Defesa & Geopolítica

Aumento de atividades Russas no Pacífico chegam à Guam e próximos à Califórnia

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Em evento ontem no Centro para Estudos Internacionais e Estratégicos (CSIS – Center for Strategic & International Studies) o Comandante da Força Aérea para o Pacífico, General Hebert “Hawk” Carlisle participou como palestrante com o tema: “”Forças Aéreas do Pacífico Estratégia e Engajamento na Ásia-Pacífico””.

No início de sua exposição o Gen. Carlisle deixou claro que a situação da Ucrânia influencia nas operações na região do Pacífico e fez questão de ressaltar que a atividade aérea e naval russa na região aumentou de forma “drástica” nos últimos meses de forma “relacionada” ao aumento da tensão na Ucrânia.

De acordo com o Gen. Carlisle “Certamente o que ocorre na Ucrânia e Criméia é um desafio para nós e é um desafio para nós na Ásia/Pacífico assim como é na Europa.”

Ainda de acordo com a exposição do Gen. Carlisle vôos de aeronaves Tu-95 “Bear” circunavegaram Guam, sendo interceptados por caças F-15, e se aproximaram da costa da California.

“Isto é para demonstrar a sua capacidade de fazer isso, para coletar informações”, disse o Comandante da Força Aérea para o Pacífico, “Há coisas que são referentes a relação de como eles operam e como eles são transparentes com outras nações na vizinhança”, adicionou o Gen. Carlisle sobre as atividades russas na região do Pacífico.

Informações da Força Aérea de Auto-Defesa do Japão indicam que somente para interceptação de vôos russos a quantidade de sortidas aumentou em 45% no primeiro trimestre em relação ao mesmo período do ano passado.

A porta-voz do NORAD (Comando de Defesa Aeroespacial Norte Americano) Sargento Mestre Victoria Boncz informou que mais de 50 bombardeiros de longo alcance foram interceptados nos últimos 5 anos.

 

MOVIMENTOS DA CHINA

O aumento de atividade chinesa na região da Ásia/Pacífico também preocupa, onde o Japão indicou aumento em 36% em suas sortidas para interceptação de aeronaves chinesas, totalizando mais de 810 missões nos últimos 12 meses.

O General demonstrou sua impressão sobre uma recente visita em 2013 à China: “Estive na China em 2009 e eu não tinha retornado desde então, então quatro anos depois eu vou lhe dizer que eu fiquei deslumbrado com a mudança, foi incrível. Se houver qualquer dúvida na mente de qualquer um de que a China está em ascensão, não deve haver. Porque isso definitivamente está, e isso foi óbvio, na maneira que eles se comportavam e conseguimos ver um monte de suas operações militares em apenas algumas cidades que foram visitadas.” Essa boa impressão foi dada para reforçar sua visão positiva de que as forças chinesas e americanas podem operar muito próximas no futuro e de forma cooperativa.

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SEQUESTRATION E BALANÇO DE FORÇAS NO PACÍFICO

O General Carlisle citou em sua apresentação o cenário de desafios e dificuldades para a garantia da segurança na região do pacífico: “Hoje eu acredito que temos mais missão do que temos dinheiro, força humana e tempo”, e acrescentou: “E isso deve permanecer dessa forma, como vejo isso para um futuro previsível”.

“O reequilíbrio no Pacífico está vivo e bem, eu sei que as pessoas falam sobre, isso está realmente acontecendo durante o sequestration? Isso já ocorreu? Isso aconteceu… Eu acho que a quantidade de engajamento que estamos fazendo tem subido drasticamente … É esse o esforço e enfâse do Presidente, do Secretário Hagel e do Secretário Kerry e do Almirante Locker… Estamos comprometidos com reequilíbrio”

Desta forma o General Carlisle deixa claro que a posição americana no Pacífico, mesmo diante das dificuldades do sequestration ainda é de auxiliar e apoiar seus aliados e manter sua presença para a manutenção do equilíbrio no Pacífico.

 

Com informações de REUTERS e Stars And Stripes

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