Ocidente deve ter em conta interesses da Rússia

A economia russa desenvolve-se com dinamismo, não obstante a complexa situação no mundo. Isso foi dito pelo presidente da Rússia, Vladimir Putin, num encontro, no sábado, com Dmitri Medvedev, primeiro-ministro russo. Mas na Europa é preciso “apertar ainda mais o cinto”.

Para salvar a Ucrânia do caos econômico, todos os países europeus devem participar no processo de ajuda a esse país, declarou o presidente da Rússia, Vladimir Putin na televisão russa. Os europeus devem estar interessados nisso também porque a Ucrânia, devido a problemas financeiros, não pode pagar pelo fornecimento de gás:

“Não queremos minar nem a economia ucraniana, nem pôr em causa a fiabilidade do trânsito para a Europa. Por isso, apelamos a todos os países europeus, a todos os países interessados no apoio à economia ucraniana, que participem no processo de ajuda à Ucrânia e tomem medidas para financiar o orçamento”.

Kiev não pode, atualmente encontrar meios necessários para pagar as dívidas. E o problema não consiste no fato de a Ucrânia não ter dinheiro, assinalou Dmitri Abzalov, presidente do Centro de Comunicações Estratégicas:

“São precisos, no mínimo, dois bilhões de euros para pagar pelo gás russo. Claro que é preciso procurar esse dinheiro, nomeadamente na União Europeia, porque os pagamentos /por parte dos consumidores de gás/ na Ucrânia representam apenas 20% /deste valor/e Kiev não consegue encontrar os meios necessários. Além disso, a UE tem de chamar a si determinados riscos económicos, mas isso será melhor do que a ameaça da suspensão do trânsito. A Gazprom, por sua vez, está pronta a aceitar compromissos se os europeus participarem no pagamento da dívida.”

Depois da falha de projetos alternativos de fornecimento de combustíveis, a UE e a Ucrânia devem sentar-se à mesa de conversações, assinala o perito. A atenuação da política europeia foi assinada por Gunther Oettinger, Comissário europeu para a Energia. Vladimir Putin assinalou que o melhoramento das relações com o Ocidente depende não só de Moscou, mas também dos parceiros ocidentais que devem ter em conta não só os seus interesses. “Considero que não existe nada que impeça a normalização e a normal cooperação”, disse o presidente. Alexander Gusev, professor, doutor em ciências políticas, diretor do Instituto de Planeamento e Prognóstico Estratégico, comenta:

“Hoje, podemos afirmar que o mundo se tornou multipolar. A Rússia terá a sua palavra de peso também nos processos que atualmente ocorrem na Ucrânia e irão ocorrer no mundo. E penso que os EUA, antes de tudo, e a UE, enquanto centros de força bastante sérios, irão ter em conta os interesses da Rússia. No que respeita aos americanos, estamos dispostos ao diálogo, mas este só se pode realizar quando se têm em conta os interesses dos parceiros.”

Além disso, no sábado, Vladimir Putin analisou com o dirigente do governo russo, Dmitri Medvedev, a situação econômica na Rússia. O presidente ficou satisfeito com o facto de a economia russa se desenvolver de forma dinâmica:

“Não obstante a situação complexa na economia mundial, o governo da Rússia conseguiu manter a dinâmica positiva de desenvolvimento. E, não obstante o fato de, em muitos países europeus, observarmos a estagnação e até mesmo a descida de anteriores índices até zero, alguns abaixo desse nível, o governo da Rússia conseguiu um crescimento positivo.”

Segundo as palavras de Dmitri Medvedev, mesmo tendo em conta os problemas na economia mundial e o fato de os problemas internos do país se conservarem ainda este ano, o governo russo tudo fará para cumprir os decretos programáticos do presidente e os programas governamentais. Ele assinalou também que o governo tenciona cumprir todos os compromissos sociais e continuar a estimular o aumento da produção industrial.

Fonte: Voz da Rússia

2 Comentários

  1. Ocidente respeitando interesses russos? Não acontecerá, a não ser que sua gama de influência diminua a tal ponto que seus planos de intervencionismo imperialista sejam frustrados. É questão de tempo até a economia russa se tornar forte, e a China se estabilizar como a maior potência do globo, até lá os EUA forcarão seus aliados contra ambos ( como já fez e agora faz com a UE. Se procurar fundo, descobre-se que países como Alemanha e outros são a favor da política russa, mas o nivel de dependencia destes em relação aos EUA os forçam a agradá-lo)…porém, creio que quando chegar esse .momento , EUA será obrigado a respeitar os interesses russos, chineses, etc. Pois não terão a força que hj têm. TODO IMPÉRIO UM DIA CAI.
    Sds

  2. Se o Ocidente ñ respeitar os interesses do Urso, ele vai à caça a despeito de quem esteja contra.E essa atitude poderá levar os Russos a concretizarem um acordo de defesa mútua c os chineses, aí a coisa será bem pior p td o ocidente..espero q ñ, Quem vever verá,Sds..

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