Presidente russo, Vladimir Putin, disse nesta quarta-feira que a indústria de defesa da Rússia vai deixar de depender de componentes estrangeiros e tornar-se autossuficiente.
O comunicado vem depois das sanções ocidentais impostas a Moscou devido à crise na Ucrânia.
“Precisamos fazer o possível para que qualquer coisa usada em nosso setor de defesa seja produzida em nosso território, de modo que não sejamos dependentes de ninguém”, disse Putin em reunião de autoridades de defesa em sua residência no mar Negro.
“Tenho certeza que a nossa indústria de defesa será beneficiada com isso, e é preciso ajustar os nossos centros científicos para isso”, disse.
Washington ameaçou restringir a exportação de itens de alta tecnologia para a Rússia como parte das sanções, além da proibição de vistos e congelamento de bens de cidadãos russos que já estão em vigor.
Putin disse anteriormente que a substituição dos componentes utilizados na indústria da Defesa exigiria financiamento e que levaria até 2 anos e meio para utilizar apenas produtos de fabricação inteiramente nacional.
A Rússia é o segundo maior exportador de armas do mundo e sua indústria de defesa tem laços estreitos com a Ucrânia.
Os contatos entre as duas ex-repúblicas soviéticas foram afetados pela anexação da Crimeia pela Rússia e por acusações de países ocidentais de que governo russo está orquestrando os separatistas pró-Rússia, no leste do país, perto da fronteira com a Rússia. Moscou nega as acusações.
A crise levou ao pior impasse Leste-Oeste desde a Guerra Fria, com Washington e Bruxelas ameaçando novas sanções se Rússia tentar interferir em uma eleição presidencial na Ucrânia marcada para 25 de maio.
2 anos e meio para alcançar esta autonomia não é nada, considerado o “todo” da questão… por outro lado, países e empresas que dependem do fornecimento destes componentes vão levar uma “facada” gigantesca com a falta do investimento russo.
Novamente a política proposta para solucionar o problema vai fazer muitos europeus voltarem a sentir o gosto dos tempos de “pão e água” !!
A hegemonia americana continua indo pro brejo.
E o pior, sem a contribuição de equipamento estrangeiro, o desenvolvimento de armas russas vai virar uma verdadeira incógnita, afinal de contas, não saberemos sequer dos componentes “internacionais” utilizados nos mesmos, porque não haverá componentes “internacionais” em uso!
Parabéns aos Russos! Bom jogo! 🙂
Quem vai perder diretamente será à Ucrânia no 1ª momento, depois o resto, por ñ conhecermos os seus componentes, eletrônicos e td o mais.Ele está certo, uma grd potencia TEM de ser autosuficiente..parabéns por correr atrás desse objetivo, antes tarde do q nunca e q certo país da AS se mire nesse exemplo…Sds..
Amigos,
Ha de se entender primeiramente até onde os componentes estrangeiros representam a viabilidade de funcionamento dos equipamentos que os utilizam…
Se for possível replicar o que se importa, muito bem… Caso contrário, haverá a necessidade de uma adaptação com componentes similares nas linhas de produção ( tanto em maquinário como nos produtos ), correndo-se o risco de que outros produtos já entregues não sejam passíveis dessas adaptações, criando um verdadeiro caos logístico.
E em muitos casos, uma adaptação simplesmente não é viável, pois as peças “genéricas” podem não obedecer aos parâmetros das originais ( resistência, durabilidade, etc ), gerando um produto que não cumpre com os requisitos. E ter o desenho da peça não adianta… Deve se replicar todos os métodos produtivos para se ter uma réplica perfeita da peça necessária.
Em suma, a tarefa russa é realmente complexa…
É preciso entender o que se passa. Já faz tempo que a Rússia levantou estruturas industriais em seu solo, como um Back Up dos componentes que importa da Ucrânia. A importação de componentes ucranianos se dá principalmente devido aos custos, bem menores.
Por isso o prazo curto de dois anos, ele é entendido como factível.
Não haverá necessidade de mudanças e projetos ou adaptações de peças.