Embaixada brasileira é apedrejada em Berlim

Ao menos quatro pessoas atacaram com pedras o prédio da embaixada brasileira. Grupo não identificado assume a autoria do ataque e diz que ele é um protesto contra a Copa.

A Embaixada do Brasil em Berlim, localizada na região central da capital alemã, foi atacada por pelo menos quatro pessoas na madrugada desta segunda-feira (12/05).

Por volta das 11h, um grupo de esquerda não identificado divulgou um manifesto na internet assumindo a autoria do ataque. Segundo o manifesto, trata-se de uma ação de protesto contra os gastos excessivos com a Copa do Mundo. O texto termina com a expressão “Nao (sic) vai ter Copa” e foi publicado em alemão numa plataforma de radicais de esquerda.

“Ainda não sabemos quantificar os danos causados”, afirmou um funcionário da embaixada à DW Brasil. A embaixada afirmou que divulgará em breve uma nota oficial explicando o ocorrido.

As imagens das câmeras de segurança do local mostram quatro encapuzados se aproximando do prédio da missão brasileira por volta da 1h. Cerca de 80 pedras foram atiradas contra o prédio, quebrando boa parte do vidro externo da fachada.

Antes de a polícia chegar ao local, porém, o grupo escapou. De acordo com informações da assessoria de imprensa da embaixada, os encapuzados não gritaram nada e desapareceram sem deixar pistas do que teria motivado o ataque. A polícia está investigando o episódio.

Fonte: DW.DE

10 Comentários

  1. “Ainda não sabemos quantificar os danos causados”, afirmou um funcionário da embaixada à DW Brasil”

    Certamente os danos causados a Embaixada brasileira,serão infinitamente menores do que os que aqui causadodos pela FIFA/CBF e o governo em todas as estancias !

    • Com a Copa das Confederações, realizada no ano passado, o País já pagou os 12 estádios que receberão o Mundial a partir de junho.

      Relatório divulgado pela Fipe mostra que o evento em 2013 movimentou 20,7 bilhões de reais no Brasil.

      Com isso, acrescentou 9,7 bilhões de reais ao PIB brasileiro.

      Agora, o custo total das arenas deve chegar a 8,9 bilhões de reais.

      Ou seja, o valor que foi injetado na economia brasileira é quase 1 bilhão de reais superior à estimativa de gastos.

      Mas a expectativa para a Copa de 2014 é ainda melhor.

      O maior evento de futebol do mundo deve acrescentar 30 bilhões de reais ao PIB brasileiro.

      Assim, a #CopaDasCopas trará mais benefícios ao País do que você imagina.

      • É mas vai falar isso para um jornalistas brasileiros…

        Eu juro que não sei se a nossa impressa é mais corrupta ou mais preguiçosa (no sentido de que não tem curiosidade de investigar). E também devemos levar em consideração os movidos indológicos, alguns repassem informações mesmo sabendo que estão erradas por acreditar que é o melhor a fazer e não ganham nada por isso.

        Seja como for nossa impressa não é seria.

  2. Meio ridículo isso… parece coisa de amante mal correspondido! Até aqui a bandidagem meteu bala na prefeitura! 🙂

    Mostrou mais “profissionalismo”! 🙂

    “Não vai ter copa!” Será que estão fazendo obras na embaixada, e não quiseram pagar de forma decente, ou meteram a mão mesmo, ao pedreiros locais!?? 🙂

    E aqueles pontinhos não são câmeras, como em todas as embaixadas!?? E não sabem quem foi!?? Tá me cheirando a operação interna para desestabilizar o Guvernu!! 🙂

    Espionagem brazirera… ptuff!! 🙁

    • kk ,isso prova que a campanha gringa e da oposição contra a copa no brasil surtiu efeito na mente de quatro otarios e aposto que entre eles é capaz de ter algum brasileiro
      os cães ladram mas a caravana não para
      só não haverá copa se os estados unidos atacarem a russia !!!
      na verdade os gringos da europa estão com medo de deixarem as novinhas virem nos visitar na copa e olimpiadas ,pois senão iremos embranquissar nossa raça mais um pouquinho rsrs
      pode vir novinha europeia a gente não morde não !!!!
      a imprensa brasileira ao invez de defender nosso pais e nosso povo fez foi ficar atacando o brasil e os brasileiros !!!
      concessões que tem que ser revistas lei dos médios contra essas empresas que atacam o brasil

      • “concessões que tem que ser revistas lei dos médios contra essas empresas que atacam o brasil”

        Para o bem do Brasil e das liberdades individuais e coletivas que são o corolário do Estado Democrático de Direito, esse tipo de pensamento não irá prosperar. Mesmo que o nosso (medíocre e lacaio) legislativo aprove tal aberração, e a nossa GerANTA sancione, felizmente temos o STF para nos preservar da sanha autoritária de determinados partidos e grupos políticos.

        Por fim: #BrasilnãoéVenefavela

  3. Pedradas contra o Brasil

    13/5/2014

    Trecho:

    “Na madrugada de domingo para segunda feira e Embaixada do Brasil em Berlim, que também é a residência da Embaixadora, foi alvo de um ataque a pedradas por parte de um grupo de mascarados, por volta da uma hora. As primeiras informações falavam em quatro apedrejadores, mais tarde houve informações de que eram mais, até dez. Foram filmados pelas câmaras de segurança, mas sem possibilidade de identificação. Fugiram antes que a polícia chegasse.

    No dia seguinte apareceu na internet uma mensagem ( Kämpferische Botschaft nach Brasilien, em linksunten-indymedia.org) em alemão, dizendo que o ataque – usando “as armas do povo – as pedras” eram um protesto contra a realização da Copa no Brasil e os altos gastos decorrentes.

    Seria um acontecimento apenas ridículo (não houve vítimas, somente danos materiais) se não fosse pela moldura em que ele se dá.

    Há uma verdadeira campanha contra o Brasil, na mídia alemã e na europeia, que atinge jornais, revistas, rádio e TV. Há campanhas sistemáticas na internet. Parte da campanha, a mais ideológica, é contra o governo de Dilma, contra Lula e contra o PT. Parte dela é contra o Brasil mesmo, o país em que nada funciona, tudo é precário, campeão da corrupção, da violência, homofóbico, cujo governo não tem preocupação pelo meio-ambioente, país apenas de miséria e pobreza, favelas e cortiços, país que é um fracasso de qualquer ponto de vista que se olhe, até do futebol.

    Todos os dias pinga uma matéria na mídia ou na internet falando mal do Brasil, do seu governo. Até nas discussões sobre os 50 anos da ditadura militar sobrou para o Brasil atual. Uma das sessões a que fui contou com a participação de uma professora universitária vinda especialmente do Brasil para pontificar que o nosso país era um país sem memória, despolitizado, violento em todas as dimensões, etc., motivando até mesmo uma senhora do público a dizer que, de fato, o nosso país era uma país sem cultura, onde só havia “samba e música”(sic). Sem comentários.

    Pior do que o Brasil na América do Sul, só a Venezuela.

    Nunca se escreveu, disse, projetou em áudio-visual, nunca se repetiu tanta estupidez, ofensa, bobagem, nunca se construiu tanta desinformação ignorante disfarçada de informação e “denúncia”, sobre o nosso país como agora. É claro que para o lado mais politizado da campanha – que não precisa de conspiração, bastando apenas orquestração – qualquer referência ao Brasil de hoje, incluindo a Copa, tem na verdade por alvo o Brasil de outubro, para ajudar a desacreditar o governo de Dilma Rousseff e favorecer a oposição, seja ela qual for. O lado menos politizado, mas não menos campeão em matéria de construir a desinformação e a ignorância, tem por fulcro visível um desejo de “devolver o Brasil ao seu lugar”, de onde, pelo visto, ele não deveria ter saído.”

    “Fazendo um amálgama de má-fé, ingenuidade, desinformação construída, ignorância, etc., também nunca se escreveu, falou, se divulgou em todos os meios tanta estupidez sobre o Brasil no próprio Brasil também. Talvez nunca também com tanto ódio ressentido, e desprezo enrustido por nossa própria terra e nosso próprio povo.

    No plano internacional a parte mais politizada da campanha (e aí é campanha mesmo, no sentido estrito da palavra) é liderada pelos porta-vozes da City financeira londrina, The Economist e Financial Times, mas com a participação mais eventual de articulistas em outros jornais, como o New York Times e o El País, por exemplo, embora a linha destes jornais compreenda uma pequena, mais maior diversificação do que a daqueles dois panfletos anti-Brasil, anti-Dilma, e – last but not least – anti-Guido Mantega. É a campanha contra o fracassado governo “intervencionista” do Brasil e da louvação desmedida do governo “de sucesso” do México, porque este segue o receituário (neo)liberal que, na realidade, catapultou a pobreza em seu território, que hoje chega a pouco mais de 50% da população.

    A parte mais “generalista” da campanha põe suas fichas em devolver o país a uma imagem que era mais cômoda para as abaladas consciências eurocêntricas, neste momento em que este continente vem se revelando um dos campeões do empobrecimento mundial. (Sou muito preciso nesta observação: empobrecimento, ainda não pobreza, embora esta venha aumentando de modo assustador e desolador). Num período em que o mundo perdeu 60 milhões de postos de trabalho (mais ou menos de 2002 a 2012, com acentuação das perdas a partir da crise de 2007/2008) o Brasil criou 16 milhões de novos postos de emprego formal.

    Num momento em que na Europa se corta na carne dos direitos sociais e portanto da cidadania de fato, os trabalhadores brasileiros vêm tendo os salários melhorados, graças à política de aumento do salário mínimo, à situação considerada como de pleno emprego (para desespero dos economistas ortodoxos) e vêm aumentando sua participação na renda nacional. Mais: o Brasil se tornou um porta-voz não oficial dos países emergentes no G-20 e passou de devedor a credor no FMI – emprestando dinheiro (ainda que pouco diante das gigantescas injeções de verbas que necessárias para atender seu abalado sistema financeiro) à velha Europa! Eu poderia continuar citando “perturbações da velha imagem”, mas estas bastam para dar conta de onde vem este verdadeiro sentimento, esta necessidade ressentida, de “devolver o Brasil a seu lugar”, que ora é consciente mas também é inconsciente.

    Dentro desta moldura, não dá para deixar de se considerar que, mesmo que involuntariamente, as pedradas que a Embaixada levou são uma extensão – ainda que atravessando a fronteira da retórica em direção ao “desforço físico” – das pedradas que o Brasil vem levando e que alimentam o ressentimento e o desprezo pelo nosso país.”
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    *Flávio Aguiar, é correspondente internacional da Carta Maior em Berlim.
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