‘A Crimeia é o começo do fim da era Putin’

Ex-ministro venezuelano no governo Andrés Pérez, Moisés Naím fala sobre os limites do poder de Moscou e sobre a crise em seu país.

Denise Chrispim Marin – O Estado de S. Paulo

Engana-se quem pensa que os EUA estão em declínio, que a China dominará o mundo e o presidente da Rússia, Vladimir Putin, sairá vitorioso em sua queda de braço na Ucrânia. Para Moisés Naím, escritor venezuelano e editor-chefe da revista Foreign Policy, que inicia hoje a publicação de artigos para o Estado e, simultaneamente, para o espanhol El País, Washington ainda tem agilidade para mudar o que é preciso. Em entrevista, ele aborda a crise em Caracas e fala sobre os percalços da política externa brasileira. A seguir, os principais trechos da conversa com Naím.

Putin assina anexação da Crimeia: poucos benefícios em médio prazo - Mikhail Klimentyev/Reuters
Mikhail Klimentyev/Reuters
Putin assina anexação da Crimeia: poucos benefícios em médio prazo

O governo de Barack Obama parece debilitado. Os EUA estão em declínio?

Esses fatores levam a uma má interpretação sobre o papel e o peso dos EUA no mundo. Em geopolítica, não importa o poder absoluta, mas o poder relativo. Isso quer dizer que, assim como os EUA têm seus problemas e debilidades, outros países também os têm. Os EUA não estão em decadência em relação a outros países. É importante notar que a economia americana está se recuperando mais rapidamente desde a crise de 2008 do os demais países desenvolvidos e está a ponto de desfrutar de um grande boom energético. Essa vantagem está produzindo o renascer da indústria manufatureira no país, e muitas empresas estão se transferindo para lá para reduzir os custos de energia. Quando acontece algo na Ucrânia, que deveria ser uma região de influência da Europa, os países se voltam para pedir a interferência dos EUA. Eles não pedem para a Comunidade Europeia. (O presidente russo Vladimir) Putin teve uma conversa de 90 minutos sobre o tema com Obama, e não com um líder europeu. A China tem economia em crescimento, mas agora está desacelerando, e continua com brechas social e de inovação muito grandes e com limitado acesso da população a serviços públicos básicos. Os EUA têm todo tipo de problema e os conhecemos, mas têm rapidez e agilidade muito maior para mudar o que é preciso do que a de seus rivais. Um pequeno exemplo: a obesidade infantil era um problema grave no país há alguns anos. Medidas foram adotadas e, hoje, está em declínio.

A Rússia tem condições de recuperar seu protagonismo?

Desde 2000, quando Putin chegou ao poder, aos dias atuais, a Rússia tornou-se mais débil. Trata-se de um ´petroestado´. Sua dependência da atividade petroleira é maior do que antes, e a fuga de capitais é constante. No plano interno, Putin se sente inseguro. Não quer perder prestígio, ser visto como presidente frágil. Putin interveio de forma agressiva justamente quando a Ucrânia estava a ponto de firmar um acordo comercial com a Europa, e a resposta foram as manifestações populares na Ucrânia em favor da europeização. Sua maneira de demonstrar que detém o poder foi invadir e anexar a península da Crimeia, uma região estratégica onde há base naval russa.

O episódio pode ser lido como expressão da vitória de Putin e de fragilidade da política externa americana?

Não tenho dúvidas de que a Casa Branca e Obama operam com limites importantes. Não se trata de produto de incompetência ou covardia deliberada. A questão da Crimeia ilustra, em contraste, a debilidade de Putin. Em longo prazo, vamos verificar que esse foi o começo do fim da era Putin. Ele saiu-se vitorioso apenas em curto prazo. Mas, em médio prazo, vai colher mais custos do que benefícios dessa iniciativa.

Como?

Tenho cinco argumentos para explicar minha previsão. Primeiro, Putin sempre detestou e repudiou a Otan. Ao tomar a Crimeia, porém, ele deu uma nova razão de ser para a Otan que, ao final da Guerra do Afeganistão, iria cair na obsolescência e ter seu orçamento brutalmente reduzido. Segundo, os países europeus estão fazendo esforços enormes para reduzir sua dependência do gás natural russo. Terceiro, a parcela da Ucrânia que não fala russo e não está na órbita de Moscou será empurrada ainda mais para a União Européia. Quarto, a Rússia perdeu seu principal interlocutor na cena internacional, a Alemanha, e os dois países vivem o pior momento de suas relações. Por fim, a invasão levou a Europa, antes fragmentada, a operar de forma mais coordenada.

O Kremlin ainda pode enfrentar instabilidade social em razão da Crimeia?

Putin enfrenta uma classe média russa mais interessada em se parecer mais europeia do que estar subordinada a um regime oligárquico, corrupto, centralizado e autocrata. A economia russa, que já estava em situação precária, agora está em recessão por causa dos gastos militares com a invasão da Crimeia, segundo o Banco Mundial. No primeiro trimestre, houve fuga de capitais mais volumosa do que em todo o ano passado. A bolsa de Moscou está caindo, o rublo está se desvalorizando, decisões de investimento no país estão sendo canceladas e muitas empresas estão desesperadas para deixar o país.

A China tem se mostrado agressiva com países vizinhos. Como interpretar esses sinais?

Entre as notícias mais importantes de 2013 estava a decisão da China de proibir sobrevoo de forças de outros países nessas ilhas sem sua autorização. Isso provocou reações do Japão e dos EUA. A doutrina oficial do governo chinês, até então, era da ascensão pacífica. Ou seja, a prioridade de Pequim não era expandir sua influência internacional, mas aumentar a qualidade de vida e a renda dos chineses. Ainda teremos de observar o que vai acontecer em 2014 antes de concluir se essa agressividade regional significa o abandono da doutrina da ascensão pacífica.

Seu último livro trata da debilidade do poder de governo, empresários e Igreja no início do século 21. O que podemos esperar dos governantes?

Tornou-se mais difícil conquistar o poder, mais difícil governar e mais fácil perdê-lo. Isso vale para governantes eleitos democraticamente e para ditadores, de Obama a Putin, passando por Al-Assad ou qualquer outro líder. O exemplo mais claro dessa tese é o de Mohamed Morsi. Eleito presidente do Egito, ele pensou que teria o mesmo poder de seu sucessor, o ditador Hosni Mubarak, derrubado pela primavera egípcia em 2011. Agiu na mesma linha de Mubarak e foi derrubado 13 meses depois. O próprio Mubarak é outro exemplo. Se você me dissesse há dez anos que ele seria derrubado por uma manifestação popular e teria como substituto um líder da Irmandade Islâmica, eu diria que isso seria impossível.

Isso quer dizer que se Lula se elegesse no lugar de Dilma teria terá menos poder do que em 2003?

Absolutamente correto. Tenho certeza de que Lula não terá mais em seu favor três condições que o beneficiaram no primeiro mandato: os preços altos das commodities exportadas pelo Brasil, a situação de lua de mel com os eleitores e a economia em expansão. Ao contrário, ele terá de enfrentar uma economia debilitada e elevadas expectativas da população de repetição de seu desempenho como presidente na década passada. Além disso, não terá o prestígio internacional que usufruiu. Ninguém mais imagina que o Brasil, nas condições atuais, possa ter qualquer protagonismo no cenário internacional.

O que se pode esperar em curto prazo para a Venezuela?

Maduro se valeu de truques, armadilhas, coações e abusos, além de todos os recursos do Estado, para se eleger na Venezuela, país onde o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) é um apêndice do governo. Ainda assim, ganhou com uma vantagem de apenas 1,5%. Antevejo o aprofundamento da crise econômica, sem precedente na América Latina nem mesmo nos episódios de hiperinflação. Os venezuelanos não conseguem comprar um de cada quatro produtos de primeira necessidade que buscam nos supermercados, como o papel higiênico. A inflação é a mais alta do mundo, o desemprego é elevado e mascarado pelo governo e há ampla destruição da capacidade produtiva, inclusive no setor petroleiro. Com a crise mais profunda, mais pessoas irão às ruas para protestar e pedir retificação de rumo. Esse governo sem ideias para enfrentar as crises política, econômica e social vai recorrer à repressão. O que vem pela frente é mais crise, mais protesto e mais repressão.

O início do diálogo entre governo e oposição não altera o cenário?

Maduro concordou em negociar com a oposição por causa da pressão dos países vizinhos. Essa foi a primeira vez em 15 anos – 14 de governo de Hugo Chávez e um de Maduro – que países da América Latina pedem ao governo da Venezuela para moderar sua agressividade com os que pensam diferente. Esse fato não tem precedente e foi provocado pela pressão das ruas e pelas 40 mortes resultantes do choque entre a sociedade e as forças de segurança do governo. O diálogo não teria ocorrido sem a pressão internacional. Essa pressão não teria acontecido sem os protestos. Mas, até agora, o governo de Maduro não atendeu a nenhum dos pedidos da oposição. Não está nessa lista a renúncia do presidente. Mas a libertação de prefeitos eleitos pelo povo e presos com base em acusações espúrias e de forma inconstitucional pelo fato de serem por serem oposicionistas. Para o governo seria fácil libertar os prefeitos. Outro pedido da oposição é a substituição de magistrados do Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) e de autoridades do CNE cujos mandatos já venceram. O governo está fora da lei, que o obriga a fazer as novas nomeações. Esses seriam pequenos gestos com os quais o governo demonstraria sua boa vontade e disposição de diálogo.

Até onde Maduro pode ir sem perder apoio de aliados?

Ninguém sabe. Isso depende do governo cubano, que tem um papel determinante nas decisões de natureza governamental e de políticas públicas na Venezuela. Sobretudo, no que tem a ver com a repressão e os serviços de inteligência. A elite chavista está dividida e em guerra interna. A falta de decisões na área econômica se deve aos pontos de vista diferentes das facções chavistas e à ausência de Hugo Chávez. Maduro não tem o comando central que Chávez tinha. Apesar de promover o diálogo, os países sul-americanos parecem ter aceitado a versão de Maduro de que a oposição é golpista. É preciso que a América Latina entenda melhor a questão venezuelana. Não se trata de luta entre ricos e pobres, de direita contra a esquerda, do bem contra o mal. Trata-se de um governo militar, corrupto e narcotraficante reprimindo uma sociedade desesperada, que não tem como comprar leite e remédios. A adesão à ideia de que a oposição é golpista não passa de uma escusa, de uma posição muito cômoda para os vizinhos sul-americanos. Isso não é verdade. Sou bastante crítico das condutas de Lula (o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva) e de Dilma sobre a Venezuela. As ruas da Venezuela estão cheias de ´dilmas´ jovens, que refletem os ideais, as esperanças e as alegrias de quando a presidente do Brasil era uma jovem disposta a enfrentar o regime militar. No entanto, Dilma Rousseff se refugia no princípio da não-intervenção, no caso da Venezuela, apesar de o Brasil ter se metido ativamente em Honduras, no Paraguai e até mesmo com o Irã. Lula se propôs até como mediador no conflito entre palestinos e israelenses.

Não seria natural essa posição do governo de Dilma?

Já havíamos acompanhado a evolução das relações entre Brasil e Venezuela, durante o governo Lula, e não causa surpresa a ausência de críticas de Dilma e seu refúgio no princípio da não-intervenção. O fato de sua posição não ser surpreendente não significa que esteja longe da hipocrisia. O Brasil deveria ser o líder da América Latina. É uma democracia vibrante e uma das maiores do mundo. Mas guarda silêncio, por cálculos secundários, diante de uma situação como a da Venezuela. Com essa atitude, como o Brasil vai pretender ser um jogador importante no tabuleiro mundial?

Ao contrário do governo Lula, o de Dilma não aspira o protagonismo internacional do Brasil. Mas não é descabido que os países da América Latina olhem para o Brasil como um guia. O fato de o Brasil estar tão calado e tolerante diante de abusos na Venezuela é algo que não se pode deixar de registrar. Ninguém está pedindo ao Brasil que declare apoio à oposição venezuelana. Passaram-se claramente 15 anos de apoio automático, de solidariedade total e de ausência absoluta de críticas ou comentários sobre condutas na Venezuela que seriam inaceitáveis no Brasil.

A que se pode atribuir esse comportamento?

A cálculos menores, a afinidades ideológicas, à necessidade de satisfazer a base do PT, à expiação da culpa pelo fato de o governo petista ter adotado medidas econômicas ortodoxas e de apoio aos setores produtivos privados e financeiros. Há também o apoio mercantilista do governo brasileiro a empresas com negócios na Venezuela e muitos rumores de corrupção nesses contratos. No Brasil, há muitos interesses pessoais para se manter a aproximação, o apoio e a solidariedade à Venezuela. Ao contrário de Dilma Rousseff, os presidentes da Colômbia, do Peru e do Chile criticaram a reação do governo venezuelano aos protestos. Todos receberam uma onda de insultos de Maduro e de seu governo. O Panamá pediu a convocação de uma reunião de chanceleres da Organização dos Estados Americanos (OEA) sobre a situação da Venezuela. Isso foi suficiente para, depois de insultar o Panamá, a Venezuela romper as relações diplomáticas com o país vizinho. Os países têm problemas internos suficientes para se meterem na defesa de valores na Venezuela.

Fonte: Estadão

45 Comentários

  1. ” população não quer um governo corrupto” – por isso 80% dos russos apoiam Putin.
    ” a China está desacelerando” – de fato está, e por isso os maiores economistas do mundo declaram que ela será a aior potência do globo em menos de duas décadas.
    ” os gastos militares são altos, e empresa deixam o país” – só esqueceu de citar que a UE não quer sancionar a Rússia devido o crescimento de suas empresas na região, que os gastos militares ainda são proporcionais ao PIB russo, e que eles lucram absurdos com essa indústria, sendo o segundo maior vendedor de armas do mundo.
    ” a Rússia é um país dependente do petróleo” – esqueceu da indústria aeroespacial, tecnologica e diversos outros setores.
    ” os EUA não estão em declinio” – não não, que isso… o retrocesso do PIB, o crescimento quase estagnado, a dívida trilhionaria e a má reputação que tem adquirido são vitórias né.
    Putz, muitos pontos manipulados no texto sem base de fatos.

    • Excelente observação. Eu ia fazer isso, mas você o fez primeiro.

      Só irei acrescentar algumas coisas:

      “Ao contrário do governo Lula, o de Dilma não aspira o protagonismo internacional do Brasil. Mas não é descabido que os países da América Latina olhem para o Brasil como um guia. O fato de o Brasil estar tão calado e tolerante diante de abusos na Venezuela é algo que não se pode deixar de registrar.”

      O Chanceler Luiz Alberto, já declarou ser a favor do diálogo entre Maduro, a oposição e os manifestantes na Venezuela. No entanto, ele afirmou que “não estamos muito diante do país e que Maduro não precisa de recados sobre como lidar com a crise política”.

      O interessante também é notar que várias empresas brasileiras possuem investimentos na Venezuela. Então, semelhante a questão da Ucrânia, é melhor o Brasil “falar pouco e ficar na sua”, para não sair perdendo depois.

    • Não sei se você chegou a assistir o reboot do Robocop, mas o filme toca em dois pontos interessante: A manipulação da mídia e a praticas de políticas externa dos Estados Unidos.

      • Fato meu caro, ainda não vi não ( infelizmente não consegui pegar no cinema rsrs) mas essa sempre foi a arma mestra dks EUA, manipulação sobre o pensamento das massas.
        ” Se tu controlas o que eles pensam, logo eles serão objetos de sua vontade.” Sds

    • “os gastos militares são altos, e empresa deixam o país” – só esqueceu de citar que a UE não quer sancionar a Rússia devido o crescimento de suas empresas na região, que os gastos militares ainda são proporcionais ao PIB russo, e que eles lucram absurdos com essa indústria, sendo o segundo maior vendedor de armas do mundo.”
      Perfeito!

      “os EUA não estão em declinio” – não não, que isso… o retrocesso do PIB, o crescimento quase estagnado, a dívida trilhionaria e a má reputação que tem adquirido são vitórias né.”
      kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk boa!

      • Ainda tem bons piadistas neste mundo, percebo quando leio um texto desses, só faltou ele dizer que o “nove dedos” é santo e casto rsrsrs. Sds

      • Claro que é, quanto tempo você acha que vai levar para que o povo do nordeste santifique o Lula após sua morte? Será imediato, para muitos já é santo vivo.

    • “” população não quer um governo corrupto” – por isso 80% dos russos apoiam Putin.”

      Sem ofensa.

      Mas a imprensa russa é completamente controlada pelo governo e suas mentiras, por isso você não ouve falar nos inúmeros problemas que a indústria de defesa russa tem. também não ouve falar sobre as críticas que os próprios soldados fazem sobre o equipamento que usam.

      O povo russo nem sabe o que se passa nos bastidores da política de Putin, duvido que concordem com a corrupção que é maior que a brasileira.
      Os cidadão russos são manipulados, muito, muito mais do que os cidadãos americanos ou até brasileiros.

      ” a Rússia é um país dependente do petróleo” – esqueceu da indústria aeroespacial, tecnologica e diversos outros setores.”

      A Rússia sim é dependente dos combustíveis fósseis, pode ser o segundo maior fornecedor de armas do mundo, mas muito de seus clientes compram armas russas pois os países ocidentais se negam vender para eles ou pq o preço é muito mais barato.
      A china é um bom exemplo, compra armas russas pq vive sob embargo ocidental, nada a ver com superioridade tecnológica russa.
      Inclusive os chineses tentam frequentemente comprar tecnologias e equipamentos ocidentais, principalmente alemães e franceses, além disso desenvolve indústria própria e faz todo o possível para adquirir tecnologias americanas.

      Todos vimos empresas americanas e européias literalmente surrarem os russos em concorrências na Índia, mesmo com os russos oferecendo seus produtos mais avançados por um preço mais barato.

      Sim, os russos possuem tecnologias militares e até civis avançadas, mas as indústrias russas são extremamente dependentes de equipamentos e tecnologias ocidentais.

      Um bom exemplo, é a Aeroflot que só compra aeronaves ocidentais, mesmo com o presidente Putin literalmente suplicando pela compra de modelos russos. O Sukhoi Superjet, até agora tem sido uma verdadeira piada, rejeitado até pelos próprios russos.

      Computadores pessoais, na Rússia, não usam tecnologia russa, celulares também não, maquinário industrial também não, gráficas também não usam maquinas russas, carros em sua maioria são modelos construídos por empresas ocidentais. Tem muitas outras coisas que não me lembro agora, mas até armas e tecnologia militar os russos importam.

      E grande parte do avanço tecnológico russo atual se deve ao acesso à tecnologias ocidentais, de informática e comunicações, que lhes foram liberadas com o fim da Guerra Fria.

      A Rússia é um país que existe em um mundo globalizado e está muito longe de ser independente e onipotente como alguns pregam aqui.

      • A independência tecnologia russa é a mesma que dizem que os E.E.U.U. possuem, que o Japão possui, que a China possui, que a França possui e dentre tantas outras nações possuem.

        Nós sabemos que, infelizmente (ou não), vivemos num mundo globalizado e quando uma grande economia como a russa, por exemplo, “quebra” devido a sansões impostas por outras nações, ela leva metade do globo junto. Creio que as potências ocidentais não querem isso, ou querem?

        Como diz a terceira lei de Newton: “A toda ação há sempre uma reação.”

      • Amigo.

        Desenvolver tecnologias é uma coisa, agora desenvolver tecnologias competitivas no mercado internacional é outra.
        Os russos são capazes de desenvolver a tecnologia que quiserem, mas se elas serão competitivas no mercado externo ou no próprio mercado russo ai já é outra estória.

      • Chegamos a um ponto interessante.

        A Rússia, como bem disse uma especialista em geopolítica que eu conheço, se quiser ela pode se “auto-sustentar” (por favor, a palavra está entre aspas).

        Mais o foco, no qual eu destaquei no seu texto, foi sobre tecnologia. E tecnologia a Rússia possui e como você já disse, se ela é competitiva ou não, isso é outra história.

      • A questão é, quais problemas a tecnologia russa apresenta? ( tecnologias ocidentais apresentam muitos problemas, boings caem com muita frequência, problemas existem em todo lugar) São realmente problemas ou descriminação causada por anos e anos de propaganda anti-russa, outro dia estava discutindo com um comentarista em outro blog, que reclamava porque os comunistas russos queriam nos vender “trigo” ele encontrou uma maneira de por defeito no trigo socialista… E infelizmente com gente que pensa assim fica difícil argumentar …(o Brasil é um importador de trigo, só produzimos 1/3 do que consumimos) dai vem a questão qual o problema? O trigo vai apresentar falhas de tecnologia? , quanto aos aviões, a Rússia produz aviões de grande porte para 400 passageiros , mas do que adianta ter essa tecnologia ( o avião presidencial russo é um desses) se o Ocidente nunca ira libera-los para operar em seus aeroportos, boicotando essas empresas? Esse deve ser um dos motivos para a aeroflot não operar aviões russos, quanto ao shukoi regional, não esqueça de mencionar que ele é 50% italiano…

      • Caro MIB

        ” a Rússia produz aviões de grande porte para 400 passageiros , mas do que adianta ter essa tecnologia
        ( o avião presidencial russo é um desses) se o Ocidente nunca ira libera-los para operar em seus aeroportos, boicotando essas empresas?”

        Durante a Guerra Fria, que eu me lembre, grandes aviões de transporte russos eram liberados para pousar em aeroportos ocidentais.
        Aviões russos não são boicotados hoje.

        A Aeroflot utiliza aeronaves ocidentais, pq o custo benefício como manutenção e economia de combustível são considerados melhores. Não é preconceito contra os russos. Poderiam utilizar Ilyushins ou Tupolevs para voos internos dentro do vasto território russo, mas não usam, preferem Boeings.

        A Aeroflot utiliza aeronaves ocidentais pois assim tem custos operacionais menores e consegue ser competitiva com outras empresas de aviação comercial mundiais e obter maior retorno financeiro. Com aeronaves russas teria prejuízos e maior dificuldade de se manter no mercado.

        O mesmo ocorre com diversas tecnologias russas, podem até ser boas mas em termos de custos e capacidades de gerar lucros perdem para os concorrentes ocidentais.

        Quem decide se as tecnologias são boas ou ruins são as empresas consumidoras que quase sempre escolhem aquilo que for mais eficiente e capaz de lhes gerar maiores lucros.

        Não dá para justificar tudo que da errado na Rússia com o argumento de que é preconceito dos ocidentais ou boicote dos americanos.
        Em algumas áreas isso pode ser verdade, mas no geral não é.

      • Sabe o que eu acho interessante Deagol, vc não acredita em nada proveniente da Rússia como sendo verdade, mas se vc acha que os dados de apoio do governo Putin é algo fraudulento, tenho umas coordenadas pra te dar que vão nortear sua opinião.
        Foi noticiado que grande parte da POPULAÇÃO AMERICANA tem Putin como maior lider e govenante que o Barack Osama, e citar alguns dados econômicos da Rússia me faz acreditar que seja verdade tal aprovação por parte da população: no governo de Putin a Rússia ascendeu economicamente, expandindo sua gama de relações, no governo de Putin a Rússia obtevep melhoras no IDH global, e hoje se encontra muito bem perante a crise da década de 90, inclusive 30 ou 35 posições a frente do nosso país, no governo Putin houve maior aproximação de empresas que agora brigam ( como estão fazendo as 6.200 só na Alemanha) para não sairem ou quebrarem vínculos com os russos, pois são uma nação economicamente estavel, e se tornou ancoradouro para muitas empresas que antes enfentavam a crise e na Rússia tiveram ( no governo Putin) a chance de utilizar o mercado emergente para se recuperarem, no governo Putin foi feita uma reforma bélica do país, que em 2020 alcançará ( e está tudo dentro dos prazos) a melhora nos sistemas bélicos em geral que possuem. Deagol, vc querer argumentar algo como corrupção sem provas ou fatos é duvidoso, e realmente concordo com os colegas que aqui comentaram, onde dizem que a má reputação da Rússia se deve a manipulação da mídia pelos EUA. E pelo menos uma grande parte dos comentaristas do PB não acreditam numa Rússia onipotente, mas diferente do que vc disse, ” até armas e tecnologia militar os russos importam” é de ciência pelo menos da maioria, que a Rússia é um dos raros países do mundo, que dominam as diversas áreas dk setor belicista, não dependendo de ninguém para tal. Mas dizer que o mundo é globalizado eu concordo, e nenhum país do mundo pode existir só, senão sucumbirá de alguma forma em alguma área, pois por mais que eu esteja decepcionado com meu país, sei que se nós fechassemos nossos celeiros, até os EUA teriam problema com comida, e a Europa ia passar um aperto do cão. Sds

  2. Desenterraram mais um desses caudilhos sulamericanos que estavam mofando em um think-tank nos EUA. Mais um a falar bobagens durante o período eleitoral brasileiro desse ano pra ver se conseguem eleger ou o playboy, ou o duas caras. Melhor ainda se der quebra pau durante a copa. A mesma estratégia de sempre dessa turma: desestabilizar para governar (e sempre com o não declarado apoio do irmão do norte).

    Talvez ele tenha se esquecido de como se comportavam os governos venezuelanos até meados da década de 1990, atuando com esquadrões da morte contra quem organizasse qualquer sistema de oposição ao governo. Moises Naím foi dos que contribuiu muito pra isso quando foi Ministro do Comércio e Indústria da Venezuela, mantendo a maioria da população na miséria sem se baneficiar da renda da extração do petróleo. Não foi por outro motivo que Hugo Chaves tentou tomar o poder através de golpe em 1992.

    Agora vem falar de democracia. Pura demagogia.

    ” Essa foi a primeira vez em 15 anos – 14 de governo de Hugo Chávez e um de Maduro – que países da América Latina pedem ao governo da Venezuela para moderar sua agressividade com os que pensam diferente.”

    Essa frase então, foi a melhor de todas. Moderar a agressividade. Se estivéssemos no governo de Andrés Peres não haveria nem a possibilidade de diálogo com quem quer que fosse.

    E, como muitos que não sabem mais como criticar o que ocorre na Venezuela, apegam-se ao orgasmático “falta papel higiênico” para falar dos problemas do país.

    Talvez ele devesse sair do conforto de Maiami e voltar a seu país para tentar organizar uma oposição que valha a pena ter esse nome. Mas não vai dar pois será preso por apoiar a tentativa de golpe de estado frustrada de 2002 contra um governo eleito democraticamente, mas que não falava fino com o tal mundo desenvolvido.

    E, fala sério, desde quando Putin precisa de interlocutor na política internacional?

    • o estadão ,é a mídia ridícula controlado por sionistas !!!!
      LEI DOS MEDIOS JÁ !!
      O PT ficou inerte com a lei dos médios ,não democratizou e nem nacionalizou a nossa imprensa , um erro que tomara que tenham aprendido ,agenda puritana para um partido que foi criado na periferia.
      sobre o texto do estadão ,a maioria percebe que é tudo ao contrario do que eles escrevem no texto
      e isso é sabido por inúmeras matérias vinculadas nesse espaço que servem para as pessoas mais atentas a perceber como nossa imprensa vinculada a interesses estrangeiros é NOCISA A NAÇAO BRASILEIRA
      vejo essa imprensa como traidores da pátria pois trazem apenas informações incorretas e mentirosas

      • “Lá vem você de novo!” (Ronald Reagan)….Vira o disco meu caro! Ninguém aqui em sã consciência, fora você, vai defender Lei de Médios pois isso é sinônimo de algo que as pessoas com espírito democrata repudiam ou seja, CENSURA!

        E de novo essa birra com judeus? O que houve? O que tem a ver judeus e sionismo com isso??..rs!

  3. “Quanto mais aberto o mercado, melhor”.

    Seus leitores provavelmente não sabem, mas a mídia goza de uma inexpugnável reserva de mercado. Concorrentes estrangeiros estão proibidos de atuar no Brasil. Podem ter, no máximo, 30% das ações.

    Essa reserva de mercado, somada a outras mamatas estatais como empréstimos com dinheiro público a juros maternos, trouxe o resultado previsível. As grandes corporações de mídia sempre foram extraordinariamente mal administradas por causa da falta de concorrência externa.

    E agora a reserva traz um interessante efeito colateral: as empresas de mídia – quase todas combalidas em consequência da internet — não conseguem encontrar compradores.

    Murdoch seria um comprador potencial para algum jornal, para ficar num caso. Mas ele está impedido pela reserva.

    E é dentro dessa lógica que agoniza o Estadão.

    Há uma espécie de justiça poética nisso. As companhias de mídia se beneficiaram amplamente da reserva que elas impuseram com seu poder de força. E agora vão pagar o preço dessa esperteza abjeta.

    Elas não imaginavam que apareceria uma coisa chamada internet, que transformaria jornais, revistas, rádio e tevê em produtos tão obsoletos quanto o bigode do Barão do Rio Branco.

    Pausa dramática!

    KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK!

    PS: A vida às vezes é mais justa do que parece.

  4. Rússia
    Putin vai perder poder interno logo agora depois de enfrentar e ”ganhar” dos EUA. Logo agora que tem as empresas da Europa loucas por mercado russo?
    É verdade que a Rússia registrou saída de dinheiro estrangeiro, mas o mercado não é vingativo, basta às coisas esfriarem e tudo volta a seu normal, e caso a Europa não queira comprar seus petróleo e gás (muito difícil) tem a China, America do Sul, África e boa parte da Ásia. E a Europa sabe bem disso, por isso fazem sinal de positivo para o Obama, mas quando são cobrados fazem outro sinal com a mão…
    E o camaradinha subestima os europeus, o governos russos assim como o ucraniano procuraram sim a Alemanha, Inglaterra e a França para resolver o impasse, só que além desses os EUA também foram procurados. Não foram só os EUA.

    Lula
    “Tenho certeza de que Lula não terá mais em seu favor três condições que o beneficiaram no primeiro mandato: os preços altos das commodities exportadas pelo Brasil, a situação de lua de mel com os eleitores e a economia em expansão.”
    O Brasil pode não contar com o alto preço a seu favor, mas produz mais que antes…
    Ainda hoje tem boa aceitação dos eleitores (inclusive no meio empresário, aliás, empresário brasileiro é comunista?)
    No primeiro mandato nossa economia tava no chão, foi durante o governo do ex-presidente que a economia desenvolveu.
    Sei que sobre isso vai te um monte de “supostos capitalistas” que vão ficar uma fera comigo, mas manda aí os contra pontos, mas não aquelas mentiras de sempre e também não vale mais baixaria… falar a verdade e sem baixaria fica difícil para alguns defenderem as opiniões, né?
    Só um detalhe não falei nome de partido NENUHM então não coloquem palavras na minha boca, não estou fazendo para ninguém, diferente de alguns…

    Brasil
    Ta legal… Por que o Brasil tem que se meter na Venezuela?
    Antes tínhamos muito a ganhar, mas e agora, vamos criticar o governo venezuelano e ganharemos o que com isso? Fechamento de mercado e calote? Muito obrigado, mas até aí o governo brasileiro ta certo, se o governo do Chile e alguns outros desejam serem heróis problema deles, mas vou alerta só vai ganhar para a cabeça…
    Além do mais a Dilma é muito diferente do Lula, ela não tem atitude alguma em relação a problemas políticos de outros países. Sua política externa pode ser dizer que é tímida, por isso mesmo perdemos o tal protagonismo e prestigio mundial e até na America do Sul perdemos influencia considerável.

  5. Bobagens , achismos e ainda quer jogar o BRASIL na fogueira,esse senhor não fala com imparcialidade,e ainda distorce alguns fatos para que pareça ter razão !
    É mais um desses ”especialistas” nisso e naquilo !

  6. Praticamente mais nada é preciso ser dito, mas vamos dar uns pitacos para não perder o hábito…

    Venezuela e Rússia possuem uma coisa que as ligam: Cuba.

    Até quando que certos países não vão entender que Cuba é sorrateira e leviana, que seu interesse é apenas se conservar a si mesma?
    E que se danem povos e governos que burramente a apoiam.

    Putin, agora mesmo, poucos dias atrás, perdoou bilhões de dólares devidos por Cuba, dinheiro dos russos e não dele.
    Vejam a grande ironia que surge…
    Não era para ter sido feito um referendo entre o povo russo para que fosse decidido o perdão desses bilhões, ou simplesmente a renegociação da divida? (não estamos falando de milhões, mas de bilhões)

    Cuba está rindo e não está nem aí!…
    Venezuelanos estão quebrados.
    E Russos se atolando num lamaçal político-comercial, no qual esses bilhões farão falta para seu povo.
    Que grande amiguinha essa deles.

    Será que a burrice está fazendo morada na Venezuela e na Rússia?

    • Meu caro, os Russos não dão ponto sem nó…. …. “te perdoo a dívida mas me passa a escritura”…. os Castro não viverão pra sempre e os Russos sabem disso!
      Abraço,

    • Calma aí, a Russia perdoou a divida para abri vantagens para sua industria e te favores políticos. Não existe almoço de graça.
      E por que existe ironia nesse fato, mas se existe nisso também deve te no fato dos EUA mandarem bilhões para Israel enquanto falta em seu próprio país, e não só para Israel.

      Então
      “E EUA se atolando num lamaçal político-comercial, no qual esses bilhões farão falta para seu povo.”

      Pois te digo que tanto os EUA, China, Japão, Alemanha, França, Inglaterra como Russia tem seus motivos para gastar tanto em outros países. Nós também, mas não o fazemos porque somos “muito espertos”…

      • Caro Carl… enquanto as demais potências financiam outros países para influência e domínio geopolítico e comercial o Brasil financia obras inúteis (pra nós) com interesses obscuros e não estabelece sequer uma hegemonia política nem com os “mui amigos” que nos fazem fronteira…
        Isso aqui é uma piada, muito sem graça por sinal!
        Abraço,

      • Não me façam rir amigos,
        Nem hoje nem daqui cem anos…
        Que grande contrapartida Cuba pode dar em troca?
        Pois se for recursos agrícolas ou algum manufaturado o que não faltam é países produtores no mundo.

        A não ser que cursos de como formar todo tipo de quadrilhas valem bilhões de dólares?

      • ViventtBR
        Não é só a Russia que ta investido em Cuba. Brasil e países da Europa e mais a China também tão indo com tudo para lá.
        Para tantas nações investirem ali é porque algo de bom tem para ganhar.

  7. “Engana-se quem pensa que os EUA estão em declínio, que a China dominará o mundo…”

    ” a China está desacelerando”

    Realmente, más imagina se estivesse acelerando…

    China ultrapassa os Estados Unidos como primeira potência

    04/05/2014

    Do El País

    Que a China poderia ultrapassar os Estados Unidos no posto de economia mundial no médio e longo prazo, era uma aposta bastante certa. Mas que ela poderia fazê-lo ainda este ano, não estava previsto.

    De acordo com dados coletados pelo Banco Mundial, o PIB da China, ajustado pela paridade do poder aquisitivo, é muito maior do que estimado anteriormente. No final de 2011, o PIB da China foi responsável por 87% do PIB dos EUA. Apenas seis anos antes, foi de 72%. O Fundo Monetário Internacional estima que, em quatro anos, a China terá acumulado um crescimento de 24%, em comparação com 7,6% nos Estados Unidos. Isso, se confirmado, faria com que a China este ano superasse os EUA como a maior economia do mundo.
    Há algum tempo, o Fundo Monetário Internacional (FMI) estimou que esse passo só iria ocorrer no final de 2019. Ao que parece, as previsões se concluirão de forma adiantada.
    ———————————–
    Matéria completa em espanhol:

    http://economia.elpais.com/economia/2014/05/03/actualidad/1399140952_251301.html
    ———————————–

  8. O texto faz muitas considerações quanto a Rússia e sua possível decadência, mas esquece de citar que o causador dessa crise é e será os Eua/UE, e esquece de contar como a Europa quebrada vai se sair bem com os milhares de desempregados gerados por uma ruptura comercial com a Rússia.

  9. Textinho “mequetrefe” esse….rs
    No final das contas (teoria louca ou não) não duvido que ao ver que a OTAN deixaria de ter motivos pra existir e o governo Russo vendo que não teria motivo/apoio para acelerar ainda mais seus investimentos em defesa, não usaram a Ucrânia para deixar todo mundo feliz, principalmente as indústrias bélicas!
    Eu finjo que te recrimino, vc finge que se importa, eu finjo que te imponho sanções e vc finge que me desafia…
    Abraços,

  10. Vou assistir O Espetacular Homem-Aranha.
    A sim, sobre a matéria…em 2014, a China vai ser a maior economia do mundo, em Paridade de Poder de Compra.

    • Pelo que fiquei sabendo a China já alcançou este status e está ocultando por motivos estratégicos, foi noticiado em um grande jornal, só não me lembro. Sds

  11. Esse texto é típico desse jornal,chamam alguém que compartilham da mesma visão que eles e publicam,A Crimeia pode ser o fim do Putin como Presidente da Rússia e o começo dele como dirigente de uma nova URSS 2.0,não adianta querem inventar,da Ucrania de maioria Russa serão anexadas seja por vontade de sua população,seja por acontecimentos que os levem a pedir a Rússia uma intervenção,ou seja será por Plebicito ou pelas armas.
    O que os E.U.A deveriam fazer,era um pacto por debaixo dos panos com os Russos,garantindo a eles que não entrariam mais no seu quintal,basta ver o que o Bush fez no caso da Georgia,hj a maior preocupação que os E.U.A tem que ter é a China,ela quase já se sente Dona da Ásia,tem o Japão que por enquanto segura a onda,mas até quando,certo Presidente Americano disse certa vez que o Futuro dos E.U.A,ESTÁ NA ÁSIA,é quase certo que haverá um conflito seja de baixa ou alta intensidade entre E.U.A e ÁSIA,basta ver o belicismo Chinês,sempre se referindo ao Japão e E.U.A como seus inimigos,Os americanos tem que concentrar todo o seu poder na Ásia e usar a Coreia do Norte como desculpa para um deslocamento sem procedentes para a Ásia,e atrair os Russos para a sua ORBITA,e não perder tempo e cacife político com os Russos,os americanos tb tem que parar com essa conversa de escudo antimíssel no leste europeu.
    Infelizmente hj o staff político do Obama é fraco e o próprio lidar não sabe o que fazer.O velho e bom Henry Kissingercom toda a sua idade tem mais visão e conhecimento dos que atualmente cercam o Obama.

    Olhem essa matéria :

    http://exame.abril.com.br/economia/noticias/china-tentou-esconder-que-pode-virar-maior-economia-do-mundo

  12. ARC ( 4 de maio de 2014 at 14:47 ),

    Leandro Mello ( 4 de maio de 2014 at 19:36 ),

    A industria russa de bens manufaturados ( que é onde está o dinheiro ) é dependente de importações de maquinário e serviços; notadamente da Europa. Se as relações russas com seus parceiros europeus se desestabilizar, quem paga o pato é justamente a economia russa. Fora isso, a dependência da exportação de commodities faz com que boa parcela da economia russa fique a mercê da flutuabilidade dos preços desses itens. E isso tem seu risco; principalmente se outros centros produtores aumentarem sua produção…

    A industria de armas responde apenas por uma pequena faceta do que um país é capaz de produzir. Nenhum país que deseja crescer é capaz de manter sua economia somente baseada em exportação de armas…

    E uma economia, para crescer, tem que ser versátil. Sua industria deve ser capaz de desenvolver tecnologias que sejam aplicáveis em todos os setores. Deve ser capaz de refinar essa tecnologia ao ponto de torna-la barata o suficiente para que seja comercializável. E é aí que os russos pecam ( e, justiça seja feita, não somente eles… ). Sua capacidade de inovar para competir é um estigma que vem desde a era soviética. Grosso modo, inovar ( no sentido “econômico” da palavra ) é algo que os russos ainda estão aprendendo, e cujo processo de aprendizado pode ser enormemente prejudicado com a saída de investidores europeus e americanos.

    Quanto a chineses, o grande “boom” econômico tem boa parte de seu resultado atribuído as empresas ocidentais que lá se instalaram. Se essas empresas saírem, o crescimento chinês corre risco de cessar… Simples assim… Daí que a economia americana, uma vez em recuperação ( mesmo que a passo de lesma ), torna-se um incentivo para o retorno de suas plantas fabris em outros países. E isso é especialmente verdade se o boom energético se concretizar, pois o custo de produção em solo americano pode tornar-se mais barato.

    Mesmo que a economia americana esteja enfrentando uma das maiores crises depois de 1929, o fato é que sua base ( constituída por empreendedores em geral ) é bastante sólida. Suas empresas ( que é onde está a geração do dinheiro americano ) não foram deixadas a míngua; continuaram firmes, e voltam a expandir-se ( mesmo que não tenham mais o vigor dos anos 70/80 ). Mesmo que a dívida americana seja monstruosa, o fato é que os americanos podem “empurra-la com a barriga”, desde que sua principal geração de capital continue preservada.

    • Você não entendeu o que eu quis dizer lá em cima.

      Eu disse que se a economia russa quebrar, ou até mesmo a chinesa, o resto do mundo vai junto. E isso não é uma ameça fantasma, é algo real e que pode vim a acontecer. Até se a economia brasileira quebrar, praticamente, metade da América Latina e uma parte da África vai junto, imagine a economia russa e chinesa?

      Se as empresas norte-americanas saírem da China, quem vai sustentar os salários dos donos dessas empresas? Washington? Obama? Não creio que eles fariam isso. No mais, essas empresas entrariam em colapso, sem a ajuda no governo norte-americano, e logo em seguida declarariam falência. E quem também, seria afetado? Exatamente o próprio Estados Unidos.

      Quanto a questão tecnológica russa, sua eficácia já foi provada, muito antes até mesmo de os EUA enviarem o primeiro homem para o espaço. Se ela é competitiva ou não, como eu já disse, isso é outra história.

      • Leandro Mello,

        A economia russa é menor que a brasileira… Sua capacidade de consumo é pequena, se comparado a países como o Brasil. Se a Russia quebrar hoje, muita gente perde dinheiro. Mas daí a quebrar o mundo, é outra história… Já a economia chinesa, aqui sim seria calamitoso um dano maior…

        Se o crescimento americano for mantido, a sustentabilidade das empresas americanas se mantem pelo próprio mercado consumidor americano… Como disse anteriormente, graças ao boom energético nos EUA, produzir no próprio país pode se tornar mais barato que manter suas plantas fabris fora. Aliás, não é de hoje que as empresas americanas sondam outros países para se instalarem, tais como Índia e Vietnam, aproveitando-se da mão de obra mais barata desses países.

      • Você ainda não me explicou como o mercado consumidor e o governo dos Estados Unidos manteriam as empresas que, supostamente, sairiam da China.

        Quem iria bancar elas, em uma escala global? Pelo que eu pude perceber, você só disse que o mercando interno dos EUA manteriam elas. Tudo bem, mais como eles manteriam essas empresas em escala global? E não digo somente em nível econômico, falo também em mão de obra barata. Qual país no mundo, possui um regime “neo-escravocrata” tão eficiente quanto a China?

        Quanto a Rússia, a economia dela é tão importante, que muitas empresas e mercados externos, temem perder dinheiro devido as sanções previstas para a Rússia. E sim, se a Rússia quebrar eu continuo dizendo que ela leva várias economias junto e posso citar que somente em o governo russo ameaçar a fechar as torneiras, as principais bolsas de valores começam a entrar em queda.

    • Mas ai que está essas matérias falam em como a Rússia ficaria mal com as sanções, sem citar como o Ocidente vai contornar o fim do mercado russo, o maior importador de grãos dos EUA, como vão contornar fato de a Rússia e China usarem a moeda chinesa em vez do dólar nas negociações internacionais, como a UE vai se sair sem o gás e o pretroleo russo e sem seu mercado importador? Como seria contornado isso? A Rússia compra dez vezes mais da Europa do que os Eua… Como os EUA/UE vão se sair bem com suas sanções? Tudo é simples quando apontamos para uma só direção, mas é só parar para analisar que vai ver que não é bem assim…

      • MIB,

        A diferença está em quem pode tolerar os danos econômicos a longo prazo.

        No caso do gás russo, por exemplo, mesmo que não se possa dispensar o gás russo por agora, o fato é que os europeus podem buscar alternativas em outros centros produtores… Já os russos, sem os consumidores europeus, teriam um número de clientes muito mais limitado…

      • Se os europeus estiverem dispostos a correrem o risco de ficar sem gás, por mais ou menos, nos próximos 10-15 anos, e também se estiverem dispostos a pagar mais caro, então dou os parabéns pela coragem e espareça dos povos europeus.

  13. Texto MAGNÍFICO e muito bem escrito, com ponderações e citações fiáveis… o autor concluiu com o raciocínio de quem conhece ambos os lados e, assim como eu, chegou as mesmas conclusões, pois tem acesso a informações factuais e não de achismos que podemos facilmente encontrar em textos por ai…

  14. “”a prioridade de Pequim não era expandir sua influência internacional, mas aumentar a qualidade de vida e a renda dos chineses””

    Depois de ler isto acima me convenci que esta pessoa não passa de um fantoche que busca servir bem a seu proposito e não tem visão estrategica nenhuma nem diplomatica e nem militar.
    Ele pensa que so existe corrupção no governo Russo,desconhece a existencia do crime organizado e cita parcela pequena da população Russa como se fosse o termometro indicativo que os Russos querem adotar o Euro como moeda comum kkkkk.Eles querem liberdade sim mas isso não significa que querem passarem a serem serviçais de corsarios Ocidentais.Tal sentimento é o mesmo da maioria do povo Arabe que tambem anseia por liberdade mas querem manterem seus costumes.
    O problema do mundo Ocidental é que ele ainda acredita que todos os demais povos da Terra são tolos de se influenciarem pelas maravilhas de suas propagandas.Alias para seduzirem e dominarem nações eles jogam de todos os lados,politico,economico,militar e doutrinador atravez de midias e ate ONGs,Ativismos.
    Pregam um mundo sem fronteiras,sem nacionalidades,sem religiões,mas não dizem para o mundo que o Deus e o Rei deste mundo são eles e que tudo o mais os servem.

  15. Tanto a Russia quanto a china ñ pretendem dominar o mundo, até pq ñ tem, ambas, poder de projeção de sua força q são bem limitas se fosse esse o objetivos.Os iankss estãp bem proximo do seu “Ocaso”, basta uma nova guerra proloangada como à do Afeganistão/Irak.Quem viver verá.Sds.

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