Desemprego, energia e comércio – Desafios da União Europeia

Luta contra desemprego, segurança energética, comércio internacional, são alguns dos desafios enfrentados pela União Europeia nos próximos cinco anos.

A luta contra o desemprego, que aflige 26 milhões de pessoas, é a prioridade absoluta dos líderes europeus.

As instituições europeias têm poucas prerrogativas no setor social, ao contrário do que ocorre nos Estados Unidos. Já criaram vários instrumentos para propor práticas ou formações aos jovens com menos de 25 anos, como a “Garantia juvenil”, ou lançaram programas para distribuir fundos às regiões mais afetadas.

Embora haja quem defenda a política de “consolidação fiscal” e os programas de austeridade lançados quando começou a crise econômica, são crescentes as vozes que insistem na necessidade de acelerar medidas para favorecer o crescimento.

A Associação Transatlântica de Comércio e Investimento (ATCI), tratado de livre comércio que teve as negociações iniciadas pela comissão europeia atual, consolida a desconfiança da opinião pública por sua falta de transparência.

A possibilidade de que seja assinado um acordo em que se ceda a competência para resolver os conflitos comerciais a tribunais arbitrais, como os que existem nos Estados Unidos, não favorece a aceitação do acordo.

As divergências entre os dois blocos são inúmeras, o que impede o avanço das negociações já prejudicadas pelo escândalo de espionagem por parte dos Estados Unidos. Por isso, as possibilidades de fechar o mais importante acordo de livre comércio do mundo no final de 2015 são muito baixas.

O avanço das negociações dependerá muito do próximo comissário de comércio e da confiança que conseguirá incutir nas capitais europeias.

A crise na Ucrânia e suas consequências nas relações entre UE e Rússia levam os europeus a diversificarem e garantirem seu fornecimento energético. Todas as opções estão em jogo, incluindo a nuclear e a de hidrocarbonetos não convencionais.

O objetivo é reduzir o estado de dependência e uma conta anual de 400 bilhões de euros para a compra de petróleo, gás e carvão pelos países da UE. A criação de uma “Comunidade Europeia da Energia” é considerado um objetivo para os próximos dez anos.

A política energética deve considerar também os objetivos de luta contra o aquecimento global, que incide na matriz energética.

Tensões no leste e no sul

Focos de tensão não faltarão, em particular entre os vizinhos da UE, como acontece na Ucrânia ou com a forte incerteza no Oriente Médio e no norte da África, três anos depois das “primaveras árabes”.

Para gerenciar o fluxo migratório irregular, a UE planeja reforçar a cooperação com os países africanos e com a Turquia, assim como estabelecer caminhos para a imigração legal.

Nos próximos cinco anos, a UE continuará sendo um clube de 28 países. Nenhum dos candidatos atuais conseguirá concluir as reformas e se adequar às normas europeias dentro do próximo período.

Novidades podem aparecer no interior da própria UE, com os referendos de independência na Escócia e na Catalunha. Uma vez realizados, a coesão dos 28 pode ser colocada à prova, tendo em vista as divergências sobre a possibilidade de que essas duas regiões mantenham o vínculo com a UE.

AFP

Fonte: Terra

14 comentários em “Desemprego, energia e comércio – Desafios da União Europeia

      • Exatamente Bacha e Gianca! UE e EUA são os maiores compradores de nossos produtos de alto valor agregado. Se ambos falierem, o que será de empresas como a EMBRAER? Será que tem gente que acha que “Uzbriqui” vão comprar os E-Jets quando Rússia e China possuem aparelhos concorrentes já voando ou em projeto?

    • Não é bem por aí. O tempo que só existiam pessoas com dinheiro na Europa e nos EUA acabou.

      Outras nações, com melhores taxas de crescimento e crescente melhor distribuição da riqueza vem criando novos mercados.

      Essas nações estão na África, na Ásia e na América do Sul.

      Não seremos obrigados a exportar tanto, não precisaremos criar altos superávits para pagar juros de uma dívida externa.

      A produção de derivados do petróleo e sua exportação com a entrada em operação das diversas novas refinarias mudará completamente nossa condição e projetará o Brasil como uma das 4 nações mais ricas do planeta.

      Com o investimento maciço em educação e formação profissional de qualidade o Brasil será um país plenamente desenvolvido e, como já começa a acontecer, disputado e desejado como lugar de moradia pelos melhores cérebros do mundo.

      A Europa e os EUA jamais voltarão a ter o protagonismo econômico do passado.

      Outras moedas de curso internacional estão chegando.

  1. Nao e so Europa, cujos bancos estao a vespera de implosao, do colapso, nao so por causa dos derivativos. Alguns bancos, suisso e o Banco Central da Inglaterra, teriam vendidos ouro que familias poderosas teriam colocados em depositos. E agora com a eminencia do colapso do euro, dolar e libra esterlina, essas familias estao querendo sacar esse ouro, e este foi vendido para China. Leis estao sendo introduzidos que dao aos bancos o direito de apropriar o dinheiro que cliente colocam em depositos. Uma vez em deposito, o dinheiro se transforma em emprestimos que o cliente fez aos bancos. Em caso de crise, os bancos nao necessitaria mais ter a obrigacao de devolver esse dinheiro, quando mo cliente assim o desejar. Os bancos podem simplesmente dar aos cliente pedacos de papeis, com titulos de acoes.Acoes de bancos falidos.vale um tesouro!. E nos Estados Unidos, para este nao ficar atras, existem 102 milhoes de desempregados…

    • Estados Unidos com 102 milhões de desempregados? Peraí, mas a taxa de desemprego por lá está agora em 6,3%! Como se vê, você fica reporduzindo as sandices da Redecastor por aqui, sem falar no seu amor incondicional ao Paul Craig Roberts…..

      • Primeiro devo agradecer voce por ter mencionado o Redecastor. Nao sabia da existencia dessa site antes de voce menciona-la dias atras.Economiza tempo nao ter que traduzir material qua ja foi publicado em portugues.Segundo,Craig Roberts, citando, um economista especialista em dados estatisticos, John Williams http://www.shadostats.com, as pessoas desempregadas, por mais de 4 semanas, que perdem motivacao e para de irem nas agencias de empregos, nao sao consideradas pessoas com emprego nem como pessoas desempregadas. Essas pessoas deixam de serem contadas. Como se elas deixassem de existir. Dai John Williams concluir que a taxa de desemprego e superior a 30%. Quem duvidar google John Williams http://www.shadostats.com.Nao e so o economista Paul Craig Roberts.A figura de 102 milhoes de desempregados retirei do artigo de Michael Snyder, THE NUMBER OF WORKING AGE AMERICANS WITHOUT A JOB HAS RISEN BY 27 MILLION SINCE 2000. DID YOU KNOW THAT THERE ARE NEARLY 102 MILLION WORKING AGE AMERICAN THAT DO NOT HAVE A JOB RIGHT NOW…..ACCORDING TO THE GOVERNMENT, AT THIS MOMENT THERE ARE 9.75 MILLION THAT ARE UNEMPLOYED AND THERE ARE 92.02 THAT ARE NOT IN THE LABOUR FORCE FOR A TOTAL OF 101.77 MILLION WORKING AGE AMERICANS THAT DO NOT HAVE A JOB. http://www.zerohedge.com

      • É meu caro, para que existem índices oficiais se qualquer um pode criar os seus? Segundo algumas pessoas, o número de desempregados aqui no Brasil perfazeria um total de 63 milhões de pessoas. Isso, em uma população de 190 milhões, daria um índice de desemprego de estratosféricos mais de 25%. Contuo, o índice oficial está em torno de 5%, e eu prefiro acreditar no que o IBGE diz.

        E já que estamos falando do mercado de trabalho nos EUA, notícia fresquinha dá conta que os pedidos de seguro desemprego caíram para o menor número em 7 anos nos EUA:
        http://veja.abril.com.br/noticia/economia/pedidos-de-auxilio-desemprego-nos-eua-caem-para-minima-em-7-anos

      • So no Brasil pode-se encontrar quem acredita nas estatisticas oficiais dos Estados Unidos. Sao tudo distorcidos para criar uma imagen positiva onde a realidade esta podre. Os dados estatiscos estao sendo manipulados, a fim de iludir o povo, mas este ja nao esta acreditanfdo mais no que o governo produz. E por falar em manipulacso, nao e so nas estatisticas sobre desemprego onde encontramos manipulacao. As Bolsas de Valores estao sendo manipulados, o mercado de ouro nao precida falar, os derivativos, as coisas estao no nivel de crime, funcionarios de bancos “cometendo suicidio” para nao falar o que sabem, Algo de podre nao som no reino da Dinamarca!

  2. por LUCENA
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    Ainda bem temos os ” Uzbriqui” se não estaríamos como certas “puntenfias”,como alguns desejam,estaríamos como aquele que bebe água e arrota,só para que os outros pense que era “champanhe” ..rsrrs..
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    O comércio com os europeus e americanos estão travados por muitas coisas,inclusive pelos famosos protecionismo que estes países fazem com outros,inclusive contra o Brasil.
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    Não devemos colocar os ovos no mesmo sexto mais sinda bem que o Brasil não colocou todos a disposição da relação comercial com os EUA ou com os europeus;os chineses são parceiros de todos,desde com os EUA,europeus e por que não com as ” bananias” ..srsrrs
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    Tem cada cabecinha que D’us tenha misericórdia.
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    E por falar em misericórdia,que D’us tenha dos europeus por estarem naquele problemão que foi criado pelo mercado especulativo americano e por estarem visceralmente ligado ao mercada americano,foram contaminado,se eles tivesse um tipo de ” Uzibriqui”,a história seria outra … heheheh

    • por LUCENA
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      Tafta: EUA e UE negociam em segredo um dos tratados mais importantes da história
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      O tratado de livre comércio entre Washington e Europa tem dois vícios maiores: um é o fato de ser negociado às escondidas, de costas para a opinião pública; o outro é que sua filosofia prevê que as legislações dos dois blocos respondam às normas de livre comércio estabelecidas pelas grandes empresas europeias e norte-americanas.
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      (*) fonte: [ cartamaior.com.br/?/Editoria/Internacional/Tafta-EUA-e-UE-negociam-em-segredo-um-dos-tratados-mais-importantes-da-historia/6/30953 ]
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      (**) por : Eduardo Febbro ; Tradução: Louise Antônia León
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      (…)Realidades e fantasmas convergem em uma grande discussão que, até o momento, se plasmou em torno de quatro ciclos protagonizados por Karel De Gucht, a comissária europeia encarregada do comércio, e Mike Forman, o representante norte-americano. O senador socialista Henri Weber situa o Tafta como uma espécie de batalha mundial pelas normas: “se os norte-americanos e os europeus se entenderem, suas normas se imporão como normas mundiais. Do contrário, será Pequim ou os países emergentes que fixarão as suas”. (…)

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