Ativistas pró-Rússia atacaram neste domingo a sede da polícia na cidade de Odessa, na Ucrânia, e forçaram a libertação de várias pessoas presas desde a sexta-feira.
As prisões haviam sido feitas após o episódio violento que terminou com a morte de 40 pessoas, a maioria separatistas, em um incêndio dentro de um prédio da cidade.
Centenas de ativistas participaram da ação neste domingo. Eles iniciaram um protesto pacífico que se tornou violento quando manifestantes – alguns mascarados e carregando armas improvisadas –, quebraram janelas e arrombaram os portões do prédio da polícia. Eles também teriam usado um caminhão para forçar a entrada no edifício.
Um grupo de detidos foi então libertado pela polícia, em uma aparente tentativa de acalmar os ânimos da multidão, que entoava as palavras de ordem “Rússia, Rússia”.
O repórter do jornal britânico The Daily Telegraph, Roland Oliphant, presenciou quando bandeiras ucranianas foram retiradas da sede da polícia e substituídas pelas da cidade de Odessa.
Investigação
Mais cedo, o primeiro-ministro interino da Ucrânia, Arseniy Yatsenyuk, disse à BBC que vai ordenar uma investigação “completa e independente” do incidente da sexta-feira.
Ele culpou as forças de segurança por “não terem feito nada” para impedir a violência e as mortes.
“As forças de segurança foram ineficazes e violaram a lei”, acrescentou.
Segundo autoridades, algumas vítimas foram sufocadas pela fumaça enquanto outras morreram ao pular do alto do prédio.
De acordo com testemunhas, as milícias atiravam contra a multidão na rua quando coquetéis molotov foram lançados contra o prédio e o puseram em chamas.
No sábado, centenas de pessoas se reuniram em frente ao local da tragédia para expressar sua raiva e frustração, muitos carregando flores em memória das vítimas.
Enquanto isso, o governo continua uma ofensiva militar para retomar cidades ocupadas por milícias separatistas no leste.
Premiê ucraniano culpa forças de segurança por mortes em Odessa.
O primeiro-ministro interino da Ucrânia, Arseniy Yatsenyuk, culpou as forças de segurança do país pelas 40 mortes ocorridas em Odessa, na sexta-feira.
Em entrevista à BBC, Yatsenyuk afirmou que será feita uma “investigação completa e independente” do que aconteceu na cidade, no sudoeste do país.
“Eu culpo as forças de segurança e todos outros envolvidos por não terem feito nada para evitar as mortes”, afirmou o premiê.
“A promotoria vai investigar todos eles, começando pelo chefe da polícia, quem está abaixo dele e cada policial individualmente”, acrecentou.
O primeiro-ministro disse que o chefe de polícia de Odessa já foi afastado do cargo, acrescentando que “as forças de segurança foram ineficazes e violaram a lei.”
A maioria das vítimas eram separatistas pró-russos que morreram em um incêndio após se isolarem com barricadas dentro de um edifício onde funciona a sede de um sindicato.
Segundo autoridades, algumas vítimas foram sufocadas pela fumaça enquanto outras morreram ao pular do alto do prédio.
De acordo com testemunhas, as milícias atiravam contra a multidão na rua quando coquetéis molotov foram lançados contra o prédio e o puseram em chamas.
No sábado, centenas de pessoas se reuniram em frente ao local da tragédia para expressar sua raiva e frustração, muitos carregando flores em memória das vítimas.
Yatsenyuk ponderou, no entanto, que foram os separatistas que “provocaram” o incidente.
‘Verdadeira guerra’
Ele acusou a Rússia e manifestantes pró-russos de orquestrar “uma verdadeira guerra… para eliminar a Ucrânia e eliminar a independência do país”.
Questionado sobre grupos pró-russos que ocuparam prédios públicos em cidades do leste, Yatsenyuk afirmou que o governo “não perdeu totalmente o controle” e que “muito dependerá da população local, se vão querer apoiar a paz e segurança”.
Os comentários do premiê ocorrem em meio a uma ofensiva do governo para retomar cidades ocupadas por milícias separatistas no leste.
Tropas ucranianas cercaram Sloviansk, bastião da resistência pró-Rússia.
Em Donetsk, a correspondente da BBC Sarah Rainsford afirma que as forças de segurança bloquearam estradas que dão acesso à cidade, mas estão por enquanto concentrando esforços em garantir o controle de vilarejos próximos.
Segundo Rainsford, a população da cidade acredita que o local deverá ser invadido em breve.
No sábado houve confrontos violentos na cidade de Kramatorsk. Segundo o ministério do Interior, o Exército retomou o controle da torre de uma TV.
Segundo autoridades em Kiev, ao menos duas pessoas morreram na cidade. Já de acordo com fontes russas, o número de mortos chega a dez.
Interessante artigo do New York Times.
Uma equipe de jornalistas do NYT passou uma semana com uma das milícias do leste da Ucrânia.
Parece que boa parte desse pessoal não é inexperiente em termos de combate. Alguns estiveram no Afeganistão, outros na Chechênia, enfim, moram a décadas na Ucrânia, mas passaram por treinamento militar na antiga URSS ou atual Rússia. São cinquentões, mas da turma pescoço duro. E as armas são antigos AK, Dragunov e alguma coisa “comprada” de soldados ucranianos como, por exemplo, um RPG-7 com 12 cargas.
http://www.nytimes.com/2014/05/04/world/europe/behind-the-masks-in-ukraine-many-faces-of-rebellion.html?hp&_r=0
por LUCENA
.
.
A ORIGEM
.
.
Alguém sabe como isso tudo começou,igual as primavera árabe do Egito,por exemplo que terminou com uma junta militar que recebe anualmente uma mesada dos EUA.
.
Na Ucrânia pode acontecer a sirilização por completo visto que o modos operantes se assemelham.
.
.
*************************
.
O QUE REALMENTE ESTÁ ACONTECENDO NA UCRÂNIA?
.
.
(*) fonte: [ dinamicaglobal.wordpress.com/2014/05/03/o-que-realmente-esta-acontecendo-na-ucrania/ ]