da marca e péça publicitária ficou na cabeça.

      he! he!

      Quanto ao México… a crítica continua bem atual.

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