Chile e Argentina reativam projetos que ligam América do Sul à Ásia

As presidentes do Chile, Michelle Bachelet, e da Argentina, Cristina Kirchner, deram novo impulso nesta segunda-feira em Buenos Aires a um ambicioso plano de obras em estradas e ferrovias na Cordilheira dos Andes. O plano fomentará o comércio bilateral e os vínculos entre América do Sul e Ásia.

A amizade pessoal e a simpatia política que voltaram a ser manifestadas por Bachelet e Kirchner. Elas assinaram no Salão das Mulheres da Casa Rosada uma série de convênios, entre eles o que reativa o Tratado de Maipú, assinado por ambas em 2009 para melhorar a união física argentino-chilena.

“Queremos duplicar a conexão com a Argentina e com os países fronteiriços”, disse a presidente chilena em sua primeira missão ao exterior desde que assumiu em março.

“Sabemos ambas que o vínculo com o Chile é transcendental para uma competitividade maior da economia regional. Argentina, Uruguai, Paraguai, Bolívia e Brasil precisam transportar mercadorias para a zona mais dinâmica do mundo, como é a Ásia, através do Chile e do Pacífico”, disse Kirchner.

– Mercosul unido à Aliança do Pacífico –

Recebida na porta da sede presidencial argentina por Kirchner, e com todas as honras militares, Bachelet defendeu “um novo impulso ao Tratado de Maipú e a relação da Aliança do Pacífico com o Mercosul”.

A Aliança do Pacífico é o bloco integrado por Colômbia, Chile, México e Peru, que em 2012 concordaram em liberar 92% de seu comércio e em entrar unidos nos mercados asiáticos.

As obras do Tratado de Maipú, em etapa de planejamento, incluem um túnel transandino ferroviário de baixa altitude chamado ‘Aconcagua’ e o túnel binacional ‘Água Negra’, entre outras medidas na fronteira comum de cerca de 5 mil km.

Os laços de Bachelet com Kirchner contrastam com a indiferença bilateral que se impôs durante o mandato do ex-presidente chileno Sebastián Piñera (2010-2014), mais afastado ideologicamente da presidente argentina.

Durante a coletiva de imprensa foram evitados com diplomacia os temas sensíveis, como o pedido de extradição do Chile pelo ex-guerrilheiro chileno Galvarino Apablaza, acusado de sequestro e de assassinatos em 1991 e que vive em Buenos Aires desde 1993, agora com três filhos argentinos.

“É um assunto da justiça”, respondeu laconicamente Kirchner, que há quatro anos se manifestou disposta a conceder refúgio político a Apablaza.

Fonte: AFP

 

13 Comentários

  1. Esta noticia parece fornecer elementos que demonstra que aqueles economitas que estao falando de BRICS+80 associados planejando uma sphera economica baseada no Yuan e no ouro nao estao inventando coisas porque sao anto norte americanos. Na verdade todos esses economistas sao norte americano politicamente da direita. E quem viver vera!

    • Não acredito que um número significativo de países irão trocar o espeto pela brasa. Trocar o dólar pelo Yuan seria a burrice do século. A nova moeda deverá ser lastreada no valor de commodities e ser plenamente convertível. Para isso basta adotar como valor padrão uma sexta de minérios, petróleo, ouro, alimentos, etc.

      • muito boa a atitude da presidente chilena e da presidente da argentina
        sobre o dólar esse é um cadáver aceito por meios militares e pelos especuladores e agencias stands porcs pigs sei la como se escreve !!!
        ,mas no futuro as mentiras e especulações irão cair ,e quem estiver atrelado totalmente ao dólar ira ter um prejuízo enorme

        acho que não apenas o brics como o resto do mundo pensa em substituir esse dólar gradativamente por outro meios de trocas

      • 1/3 das nossas reservas internacionais são em títulos do tesouro norteamericano. E aí? Vai encarar?

      • Walfredo:

        Você está corretíssimo! Trocar o Dólar pelo Yuan seria a burrice não do século mas sim do milênio inteiro. E um dos fatores é que não dá para eleger como moeda de reserva mundial a pertencente à uma ditadura como é o caso da China. E seu raciocínio de uma cesta de moedas mundial, onde estivessem presentes o dólar, o Euro, o Yen, o Real e até o Yuan chinês é a solução mais correta, que inclusive é defendida pelo Brasil

      • dolar, o Euro, o Ien, o Real e ate o Yuan, Ate o Yuan? A nacao que esta se tornara a maior potencia industrial do mundo ainda este ano, seguno o banco Mundial, A nacao para a qual os Estados Unidos devem trilhoes de dolares.esta com a faca e o queijo na mao.. Concordo, que uma cesta de moedas mundial seria a solucao mais corretas, mais dai onde vai o privilegio do FED imprimir/digitar trilhoes de dolares para comprar aquilo que os investidores estrangeiros ja nao estao tao ansiosos para comprar como estiveram no passado, os Titulos do Tesouro do governo norte americano. E se o governo ianque se ve forcado a cortar despesas publicas, quem vai subsidiar a agricultura nort americana, quem vai pagar as despesas militares e acima de tudo, quem vai pagar o Food Stamps, um tipo de cesta basica, que fornece alimentos para a metade da populacao norte americana, Metade da populacao norte americana nao estao em condicoes de comprar alimentos porque estao desempregados, ou trabalhando poucas horas por semana.. Enfim a sua solucao mais correta nao e a mais conveniente para os Estados Unidos.,

      • Você vai confiar as suas reservas à um país centralizado e autoritário como a China? Claro que não! E é exatamente por isso que falta legitimidade ao Yuan. Bem ou mal os EUA são um país democrático e,mais importante do que isso, possuem um ambiente jurídico estável e favorável, algo que não acontece em ditaduras como a Chinesa.

        Outro aspecto que você não considera diz respeito ao fato que em termos de produção científica e intelectual os EUA estão ainda muito à frente dos chineses. Ou você vai dizer que isso é irrelevante. E cabe também destacar que a produtividade do trabalhador norteamericano vem crescendo consistentemente, E estudos da Universidade de Chicago defendem que caso a produtividade deles aumente a 2% ao ano (ano passado aumentou 3%), os EUA ainda manterão a liderança.

        Ademais, a população dos EUA é de 280 milhões de habitantes. 140 milhões estão sem condições de comprar alimentos? Que conta maluca a sua heim!?

        Por fim, se a agricultura dos EUA é subsidiada, o é bem menos que a Européia.

      • Trocar moeda por moeda, seis por meia duzia, isso não ocorrerá . O futuro caminha sim para a retirada do Dolar americano como grande fundo de investimento internacional, mas isso ainda não ocorrerá em menos de uma década, e com certeza não será uma outra moeda nacionalizada, mas sim uma moeda global como fundo de segurança, e não mais apoiado em uma economia apenas como era nos anos 90 e 00. Sds

    • Sr. JOJO,
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      A economia mundial ainda não está salva dos problemas que foram gerados em Wall Street,há alguns especialistas acham que tudo que ocorreu em 2008,é só um prenuncio para algo grande que a por vim na economia mundial.
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      Investidor Marc Faber Teme a Chegada de uma Nova Crise Financeira Maior que a de 2008
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      O investidor multimilionário Marc Feber coloca em dúvida a recuperação dos Estados Unidos. Ele acredita que a situação econômica global poderia complicar na segunda metade deste ano e se mostra preocupado sobre o fato de que a crise financeira de 2008 seja apenas uma precursora de uma queda ainda maior.
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      Em declarações à CNBC, Feber explica que o volume total de crédito nas economias avançadas- somado às empresas, os governos e os consumidores, seja de apenas 30% superior ao de 2007. O autor do relatório Gloom, Boom & Doom, não acredita que a “economia esteja recuperada totalmente. Temos uma desaceleração nos Estados Unidos”, assegura.
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      Os dados preliminares, publicados na semana passada, assinalam que a economia dos EUA cresceu 0,1% no primeiro trimestre deste ano, depois de um dos piores invernos em anos. A Bloomberg aponta um crescimento de 1,2% e supõe um forte esfriamento desde o 2,6% registrado no último trimestre de 2013, segundo dados do Departamento de Comércio.
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      Os dados mostram que o impacto que houve sobre maior economia do mundo do inverno que se distinguiu pelas temperaturas muito baixas e repetidas nevascas que afetaram a quase todo o país. De fato, a presidente do Federal Reserve, Janet Yellen, já deixou pra trás ao apontar que a desaceleração da economia é transitória.
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      Em todo caso, Feber, suspeita da recuperação. Alem disso, opina que “o dinheiro é o bem mais desvalorizado”. “Olhando para os próximos 6 meses, talvez o dinheiro seja mais atrativo”, aponta.
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      Durante todo este contexto, acrescenta que, o preço das ações nas economias avançadas já atingiu o seu máximo. Feber assinala, que além disso, os títulos do governo estão caros devidos a sua baixa rentabilidade
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      O investidor também se referiu ao conflito com a Ucrânia, um problema geopolítico que atua como um ponto negativo para os mercados financeiros.
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      (*) fonte [ http://www.anovaordemmundial.com/2014/05/investidor-marc-feber-teme-a-chegada-de-uma-nova-crise-financeira-maior-que-a-de-2008.html#ixzz31guTWnrf ]

      • Este e meu ponto que estou tentando transmitir. Qual foi a causa da crise de 2008, Excesso de debito publico e privado, muito dinheiro imprimido em circulacao que nao encontrando onde investir produtivamente e lucrativamente, nunca se esqueca este aspecto, resultou em especulacao.Quando a crise estourou, tentou alguem resolver a causa dessa especulacao, nao, aumentou ainda mais a impressao/digitacao de dinheiro. Tentaram apagar fogo com kerosene. Acompanho os escritos de Marc Feber, e tambem ja ouvir ele no You Tube. Ele e investidor, escreve e fala para outros investidores, nao esta interessado em idealizar ou criticar nada, mas apresentar a situacao economica do ponto de vista se e lucrativo investir num determinado pais ou nao, e qual a situacao economica mundial, Existe seguranca em papel moeda etc etc. Como Marc Feber, e Jim Willies, e o pessooal do Zero Hedge, do silver.com, gold seek etc etc sds

  2. Chile e Argentina sempre tiveram rivalidades e desconfianças bobas, más tem tudo a ver um com o outro…Compartilham o mesmo idioma e uma fronteira seca em comum de mais de 4.500 km de extensão, além disto, possuem níveis de desenvolvimento sócio/econômico equivalentes e várias semelhanças climáticas e geográficas…

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