Nacionalização nos navios-patrulha classe ‘Macaé’

Macae

A tualmente, nacionalização é um dos principais objetivos da Marinha. A Corveta Barroso foi o primeiro navio a incluir, já no seu projeto, sistemas desenvolvidos no país. Destacam-se o sistema de controle tático, desenvolvido pela empresa CONSUB, e os sistemas de controle da propulsão, de lançadores de “chaff” e de MAGE, desenvolvidos pelo IPqM. Seguindo essa linha de nacionalização, também foram contratados sistemas nacionais para os Navios-Patrulha de 500 toneladas (Classe “Macaé”). Dentre esses, estão dois produtos do IPqM: o Terminal Tático Inteligente (TTI) e o Sistema de Controle da Propulsão (SCM).

TTI

Terminal Tático Inteligente (TTI)

O TTI pode ser empregado em qualquer tipo de plataforma (superfície, aérea e submarina) e permite a solução tática a partir da visualização e avaliação do cenário em torno da plataforma.

Essa composição do cenário é obtida pela aquisição de informações dos sensores integrados ao sistema (radares, GPS, giro e hodômetro).
O sistema disponibiliza ao operador a apresentação do movimento relativo e verdadeiro da plataforma, permitindo tracking manual e automático de contatos. O TTI pode se comunicar com outras plataformas por meio de um link de transmissão de dados de até 2400 bps. Nos navios da Classe “Macaé”, o TTI opera com um console único, mas pode também operar de modo distribuído, em rede local. Trata-se do primeiro sistema tático brasileiro a incorporar cartas náuticas eletrônicas homologadas pela DHN. É prevista a inclusão de interfaces com outros sensores e sistemas como: SCM, MAGE, anemômetro, canhões etc.

SCM

Sistema de Controle e Monitoração (SCM)

O SCM dos NPa de 500 ton é uma versão simplificada do SCM da Corveta Barroso. O hardware utilizado é de uso comercial (COTS – commercial-of-the-shelf) e o software foi totalmente desenvolvido pelo IPqM. O SCM é composto de 03 subsistemas: o Subsistema de Controle e Monitoração de Propulsão e Auxiliares (SCMPA); o Subsistema de Controle de Avarias (SCAV); e o Subsistema Manual Remoto (SMR).O SCMPA fornece set-points para os reguladores dos motores, assim como monitora e atua em equipamentos auxiliares do navio. Enquanto os reguladores cuidam do funcionamento desses equipamentos stand-alone, o SCMPA garante a perfeita interação entre os motores e a engrenagem reversora.

O SCAV auxilia na segurança física do navio. Para isso, ele indica a leitura de sensores que monitoram compartimentos quanto à presença de fumaça, de temperatura alta e a ocorrência de alagamento, permitindo, o acionamento remoto de alguns equipamentos. O SMR é um recurso que permite o comando direto de motores, quando os computadores do SCMPA estiverem em baixa. Ele só pode ser operado do Centro de Controle de Máquinas (CCM) e tem prioridade sobre o Modo Automático. Nesse modo, o operador atua diretamente sobre cada motor.

Fonte: Informativo Pesquisa Naval, do Instituto de Estudos do Mar Almirante Paulo Moreira via Poder Naval

2 Comentários

  1. Aproveitando essa notícia de Sistemas Digitais de Controle dos navios patrulhas classe Macaé, uma consideração off topic (que não é propaganda eleitoral gratuita que alguns adoram fazer carregando direto no control c control v).


    Guerra no futuro… uma possibilidade de arma de irradiação, muito além do que se vê em armas de raios nos filmes de ficção científica…

    Primeiro um pouco de raio laser, hoje facilmente até o temos em casa para brincar com canetas laser, bem esse raio de luz se difere de um facho focado de uma lanterna comum, justamente por não necessitar ser focado pois consiste em luz colimada, ou seja, se propaga na forma de um feixe. Dito isto…

    Nós temos um inimigo, arma, de circuitos elétricos e eletrônicos que é o PEM (pulso eletromagnético), percebam que na definição está a palavra pulso, e isso faz toda a diferença quanto ao futuro…
    Bem, o que faz o PEM (pequena rima)…

    Pela sua ação magnética nos elétrons de condutores que estão em seu caminho, é provocada uma corrente induzida por essa passagem de onda magnética que, se for pronunciada, pode danificar circuitos mais delicados.

    Até aí tudo bem, é um fenômeno eletromagnético que vem sendo estudado e produzido artificialmente.
    Porém, ele é ainda um fenômeno muito bruto.
    Mas…
    Engenheiros alemães desenvolveram uma técnica de simples perfuração de chapas de aço usando a pressão magnética produzida pelo PEM: http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=pulsos-eletromagneticos-usados-cortar-furar-aco#.U1AwsnlOXMw

    Neste caso ainda temos o PEM, porém não sendo usado como indutor de corrente elétrica em condutores, mas como uma broca mecânica. Sua ação é ainda bruta, mas poderosa e minimizada a um ponto.

    Só que isso ainda não é o futuro..

    O futuro fantástico e destruidor do PEM será quando tal qual o laser colimado, ele também for colimado num raio continuo (não mais um pulso). Isso o tornará numa arma que não só penetra blindagens, mas que danifica qualquer tipo de condutor, sejam delicados ou não, e estando ou não protegidos.

    A questão é como colimar uma onda magnética.

    Quando isso acontecer as armas com pólvora serão coisa de museu.

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