Lei que pune governo de Maduro avança no Congresso dos EUA

Comitê de Relações Exteriores da Câmara dos Representantes dos EUA aprovou nesta sexta-feira um projeto de lei bipartidário que impõe sanções contra alguns funcionários do governo do presidente Nicolás Maduro, em resposta aos protestos e a repressão vividas na Venezuela há três meses.

Este é o primeiro passo legislativo necessário para que o texto possa ser apresentado no plenário da Câmara. Caso seja aprovado nessa instância, passaria para análise do Senado, onde já foi apresentada uma lei semelhante há algumas semanas, ainda não debatida.

A iniciativa legal, apresentada pela senadora pela Flórida Ileana Ros-Lehtinen, contou com o apoio de outros 14 representantes, seis deles democratas, e foi aprovado em uma votação a viva voz com só dois votos contra.

“O Comitê de Relações Exteriores atuou esta manhã com uma voz bipartidária, condenando as violações contra os direitos humanos que ocorrem na Venezuela”, disse Ros-Lehtinen.

A aprovação da Lei de Proteção de Direitos Humanos e Democracia Venezuelana envia uma forte mensagem a Maduro de que o Congresso dos Estados Unidos “está ciente das atrocidades cometidas por seu regime, e que enfrentará as consequências”, acrescentou.

“Agradeço meus colegas no comitê por apoiar a legislação e continuarei apoiando firmemente o povo da Venezuela em sua luta pela liberdade, pela democracia e pelo respeito aos direitos humanos”, insistiu a legisladora cubano-americano.

O projeto de lei prevê a revogação de vistos e o congelamento de ativos nos Estados Unidos de vários funcionários venezuelanos considerados responsáveis de violação de direitos humanos e aplacar aqueles que informam sobre os protestos iniciadas em 12 de fevereiro.

Durante o debate no Comitê, o projeto só teve dois opositores, os democratas Gregory Meeks e Karen Bass, que argumentaram que o texto lembra ações do passado que geraram críticas de intervencionismo na América Latina e provocaram uma falta de confiança para os Estados Unidos.

O projeto foi aprovado em meio a expectativa da chegada na capital americana de centenas de venezuelanos exilados que pretendem se manifestar no Congresso e na Casa Branca para pedir ações contra o governo de Maduro.

EFE

Fonte: Terra

Maduro: Ameaça de sanção dos EUA à Venezuela é ‘estupidez’

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, afirmou nesta sexta-feira que a ameaça dos Estados Unidos de impor sanções a funcionários venezuelanos envolvidos em violações dos direitos humanos durante os protestos no país é uma “estupidez”. “Agora andam com esta estupidez, que vão impor sanções. Estúpidos são o que são! Estúpidos! Apliquem suas sanções, o povo de (Simón) Bolívar não para com qualquer sanção do Império”, disse Maduro em um ato para ambientalistas na Academia Militar de Caracas.

O Comitê de Assuntos Exteriores da Câmara de Representantes dos EUA aprovou nesta sexta-feira um projeto de lei com sanções contra responsáveis por violações de direitos humanos durante as manifestações na Venezuela. O projeto de “proteção dos direitos humanos e da democracia na Venezuela” foi votado pela maioria dos integrantes do Comitê e agora será debatido no plenário da Câmara.

A lei tem como alvo os responsáveis por prisões políticas e por abusos cometidos contra ativistas, visando também aqueles que tentam impedir o trabalho de jornalistas e a atividade de cidadãos que buscam compartilhar informações sobre os protestos contra o governo.

Esses responsáveis teriam contas e propriedades congeladas nos Estados Unidos e seus vistos de entrada no país seriam cancelados. Mas, para o governo do presidente Barack Obama, as sanções não são apropriadas no momento, apenas um mês depois do início das difíceis negociações entre o governo e o setor moderado da coalizão opositora Mesa da Unidade Democrática (MUD).

Na última quinta-feira, a subsecretária de Estado adjunta para América Latina, Roberta Jacobson, disse ao Comitê de Relações Exteriores do Senado (que estuda um projeto de lei parecido com o da câmara) que a imposição de sanções seria “contra-producente”, embora tenha deixado essa possibilidade em aberto, no caso de uma perda de diálogo com Caracas.

A tensão na Venezuela se intensificou na quinta, quando 243 jovens manifestantes foram detidos durante a madrugada no desmantelamento de quatro acampamentos montados em praças e avenidas da capital. Em resposta, grupos de jovens opositores realizaram protestos relâmpagos em uma dezena de pontos no leste de Caracas, alguns dos quais derivaram em confrontos com as forças de segurança.

Desde fevereiro, a Venezuela é palco de protestos que já deixaram 42 mortos. As manifestações são chamadas por Maduro de “tentativa de golpe de Estado”, mas têm como objetivo protestar contra uma inflação anual superior a 60%, a escassez de produtos básicos e uma violência crescente.
AFP

7 Comentários

  1. Quando o plano dos EUA de desestabilizar um governo não funciona eles apelar para sanções. Sanções é o instrumento para jogar o povo contra o governo.

    Os EUA vem intervindo nos assuntos internos de muito países, algo que é ilegal…

    O engraça é que os EUA sempre acusar Rússia de usar o gás como arma de guerra, mas eles usam o poder econômico deles para aplicar sanções. São muitos hipócritas mesmo…

    • Nao se preocupe com Maduro. Maduro recentemente iniciou a famosa carteirinha de racionamento Cubano. sabe porque..nao consegue abastecer um pais de poucos milhoes de papel higienico…e voce postula que a culpa e dos EUA. meu amigo..pelo amor de deus..estude o que acontece em Cuba e veras o futuro da Venezuela. Nao e os EUA.. sao os propios Venezuelanos..E DU CA C AO..falta, nao ha onde estudar, nao tem escola..da nisso ai..
      Se os EUA sao hipocritas esses esquerdopatas sao demagogos..

  2. por LUCENA
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    Muitas sanções que os EUA promovem, elas se perderam na insignificância e inócua,basta vê as sanções contra os persas e agora contra os russos,e o peso político que elas representa,isso nem se fala…rsrsrr.
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    No caso da Venezuela, seguirá as mesmas coisas que eles os americanos, fazem contra a Cuba,pode haver sequelas e agravamento na vida social venezuelana más não por causa das sanções,más pela oposição que sabemos esta são bancadas pelo governo americano para sabotar a governabilidade daquele pais.
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    O governo venezuelano pode capitalizar politicamente,fazendo com que o feitiço se reverta contra o feiticeiro.
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    O mercado global de energia vai esquentar quando as economias europeias e americana saírem da crise em que se encontram,acho muito difícil estes países darem as costas para um produtos de petróleo com a Venezuela,quando precisarem de energia para movimentar a sua economia.
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    A diferencia entre a Venezuela e a Cuba,é que esta não esta na OPEP.os EUA estão aos poucos deixando de imiscuir do seu papel de tutor do planeta,essa coisa de sanção americana,caio na mesmice e na toleima.

  3. Os nefastos iankss tem de tirar ás sangrentas da Venezuela, parem de financiar as manifestações, ñ vão desestabilizar os caras,vai continuar e aumentar o banho de sangue e prisões…parem. A ONU/OEA e td essas instituições, assim como a UnaSul deveriam desmascarar esses movimentos. Já está cansando, sds.

  4. O Chaves gostava de chamar o presidente dos EUA de diabo, satanás, etc, acusava os EUA de interferirem nos “assuntos internos” da Venezuela e chegou até a sentir o cheiro de enxofre do ex-presidente Americano (Tenho certeza que neste momento o Chaves sabe que o cheiro do diabo é diferente) CONTUDO, El Comandante jamais deixou de vender aos EUA aproximadamente 16% (varia) do petróleo que os Americanos consomem. O dinheiro dos facistas inimigos do povo e da revolução era, e é, muito importante para a economia venezuelana.
    O Chaves, no auge de seu delírio supostamente anti-imperialista, concedeu benefícios fiscais à indústria automobilística, que vem de onde? Oh! Dos facistas imperialistas. Foi neste momento que me toquei que aquela verborragia toda, aquela retórica dos neo-iluminados, donos da sabedoria, era tudo teatro.
    Agora são os Americanos que estão no tablado. A Criméia está deixando a Venezuela em Segundo plano e essa senadora só quer chamar a atenção para a Venezuela. Pelo seu nome, ela pode até ser origem latina, venezuelana, não importa.. é mais uma que deveria se juntar ao movimento acéfalo por nenhuma causa, ou como é mais conhecido, Femen.
    Se fosse coisa séria, se quisessem cortar relações, etc, etc, etc, etc, etc, etc, deveriam começar cancelando as importações de petróleo.

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