Índia ganha atributo de grande potência

india-flag

A Índia pode entrar na lista dos cinco países que dispõem da tecnologia de produção de foguetes de grande alcance de baseamento aéreo. Em 4 de maio, a Força Aérea indiana efetuou primeiros testes bem-sucedidos do foguete Astra da classe “ar-ar” da própria projeção a partir do caça Su-30MKI.

Hoje, os foguetes para abater alvos fora do alcance visual – de 90 a 120 km – são produzidos apenas pela Rússia, China, EUA e França.

Trata-se de foguetes de alta precisão de alcance de fora de horizonte. A Índia está desenvolvendo-os durante mais de 10 anos. Este domingo, no quadro dos testes, o foguete ensaiado cumpriu todas as missões colocadas, percorrendo pela trajetória indicada.

É necessário um tempo para afinar o sistema, mas é evidente que a Índia está disposta a tomar o novo foguete em dotação nas Forças Armadas, considera um analista, Piotr Topychkanov. Este não é apenas um bom passo para entrar no clube de elite das potências que dispõem de tais mísseis:

“Na Índia, a entrada de qualquer sistema em dotação das Forças Armadas é considerada como prova do estatuto do país. Mas é evidente que neste caso se trata de não apenas do estatuto, mas também das necessidades militares da Índia. O país, que se encontra na proximidade de dois eventuais adversários – o Paquistão e a China, precisa de sistemas capazes de abater aviões e foguetes daqueles Estados. A Índia está sobretudo preocupada com o desenvolvimento de mísseis de cruzeiro no Paquistão e na China. Se o foguete Astra poder intercetar esses mísseis de cruzeiro de eventuais adversários, sua capacidade de proteger seu território de eventuais ataques por parte do Paquistão e da China irá crescer consideravelmente”.

Nos últimos meses, a Índia testou com sucesso várias classes de foguetes, inclusive de baseamento terrestre e marítimo. O Paquistão, porém, não se atrasa dela. Seu “duelo” ocorre no pano de fundo de aumento brusco do orçamento militar da China, que passou a ocupar o primeiro lugar pelos ritmos de crescimento na Ásia.

Ao mesmo tempo, são nomeadamente a Índia, o Paquistão e a China que figuram entre os países que aumentam o mais rapidamente sua quota-parte no mercado mundial de armamentos, a Índia e o Paquistão como importadores e a China como vendedor e importador de armas contemporâneas. Nesta situação, a Índia está obrigada a olhar constantemente para a China, considera Piotr Topychkanov:

“Na Ásia está presente um Estado de peso pesado com enorme orçamento militar, o que influi em toda a região. Este Estado é a China. Entre a China e o Paquistão mantêm-se relações amistosas e transferem-se tecnologias militares. O Paquistão desenvolve seu potencial com a ajuda da China, enquanto a Índia, que se encontra entre eles, está obrigada a considerar estas ameaças”.

Recentemente foi anunciado que até o fim do ano a Rússia fornecerá à Índia foguetes de aviação BrahMos da classe “ar-terra” que já são fabricados e testados completamente na Rússia.

Ao mesmo tempo, a Índia está afinando o sistema de comando da instalação aérea de lançamento que também está pronto. Está previsto equipar com estes foguetes mais de 40 caças multifuncionais de ataque Su-30MKI da Força Aérea da Índia, que serão modernizados para garantir o lançamento de foguetes BrahMos.

Fonte: Voz da Rússia

18 Comentários

  1. por LUCENA
    .
    .
    Acredito que na Asia está as grandes economias do futuro e que ali,se resolver seu problemas domésticos e regional,os asiáticos darão às cartas no comércio e nas diretrizes do mundo.
    .
    O ocidente,capitaneado pelos EUA e pela Europa,já fizeram o seu papel e terminam fazendo o papelão que se vê…rsrsrr
    .
    Bem vindo novos tempos !!!….só reta aos antigos “chefes” remoer o passado e não é a toa o desespero dos yankes em barrar o processo natural das coisas é lei… 😉
    .
    Em Fortaleza no mês vindouro,se não me engano, será reunido o BRICS e dali pode sair uma nova agenda com cooperações e um grande banco igual ou mair do que o FMI.

  2. O povo, até por problemas culturais de casta vive na miséria, o preço da vaidade + ignorância está saindo muito caro.

    https://www.google.com.br/search?q=miseria+na+india&es_sm=122&tbm=isch&tbo=u&source=univ&sa=X&ei=k6BnU7ugAu21sASQrIHQBg&ved=0CDAQsAQ&biw=1067&bih=533#facrc=_&imgdii=_&imgrc=A0I9IL0AFhaUdM%253A%3BM2Z75CM2P-5VWM%3Bhttp%253A%252F%252F1.bp.blogspot.com%252F_JBiNkLEyRwY%252FTPqSeIXg5aI%252FAAAAAAAABK4%252F7dFX4rp71qc%252Fs400%252Fratos%25252Bindia.jpg%3Bhttp%253A%252F%252Feveraldoferreira.blogspot.com%252F2010%252F12%252Fveja-miseria-espiritual-na-india.html%3B256%3B170

  3. Existe economistas, corrente austriaca/Von Mises, que diz China esta entrando em periodo de estagnacao, e que India superara-la economicamente em breve. Tudo isto mostra que China e India, com mais de 2 bilhoes de pessoas serao as duas maiores potencias economica do mundo. O Ocidente se declina e esta as vesperas de entrar em colapso economico. So resta guerra para o Ocidente impedir a supremacia da Asia.

  4. O que faz um país ser influente é muito pouco sua capacidade bélica (isso é bom para autodeterminação e soberania real) e muito mais sua carga cultural.
    Nosso Brasil desdentado (grande risco), tem muito de sua cultura (mesmo que, às vezes, duvidosa) espalhada e assimilada por todo o mundo (2 ex: biquines e música), ao contrário por exemplo de um Canadá, Austrália etc, que são apenas lembrados, mas nunca seguidos.

    Então… não adianta ter uma montanha de armas, ou dinheiro, isso por si só, não faz uma nação ser mais inserida no dia a dia de outras sociedades.
    É preciso carisma, agradabilidade, simpatia.
    É preciso fazer o que os outros não têm idéia de fazer (Garrincha, Rivelino, Pelé, Santos Dumont, até as Popusudas, Miscigenação etc que o digam). E nisso nosso país deixa a maioria na rabeira, e com gostinho de quero também.
    Os EUA, construindo uma Golden Gate, mandando um homem à Lua etc nada mais fizeram do que estar à frente na iniciativa do novo. E só muito depois é que outras nações estão tentando fazer o que eles a tempo já fizeram. Quem ensinou o mundo a fazer cinema?
    E quem está ensinando o mundo a fazer carnaval?

    Então quando se observa a nova enorme potência econômica e bélica que está surgindo, a China, junto com as potências também poderosas bélicamente Índia e Rússia, o que elas fazem lembrar são:
    Um pivete de arma em punho, ou um novo rico carregado de dinheiro, que possuem poder de destruir ou comprar, mas que chamais conseguirão sair de seu restrito círculo de amizades.

    China pode ser o que for, grande ou pequena, que sua cultura centralizada “Zhōngguó – O país do Meio”, e mesmo tendo a maior população da terra (não era para ter chinês espalhado e aparecendo por tudo que é canto feito os europeus?), não tem vocação para ser mestre de cerimônias da civilização.

    Mas tem um dado muito revelador da importância de uma país para outro povos:
    Imigração para ele.
    E aí fica uma sugestão… mudar-se para China.
    Apesar de tantos elogios… Quem quer?

    • E para não fica fora do post acima, essas colocações valem igualmente para Índia… A Potência Índia. rsrsrs!
      Primeiro tirem as toneladas de lixo das ruas.
      E então vamos pensar no caso.

      • rsrsrsrsrs… a muito tempo que observo que os ricos do mundo pobre sempre, mas sempre, empregam suas economias em países como EUA, Inglaterra, França, Suíça, Japão e demais países desenvolvidos… são desenvolvidos não porque tem dinheiro e armas, mas porque tem uma população esclarecida, educada e cujo sistema político, até um tempo atrás, era estável e democrático… isso atraia os ricos como uma lâmpada no escuro… hoje, ainda atraem, mas a máfia esquerdista internacional descobriu como desvanecer esse brilho ao esquerdizar a cultura desses povos, com exceção do Japão que se mantém pouco influenciável… afora esses percalços, o ocidente é conquistador porque é belo e produz coisas belas… os outros são invejosos e decadentes porque não querem que seu povo seja livre e sem liberdade não se tem beleza e felicidade… e quem não tem ambos não atrai ninguém… como vc disse, quem quer morar em Calcutá ou em Pequim e sua eterna nuvem tóxica com latrinas a céu aberto ???…

      • Sei que é de mal gosto o que vou falar, e que periga o Maluco Cuca Pererê vir dizer que fui infeliz, mas…
        A Índia não parece um perfeito pivete com um berro na mão, afavelado lá do lado do Himalaia?!!

      • Porventura voce ja leu os livros de Charles Dickens. Retrata a vida do membros da classe operaria antes dela se organizar.. Nao muito diferente do que hoje se ve na India ou nas favelas do Brasil

      • Liberdade exige responsabilidade e não leva ao paraíso, mas sim à desgraça social, quando alienada de fraternidade e igualdade, ou seja, de solidariedade.

      • Jojo,
        Acho que não cabe sua comparação, pois se voltarmos no passado, lá na mesma época da Inglaterra Vitoriana, a Índia então e seu povo ainda estavam numa situação de exploração cínica pelos seus ricos bem mais pior ainda do que hoje. E com seu regime de castas ainda a todo vapor.
        Mas se fizermos um paralelo do que era ser pobre então, e hoje, a coisa ainda se complica mais.

      • Equipe Walfredo,
        Nos cite um país dentro da história que tendo seu povo vivendo livre é exemplo de desgraça social?

        Sua tentativa de fala mansa e ideologicamente neutra peca pela subestimação dos leitores deste Blog…
        Voltem para os livros e estudem bem mais, para depois virem aqui com definições racionais, ou no mínimo razoáveis. Pois vir tentar injetar no pensamento dos leitores bobagens não cola.

        Sociedade com fraternidade + igualdade = solidariedade sem meritocracia é saco de gatos e ratos só isso, e o mesmo disso de sempre. Atualmente Cuba que o diga. Ahh! Mas aí ela, sobre isso, sempre fica mudinha.

Comentários não permitidos.